Planetas habitados em nosso Sistema Solar?
O primeiro planeta azul habitável e orbitante de uma estrela semelhante ao sol é descoberto pelos astrônomos da NASA.
Kepler, missão da Nasa incumbida de encontrar vida em novos mundos, faz sua primeira descoberta fantástica. O planeta Kleper-22b é considerado uma super-Terra, por ser um grande planeta rochoso, com uma temperatura semelhante a um dia de primavera terrestre, o que permite o desenvolvimento de vida.
Uma equipe de pesquisadores do Instituto Carnegie, fez a descoberta que será publicada no jornal mais importante do mundo da Astrofísica. Um planeta com tamanho equivalente ao da Terra cuja órbita é alinhada à sua estrela anfitriã e o faz parecer um ponto minúsculo e escuro que só pode ser mensurado por um telescópio altamente especializado, como Kepler.
Esta descoberta é a primeira detecção de planetas habitáveis em órbita de uma estrela tipo o Sol, que no caso, encontra-se cerca de 600 anos luz de distância da Terra.
A estrela anfitriã tem sua massa e raio um pouco menor que o nosso Sol, logo ela é 25% menos luminosa. Kleper-22b orbita cerca de 290 dias sua estrela chamada G5, em comparação aos 365 terrestres em uma distância que chega a 15% mais próximo de sua estrela do que a Terra em relação ao Sol resultando em uma temperatura agradável ao planeta.
Chamado de “azul” por ser considerado propício a abrigar água em estado líquido em sua superfície, líquido este precioso que propicia o aparecimento de vida. Os cientistas acreditam que o planeta pode não ser apenas habitável, mas sim habitado.
Planetas gigantes de gás têm sido detectados anteriormente em zonas habitáveis, em torno de estrelas tipo solar, mas gigantes gasosos não são preparados para suportar a vida.
Este novo exoplaneta é o menor planeta descoberto em uma zona habitável a um curto raio de sua estrela. É cerca de 2,4 vezes maior do que a Terra e foi categorizado como super-Terra.
Enquanto os cientistas não conhecem sua massa, que deve ser inferior ao equilavente a 36 vezes a massa terrestre, baseada na ausência de uma oscilação mensurável Doppler (velocidade radial) na estrela-mãe.
As massas das outras super-Terras foram medidas e constataram estar na faixa de 5 a 10 vezes a da Terra. Alguns parecem ser rochosos, enquanto outros têm grande proporção de gelo e água. De qualquer forma, a nova descoberta parece possuir características habitáveis.
“Esta descoberta suporta a crença crescente de que vivemos em um universo repleto de vida” afirma Boss. “Kepler está próximo de determinar a abundância de planetas habitáveis em nossa galáxia”, em declaração ao britânico Daily Mail. Enquanto isso, os cientistas iniciaram uma classificação de planetas habitáveis, até agora foram descobertos 47 planetas e luas com potencial de abrigar vida.
O Laboratório de Habitabilidade Planetárias (PHL), da Universidade de Puerto Rico em Arecibo, classificam os tipos de planetas. A maioria dos 700 planetas detectados estão em zonas proibidas e aguardam confirmação de missões da Nasa, como Kleper. São semelhantes a Júpiter e Netuno, mas orbitam perigosamente suas estrelas. Os cientistas consideram a ideia dos 47 planetas com possibilidade de vida, promissora.
Abel Méndez , diretor investigativo do PHL e atuante principal do projeto comentou: “Um resultado importante dos rankings é a possibilidade de comparar os exoplanetas afim de classifica-los como melhor e pior para abrigar vida”.
Os catálogos avaliam os planetas novos de acordo com o Índice de Similaridade Terrestres (ESI), a Distância de Zonas Habitáveis (HZD), a Habitabilidade Global Primária (GPH) e as comparações com o nosso planeta no passado e no presente.
De acordo com Méndez “nos próximos anos milhares de exoplanetas serão descobertos por meio de observatórios terrestres e missões espaciais. Esperamos que o nosso catálogo auxilie, organize e compare o potencial de vida dessas descobertas”.
As classificações dividem os exoplanetas em 18 categorias de massa e temperatura, criando uma tabela semelhante à periódica da Química. Recursos adicionais do catálogo incluirão visualizações científicas e mapas estelares de exoplanetas.
Apenas dois exoplanetas correspondem até agora com os critérios de habitabilidade no catálogo, Gliese 581d e HD 85512b, ambos são semelhantes à Terra. No entanto, há 15 exoplanetas e 30 exoluas considerados potencialmente habitáveis.
A proposta Terrestrial Planet Finder fará observações futuras com novos instrumentos, o que será necessário para a confirmação de aptidão de vida para estes candidatos.
“Espero que esse banco de dados ajude a aumentar o interesse na construção de um telescópio espacial para observar grandes exoplanetas e procurar possibilidade de vida” diz Jim Kasting, especialista em habitabilidade planetária da Penn State.
Fonte: Jornal Ciência.
Nota: Sugiro-lhe uma outra leitura científica a respeito desse tema: “Super-Terras habitadas fora do Sistema Solar?” e uma leitura bíblica: “Outros planetas habitados“.