novembro 21, 2024

Blog do Prof. H

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O Plano da Redenção para os anjos – 2ª parte

anjos expulsosg)  Diálogo semiaberto entre os anjos não caídos e os caídos. “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante JAVÉ, veio também Satanás entre eles” (Jó 1:6).  Vamos entender esse importante versículo! Satanás e seus anjos foram expulsos do Céu ao tentarem tomar o trono de Deus (Is 14:12-14) antes da criação na Terra (Gn 3:1 e Ap 12:9). Mas, onde eles ficaram nesse ínterim?   (Confira o Apêndice desta pesquisa.) “Com a cauda ele arrastou do céu a terça parte das estrelas e as jogou sobre a terra” (Ap 12:4, NTLH). “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera” (Ap 12:12). Ao que parece, os anjos maus escolheram voluntariamente residir no planeta que, futuramente, abrigaria a nova criação de Deus – os seres humanos, juntamente com animais e plantas.
 
Talvez por isso, quando o Senhor Espírito começou a criação aqui, algum tempo depois, “a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1:2, ARC)! É como se o ex-Lúcifer tivesse algum sentimento de inveja e vingança com relação a futura criação na Terra, por algum motivo, como por exemplo, querer participar desse plano divino e ter sido impedido já que ele era criatura enquanto Miguel, o Pai e o Espírito eram o Criador, Aqueles que formam o único Deus soberano em todo o universo! Em verdade a rixa de Lúcifer pelo visto é com Miguel, o arcanjo (Jd 9), um dos chefes dos anjos ou um dos “primeiros príncipes” (Dn 10:13), em verdade o maior deles, “o grande príncipe” do exército de JAVÉ (cf. Dn 12:1 e Js 5:14), Aquele que recebe adoração, o “Anjo de JAVÉ” (cf. Êx 3:2-6)! As Escrituras insinuam que Lúcifer quis o lugar de Miguel, Um dos Três. Possivelmente pelo fato de Miguel além de ser Deus, como os versos acima afirmam, ter assumido a natureza angelical e viver como anjo entre os anjos! No entanto, na hora de criar, isso não era tarefa para quem não passava de uma criatura; isso era para quem era Deus, de modo que Miguel fora chamado para as reuniões da Trindade a respeito da criação do ser humano, enquanto que Lúcifer, como qualquer outro dos anjos, não recebeu tal convite!
 
“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram” (Jo 1:1-5, NVI). Miguel é a Palavra. Miguel é Jesus – o “Deus único” (Jo 1:18) que possui outras duas naturezas, a angélica, desde muito tempo, e a humana, obviamente, a partir da encarnação (cf. Lc 1:35)! Miguel é a resposta da pergunta que compõe Seu Nome em hebraico: “Quem é como Deus é?” Lúcifer se tornou Satanás porque não Lhe foi permitido, por um motivo óbvio, ser Miguel! Então, ao usar a violência no Céu de Miguel (cf. Ap 12:7 e Ez 28:16) contra Ele, seu próprio Criador, Miguel o expulsou, e Satanás veio deformar a Terra, o novo projeto de Miguel! Foi ele quem arrastou com seu engano (cf. Ap 12:4 e Is 9:15) uma quantidade enorme de anjos para nosso planeta, não foi Miguel quem os confinou aqui (pelo menos até o momento desta narrativa).
 
Como não havia anjos nem homens aqui, até então, Satanás estava sozinho e desempregado, e o máximo que ele pode fazer foi deixar a Terra “sem forma”, “escura” como um “abismo” (cf. Gn 1:2). Talvez Miguel tenha aproveitado para profetizar para os anjos rebelados o estado deles e da Terra exatamente igualzinho ao que eles estavam vivenciando naqueles dias, mostrando para eles o resultado de sua rebeldia após mais de 6000 anos da tirania satânica sobre o mundo habitado e aliado aos anjos caídos! Sim, João (Apocalipse 20:1-3), Isaías 24:21,22 e Jeremias 4:23-26 descreveram vividamente os demônios novamente desempregados e a terra novamente sem forma, vazia de sua criação e completamente destruída pelo mal e pela vinda do Senhor Jesus Cristo (cf. II Ts 2:8)! Mas, os anjos não estavam presos à Terra. Moisés, autor do livro de Jó, o viu na presença de JAVÉ conversando com Ele (Jó 1:6 e 2:1). Seria esse encontro no Céu, novamente?
 
Raciocine com a Bíblia: JAVÉ ou Miguel havia lutado, vencido e expulsado Satanás do Céu (Ap 12:7-9). Como aquele anjo ousado, suicida e, portanto, muito perigoso para a harmonia do universo, poderia viajar e fazer visitas regulares exatamente onde ele havia começado o terrível conflito contra Deus?! O bom senso bíblico pede que sejamos cautelosos e procuremos uma explicação para essa aparente contradição entre João e Moisés, os profetas autores dos livros em questão. E se a linguagem mosaica for figurada? Vários autores bíblicos a usaram em diferentes contextos, com diferentes significados, mas todos não literais! O próprio Moisés, escritor do Gênesis, descrevendo a fidelidade de Abraão, escreveu: “JAVÉ, em cuja presença eu ando, enviará contigo o seu Anjo e levará a bom termo a tua jornada,” (Gn24:40). Paulo também fez uso desse método: “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé” (I Ts 1:3 e 3:9). … (Hendrickson Rogers)
Estude toda a pesquisa: 1ª parte, 2ª parte3ª parte, 4ª parte e Apêndice. Se desejar, baixe o livreto AQUI.
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19 thoughts on “O Plano da Redenção para os anjos – 2ª parte

  1. Professor, embora esteja entendendo o que o senhor esteja dizendo, recomendo um filtro a mais: em momento algum deixe sequer transparecer que foi dado motivo para a rebelião – como por exemplo, a frase "Lúcifer se tornou Satanás porque não Lhe foi permitido, por um motivo óbvio, ser Miguel".

  2. Obrigado meu amigo por sua orientação muito bem dada! De fato, nenhum motivo real foi dado por Deus a Lúcifer! Os motivos são criados pelos que desejam fazer alguma coisa, certo? Bom dia com o maravilhoso Miguel!

  3. Olá, não querendo ser chato (mas concerteza vai soar assim) Onde está escrito que Miguel é Deus? Onde está escrito sobre "Lúcifer"? Por que você acha que "Lúcifer" é alguém? a palavra lúcifer é adjetivo e não substantivo nominal, tanto que em alguns textos antigos em uma das cartas de pedro esta usado o mesmo termo se referindo a Cristo.
    E em nenhum lugar da bíblia se refere a uma entidade chamada Lúcifer e nem sobre uma descrição do "satanás" "diabo" "anti-cristo" ou coisa assim, nem como querubim nem como nada…
    Agradeço se me responder…
    Não quero ser agressivo, só quero entender seu ponto de vista.
    Se quiser entre em contato por email comigo.
    alexandre_756@hotmail.com

  4. Boa noite Alexandre! Obrigado por seu comentário e seu interesse num diálogo e parabéns por pensar em assuntos bíblicos tão importantes para nosso desenvolvimento espiritual.

    Respondendo a sua primeira indagação, eu lhe sugiro os seguintes artigos:

    1)http://profhendrickson.blogspot.com.br/2012/01/melquisedeque-uma-evidencia-da.html

    2)http://profhendrickson.blogspot.com.br/2011/07/jesus-cristo-jave-anjo-arcanjo-miguel-e.html

    Para as suas duas últimas perguntas: Isaías 14:12 (KJ) afirma:

    "How art thou fallen from heaven, O Lucifer, son of the morning! {how} art thou cut down to the ground, which didst weaken the nations! {O Lucifer: or, O day star}".

    Na NVI está escrito assim:

    "Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à terra, você, que derrubava as nações!"

    Na LXX aparece o termo "εωσφόρος", "estrela da manhã" ou "lúcifer" (filho da luz). Um adjetivo aplicado a um sujeito muito real, certo?

    O mesmo adjetivo é aplicado ao Senhor Jesus em II Pe 1:19, confira:

    "We have also a more sure word of prophecy; whereunto ye do well that ye take heed, as unto a light that shineth in a dark place, until the day dawn, and the day star arise in your hearts" (KJ).

    "Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em seus corações" (NVI).

    Pedro também usou o símbolo "leão" (I Pe 5:8) para representar a Satanás enquanto João (Ap 5:5) o usa para Jesus! A serpente representa tanto Satanás (Ap 12:9) quanto Jesus (Jo 3:14), e por aí vai! Esses paralelos evidenciam a existência do anjo caído, Satanás ou Lúcifer, já que Jesus é uma Pessoa bastante real!

    Por fim, consultemos o profeta Ezequiel: "Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o determinei… Por meio do seu amplo comércio, você encheu-se de violência e pecou. Por isso eu o lancei em desgraça para longe do monte de Deus, e eu o expulsei, ó querubim guardião, do meio das pedras fulgurantes" (28:14 e 16).

    Aquele que era como a Estrela da manhã, como Jesus; aquele que era um anjo querubim, como Jesus também possui a natureza angelical (cf. os dois artigos sugeridos acima), se tornou "diabo" ou acusador, "satanás" ou adversário! Jesus não. Ele nunca deixou de ser a Estrela da manhã e hoje Sua luz alcança a todos os que vivem na noite sombria das trevas do pecado! Vamos receber Sua luz, adorá-Lo, conhecê-Lo e amá-Lo, amigo Alexandre?

    Um abraço e estou à disposição!

  5. Olá novamente… Venho indagar novamente.
    Vamos ao primeiro ponto….
    Ao que você descreve no próprio comentário…
    Quando Deus escreve algo Ele sempre é claro, não obstante e imutável certo?
    Vamos ler o texto que você cita primeiro:
    Isaías 14:4-28
    "Então proferirás este provérbio contra o rei de babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!
    Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores.
    Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir.
    Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando.
    Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar.
    O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações.
    Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós.
    Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão.
    Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
    E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
    Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
    E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.
    Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
    Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?
    Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada.
    Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado.
    Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada.
    Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades.
    Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR.
    E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o SENHOR dos Exércitos.
    O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará.
    Quebrantarei a Assíria na minha terra, e nas minhas montanhas a pisarei, para que o seu jugo se aparte deles e a sua carga se desvie dos seus ombros.
    Este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações.
    Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?
    No ano em que morreu o rei Acaz, foi dada esta sentença."

  6. Agora a questão; "Por que Deus na sua infinita sabedoria faria um texto tão confuso que mistura em um momento uma lamentação contra a babilônia e em outro momento fala de um suposto anjo caído, como se Ele se importasse com a história de (com o perdão da palavra) idiotas como esses pra perder tempo falando algo para alguém que não tem mais volta, e depois voltar a falar da babilônia outra vez?"
    Vamos analizar, em nenhum momento Isaías foi incitado a citar nome de anjo, ou se referir a alguém que não fosse o reino babilônico.
    Outra coisa que se observa é que a palavra que se define como nome de "lúcifer" se refere ao planeta Vênus que sempre nasce antes do sol aparecer no céu, esse era um adjetivo de glória a qualquer um na época e não um nome de alguém.

    Segundo… Sim na bíblia encontramos Jesus sendo comparado a um leão, mas porque descendia da tribo de Judá de certa forma, e sabemos por várias formas (creio que não preciso citar um texto, pois sei que não é leigo) que era um simbolo de Judá, como quando Israel falou sobre seus filhos.
    E sim, Ele foi o Antitipo da serpente no deserto, pois foi como ocorreu;
    Mas vamos pensar, será mesmo que em algum momento um ser criado pode ser comparado a Deus? Me desculpe, mas se o seu deus pode ser comparado, o meu DEUS não. Se o seu Deus é o memso, creio então que concorde comigo. Pois Ele é muito mais que qualquer coisa que possa existir, que já existiu, ou que exista.
    A comparação não existe, existem exemplos que se parecem, mas não há uma dualidade nas coisas…

    Vejamos a diferença:
    Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão.
    Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?
    O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
    Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas.
    Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite.
    Gênesis 49:8-12

    Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
    1 Pedro 5:8

    Veja que no primeiro texto ele (no caso esse é o motivo de chamarem Jesus de "Leão da Tribo de Judá") diz literalmente que ele é um Leão, assim como no texto que você citou de João em Apocalipse 5:5; Mas quando chegamos ao outro texto, notamos que ele não diz em nenhum momento que o acusador (diabo, que se fosse nome estaria evidenciado tanto nas traduções fiéis quanto nos orginais não como a mesma palavra que usavam a qualquer um que acusasse, sendo então adjetivo) é um leão, mas sim que "bramando como leão" ou seja, gritando alto.

  7. Quanto a serpente, vejamos os detalhes:
    E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil.
    Então o SENHOR mandou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel.
    Por isso o povo veio a Moisés, e disse: Havemos pecado porquanto temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós estas serpentes. Então Moisés orou pelo povo.
    E disse o SENHOR a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela.
    E Moisés fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia.
    Então os filhos de Israel partiram, e alojaram-se em Obote.
    Números 21:5-10

    O Cristo no qual acredito se tornou homem. Vamos fazer a relação do tipo e antitipo e analizar lógicamente:
    Primeiro, vamos analizar a ocasião;
    O povo pecou e as serpentes vieram como resultado do pecado. Então as serpentes representam de certo modo o pecado e sua consequência.
    Logo depois Deus fala a Moisés para que ele faça uma serpente e a levante, e todo aquele que a olhar vivería.
    Cristo foi levantado para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha vida eterna como diz o texto tão conhecido;
    Cristo então se fez pecador por nós certo?
    Não seria essa a relação?

    Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;
    Romanos 8:3

  8. No texto que você cita ele não compara Cristo dizendo que Ele é a Serpente, mas sim que "assim como a serpente", ou seja, assim como qualquer objeto fosse levantado seria assim também Cristo levantado.
    A serpente respresentou a conciencia do pecado e que sabiam que haviam pecado, pois rogaram a Moisés que tirasse as serpentes de lá, pois sabiam que haviam pecado;
    E no outro texto, o diabo é dito como a antiga serpente, se fomos voltar em Genesis vamos ver a quem se referia. Se quiser buscar em mais lugares um nome, no suposto livro de Enoque esse dragão que é a antiga serpente é chamado de Gadrel, um dos que primeiro decaiu da Graça de Deus.
    Mas são coisas vagas e que não tem fundamento bíblico que comprove, mas é mais perto do que Lúcifer e nem por isso creio que seja esse o nome real como certeza da minha fé.

    No outro texto que cita sobre "lúcifer" em Ezequiel, novamente vemos o mesmo caso de Isaías, uma lamentação levantada contra o rei de Tiro uma cidade rica, procure e pesquise sobre ela, e você verá que no seu auge tinha muitos bens, todos citados na lamentação de Ezequiel, lembrando que Éden é uma região e não o jardim a região é grande e compreendia a cidade em questão, veja:
    Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
    Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.
    Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônica, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados.
    Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
    Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.
    Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.
    Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.
    Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.
    Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá.
    Ezequiel 28:11-19

    Vemos que ele cita todas as riquezas da real cidade de Tiro, e não das riquezas de um caído.
    Outro fato interessante, os antigos reis dessa época costumavam se retratar como divindades, e o querubim era uma bem comum, inclusive Ciro tinha uma retratação dele na qual aparecia como um querubim humano (uma das quatro faces ou um dos quatro modos nos quais os querubins sempre eram retratados).
    Veja a foto no link: http://misteriosantigos.50webs.com/Ciro_o_Grande.jpg
    Existem outras de outros reis que se denominavam divindades;
    E uma lamentação consiste em elevar algo ao topo e depois colocá-lo ao mais baixo nível possivel.
    Outro fato interessante de se notar é que se o texto retratasse (novamente ao mesmo ponto) de um caído seria uma linha fora do contexto, leia o texto antes e depois, veja que tanto em Ezequiel como em Isaías se fala sobre reinos e lamentações sobre eles, por quê Deus iria fazer isso aos seus profetas de profetizarem coisas fora do contexto? Ele não é muito mais claro expressando as coisas abertamente?

  9. O outro ponto sobre Miguel e Jesus.
    Onde você leu na bíblia que Miguel é o Anjo do Senhor que aparece no antigo testamento?
    Não há nada que prove isso, mas justamente que diga que era o próprio Cristo. Pois quanto visitou Abraão não citava o Anjo do Senhor, mas simplesmente o Senhor. E como você cita sobre Oséias que o retrata sendo o próprio Deus.
    Miguel tem textos relacionados a ele somente quando é citado seu nome, pois sempre foi conhecido assim, já Cristo não tinha recebido um nome pelos Homens ainda, a não ser de Messias, ou Cristo (ambos significando Ungido) já que ainda não o conheciam, por isso o texto diz "conhecereis a Verdade e ela vos libertara" e logo Cristo fala "Eu sou o caminho a verdade e a vida".
    Ninguém conhecia a Cristo por isso era chamado de Anjo do Senhor, mas já Miguel, já o conheciam e pelo nome.
    E o fato de Miguel ser chamado de Grande princípe é o fato dele ser mesmo, e princípe dos anjos não tem significado você cojita… Pois anjo significa mensageiro, e a conotação que se tem é de qualquer outra criação que não seja humana hoje é chamada de anjo, assim como alienigena é dado para qualquer ser de outro planeta pelos cientistas.
    E por que Miguel se conteria diante do diabo como diz em Judas se ele é o próprio Deus? Ele é incapaz e só Deus Pai e Deus Espírito é todo poderoso?
    Por que ele se colocaria em posição de igualdade com algo que criou sendo que Ele mesmo diz que não divide honra nem glória com ninguém?
    E o texto sobre a vinda:
    “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (I Ts 4:16, Almeida Revista e Corrigida)
    Tirado do seu próprio texto, se refere primeiro a alarido, definido pelo dicionário como "gritaria, berreiro, algazarra, choradeira, lamúrias", depois se refere a voz de arcanjo, e depois trombeta de Deus; Leiá-mos interpretando de forma simples. Ele se refere a coisas que acontecerão, não que Ele fará, mas ao que se ouvirá enquanto Ele vem.

  10. Outra coisa vamos voltar ao texto de Genesis lá no início de tudo:
    E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
    Gênesis 1:26
    Então eu também sou Deus meu caro, pois fui chamado pelo próprio de imagem e semelhança, e fui feito assim…. estou certo na afirmação? Claro que não. Então agora, nada disso me revoga ser Deus, mas sim ser querido e intimo dEle, mas nunca ser Ele de fato.
    E outro ponto é que essa é a tradução do nome Miguel é uma comoda para quem a quer. Pois os termos do nome Miguel em hebraico e em grego seria uma tradução ao pé da letra "Aquele/Quem como Deus".
    Mas é o mesmo "aquele" ou "quem" utilizado em perguntas, o que introduz o nome a uma pergunta e não afirmação ou você afirmaria algo assim "por quê é" na nossa lingua sabendo que esse "por quê" separado e com e acentuado com circunflêxo (^) incita pergunta e não afirmação?
    Quando Miguel é retratado em Daniel, é chamado de "principe de vocês" e diz que ajudou Gabriel contra o "principe da pérsia", ora por um acaso Deus disputa territorios com outros que se equivalem a Ele?
    Não, mas uma de suas criaturas sim.

    Então, sim, vamos receber a Luz do Mundo, que resplandeceu sobre toda treva e fez até as trevas se tornarem luz diante dEle.
    Mas tenhamos cuidado para não andarmos por caminhos nas margens e nos "achados" bíblicos, pois lembre que é mais seguro crer naquilo que Deus permitiu vermos através dEle memso na pessoa do Espirito Santo do que tentarmos desvendar segredos onde não há usando de nosso próprio entendimento e não o concedido por Ele, pois aqueles que são chamados de amigos e filhos já nada mais é incoberto, e por quê teriamos que buscar tantas coisas para acharmos algo obscuro na bíblia se Deus se revelou a nós?
    Fique na paz, se quiser e estiver à vontade para responder, aguardo sua resposta, se não, tudo bem, fique com Deus, abraços. Graça e Paz.

  11. Querido Alexandre, fico feliz em me comunicar com alguém que demonstra ter o costume de estudar as Escrituras, não somente lê-las ou ouvi-las! Parabéns e que o Senhor Espírito – o Autor da inspiração (II Pe 1:20, 21) e Dono do dom profético (I Co 12:7-11) e de sua interpretação – continue com sua mente e influenciando seu caráter!

    Respondendo suas indagações e comentando suas colocações

    “Por que Deus na sua infinita sabedoria faria um texto tão confuso que mistura em um momento uma lamentação contra a babilônia e em outro momento fala de um suposto anjo caído, como se Ele se importasse com a história de (com o perdão da palavra) idiotas como esses pra perder tempo falando algo para alguém que não tem mais volta, e depois voltar a falar da babilônia outra vez?” (Alexandre)

    Primeiramente sugiro a você que não chame Satanás ou qualquer um dos demais anjos caídos de “idiota”. Nem Deus, a maior autoridade do universo, faz isso. Fazer uso de armas carnais contra o autor delas é dar tiros no próprio pé, você me entende? Deus nos dá Suas próprias armas nesse grande conflito. “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo” (II Co 10:3-5, ARA). E o que está registrado na Bíblia não é para quem quer se perder ou já se perdeu, mas “essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos” (I Co 10:11, NVI).

    Segundo: o fato de você achar alguns textos de Isaías 14 confusos (bem como Ez 28) significa que eles de fato o são?! Você pode achar confusa a dupla abordagem – local e profética – na interpretação destes textos bíblicos, mas isso não é um argumento válido para invalidar a interpretação. Vou lhe apresentar como essa ambiguidade bíblica se repete frequentemente em ambos os testamentos e como o próprio Deus é o responsável por ela, ou seja, não se trata de uma escolha do profeta escritor dos textos ou de uma conveniência religiosa, mas do significado original do texto a tal ponto que, de outo modo, sua interpretação fica incompleta ou completamente errada!

    Exemplo 1 “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). Se usarmos o método que você usou para entender Is 14 e Ez 28 aqui nesta passagem, chegaremos a conclusão absurda de que Deus mentiu, já que Adão comeu do fruto, foi expulso do jardim vivo e só veio a falecer com 930 anos (Gn 5:5)! Por outro lado, evitando essa interpretação simplista que faz Deus errar, temos que procurar o significado original do texto. Paulo e o próprio Moisés, autor do Pentateuco, entre outros profetas, entenderam o raciocínio divino de Gn 2:17: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo” (Ef 2:1, 2, NVI). “O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). “Hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus filhos vivam, e para que vocês amem o Senhor, o seu Deus, ouçam a sua voz e se apeguem firmemente a ele. Pois o Senhor é a sua vida, e ele lhes dará muitos anos na terra que jurou dar aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó” (Dt 30:19, 20, NVI). Ou seja, a morte profetizada por JAVÉ em Gn 2:17 era tanto a física quanto a espiritual, com ênfase nesta última, já que o casal não morreu fisicamente no dia em que comeram, muito embora tenham começado a morrer, tanto eles quanto o restante da criação de Deus!

  12. Exemplo 2 As profecias preditas pelo próprio JAVÉ Deus em carne, o Senhor Jesus, em Mateus 24, são outro excelente exemplo da ambiguidade deliberada por Deus nalgumas passagens bíblicas! Os versinhos 4 – 29 tanto já tiveram seu cumprimento no contexto judaico (destruição de Jerusalém, 70 d.C.), como nos séculos de predominância católica no contexto político-religioso, bem como têm se cumprido em nossos dias e ainda se cumprirão imediatamente antes da vinda do Filho do homem, o v. 30 nos assegura! Ignorar isto e interpretar Mt 24:4-29 como cumprido ou como a se cumprir ainda revela desconhecimento bíblico profundo e interfere até mesmo na compreensão do que é a verdade segundo as Escrituras e seu impacto na vida diária, me refiro ao estilo de vida Deus espera de Seus filhos!

  13. “Em nenhum momento Isaías foi incitado a citar nome de anjo, ou se referir a alguém que não fosse o reino babilônico” (Alexandre).
    Sério? Então, o referido homem “rei da babilônia” (Is 14:4) tinha poderes sobrenaturais e tinha ambições sobre-humanas, pois o profeta o descreveu assim: “Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à terra, você, que derrubava as nações! Você que dizia no seu coração: "Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembleia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo"” (Is 14:12-14, NVI). É bem verdade que Nabucodonosor, um dos reis babilônicos, passou por uma possível epifania como castigo por sua arrogância contra Deus (Dn 4), mas Isaías 13 e 14 e a cronologia bíblica-histórica deixam claro que a) o “rei da Babilônia” é uma referência ao reino babilônico em seu auge avassalador com suas várias sucessões reais e b) Nabucodonosor nem fraudas usava ainda quando a profecia de Isaías já existia e apontava para o passado de um ser que em sua arrogância caíra dos céus, embora almejasse ser maior do que JAVÉ!
    Acompanhe a sequência de textos bíblicos numa ordem e contexto que realçam seu significado original, e apesar de fora de seus contextos bíblicos, não têm seu valor alterado e nos ajudam a entender Is 14 e Ez 28!
    “Enquanto as estrelas matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam” (Jó 38:7, NVI). “Sua cauda [do dragão] arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra” (Ap 12:4). “Houve então uma guerra no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram. Mas estes não foram suficientemente fortes, e assim perderam o seu lugar no céu. O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançado à terra” (Ap 12:7-9). “Certamente, se Deus não se refreou de punir os anjos que pecaram, mas, lançando-os no Tártaro, entregou-os a covas de profunda escuridão, reservando-os para o julgamento” (II Pe 2:4, Tradução Novo Mundo).
    (Não é errado trabalhar com sequências de textos bíblicos como a construída logo acima quando o significado de cada texto é mantido mesmo fora de seu contexto! A própria Bíblia é um conjunto de ensinamentos espalhados que podem ser organizados numa sequência razoável. Cf. Is 28:10, 13)

  14. Isaías 14 e Ez 28 têm seus significados proféticos realçados pela sequência acima. Um certo anjo, brilhante como o Vênus, criado perfeito (algo que do rei de Tiro, por exemplo, nunca poderia se dizer já que nascemos em pecado, Sl 51:5; cf. Ez 28:15) e ocupando a posição de querubim como aqueles dois da tampa ou propiciatório da “arca do Testemunho” (Êx 25:16-22).
    Aliás, vemos ali estátuas muito mais antigas do que a imagem que você me apresentou no link http://misteriosantigos.50webs.com/Ciro_o_Grande.jpg, as quais só evidenciam a existência desses seres angelicais majestosos! Sua própria figura no link não tem nada que ver com o rei de Tiro, mas nos ajuda a perceber como os antigos povos contemporâneos ao Antigo Testamento e até a ele anteriores já possuíam conhecimento sobre a existência dessa classe de anjos, uma vez que suas esculturas reflitem um ensinamento bíblico datado muito anterior a elas (Gn 3:24 cita querubins aqui na Terra na época do primeiro casal!); lembre-se que até Moisés nasceu, morreu, foi ressuscitado e trasladado (Jd 9 e Mt 17:3) muito antes das culturas dos povos mencionados, de modo que não se pode dizer que os querubins da arca sejam posteriores aos achados arqueológicos!
    Devido a essa comparação do profeta Isaías com Vênus, “filho da alva”, helel ben shajar no hebraico, Tertuliano, Jerônimo e outros chamados pais da igreja usaram helel do verbo halel, dar luz ou brilhar, lúcifer, em latim, para denominar o anjo rebelde que ambicionou assentar-se no “monte da congregação” (Is 14:13) ou “monte de Deus” (Ez 28:16). Não ignoro o fato de tanto o rei babilônico como o de Tiro serem pagãos e segundo seu folclore religioso os deuses se reuniam num monte alto, de onde decidiam os assuntos da Terra. Até porque essas culturas pagãs propagavam e muito a versão satânica do conflito entre o mal e Deus! Isso se repete com frequência nos achados arqueológicos – histórias semelhantes as da Bíblia sendo que exaltando o dragão em vez de Miguel. Para um estudioso das Escrituras, tal semelhança se explica assim, Satanás pregando seu evangelho, recontando a história de sua derrota na sua versão mentirosa de guerreiro vencedor! Se eu acreditasse no paganismo, então poderia concordar que as expressões bíblicas que envolvem o “monte de Deus” são simples referências as tradições pagãs. No entanto, as Escrituras me fazem enxergar que tais mitos são evidências da luta entre Satanás ou Lúcifer e Jesus também presente nas culturas pagãs, e o uso correto que o Espírito Santo e Seus profetas fizeram desses mitos, que foi exatamente corrigir a versão simplista e enganadora dos anjos maus ao apresentar a existência de um “monte da congregação” real, o “monte Sião” (Ap 14:1, Hb 12:22 e Sl 2:6) no Céu, de onde Lúcifer foi expulso juntamente com os outros rebeldes contaminados por ele e por suas heresias (comp. Ap 12:4 e Is 9:15).
    Isso enfatiza a divindade de Miguel ou a de Jesus, pois, se Satanás estivesse guerreando com uma simples criatura de Deus, como entender Isaías, o qual afirmou que Lúcifer queria dominar o Céu e ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:14)? Se sua luta era e é contra o Altíssimo, como entender que Miguel é só mais um anjo do bem? Na verdade, Miguel é o Altíssimo na forma de anjo, assim como Jesus é o Altíssimo na forma humana. Vamos às evidências bíblicas para essas afirmações poderosas. Acompanhe mais uma sequência de raciocínios bíblicos maravilhosos (arrumação por assuntos de textos espalhados nas Escrituras):
    “Então sonhou: estava posta sobre a terra uma escada, cujo topo chegava ao céu; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; por cima dela estava JAVÉ, que disse: Eu sou JAVÉ, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência. Disse-me o anjo de Deus no sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui. Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto” (Gn 28:12, 13 e 31:11, 13, ARA).

  15. Primeira conclusão: o Anjo de Deus ou de JAVÉ é o próprio JAVÉ, de modo que não é errado afirmar que em Gn 18 o Anjo de JAVÉ conversou com Abraão! Confira essa mesma verdade em Êx 3 e Zc 12:8. Deus não só criou os anjos, como assumiu essa posição. E como anjo, como Deus Se chama? “Anjo de JAVÉ” (Jz 13:19, 22), “Anjo de Deus” como lemos em Gênesis e em praticamente todo o Antigo Testamento, e também Miguel. Vamos para as evidências bíblicas desta última afirmação:

    “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia. Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro” (Dn 10:13 e 12:1). “Respondeu ele: Não; mas venho agora como príncipe do exército de JAVÉ. Então Josué, prostrando-se com o rosto em terra, o adorou e perguntou-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo? Então respondeu o príncipe do exército de JAVÉ a Josué: Tira os sapatos dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E Josué assim fez” (Js 5:14, 15). “E apareceu-lhe o anjo de JAVÉ em uma chama de fogo do meio duma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia; pelo que disse: Agora me virarei para lá e verei esta maravilha, e por que a sarça não se queima. E vendo JAVÉ que ele se virara para ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés! Respondeu ele: Eis-me aqui. Prosseguiu Deus: Não te chegues para cá; tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Êx 3:2-4).

    A Bíblia nos oferece vislumbres fantásticos de Miguel como príncipe-anjo de Deus, mesmo sendo o próprio Deus, pois exigiu adoração de Josué assim como Ele fizera décadas atrás com Moisés! Se parássemos por aqui já teríamos motivos suficientes para crer na divindade de Miguel. As Escrituras não pregam o politeísmo, mas ensinam sobre as Pessoas divinas – Pai, Jesus e Espírito Santo, a unidade da Trindade, assim como a unidade no casamento entre macho e fêmea (Gn 2:24) e a unidade do corpo místico de Cristo aqui na Terra, Sua Igreja (Jo 17). Ora, se Miguel (cf. Dn 12:1) é “o defensor” (ARA) ou protetor (NVI) ou “que se levanta a favor” (TB) do povo de Deus especialmente no “tempo de angústia” escatológico (comp. Dn 12:1 e I Jo 2:1), é digno da adoração recebida só por JAVÉ e o Anjo de JAVÉ (Js 5:15 e Êx 3:4, ou você encontra outro príncipe digno de adoração na Bíblia além de Miguel?), expulsou Satanás do Céu (Ap 12:7), veio ressuscitar Moisés (comp. Jd 9 e Mt 17:3), tem os Seus anjos e é maior e mais forte do que eles (cf. Dn 10:13 e Ap 12:7), Miguel só pode ser a mesma Pessoa divina de Jesus, ou melhor – uma das três naturezas de Jesus! Jesus é o Anjo de Deus, pois Ele se identificou com o “Eu Sou” de Êxodo 3, cf. Jo 8:58, o qual era o Anjo de JAVÉ. Jesus é Homem, pois morreu. Jesus é Deus, pois antes de possuir as duas outras naturezas, Ele já existia (Jo 1:1-5). Como Homem Ele é menor do que o Pai (Jo 14:28) e do que os anjos (Hb 2:9). Como Anjo Ele trata os anjos como Seus semelhantes, inclusive Satanás (comp. Jd 6 e Dn 10:13). Porém, como Deus é superior a tudo, é Salvador da humanidade, vindicador do caráter da Trindade e destruidor do mal (II Ts 2:8)!

  16. Conclusão Se Miguel não é divino, então por que Gabriel não venceu o “príncipe da Pérsia” sozinho? Se Miguel não é divino, então por quê Ele venceu Satanás no Céu? Quem é o “descendente” da mulher de Gn 3:15? Se é Jesus, então como afirmar que Jesus é criatura apenas, uma vez que esse texto é uma autoafirmação divina de que Deus se tornaria um descendente de Eva ou da humanidade para esmagar um anjo ou todo o mal?! Eva e, Gn 4:1 pensou que Caim já era JAVÉ em forma de gente! Perceba que essas perguntas são problemas eternos para aqueles que interpretam Jesus observando apenas umas de Suas três naturezas, uma interpretação simplista e completamente equivocada. Se Jesus não fosse o Anjo de JAVÉ (ou ainda Anjo JAVÉ), por que Ele não enviaria o Anjo de JAVÉ ou o Miguel liderando os demais anjos em Sua vinda (cf. Mt 24:30, 31)? Descrer que Miguel é Jesus faz com que existam 5 Pessoas divinas – o Pai, Jesus, o Espírito, o Anjo de JAVÉ e Miguel. Lúcifer, ou melhor, o ex-Lúcifer, guerreou contra Jesus porque achava que ao assumir Sua natureza angelical, Deus Se tornaria vulnerável! Ledo engano, pois foi precisamente Miguel quem o expulsou do Céu! Outros hoje acham que Deus fica vulnerável em Sua natureza humana, o Cristo, daí criam um politeísmo onde o Pai é JAVÉ e Jesus é Seu primeiro filho, mas digno de adoração, além de negarem a divindade do Senhor Espírito! Logo, como afirmei antes neste artigo, permitir que nossa natureza carnal interprete as Escrituras em vez de observar as ambiguidades originais e os vários pontos de vistas dos próprios profetas bíblicos a respeito do tópico, é facilitar o trabalho daquele que existe para mentir sobre o caráter de Deus e o seu próprio. O resultado é a existência de várias denominações religiosas, contraditoriamente cristãs, que ensinam apenas pedaços do que a Palavra de Deus diz ou então algo que ela não diz! Daí o estilo de muitos professos cristãos não se diferencia muito daqueles que decididamente não estão se preparando para a volta de Jesus. A hermenêutica bíblica é algo muito sério. Só o Senhor Espírito deve ter o direito de presidi-la e a verificação disso se dá no caráter do estudante das Escrituras que vive no Espírito! “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2:29).

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