novembro 23, 2024

Blog do Prof. H

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Estudo sobre o dom de línguas – 2ª parte

1 CORÍNTIOS 14

Em Coríntios, a língua não era “estranha”, mas um dom legítimo que precisava ser orientado. O que é um dom espiritual? – Capacitação natural, dada por Deus aos salvos, para um objetivo útil da Igreja. O que é um talento? – Capacitação natural, recebida por herança ou adquirida por treinamento, podendo ser usado dentro ou fora da Igreja. Os dons SEMPRE são concedidos pelo Espírito com um fim “proveitoso” para a Igreja (1Co 12:7; 1Co 14:12, 19). Portanto, o objetivo principal da concessão do dom é EDIFICAR, INSTRUIR e ORIENTAR a Igreja de Deus (Efésios 4:11-13). No caso do dom de línguas, a condição para que ele seja útil é que possa ser COMPREENDIDO (1Co 14:6-11). Para a evangelização e edificação é necessário que os “sons” sejam compreensíveis. Isso deixa totalmente de fora as “línguas estranhas” que vemos nos movimentos pentecostais e carismáticos da atualidade. Como é dito que, embora o que fala em línguas não seja entendido por ninguém, mas é dito que o que fala em outra língua se edifica a si mesmo, e que só pode haver edificação se houver entendimento, conclui-se que o que fala em línguas, fala uma língua estrangeira, porque os que falam as “línguas estranhas” atuais dizem sempre que não sabem o que estão falando. Já que o que fala se edifica (1Co 14:1-4), e portanto entende o que fala, então ele certamente fala em um idioma estrangeiro. O que ocorre em 1Co 14 é o mesmo dom de Atos 2. O que estava havendo de errado era a desordem com que acontecia o dom, e a irreverência que isto causava ao culto. Por isso Paulo orienta a organização do dom (vv. 26-33, 39-40). Os pentecostais dizem que o dom de línguas é uma “prova” perante a igreja de que determinado irmão foi “batizado” com o Espírito Santo. Neste caso, o dom seria um sinal para os crentes, o que está totalmente em desarmonia com o que Paulo afirma no verso 22. Paulo também estava interessado em desvincular o culto cristão com o culto à deusa Cibele, que era realizado em Corinto, e que era caracterizado por grandes demonstrações de êxtase e transes.
ESTUDO DO TERMO GREGO USADO PARA “LÍNGUAS”
O estudo de uma palavra no seu original bíblico pode nos ajudar a esclarecer algumas dúvidas. A palavra grega utilizada para “línguas” é GLOSSA (de onde vem glossário, glossolalia, etc.). Em inúmeras passagens do Novo Testamento, esta palavra (ou suas variações) SEMPRE está vinculada ao idioma falado pelas pessoas e nações. Vejamos alguns dos versículos onde esta palavra ocorre:
Lucas 1:64; Atos 10:46; 1Ped. 3:10; Atos 2:26; Atos 19:6; Apoc. 13:7; Rom. 14:11; Rom. 3:13; Apoc. 14:6; 16:10; Filip. 2:11; 1Cor. 12:10, 28, 30; 1Jo 3:18; Tiago 3:5-6;1Cor. 13:1; Marcos 7:33, 35; Atos 2:3-4; 1Cor. 14:5-6; 1Cor. 14:9; 1Cor. 13:8; 1Cor. 14:18, 23, 39; Apoc. 5:9; 1Cor. 14:22; Apoc. 10:11; Apoc. 7:9; 11:9; Apoc. 17:15; Lucas 16:24; Atos 2:4, 11;Marcos 16:17; 1Cor. 14:2, 4, 13-14, 19, 26-27; Tiago 1:26; 3:8.
Observe, especialmente, os que estão em destaque. Não restam dúvidas, CONFORME O TEXTO BÍBLICO, de que o dom de línguas é uma manifestação sobrenatural para o crente falar em OUTRO IDIOMA ESTRANGEIRO, diferente do seu, para o qual ele não teve qualquer treinamento, com o ÚNICO objetivo de fazer avançar a pregação do evangelho, levando a Igreja de Deus a ser edificada e reconhecida. Portanto, o dom bíblico não tem NADA parecido com as manifestações emocionais e confusas que são observadas nas Igrejas Pentecostais de nossos dias.
Estude esta pesquisa desde seu início: Estudo sobre o dom de línguas – 1ª parte.
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