A idade de nosso planeta é importante!
Muitos secularistas criticaram o Senador da Flórida Marco Rubio quando este, durante uma entrevista, não concordou com a alegação de que a Terra tem 4,5 mil milhões de anos.1 Uma semana depois, uma mulher escreveu ao programa televisivo americano The 700 Club, expressando a sua preocupação de que os filhos e o marido “estavam-se a afastar-se de Deus” como consequência das dúvidas intelectuais em torno da Bíblia.
Tenho 3 filhos adolescentes, e agora dois deles questionam a Bíblia . . . . Eles dizem-me que se a Bíblia é a verdade, ela deveria explicar razoavelmente a existência dos dinossauros. . . . Como é que eu lhes explico coisas das quais a Bíblia não fala?2
Pat Robertson, o anfitrião do programa, respondeu que os grandes répteis andaram na Terra “antes do tempo Bíblico.” Ele disse também que a Terra tem mais do que 6,000 anos, citando a datação por radiocarbono e as “carcaças” de dinossauro.2
Mas a sua resposta não lidou com o ponto sensível levantado pelos filhos da mulher: se a Bíblia realmente é a Palavra de Deus, então ela tem que fornecer um enquadramento lógico para explicar a existência dos dinossauso. E a Bíblia faz precisamente isso.
Os dinossauros foram criados na mesma semana que os outros animais terrestres (Génesis 1:24-25). Devido a isto, os seres humanos certamente que viram estes grandes “dragões.” De facto, em Jó 40 e Jó 41, a Bíblia contém descrições detalhadas de dois animais com a aparência de dragões. Mas para que a questão dos dinossauros faça sentido, é necessário aceitar o Texto Bíblico tal como ele está escrito sem tentar acomodar as mitologias em torno dos “milhões de anos” ou da teoria da evolução. Pat Robertson obviamente pensa que proclamanr o entendimento contextual de Génesis pode afastar as crianças da fé Cristã.
Mas os mais jovens podem rapidamente discernir inconsistências intelectuais, e é totalmente inconsistente afirmar que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus ao mesmo tempo que se aceita a ideia dos “milhões de anos” (que nem de perto nem de longe possuem algum tipo de suporte Bíblico). Esta óbvia contradição pode na verdade causar a que as crianças questionem mais – e não menos – a Bíblia.
Para além disso, as duas “evidências” que Robertson citou, quando propriamente entendidas, confirmam uma idade jovem para a Terra. O decaimento do Carbono-14 (radiocarbono) é relativamente rápido, portanto, nenhum carbono-14 detectável deveria estar presente em espécimes com mais de 100,000 anos. No entanto, quantidades detectáveis de carbono-14 são rotinamente encontradas em amostras de carvão e gás natural que supostamente têm milhões de anos de idade.3
Embora a menção de Robertson em torno das “carcaças” de dinossauro foi uma referência atabalhoada aos ossos de dinossauro fossilizados, sem ser a sua intenção, Robertson tocou no assunto do “tecido macio de dinossauro”. Material orgânico frágil (tais como vasos sanguíneos, e até possivelmente ADN) foram recuperados dos fósseis de dinossauro.4 Mas como é que material tão frágil poderia sobreviver milhões de anos?
Os Cristãos tentados a colocar de lado a questão em torno da idade da Terra deveriam fazer a seguinte pergunta: se esta questão – a da idade da Terra- não é assim tão importante, então porquê o furor gerado após uma figura conhecida questionar os “milhões de anos”? E porque é que os inimigos do Evangelho estão tão desejosos de marginalizar os Cristãos que afirmam uma Terra Jovem?
A resposta é óbvia: esta questão é importante por vários motivos.5Embora os dados científicos de modo sobrepujante se encontrem do lado da Terra Jovem, os inimigos do Evangelho têm no seu arsenal uma arma potencial: a ridicularização. Não só ninguém quer ser ridicularizado, como Satanás é suficientemente inteligente para fomentar o medo junto dos Cristãos de modo a que eles não acreditem – e proclamen – esta doutrina vital.
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Uma das tragédias dos Cristãos que justificadamente lutam contra a mitologia neo-darwinista é o facto de muitos deles não se aperceberem que a forma mais rápida de demolir por completo o frágil edifício naturalista/evolucionista é mostrar como a Terra não tem milhões de anos. Se a Terra não têm milhões de anos, então não houve tempo suficiente para a evolução. Logo, todos os gráficos e fósseis que possam ser artificialmente alinhados de modo a mostrar como é que um réptil evoluiu para um pássaro (algo cientificamente impossível), ou como um animal terrestre se tornou numa baleia, perdem a já de si ridícula “autenticidade científica”.
É precisamente devido ao facto da questão da idade da Terra ser fundamental para o evolucionismo que eles evitam qualquer tipo de debate em torno disso.
Referências
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Sullivan, S. Marco Rubio: Earth’s age ‘one of the great mysteries.’ The Washington Post. Posted on washingtonpost.com November 19, 2012, accessed December 4, 2012.
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Even Pat Robertson Denies the Earth is 6,000 Years Old. The 700 Club online video. Posted on youtube.com November 27, 2012, accessed December 4, 2012.
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Baumgardner, J.2005. Carbon-14 Evidence for a Recent Global Flood and a Young Earth. In Vardiman, L. et al. (eds.), RATE II: Radioisotopes and the Age of The Earth. San Diego, CA: Institute for Creation Research and the Creation Research Society.
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Thomas, B. Dinosaur Soft Tissues: They’re Real! Creation Science Update. Posted on icr.org August 11, 2009, accessed December 4, 2012.
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Cosner, L. and G. Bates. Did God create over billions of years? And why is it important? Creation Ministries International. Posted on creaton.com October 6, 2011, accessed December 5, 2012.