Depressão pós-parto e a perspectiva evolucionista
TÍTULO:
Depressão pós-parto, histórico reprodutivo materno e apoio social.
OBJETIVO:
Verificar prevalência e fatores de risco associados à Depressão Pós-Parto (DPP) em mães de periferia da Zona Oeste de São Paulo/SP.
MÉTODO:
Foram recrutadas, inicialmente, cerca de 400 gestantes que realizaram consultas de pré-natal em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Bairro do Butantã e cujo parto estava previsto para ocorrer no Hospital Universitário (HU-USP) entre setembro e dezembro de 2006. Destas, 273 deram à luz no HU e foram incluídas no estudo.
A perspectiva evolucionista orientou a formulação das várias hipóteses investigadas, como a relação entre a notável dependência do bebê humano, sua predisposição natural para a formação de vínculos (apego e intersubjetividade primária) e a necessidade de imersão em um grupo familiar e cultural para o desenvolvimento cognitivo. Também foi investigada a influência das dificuldades do ambiente social e afetivo sobre as estratégias de investimento parental e de desenvolvimento infantil.
RESULTADOS:
Mostraram forte correlação com o risco de depressão pós-parto:
- Frequência e a gravidade dos conflitos com o parceiro (maior na amostra do hospital público);
- Ocorrência de episódios anteriores de depressão.
Outros fatores de risco para depressão pós-parto identificados na pesquisa, porém com menor peso, foram:
- Maior número de filhos;
- Existência de filhos de relacionamentos anteriores;
- Maior número de crianças morando na mesma casa;
- Gravidez não desejada;
- Rejeição na infância;
- Menarca (primeira menstruação) precoce;
- Menor idade materna.
A pesquisa mostrou que as mães com depressão pós-parto lidam com os sintomas de tal forma que conseguem preservar o desenvolvimento adequado do filho. As crianças também têm mecanismos protetores, de resiliência.
REFERÊNCIA:
VIEGAS, LM; SILVA, GA; CECCHINI, M; FELIPE, R; OTTA, E; BUSSAB, VSR. Depressão pós-parto, histórico reprodutivo materno e apoio social. Boletim do Instituto de Saúde (Instituto de Psicologia – USP). Disponível em: <http://www.ip.usp.br/portal/images/stories/Viegas_Silva_Cecchini_Felipe_Otta_depressao_ps-parto_2008.pdf> Acesso em 08 out. 2013.
TOLEDO, Karina. Taxa de depressão pós-parto é maior em hospital público da capital. Agência FAPESP, 08 out. 2013. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/18012> Acesso em 08 out. 2013.
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NOTA: O Projeto Original de Deus para o casal tem sido abandonado e os meios de comunicação, principalmente filmes, programas de TV e revistas de entretenimento feminino tem banalizado a relação sexual. Hoje, mesmo entre os jovens cristãos, a epidemia do pensamento que o sexo antes do casamento é “normal” também é presente. Jovens instruídos pela mídia secularizada crescem, se casam e formam famílias desestruturadas. Grande parte desta culpa é dos pais que não tem mais tempo para instruir e conversar com os filhos. Sabiamente, Ellen G. White comenta:
“Não há maior desgraça para os lares do que permitir que os jovens sigam o seu próprio caminho. Quando os pais tomam em consideração todo desejo dos filhos, e com estes condescendem no que sabem não ser para o seu bem, os filhos logo perdem todo o respeito para com os pais, toda a consideração pela autoridade de Deus e do homem e são levados cativos à vontade de Satanás. A influência de uma família mal dirigida é dilatada, e desastrosa a toda a sociedade. Acumula uma onda de males que afeta famílias, comunidades e governos.” (Patriarcas e Profetas, p. 426)