Deus não opera milagre para evitar que eu sofra a colheita de minhas más ações!
O Senhor manda-nos advertências, conselhos e repreensão, para que tenhamos oportunidade de corrigir nossos erros, antes de se tornarem nossa segunda natureza. Mas se recusamos ser corrigidos, Deus não intervém para frustrar as tendências de nosso próprio procedimento. Ele não opera milagre para que a semente semeada não germine e produza fruto.
O homem que manifeste uma infiel audácia ou uma obstinada indiferença para com a verdade divina, estará apenas colhendo o produto de sua própria sementeira. Essa tem sido a experiência de muitos. Ouvem com estoica indiferença as verdades que outrora lhes comoviam a alma. Semearam a negligência, a indiferença e a resistência à verdade; e tal é a colheita que recolhem.
A frieza do gelo, a dureza do ferro, a impenetrável e insensível natureza do granito – tudo isto encontra um paralelo no caráter de muitos professos cristãos.
Foi assim que Deus endureceu o coração de Faraó. Deus falou ao rei egípcio pela boca de Moisés, dando-lhe as mais impressionantes provas do poder divino; mas o rei recusou, obstinadamente, a luz que o teria levado ao arrependimento. Deus não mandou que um poder sobrenatural endurecesse o coração do rebelde rei, mas como Faraó resistisse à verdade, o Espírito Santo Se retirou, e ele se deixou ficar nas trevas e incredulidade que preferira.
Pela persistente rejeição da influência do Espírito, os homens se desligam de Deus. Ele não tem em reserva instrumento mais poderoso, para iluminar-lhes a mente. Nenhuma revelação de Sua vontade pode alcançá-los em sua incredulidade. (Mente, Caráter e Personalidade, p.33)