Viés evolucionista inconsciente num artigo sobre viés inconsciente (Super útil, mas super enviesado!)
(clique nas imagens para ampliá-las!)
[Meus comentários flagrarão os enviesamentos dentro de colchetes, viu?!] Nós não conseguimos evitar de formar suposições rápidas sobre outras pessoas. Quem é poderoso ou fraco? Quem é carinhoso ou agressivo? Quem é confiável e quem é competente? Isso é chamado de preconceito (ou viés) inconsciente e o quadrinho acima mostra como ele funciona na prática.
À primeira vista, a história pode parecer confusa porque nós (erroneamente) assumimos que o cirurgião é o pai – que agora está morto -, quando, na verdade, a médica é a mãe do menino. Isto é preconceito, e muitas vezes é errado, mas não precisamos nos sentir tão culpados assim por isso.
Conforme explica a professora de Desenvolvimento Cognitivo da University College London e presidenta do Comitê de Diversidade da Sociedade Real, Uta Frith, em um artigo publicado no site da BBC, essas premissas vêm da parte antiga, inconsciente de nossa mente. As decisões são manipuladas antes mesmo de serem feitas e, querendo ou não, a parte inconsciente de nossa mente nos deixou em uma boa posição ao longo de milhões de anos de evolução [opss… um exemplo prático de enviesamento inconsciente e/ou doutrinamento! Veja, a hipótese NUNCA confirmada da macroevolução das espécies é simplesmente inferida aqui presunçosamente como se fosse fato! A maneira científica e eticamente correta seria inserir o olhar evolucionista com expressões como “talvez a evolução tenha deixado a parte inconsciente de nossa mente…” ou “de acordo com a teoria evolucionista…”. Veja contrapartidas sólidas às inferências dogmáticas dos evolucionistas na teoria do Design Inteligente e na teoria Criacionista (é só clicar!)].
Elas nos permitem decidir em uma fração de segundo quem é amigo ou inimigo, simplesmente avaliando se outra pessoa parece conosco, e nos incitam a preferir o familiar e temer o desconhecido. O problema é que nossos amigos e inimigos já não são os mesmos dos nossos ancestrais remotos [os quais podem sim ter sido sempre humanos, de acordo vários pesquisadores evolucionistas, confira: artigo 1, artigo 2 e artigo 3.].
Falhas do pensamento
Nós categorizamos automaticamente as pessoas com base em sua aparência ou seu gênero como pertencentes ao nosso grupo. Se elas são do nosso grupo, ficamos felizes em estar ao seu lado e contamos com o apoio delas.
“O gênero é um atalho para ajudar-nos a adivinhar se alguém é forte ou fraco, agressivo ou carinhoso”, aponta Frith. “Nossa mente inconsciente toca um alarme se alguém é diferente de nós ou desconhecido, mas a maioria dos antigos sinais de perigo já são ultrapassados hoje em dia. Em nosso mundo social moderno, queremos criar igualdade e justiça. Nós aprendemos os valores da democracia e da justiça. Nós aprendemos que nos beneficiamos mais da cooperação do que do conflito”.
Além disso, ao longo da evolução [para os adeptos dessa crença…] nós descobrimos que, na política, alianças improváveis entre inimigos podem funcionar, e que pessoas excêntricas podem fazer descobertas incríveis. E, claro, nós aprendemos que os homens podem ser carinhosos e que as mulheres podem ser agressivas.
Ainda assim, no fundo, sentimos que estes exemplos parecem ir contra a corrente. “Isto são os nossos antigos estereótipos inconscientes chacoalhando suas gaiolas”, diz a pesquisadora. E o que devemos fazer quanto a isso? “Deixe-os chacoalhando. Temos percebido que o preconceito em negociações políticas só conduz a um impasse e que excluir excêntricos da ciência seria uma séria desvantagem. Sabemos agora que uma diversidade de pontos de vista nos ajuda a evitar ficarmos presos em uma rotina antiga”.
Decisões conscientes
Levando em conta que sabemos de tudo isso, chega a hora da nossa mente consciente ter de se afirmar. Ela não pode expulsar a parte inconsciente, mas pode estar ciente de sua obstinação e pode substituí-la na tomada de decisões. Assim, podemos questionar até mesmo os estereótipos que parecem verdadeiros, naturais e inofensivos.
A professora dá um exemplo deste tipo de situação: a maioria de nós mantém o preconceito inconsciente de que as mulheres são mais agradáveis, mais passíveis de ajudar e mais inclinadas a cuidar dos outros. Os homens, por outro lado, são estereotipados como agressivos, competitivos e menos inclinados a cuidar dos outros.
Ok, as mulheres supostamente são seres mais agradáveis. Por que devemos superar esse preconceito? “Aqui está o porquê. Uma mãe teve uma noite sem dormir porque ficou acordada cuidando de seu bebê inquieto. Na manhã seguinte, recebe visitas em casa e seu marido vai trocar a fralda do bebê. Os visitantes elogiam o marido, dizendo que ele está fazendo algo excepcional, ou que ele é bom e carinhoso. A mulher não é elogiada porque ela é vista como alguém que está apenas cumprindo seu dever”.
Outro exemplo frequentemente citado é o de que quando uma mulher é assertiva e defende seus argumentos em algum tipo de reunião, a maioria das outras pessoas a considera agressiva. Porém, se um homem agir da mesma maneira e usar os mesmos argumentos, ele teria sido considerado simplesmente claro e direto. “Assim, o estereótipo de gentileza é uma maneira de manter as mulheres em um lugar inferior na hierarquia, de modo que elas achem que é mais difícil de competir com os homens”, explica Frith.
E como podemos vencer o preconceito inconsciente? “Nós podemos diminuir a velocidade das nossas decisões e questionar as nossas primeiras reações. Podemos monitorar e desafiar uns aos outros porque vemos o preconceito mais facilmente nos outros do que em nós mesmos”.
Não devemos culpar uns aos outros por termos este tipo de impulso, já que é apenas humano ter preconceitos inconscientes. A boa notícia é que temos a escolha de sair desta armadilha e isso começa a acontecer quando nos dispomos a reconhecer que ela existe.
Fonte: BBC via Hypescience.
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