Ilusão de ótica e de conceito!
Um cientista americano afirma que, ao tentar decifrar como as ilusões de óticas “enganam” nossas mentes, é possível revelar detalhes sobre o funcionamento do cérebro humano. Professor de neurociência da University College de Londres, Beau Lotto diz que têm sido crucial para a evolução humana o órgão e sua capacidade de processar constantemente as informações que recebe do mundo que nos cerca. Lotto apresentou imagens que ajudam a entender melhor essa capacidade, começando com a importância de se enxergar em cores. Acompanhe a apresentação do cientista: a imagem [acima] mostra uma versão em preto e branco de uma cena em uma selva. Nesta versão da cena, é mais difícil encontrar o grande predador, uma pantera que parece estar prestes a atacar. Isso ocorre pela razão de o observador enxergar apenas as superfícies de acordo com a quantidade de luz que elas refletem.
A segunda imagem, da mesma cena, está com todas as cores. E, dessa vez, o observador poderá ver o animal imediatamente (no canto inferior direito). A razão disso é que a imagem em cores mostra as superfícies de acordo com a qualidade da luz que elas refletem (e não apenas a intensidade). Com isso, o cérebro recebe muito mais informações.
A cor nos torna capazes de ver um número maior de semelhanças e diferenças entre os objetos, o que é necessário para a sobrevivência. Encontrar a pantera na imagem colorida é incrivelmente fácil para os humanos. Mas, os melhores computadores não conseguem fazer isso. Compreender como vemos é um dos principais objetivos da neurociência. […]
Fonte: Folha.com.
Nota: Uma coisa é dizer que o olho ou a capacidade de ver em cores evoluiu, outra é explicar como. Em seu livro A Origem das Espécies, Darwin admitiu que pensar no olho o fazia “esfriar todo”. No livro A Caixa Preta de Darwin, o bioquímico Michael Behe prova que Darwin tinha razão em ficar preocupado: mais do que um problema do ponto de vista da morfologia, explicar a origem da bioquímica irredutivelmente complexa da visão torna as coisas ainda mais complicadas para os darwinistas (leia o livro). As células visuais capazes de identificar a cor são diferentes daquelas que captam outras informações. Como surgiram? Se existiam antes, que função tinham e por que e como mudaram? E todos os demais mecanismos e partes interconectadas (como neurônios especializados, para citar apenas um exemplo), como surgiram e se interligaram? Crer que mutações aleatórias e seleção natural sejam capazes de originar toda a informação genética necessária para possibilitar a formação e funcionamento da visão, isso sim é ilusão de ótica (Michelson Borges).