novembro 21, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

Apocalipse – possibilidades (capítulo 3: Filadélfia)

Capítulo 3.7-13

Ap

Texto (ARA, 3ª ed)

Leitura com a fundamentação das possibilidades que tentam alcançar a intenção do profeta João e a intenção do Revelador Jesus Cristo

3.7

Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá:

Para o mensageiro que receberá esta mensagem lá na igreja de Filadélfia, você diz assim João: o Autor desta mensagem é Aquele que não possui pecado; mais ainda: Ele é a Verdade; e, assim como Davi, Ele possui a chave do Palácio real. Sendo Sua soberania real anterior e superior a davídica, Sua autoridade se estende sobre o Santuário celestial onde o destino dos reinos humanos e todas as criaturas da Terra são abertos e fechados – Ele é o que pode libertar o pecador de seu destino de destruição, bem como decretar a destruição do pecador inconformado em existir como criatura Sua. E ninguém, nem mesmo Satanás, é capaz de invadir Seu palácio e impedi-Lo em Seu trabalho no Santuário celestial, a partir do período profético de Filadélfia (fim do século 18 até 1844), no lugar Santíssimo daquele tribunal.

                              Confira At 3:14 e Lv 11:44.

                             “Este verso aplica a Cristo a profecia de Isaías a respeito de Eliaquim (Isa. 22:20-22; ver II Reis 18:18). Eliaquim foi escolhido para ter supervisão sobre ‘a casa de Davi’, segundo é indicado pelo fato de que lhe seria dada ‘a chave da Casa de Davi’. A posse da ‘chave’ por Cristo representa Sua jurisdição sobre a Igreja e sobre o propósito divino que deve ser realizado por intermédio dela”, SDABC, vol. 7, p. 757, 758, citado por Battistone (1989, p. 50). 

                            “A sexta igreja a quem Jesus endereçou a carta foi Filadélfia (“amor fraternal”). Essa cidade ficava na estrada comercial imperial e servia como passagem, uma “porta aberta”, para um grande e fértil planalto. As escavações indicam que Filadélfia era um centro em que as pessoas iam buscar saúde e cura. Por conta de frequentes terremotos, os habitantes da cidade se mudaram para o campo, vivendo em humildes cabanas.

                             “[…] A mensagem a essa igreja se aplica profeticamente ao grande reavivamento do Protestantismo durante o Primeiro e o Segundo Despertamentos que ocorreram na Grã-Bretanha e na América aproximadamente de 1740 a 1844. Tendo em conta a luz que possuíam, os cristãos de fato buscaram guardar a Palavra de Deus (Ap 3:8) nessa época. Houve uma ênfase crescente na obediência aos mandamentos de Deus e na vida pura. Parece que a “porta aberta” é o caminho/passagem para o santuário celestial, pois o santuário de Deus também é mencionado (Ap 3:12, compare com Ap 4:1, 2). O fechamento de uma porta e a abertura de outra indicam a mudança que ocorreria no ministério sumo-sacerdotal de Cristo em 1844.

                             “[…] Grandes reavivamentos ocorreram nas igrejas dos dois lados do Atlântico. Nos anos que antecederam 1844, a mensagem da breve vinda de Cristo foi proclamada em muitas partes do mundo. A promessa de escrever o nome de Deus nos vencedores indica que o caráter de Deus será visto em Seu povo. A mensagem de que Cristo em breve virá é tão importante quanto a mensagem de que Ele promete preparar Seu povo para esse grande evento, perdoando seus pecados e escrevendo Sua lei em seu coração (veja Fp 1:6; Hb 10:16, 17). (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 30).

                             “’O que abre e ninguém fecha’. – Para compreender esta linguagem é necessário considerar a posição e obra de Cristo relacionada com o Seu ministério no santuário, ou o verdadeiro tabernáculo celeste (Heb. 8:2). Existia outrora aqui na Terra uma figura, ou cópia, deste santuário celeste, no santuário construído por Moisés (Êxo. 25:8, 9; Atos 7:44; Heb. 9:1, 21, 23, 24). O edifício terrestre tinha dois compartimentos: o lugar santo e o lugar santíssimo (Êxo. 26:33, 34).

                             “No primeiro compartimento estavam o castiçal, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso. No segundo estavam a arca, que continha as tábuas da Aliança, ou os Dez Mandamentos, e os querubins (Heb. 9:1-5). Semelhantemente, o santuário em que Cristo ministra no Céu tem dois compartimentos, porque nos é indicado claramente em Hebreus 9:21-24 que “o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado” eram “figuras das coisas que se acham nos céus”. Como todas as coisas foram feitas segundo o seu modelo, o santuário celeste tinha também móveis semelhantes aos do terrestre. Para o antítipo do castiçal e altar do incenso, construído de ouro, que se encontravam no primeiro compartimento, ver Apoc. 4:5; 8:3, e para o antítipo da arca da Aliança, com os seus Dez Mandamentos, ver Apoc. 11:19.

                             “No santuário terrestre ministravam os sacerdotes (Êxo. 28:41, 43; Heb. 9:6, 7; 13:11, etc.) O ministério destes sacerdotes era uma sombra do ministério de Cristo no santuário celeste (Heb. 8:4, 5). Cada ano realizava-se um ciclo completo de serviço no santuário terrestre (Heb. 9:7). Mas no tabernáculo celeste o serviço é realizado uma vez por todas (Heb. 7:27; 8:12). No fim do serviço típico anual, o sumo sacerdote entrava no segundo compartimento, o lugar santíssimo do santuário, para fazer expiação, e essa era chamada a purificação do santuário (Lev. 16:20, 30, 33; Ezeq. 45:18).

                             “Quando começava o ministério no lugar santíssimo cessava o do lugar santo, e nenhum serviço se realizava aqui enquanto o sacerdote estava ocupado no lugar santíssimo (Lev. 16:17). Semelhante ato de abrir e fechar, ou mudança de ministério, devia Cristo realizar quando chegasse o tempo para a purificação do santuário celeste. E esse tempo havia de chegar no fim dos 2.300 dias, ou seja, em 1844. A este acontecimento pode aplicar-se com propriedade o abrir e fechar mencionados no texto que agora consideramos, onde o ato de abrir representaria o começo do ministério de Cristo no lugar santíssimo, e o ato de fechar, à cessação de Seu serviço no primeiro compartimento, ou lugar santo” (SMITH, 1979, p. 48, 49).

                             “Viam agora que estavam certos em crer que o fim dos 2.300 dias em 1844 assinalava uma crise importante. Mas, conquanto fosse verdade que se achasse fechada a porta da esperança e graça pela qual os homens durante mil e oitocentos anos encontraram acesso a Deus, outra porta se abrira, e oferecia-se o perdão dos pecados aos homens, mediante a intercessão de Cristo no lugar santíssimo. Encerrara-se uma parte de Seu ministério apenas para dar lugar a outra. Havia ainda uma “porta aberta” para o santuário celestial, onde Cristo estava a ministrar pelo pecador”. “Via-se agora a aplicação das palavras de Cristo no Apocalipse, dirigidas à igreja, nesse mesmo tempo…” (WHITE, 2013, 429, 430).

                             “[…] e que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o reconhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade do sábado do quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposição atroz e decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério de Cristo no santuário celestial. Os homens procuravam fechar a porta que Deus havia aberto, e abrir a que Ele fechara. Mas “O que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre”, tinha declarado: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar.” Apoc. 3:7 e 8. Cristo abrira a porta, ou o ministério, do lugar santíssimo; resplandecia a luz por aquela porta aberta do santuário celestial, e demonstrou-se estar o quarto mandamento incluído na lei que ali se acha encerrada; o que Deus estabeleceu ninguém pode derribar” (Ibidem, 435).

                             “Vi que a presente prova do sábado não poderia vir até que a mediação de Jesus no lugar santo terminasse e Ele passasse para dentro do segundo véu; portanto os cristãos que dormiram antes que a porta fosse aberta no santíssimo, quando terminou o clamor da meia-noite no sétimo mês, em 1844, e que não haviam guardado o verdadeiro sábado, agora repousam em esperança, pois não tiveram a luz e o teste sobre o sábado que nós agora temos, uma vez que a porta foi aberta.

                             “Eu vi que Satanás estava tentando alguns do povo de Deus neste ponto. Sendo que grande número de bons cristãos adormeceram nos triunfos da fé e não guardaram o verdadeiro sábado, eles estavam em dúvida quanto a ser isto um teste para nós agora. Os inimigos da verdade presente têm estado procurando abrir a porta do lugar santo, a qual Jesus fechou, e a fechar a porta do lugar santíssimo, que Ele abriu em 1844” (Ibidem, p 42, 43).

                             “Viam agora que estavam certos em crer que o fim dos 2.300 dias em 1844 assinalava uma crise importante. Mas, conquanto fosse verdade que se achasse fechada a porta da esperança e graça pela qual os homens durante mil e oitocentos anos encontraram acesso a Deus, outra porta se abrira, e oferecia-se o perdão dos pecados aos homens, mediante a intercessão de Cristo no lugar santíssimo. Encerrara-se uma parte de Seu ministério apenas para dar lugar a outra. Havia ainda uma “porta aberta” para o santuário celestial, onde Cristo estava a ministrar pelo pecador”. “Via-se agora a aplicação das palavras de Cristo no Apocalipse, dirigidas à igreja, nesse mesmo tempo…” (WHITE, 2013, 429, 430).

                             “[…] e que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o reconhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade do sábado do quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposição atroz e decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério de Cristo no santuário celestial. Os homens procuravam fechar a porta que Deus havia aberto, e abrir a que Ele fechara. Mas “O que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre”, tinha declarado: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar.” Apoc. 3:7 e 8. Cristo abrira a porta, ou o ministério, do lugar santíssimo; resplandecia a luz por aquela porta aberta do santuário celestial, e demonstrou-se estar o quarto mandamento incluído na lei que ali se acha encerrada; o que Deus estabeleceu ninguém pode derribar” (Ibidem, 435).

                             “Vi que a presente prova do sábado não poderia vir até que a mediação de Jesus no lugar santo terminasse e Ele passasse para dentro do segundo véu; portanto os cristãos que dormiram antes que a porta fosse aberta no santíssimo, quando terminou o clamor da meia-noite no sétimo mês, em 1844, e que não haviam guardado o verdadeiro sábado, agora repousam em esperança, pois não tiveram a luz e o teste sobre o sábado que nós agora temos, uma vez que a porta foi aberta. Eu vi que Satanás estava tentando alguns do povo de Deus neste ponto. Sendo que grande número de bons cristãos adormeceram nos triunfos da fé e não guardaram o verdadeiro sábado, eles estavam em dúvida quanto a ser isto um teste para nós agora. Os inimigos da verdade presente têm estado procurando abrir a porta do lugar santo, a qual Jesus fechou, e a fechar a porta do lugar santíssimo, que Ele abriu em 1844” (Ibidem, p 42, 43).

3.8

Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.

Eu conheço o que vocês da igreja de Filadélfia fazem, e por isso mesmo desde 1844 tenho colocado diante de vocês a porta do santíssimo lugar do Santuário celestial, para o qual adentrei (para os contemporâneos a João, Eu Sou esta porta); este não foi construído por mãos humanas, de modo que homem algum pode fechar. Vocês têm pouco poder em relação ao poderio hegemônico da cultura religiosa tradicional arraigada; mesmo assim vocês mantiveram os Meus ensinos e não foram contraditórios e incoerentes quanto à prática dos mesmos.

                              “Nos capítulos dez e quatorze encontra-se uma muito ampla exposição da vasta obra da igreja de Filadélfia” (MELLO, 1959, p. 97).

                             “Este foi um período de notável atividade na obra das missões cristãs e na distribuição da Bíblia. A Sociedade Bíblica Britânica começou a funcionar em 1804 e a Americana em 1816. Mas foi também um momento de. grande interesse no cumprimento da profecia bíblica e do breve retorno de Cristo. O cumprimento dos sinais dados por Jesus (Mateus 24:29), o escurecimento do sol e a lua vermelha como sangue (19/5/1780) e a queda das estrelas (13 / 11 / 1833), indicava a proximidade do fim. Assim, o fim do século 18 testemunhou a inauguração de um dos mais poderosos movimentos para a evangelização do mundo. O período de Filadélfia culminou com o Grande Movimento do Segundo Advento do século XIX. Através do estudo das profecias de Daniel e Apocalipse, a cristandade chegou a uma profunda convicção de que a Volta de Cristo estava próxima. Este reavivamento culminou numa grande decepção, como veremos quando estudarmos Apocalipse 10” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 11).

                             “Esta porta não foi aberta até que a mediação de Jesus no lugar santo do santuário terminou em 1844. Então Jesus Se levantou e fechou a porta do lugar santo e abriu a porta que dá para o santíssimo, e passou para dentro do segundo véu, onde permanece agora junto da arca e onde agora chega a fé de Israel. Vi que Jesus havia fechado a porta do lugar santo, e que nenhum homem poderia abri-la; e que Ele havia aberto a porta para o santíssimo, e que homem algum poderia fechá-la” (WHITE, 2007b, p. 42).

                             “Mas a igreja de Filadélfia não vira a porta do lugar santíssimo, aberta, que Deus abrira diante de si. Esta igreja, como vimos, esperava a segunda vinda de Cristo em 1844, no final do período dos 2300 anos da profecia de Daniel, capítulo oito versículo quatorze. Por esta razão não podia ver a obra mediadora de Cristo no lugar santíssimo, além do ano de 1844. Foi esta falta que determinou a sua amarga decepção naquele ano, demonstrada cabalmente na profecia do capítulo dez. A igreja que a seguiu, Laodicéia, deparou a porta aberta para o santíssimo e compreendeu o ministério sacerdotal de Jesus ali desde 1844 até que Sua porta também se feche e o Senhor venha buscar os Seus amados seguidores. Enquanto esta porta não fôr fechada com o término do siclo da intercessão de Jesus no santíssimo, “ninguém a pode fechar”. E quem não entrar por esta porta de misericórdia agora, para encontrar a seu Salvador, nunca O há de encontrar e estará perdido para a eternidade” (MELLO, 1959, p. 99, 100).

                             “Esta pouca fôrça não implica em pouca fé e poder do alto, mas em recursos materiais e influência no mundo. O versículo seguinte atesta que a igreja tinha inimigos, da sinagoga de Satanás. Estes, da igreja de Sardo apóstata, cujo número era avultado, fizeram-lhe cerrada guerra. Todavia a igreja fôra elogiada por guardar a palavra viva do Senhor, em meio às oposições, pouca influência e bens no mundo. Fiel à Sua palavra e enfrentando os obstáculos, secundada pelo poder do alto, a igreja de Filadélfia ia cumprir o propósito de Deus exarado nas profecias” (MELLO, 1959, p. 100).

3.9

Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei.

Então Eu farei com que os que se dizem cristãos, mas que na verdade os considero membros da sinagoga de Satanás (são mentirosos e falsos como o pai deles), sim, farei com que esses se dirijam a vocês e reconheçam (ao menos externa e publicamente) que Eu amo Minha igreja, Meu corpo.

                              “Logo ouvimos a voz de Deus semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Ao declarar Deus o tempo, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto brilhou com esplendor da glória de Deus como aconteceu com Moisés, na descida do Monte Sinai.

                             “[…] Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios enraiveceram-se e arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a fim de lançar-nos à prisão, quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram indefesos ao chão. Foi então que a sinagoga de Satanás conheceu que Deus nos havia amado a nós…” “O senhor acha que aqueles que adoram prostrados aos pés dos santos (Apoc. 3:9), serão salvos no final. Nisto tenho que discordar do senhor, pois Deus mostrou-me que esta classe é de adventistas nominais que já caíram, já crucificaram de novo o Filho de Deus, e O expuseram ao vitupério público. E na hora da tentação que está para vir, para expor o verdadeiro caráter de cada um, eles conhecerão que estão perdidos para todo o sempre; e oprimidos, angustiados de espírito, eles cairão aos pés dos santos”, Thiele (1960, p. 88) citando Ellen G. White.

3.10

Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.

E pelo fato de vocês perseverarem em Minhas promessas, em Meus ensinos, eles se cumprirão na vida de vocês no período de maior provação que acontecerá em todo o planeta, sobretudo imediatamente antes do Meu retorno, para esquadrinhar o coração da humanidade e expor seu conteúdo.

                             “Um grande tempo de prova que precede o Segundo Advento. Não é declarado qual será a sua duração” (BATTISTONE, 1989, p. 50).

                             “A palavra da paciência de Jesus são as Escrituras Sagradas, Sua inspiração.1) Todo que a observar com fidelidade manifestará na vida a paciência que elas inspiram. Uma das recompensas que gozaria a igreja de Filadélfia por guardar a palavra da paciência do Senhor, era que seria guardada da terrível tentação que sobrevirá, em breve ao mundo. Esta tentação alude ao tremendo tempo em que as sete pragas forem derramadas na terra, também chamado tempo de angústia. Naquele tempo, os fiéis crentes da igreja de Filadélfia estarão guardados no túmulo, esperando o chamado de seu vitorioso Salvador” (MELLO, 1959, p. 100).

                             ““Está iminente diante de nós a “hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra”. Apoc. 3:10. Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra de Deus, serão enganados e vencidos. […] Os que sinceramente buscam o conhecimento da verdade, e se esforçam em purificar a alma pela obediência, fazendo assim o que podem a fim de preparar-se para o conflito, encontrarão refúgio seguro no Deus da verdade.

                             “Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei” (Apoc. 3:10), é a promessa do Salvador. Mais fácil seria enviar Ele todos os anjos do Céu para protegerem Seu povo, do que deixar a alma que nEle confia ser vencida por Satanás”. “Embora o povo de Deus esteja rodeado de inimigos que se esforçam por destruí-lo, a angústia que sofrem não é, todavia, o medo da perseguição por causa da verdade; receiam não se terem arrependido de todo pecado, e que, devido a alguma falta, não se cumpra a promessa do Salvador: “Eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo.” Apoc. 3:10.”” (WHITE, 2013a, p. 560, 619).

                             “Diz João em Apocalipse 14:12: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” Os que agora vivem em paciente e fiel obediência aos mandamentos de Deus e à fé de Jesus serão guardados na hora de tentação e de perigo” (SMITH, 1979, p. 49).

3.11

Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.

Eu volto já já. Continuem mantendo Meus ensinos como fonte da religiosidade de vocês, impedindo que outras filosofias os enganem, colocando-os no caminho onde em seu final não há coroa da vitória.

                             “Apresenta-se aqui de novo a segunda vinda de Cristo, com maior ênfase do que em qualquer das mensagens precedentes. Chama-se a atenção dos crentes para a proximidade desse acontecimento. A mensagem aplica-se a um período em que está iminente esse grande evento. Isto evidencia de modo indubitável a natureza profética destas mensagens. O que se diz das três primeiras igrejas não contém alusão alguma à segunda vinda de Cristo, visto não abrangerem um período em que pudesse esperar-se, biblicamente, esse acontecimento. Mas com a igreja de Tiatira, tinha chegado o momento em que esta grande esperança começava a raiar para sobre a igreja.

                             A mente é levada para esta esperança por uma simples alusão: “Retende-o até que Eu venha.” A etapa seguinte da igreja, o período de Sardes, encontra a igreja mais próxima desse acontecimento, e se menciona a grande proclamação que anunciaria a vinda de Cristo, e impõe-se à igreja o dever de vigiar: “Se não vigiares virei como ladrão.” Mais tarde chegamos à igreja de Filadélfia, e a proximidade desse grande acontecimento leva Aquele que “é santo e verdadeiro” a pronunciar a instante declaração: “Eis que venho sem demora.” De tudo isso se depreende que estas igrejas ocupam épocas sucessivas mais próximas do grande dia do Senhor, visto que, num crescendo cada vez mais pronunciado, este grande acontecimento vai-se realçando cada vez mais, e vai sendo chamada a atenção a ele de modo mais definitivo e impressionante. Ao chegar a este período, a igreja pode ver, de fato, que se vai aproximando aquele dia (Heb. 10:25)” (SMITH, 1979, 49, 50).

                             “O povo de Deus, nos últimos dias, deve usar a coroa da vitória espiritual (Apoc. 3:11; 6:2). Eles usam a coroa de duas maneiras: 1ª Eles possuem a dádiva da vida eterna (I S. João 5:12 e 13); 2ª Obtém a vitória sobre o pecado pelo poder de Cristo que habita neles (I S. João 5:4; Rom. 6:14)” (BATTISTONE, 1989, p. 100). “O trono e a coroa são penhores de uma condição atingida; são os testemunhos da vitória sobre o próprio eu por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (WHITE, 2007c, p. 619).

3.12

Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome.

Quem continuar vencendo irei torná-lo um pilar na morada do Meu Deus, uma referência para todos os demais e dali jamais sairá; também irei escrever em seu caráter o Nome do meu Deus, o nome da Cidade do Meu Deus – a Jerusalém renovada – que descerá do Céu vinda diretamente do Meu Deus, e ainda escreverei o Meu novo Nome. Ou seja, o caráter de Meus filhos vitoriosos será semelhante ao do Deus que eles escolheram adorar e seu destino será habitar com esse Deus.

              “[…] em 17 d.C. [Filadélfia] sofreu um terrível terremoto (comum na região). Talvez esteja aí a referência à coluna (símbolo de firmeza) que cada justo se tornaria no templo de Deus e daí jamais será movido” (SILVA, 2009, p. 91).

3.13

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Quem tem interesse em aprender de Mim, atenda ao Espírito Santo que está conduzindo as mentes de João (na recepção desta mensagem e sua escrita) e Meus outros mensageiros (na leitura e transmissão dela) das sete igrejas.

 

Referências:

BATTISTONE, Joseph J. Lições da Escola Sabatina, 2º Trimestre de 1989, nº 374, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.

MELLO, Araceli S. A Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse, 1959.

OLIVEIRA, Arilton; BRANCO, Frederico; SOUZA; Jairo; QUEIROZ, Manassés; ANDRADE, Milton; IRAÍDES, Társis. Apocalipse. Escola Bíblica, Novo Tempo. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2015.

SILVA, Rodrigo Pereira. Comentário Gramático Histórico do Apocalipse – Anotações para acompanhamento de classes. Faculdade Adventista de Teologia, 2009. Disponível em: <http://www.adventistas.com/wp-content/uploads/2014/10/Comentario-Gramatico-Historico-do_Apocalipse-Rodrigo-P-Silva.pdf>. Acesso em: jan. 2017.

SMITH, Urias. As profecias de Daniel e Apocalipse, vol. 2. O livro de Apocalipse, 1979.

STEFANOVIC, Ranko; MODZEIESKI, Carla N. O Livro do Apocalipse. Lição da Escola Sabatina. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n° 495, jan., fev., mar., 2019. Adultos, Aluno.

THIELE, Edwin R.; BERG, Henrique. Apocalipse – esboços de estudos, 1960. Disponível em: <http://www.iasdsapiranga.com.br/assets/esbo%C3%A7os-do-apocalipse.pdf>. Acesso em: fev. 2017.

WHITE, Ellen G. O Desejado de Todas as Nações, 2007c. Disponível em: <http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/O%20Desejado%20de%20Todas%20as%20Na%C3%A7%C3%B5es.pdf>. Acesso em: jun. 2017.

_________. O Grande Conflito, 2013a. Disponível em: <http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/O%20Grande%20Conflito.pdf>. Acesso em: fev. 2017.

_________. Primeiros Escritos, 2007b. Disponível em: <http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Primeiros%20Escritos.pdf>. Acesso em: jun. 2017.

_________. Testemunhos para a Igreja, v. 4, 2013c. Disponível em: <http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Testemunhos%20para%20a%20Igreja%204.pdf>. Acesso em: ago. 2017.

 

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