dezembro 3, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

Um ancestral comum ou um Designer comum?

Olhando para os traços surreais de muitas pinturas, alguns conseguem enxergar o pincel do Pablo Picasso entre centenas de outras obras. O pintor tem uma linha artística bem definida e por meio deste design único do artista espanhol conseguimos reconhecer o traço dele. Segundo alguns darwinistas, uma das provas da ancestralidade comum entre humanos e símios são as similaridades na aparência. Detalhes de homologia seriam uma evidência de que em algum ponto do passado teríamos tido o mesmo ancestral.

Comparação entre um homem e o chimpanzé sem pêlos Jambo, que vive no Twycross Zoo, no Reino Unido

Recebemos uma foto em nossa redação tirada no jardim zoológico de Twycross, na qual é retratado um chipanzé que perdeu os pelos com músculos visivelmente parecidos com músculos humanos. Segundo o leitor, seria uma evidência evolutiva.

A simples aparência não constitui argumento a favor de nada. Dessa forma, podemos inferir que as semelhanças existentes na natureza só apontam para um projetista que utiliza mecanismos semelhantes para construir obras diferentes. Semelhanças são fortes evidências de um projetista comum que usa uma plataforma de base funcional para desenvolver seus projetos a partir dela.

A similaridade (homologia) não é evidência de ancestralidade comum (evolução) contra um designer comum (criação). Pense em um carro Porsche e um Volkswagen Beetle. Ambos têm motores de quatro cilindros, planos horizontalmente opostos, arrefecidos a ar na suspensão traseira independente, duas portas, porta-malas na frente e muitas outras semelhanças (homologias). Por que esses dois carros muito diferentes têm tantas semelhanças? Porque eles tinham o mesmo designer! Se a semelhança é morfológica (aparência) ou bioquímica, não há nenhuma consequência para a falta de lógica nesse argumento para a evolução.

Se os seres humanos fossem completamente diferentes de todas as outras coisas vivas, ou se todos os seres vivos fossem completamente diferentes, isso revelaria o Criador para nós? Não! Nós logicamente [pensaríamos] que deve haver muitos criadores em vez de um. A unidade da criação é testemunho do Único e Verdadeiro Deus que fez tudo. Veja o que diz Romanos 1:18-23:

“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder, como a Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis. Porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.”

Sabemos que o DNA nas células contém grande parte da informação necessária para o desenvolvimento de um organismo. Em outras palavras, se dois organismos parecem semelhantes, esperaríamos que houvesse alguma similaridade também em seu DNA. [Os DNA de uma vaca e uma baleia, dois mamíferos, deveriam ser mais parecidos do que os DNA de uma vaca e uma bactéria]. Se não fosse assim, então toda a ideia de que o DNA fosse o portador de informações nos seres vivos teria que ser questionada. Da mesma forma, humanos e macacos têm muitas semelhanças morfológicas; então esperamos que haja semelhanças em seu DNA. De todos os animais, os chimpanzés são mais parecidos com os humanos,[1] portanto, esperaríamos que o DNA deles fosse mais parecido com o DNA humano.

Certas capacidades bioquímicas são comuns a todos os seres vivos, de modo que existe um grau de similaridade entre o DNA da levedura, por exemplo, e o dos humanos. Como as células humanas podem fazer muitas das coisas que a levedura pode fazer, nós compartilhamos semelhanças nas sequências de DNA que codificam as enzimas que fazem o mesmo trabalho em ambos os tipos de células. Algumas das sequências, por exemplo, aquelas que codificam as proteínas do MHC (Major Histocompatibility Complex), são quase idênticas.

Esse argumento é pobre e com várias complicações do ponto de vista darwinista. Os porcos compartilham uma série de características que os assemelham surpreendentemente aos humanos. Por exemplo, ambos temos peles sem pelos, uma espessa camada de gordura subcutânea, olhos claros, narizes salientes e cílios pesados. Partes da pele dos porcos e de suas válvulas cardíacas podem ser usadas em pesquisas médicas por causa de sua semelhança com o corpo humano. Alunos de Medicina Humana frequentemente praticam sutura em patas de porcos. O polvo tem os olhos com um grau alto de similaridade com o olho humano. Até cientistas têm alegado que o ser humano compartilha 50% de seus genes com as bananas.[2] Nessa linha de pensamento, não podemos dizer que somos ancestrais de uma vasta quantidade de animais nem podemos explicar o surgimento de certas “coincidências”. 

Olho de um porco, mostrando a semelhança com humanos

As semelhanças entre humanos e outros mamíferos são grandes, somos todos baseados em carbono, água, todos temos ossos, todos nós temos músculos, todos temos dentes, olhos, nariz, pulmões, coração, cabelo, glândulas mamárias (seios, portanto, mamíferos), todas as fêmeas produzem leite. Cães e lobos são 99% o mesmo animal. Um chihuahua é geneticamente idêntico a um grande dinamarquês e mesmo assim a aparência deles não indica similaridade.

Referências:

[1] However, Jeffrey Swartz, an evolutionary anthropologist at the University of Pittsburg, maintains that man is closer to orangutans in gross morphology. Acts and Facts, 16(5):5, 1987.
[2] Robert McCredie May, citado por Coglan A, Boyce N. “The End of the Beginning: The first draft of the human genome signals a new era for humanity.” New Scientist magazine (1 Jul 2000), 167:5.

Fonte: Criacionismo. Alterações entre colchetes por Hendrickson Rogers.

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