maio 8, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

Sobre o experimento de Miller, Polimerização, a dupla hélice do DNA, DI, abiogênese e as infrações cometidas por pesquisadores de viés naturalista para com os limites impostos pela Matemática

O debate a seguir ocorreu num grupo de WhatsApp. Os participantes estão representados por letras maiúsculas as quais correspondem aos seus nomes. “Hendrickson (H)”, por exemplo. Conheça o projeto e até participe de debates assim AQUI. Boa parte da linguagem é formal e respeita nossa Gramática. Bons estudos!

 

(H) 30 000 artigos científicos (revisados por pares e publicados!) com a autenticidade comprometida https://blogdoprofh.com/2018/07/10/30-000-artigos-revisados-por-pares-e-publicados-com-a-autenticidade-comprometida/

(DZ) Vc leu quantos desses?

(H) Os investigadores leram todos e estão comparando os dados. Isso é o que importa.. (Vc já visualizou a esfericidade da Terra? Já saiu da atmosfera? Não? Não se preocupe. Mesmo antes de a humanidade comprovar visualmente, a Matemática já antecipava esse fato).

(DZ) Não vi a terra por fora por isso não tenho certeza se ela é redonda, eu mesmo não vi a curvatura também.

(H) Como eu disse, fique tranquilo. Mesmo antes de Cristo os matemáticos já garantiram teoricamente esse fato. Isso é ciência: teorias resultantes de teoremas matemáticos. O resto ou é histórico ou é falácia..

A descoberta da Ciência https://blogdoprofh.com/2018/04/21/descoberta-da-ciencia/

Ah se os bispos de Darwin (má ciência) e os bispos da má religião em sua (de)formação universitária tivessem contato com Ciência legítima..

(DZ) Bom sobre a forma da terra não, já que depois de Cristo geral acreditava em terra plana. Eu creio em terra redonda por causa das evidências e tal, mas certeza mesmo não tenho.

(H) A Bíblia sugere a esfericidade da Terra e outras muitas antecipações científicas. Os crentes da Terra plana desconhecem as Escrituras judaico-cristãs.

(DZ) Bom vai da interpretação da pessoa, a bíblia não deixa tão claro assim, não é atoa que eles usam a biblia para defender a terra plana. Apesar de a bíblia tender a sugerir a terra redonda mesmo

(H) Amigo, sequestraram a “Ciência” para defender a crença da macroevolução.. que dizer o que fazem à Bíblia.. Interpretação, para ser levada a sério, deve respeitar a semântica do idioma. Isso os crentes da terra plana não se interessam em conferir.

(DZ) Sim assim como os ateus.

(MG) Até onde sei, para os escritores da bíblia o planeta inteiro era apenas o Mediterrâneo, eles não faziam ideia da existência das Américas e Austrália. Em uma passagem que diz sobre “os quatro cantos da Terra” eles se referem ao Mediterrâneo

(H) Cuidado com as expressões idiomáticas..

(Je) a bíblia é limitada no que tange a ciência e sempre foi à época poderia valer, mas hj não.

(H) Mas existem crentes ateus, digamos, abertos às aprendizagens. Exemplo: Livro: “Mente e Cosmos: por que é que a concepção materialista neodarwinista da natureza é quase de certeza falsa”: https://blogdoprofh.com/2012/10/11/livro-mente-e-cosmos-por-que-e-que/

Os autores bíblicos não eram cientistas, com raras exceções. Mas, se a revelação recebida por eles for legítima (e até aqui, a História, a Matemática e a Biologia têm corroborado), então as antecipações científicas não serão desmentidas. Algumas dessas estão postas aqui: A Bíblia não é um livro científico, mas… https://blogdoprofh.com/2017/02/01/a_biblia/

(Je) Nunca foi alguns insistem em um viés cientifico minimo mas esse livro não trata de ciência.

(J) Thomas Nagel cita Stephen Meyer e Michael Behe. Eu tenho familiaridade com os trabalhos e argumentos deles, e posso explicar porque eles não procedem, ou não possuem a implicação teleológica que alega-se terem. Por que eu deveria concordar com o Nagel (que por sinal é um filósofo, não um bioquímico ou biólogo)?

(H) Sugiro que retire de sua própria memória evolucionista a resposta de sua pergunta. Charles Darwin possuía que graduação mesmo?? Se há mais de um século e meio um teólogo pudia discorrer sobre Biologia, Paleontologia, Geologia e muita, muita ficção científica, – e o que é mais estranho -, ser ouvido, apreciado e transformado num ícone da ciência, o que impede Nagel de analisar criticamente os contos darwinianos? Na verdade, neodarwinianos. Darwin foi bem mais pé no chão do que suas ovelhas. Ele mesmo refutou suas crenças naturalistas em sua literatura: “Se se pudesse demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra” (Charles Darwin,Origem das Espécies, p.161). Flagelo bacteriano, células, olhos, cérebros, … (e a lista é interminável) são carrascos da filosofia darwiniana.

(MG) Argumento extremamente inválido, dizer que por não ter graduação a pessoa é então incapaz de fazer descobertas. Se for assim, vamos desconsiderar os trabalhos de Faraday, Copérnico, Galileu, Eratóstenes, entre muitos outros da história. Mas se você ainda acha que só por não ter graduação ele era incapaz, depois dele vários outros não só confirmaram o trabalho dele mas como ainda aprimoraram com muito mais descobertas, principalmente quando descobrimos a genética.

Darwin dedicou muito tempo à botânica, que inclusive foi o que fez ele perceber A Origem das Espécies, devido uma flor e uma ave.

Faraday inventou o motor elétrico sem sequer saber fazer equações de primeiro grau.

Se não me engano, foi Maxwell quem fez as equações para ele para que ele pudesse patentear sua invenção.

Graças ao “incapaz” do Faraday, hoje a unidade de Capacitância leva seu nome.

(H) Recomendo que releia os diálogos e descubra quem introduziu a insinuação de que se não for especialista não merece crédito, a priori.. Vc parece só ter lido meu contra-exemplo sobre a insinuação do Jonas.

(J) Darwin meramente propôs um modelo com base em observações genéricas acerca de uma série de padrões observados na natureza. Ele não estava formulando uma crítica formal a nenhum argumento específico, ou em uma área altamente especializada. Tanto é que muitas de suas conjecturas foram de fato demonstradas como incorretas. E ninguém segue o que Darwin disse cegamente. O Nagel, por outro lado, está formulando uma crítica a um modelo já existente, com base em áreas de conhecimento bastante específicas e que exigem alguma especialização, como bioquímica e biologia molecular. Por isso, eu rejeito a sua analogia.

Além do mais, Darwin apenas propôs a teoria, mas foram os muitos trabalhos acadêmicos que vieram nos quase dois séculos subsequentes que efetivamente corroboraram o seu modelo. Darwin não é um Deus na biologia evolutiva. Ele apenas propôs uma hipótese. A biologia evolutiva moderna se sustenta sem ele, e a maior parte das coisas que sabemos sobre esse campo foram descobertas mais tarde. Apesar de altamente perspicaz, Darwin cometeu erros. Ele tampouco estabeleceu uma teoria matemática-genética da evolução, importante para aqueles que se propõe a refutar a teoria. Isso quem fez foram nomes como Fisher, Haldane e Wright, no século 20.

Por sinal, o que você entende por “neo-darwiniano”?

E nenhum destes sistemas são “carrascos” da biologia evolutiva moderna – a não ser que você ignore toda a sua base teórica e processos evolutivos conhecidos. Mas sinta-se a vontade. Selecione um destes e me explique porque ele seria um “carrasco” para a “maléfica e vil filosofia darwiniana”.

Qual argumento ele oferece como sendo particularmente forte contra o “materialismo neo-darwinista”? 

(H) É só ler o livro dele ou ao menos uma resenha do mesmo lá em meu site.

(J) Blz. Vou procurar mais tarde.

Você poderia citar um argumento do Michael Behe ou do Stephen Meyer que você considera particularmente forte, e porque?

(H) Já lhe oportunizei alguns textos a respeito.. Mas posso repetir. Os pequenos vídeos abaixo podem resumir a ideia de Behe e Meyer.

Vídeos:

A origem da informação genética.

Flagelo bacteriano

(J) Esse já foi extensamente respondido (e efetivamente refutado) por Nick Matzke, em seu artigo seminal de 2003:

http://www.talkdesign.org/faqs/flagellum.html

(H) Vídeos: Construindo uma minhoca

Design inteligente

TDI e 6 proponentes

(J) De fato, e eu responderei assim que tiver um pouco de tempo rsrs. Mas me refiro especialmente ao Meyer e ao Behe.

Eu queria apenas entender onde, exatamente, existe informação no DNA. Eu até entendo que nós podemos conceber o DNA em termos informacionais, através de abstração. Mas eu também poderia fazer isso com qualquer sequência de elementos cuja configuração foi moldada por processos naturais.

O que não se pode fazer é confundir o mapa com o território.

(H) Vc crê que foi refutado. A metodologia científica, não. É muito “fácil” refutar a inferência de design: Ao demonstrar um caso credível, empiricamente observado, em que o acaso cego e/ou necessidade mecânica cria organização complexa funcionalmente específica e informações associadas além de 500 – 1.000 bits, a premissa indutiva chave da teoria do projeto (ID) entra em colapso! Vai lá.

Mapear o território ou modelá-lo matematicamente, embora não seja o mesmo que trabalhar com o território, amplia as possibilidades, pois pode-se usar ferramentas matemáticas. Isso é Ciência. Por outro lado, fugir da matemática para continuar com as interpretações subjetivas da filosofia evolucionista, bem, isso não é ciência. Portanto, mapear não é relativizar quando se chama a Matemática. Por outro lado, ficar no território e ignorar o poder da Matemática, é tomar a parte pelo todo..

(J) Sim, a alegação foi refutada, quer você aceite ou não. A alegação original era: sistema X não poderia evoluir. Um cenário mecânica e matematicamente plausível para a evolução do sistema X foi proposto. Note que não é necessário observar a evolução do sistema em si para refutar a alegação. Para isso, basta demonstrar que um caminho possível e plausível existe, e isso foi feito no artigo (que por sinal você nem sequer leu, tornando sua crítica, portanto, vazia).

Quanto à “organização complexa funcionalmente específica de 500 bits”, explique e demonstre, para mim, como se quantifica informação na natureza. Qual a métrica utilizada? O que seria 1 bit? O que seriam 500 bits? E por que um processo de seleção natural não poderia gerar essa quantidade de informação?

O proponente do DI tem a obrigação de ter todas estas respostas, mecanismos de quantificação informacional rigorosos e objetivos, e uma refutação válida da hipótese nula (algoritmo neo-darwiniano) se quiser ser levado minimamente a sério. Se não, não terá nem sequer chance.

Por sinal, você não pode impor uma exigência evidencial metodologicamente irrealística. Tanto a proposta neo-darwiniana quanto o DI são proposições inferenciais. Exigir uma demonstração que você sabe ser metodologicamente irrealística é desonesto.

Eu não exijo que você me mostre o designer, pois sei que isso seria irrealístico – mesmo que o DI seja uma inferência cientificamente válida (o que ele não é).

Jogue pelas mesmas regras.

E que parte da teoria evolutiva moderna ignora a matemática? A TE possui uma base matemática mais do que sólida. Não é à toa que a fundação matemática da teoria evolutiva foi exposta e detalhado por Ronald Fisher, o pai da estatística moderna, e um dos maiores matemáticos do século 20.

Mapear não é relativizar, mas sim deixar de ver a fundação subjacente daquilo que você está modelando.

São vocês que fogem da matemática, não nós. Ignoram funções de aptidão, relevos adaptativos, modelos evolutivos matemáticos e toda a genética populacional moderna. Ficam só no “é muito complexo, é muito isso, é muito aquilo”. Isso sim é subjetividade.

Por sinal, o DI não explica a origem última da informação. Ao postular um designer, você está obtendo informação de graça. Isso é uma violação do teorema NFL (No Free Lunch). William Dembski aplicou esse teorema a funções de aptidão para tentar argumentar contra a evolução neo-darwiniana, mas cometeu alguns erros fatais. Por outro, se ele tivesse aplicado esse mesmo teorema à hipótese do designer, ele se auto-refutaria. Um designer é o mais exímio exemplo de violação do teorema (a não ser que você assuma a premissa “a informação pode existir pronta na mente de um designer” – só que, nesse caso, você estaria, também, admitindo a premissa mais fundamental “a informação pode existir pronta, sem a necessidade de design).

Claro que isso é irrelevante. Até mesmo em designers conhecidos, a informação é construída de baixo para cima, gradual e algoritmicamente. Todos os projetos observados são o resultado de um longo e tortuoso processo algorítmico de aquisição, disposição e seleção de unidades discretas de informação e conhecimento ao longo da historia antropológica. Não sabíamos construir foguetes há mil anos atrás. Não sabíamos projetar um prendedor de roupas há 10 mil anos atrás. Etc. A informação sempre se constrói de baixo para cima, através de um algoritmo darwiniano. Retemos as unidades informacionais úteis e proveitosas, descartamos as ruins e incorretas. Mas ela nunca surge pronta.

Surgimento pronto é o que o DI postula. Não o neo-darwinismo.

A parcimônia reside com o segundo.

(H) Que pergunta sua a respeito da TDI ou do Criacionismo vc não obteve resposta?? É só perguntar.

(J) Já disse. A origem última da informação é um problema insuperável para o DI enquanto, modelo científico. Ele explica sua instanciação material, mas não sua origem.

(H) Tudo bem. Se essa é a tua dificuldade de enxergar (não da TDI, pois seus proponentes já esclareceram EXAUSTIVAMENTE isso..), vou te oportunizar aprendizagens científicas (ou seja, matemáticas, não subjetivas).

Vou começar de frente pra trás (de 2018 para a fantasiosa sopa primordial) e depois voltarei lá do passado ilusório, fantasioso (abiogênese) para onde estamos novamente.

Como se obtém uma PROVA INEQUÍVOCA para comprovar/refutar um evento? Simples: por meio das leis (Matemática).

Exemplo 1

Em Matemática (a + b)² = a² + 2ab + b²? Sim.

Em Química H2 + 1/2 O2 = H2O? Não! Pois, apesar de essa equação obedecer às leis da Estequiometria e Termodinâmica, ela desobedece à lei da Cinética (na verdade, a menos que exista um agente externo, essa reação para ocorrer é extremamente lenta. Esse evento NÃO OCORRERÁ a menos que vc use um catalisador, uma faísca elétrica, ou seja, vc como agente inteligente FAVOREÇA esse evento de alguma maneira, para VENCER AS LEIS DA CINÉTICA).

Ou seja, a Química e a Física seguem a lógica matemática (não uma lógica filosófica convencionada). O problema aparece quando a gente vai pra sua área: biologia evolucionista (não me refiro à linda e objetiva Biologia, a qual também é regida por leis objetivas da lógica matemática!).

Exemplo 2

Na biologia evolucionista 24 = 23!!! (Como assim??)

Explicação filosófica, subjetiva e por pura conveniência que atribui aos dados da evidência um significado diferente daquele que, do ponto de vista matemático, seria o significado real, objetivo e inalterável:

“Os primos (sic) chimpazés possuem 24 pares de cromossomos. Nós humanos possuímos 23 pares. Se hoje nós temos 23, é porque houve uma fusão cromossômica (sic). 2 A e 2 B nos macacos se fundiram e formaram o cromossomo 2 nos humanos (SIC)”.

Essa ideia é ridícula à luz das leis matemáticas ou da lógica matemática, sobretudo com nosso conhecimento atual! Isso é fantasioso ao ponto de merecer a sentença legal (no contexto da objetividade matemática) de MENTIRA ou FALSIDADE lógica. Por quê? Porque não existe qualquer processo de fusão cromossômica demonstrado em todo o universo, em particular na Terra; sequer uma cicatrizinha no cromossomo 2.

 Logo, 24≠23 e está demonstrado a mentira da ancestralidade humana comum com qualquer macaco.

 A psicologia gerada pelo credo evolucionista faz com que todo o rebanho naturalista enxergue como natural a desobediência às leis da lógica matemática, ainda que não exista sequer um fenômeno/evento que favoreça suas crenças. Comparativamente, um crente evo crê que é possível levitar a despeito das leis matemáticas da Física que descrevem a poderosa força gravitacional.. Tudo bem. Crenças são idiossincráticas, proxêmicas e produtos de reificação. No entanto, elas não têm lugar na Ciência (lógica matemática) a não ser que possam ser demonstráveis matematicamente.

 Vamos agora mergulhar na já refutada “sopa primordial” (sic): usando as leis da Química se pode investigar a polimerização de aminoácidos na formação de peptídeos (sem qualquer apelo à ideias puramente filosóficas; essa é a vantagem da TDI e do Criacionismo: investigamos a vida e o universo obedecendo às leis matemáticas que os regem, ampliando nossa capacidade de enxergar/prever a atuação e as proibições dessas leis. Nada de apelos estatísticos plenos de improbabilidades!). As leis da Cinética e Termodinâmica nos permitem avaliar o ΔG da reação: ΔG<0 implica que os reagentes (aminoácido A e B, p. ex.) irão na direção do produto da reação. ΔG=0 a reação estará em equilíbrio e se ΔG>0 caso vc tenha o produto (peptídeo) ele será revertido para os reagentes.

 É precisamente esse último caso (ΔG>0) que ocorreria na ideia “abracadabra da sopa primordial” (claro, respeito as ideias e as crenças, mas não vejo com bons olhos a teimosia psicológica de se continuar vendo o que a Matemática diz que não existe; isso impede os avanços da própria Matemática!). De fato, qualquer peptídeo que eventualmente ocorresse (Miller demonstrou que isso é possível, embora no confortável ambiente controlado e GUIADO por ele), mesmo assim, seria rapidamente desfeito, ou seja, a ligação peptídica seria revertida para os aminoácidos reagentes A e B e não continuar o processo de polimerização NÃO-GUIADO de aminoácidos. Portanto, a “evolução química” (sic) da “sopa primordial” também é uma MENTIRA travestida de fato. As leis químicas proíbem essa crença. Mas, obviamente, a lei moral do livre-arbítrio permite todas as crenças: as demonstráveis matematicamente (conhecimento científico) e as crenças por pura obstinação. (Nem mencionei as reações possíveis entre o fortuito aminoácido gerado espontaneamente e os ácidos e as aminas presentes na “sopa”, o que deveria aumentar ainda mais as aprendizagens científicas dos irmãos evos, no lugar de continuarem vivendo suas filosofias e reificações). As leis da Química deixam claro que o único “produto” da fantasiosa “sopa primordial” seria o Porcariato-de-Qualquer-coisila, menos blocos vitais.

“Há um grande número de métodos e de reagentes disponíveis para a formação de ligações peptídicas, de modo que juntar aminoácidos por ligações amídicas não é difícil. A verdadeira dificuldade está em garantir que a sequência correta de aminoacidos seja obtida” (Francis A. Carey, Organic Chemistry)

O próprio Miller (1998, p. 7937) reconheceu: “Frente a estes resultados, concluímos que adenina, guanina, uracila e citosina não poderiam ter sido utilizadas no inicio da vida na Terra”

Aprenda, Jonas (se quiser, é claro..): “contra LEIS não há ARGUMENTOS”. Apenas crenças falsas e teimosias derivadas. Só se vence leis por meio de intervenções inteligentes, engenharias ribossômicas, asas projetadas, e por aí vai. Isso é o que a TDI e o Criacionismo ESCANCARAM. Mas, me dê um contra-exemplo (por favor, um contra-exemplo matemático, não filosófico; sua psicologia lhe faz pensar que, argumentos advindos de artigos evolucionistas, não necessariamente científicos, são contra-exemplos matemáticos. Existe a Ciência (pre)ocupada com a Verdade e a ciência ocupada unicamente em provar a já refutada matematicamente macroevolução..). Até lá a LEI DA BIOGÊNESIS permanecerá soberana! Vida = vida. Somente células geram células. Abiogênese é uma crença falsa desde o grande Louis Pasteur (ostracizado pelas fantasias mirabolantes de Marx, Engel e Darwin e seu rebanho; mas não pelos inquiridores da Verdade, da Ciência atrelada à Matemática).

Aprenda, Jonas (se quiser, é claro): ter todos os ingredientes da vida não garante à existência da vida (só com a intervenção de um agente inteligente). Só a vida gera a vida. Isso deveria desintoxicá-lo intelectual e psicologicamente, é a minha humilde sugestão.

Contra a lei da Biogênese não há argumentos (científico-matemáticos, embora os livrinhos de biologia evolucionista jamais terem mencionado isto)..

Voltando à 2018, vamos estudar um pouco mais a Matemática do DNA: por que a dupla hélice? Resposta: criar um espaço geométrico de 25 Â (ångström) para a INFORMAÇÃO QUÍMICA! Para a informação química funcionar é necessária a restrição geométrica (espacial) de 25 Â. (Existem bases nitrogenadas com um anel e bases com dois que se ajustam perfeitamente, INTELIGENTEMENTE, no espaço onde ocorre o enovelamento; claro: uma mente doutrinada, ou seja, viciada por um paradigma falso, vai (tentar) fugir das improbabilidades matemáticas e discorrer filosoficamente sobre os 25 Â..). Sem a informação química, ainda que existisse uma “sopa”, a vida não seria produzida pois uma proteína (mediazinha..) com 150 aminoácidos conectados corretamente, necessária à vida, existe na proporção de 1/20^150. Uma proteína FUNCIONAL no mar de Porcariato-de-Qualquer-coisila da “sopa”.. É a informação química que gera máquinas moleculares e ambas formam um círculo fechado que ou já existe pronto desde o início ou, matematicamente, jamais autoformaria.

Vamos ao “mundo do RNA”, após esta breve introdução. As ausência da informação química (leis da Informação) proíbem que vc forme um proteína funcional e repetir a síntese. No entanto, se o fantasioso mundo do RNA existiu, historicamente, nossos oceanos estariam ainda hj com zilhões de proteínas diferentes e não-funcionais. Ou seja, além do impedimento legal da Química, ainda existe a ausência de evidência (obviamente, pois o mundo do RNA e a sopa não são eventos históricos no sentido de terem existido). Só pra definir direitinho o que  é“Informação”: armazenamento ou transmissão de conhecimento ou instruções através de símbolos e códigos arbitrários (Marcos Eberlin).

Toda informação é arbitrária pois foi emitida pelo informante do jeito que ele quis. Sem informação, ainda que existam matéria e energia, não existirá a vida.

“Ah, mais com o Bóro a gente estabiliza a molécula do nucleotídio na sopa..”, alegam os acostumados à ficção científica (ausência de Matemática e História em suas ideias ad roc). Citando um desses: Steven A. Benner: “A ribose é coincidentemente estabilizada por boratos, e boratos estão disponíveis na geosfera […] Isto ajudaria a resolver os problemas relacionados com a instabilidade termodinãmica da síntese pré-biótica de oligonucleotídeos”. (Depois eu coloco as referências). Mas, essa ideia não passou pelo crivo do laboratório: Cosseti et al. (2010) testaram e constataram: “Os resultados da presente análise mostram que boro ou minerais contendo boro atuam principalmente de modo a favorecer a rápida desestabilização da forma polimérica, exercendo assim um papel negativo em cenários pré-bióticos de polimerização de nucleotídeos de RNA”. No açúcar o boro faz uma coisa. Nas cadeias de polimerização, outra..

O enovelamento da molécula de RNA é DEPENDENTE da concentração de Sódio, Magnésio e Zinco (dentre outros íons..). O RNA linear NÃO FAZ QUALQUER COISA. Ele precisa ser dobrado e, para tanto, esses íons precisam está presentes e mais: EM CONCENTRAÇÃO IDEAL. Há sintonia fina INTELIGENTE também aqui. Não na “sopa”.

Quanto maior a temperatura, menor a estabilidade da molécula de RNA.

A sequência de bases nitrogenadas afeta drasticamente a estabilidade da molécula de RNA em formação.

A falta de pureza enantiomérica impede a polimerização de nucleotídeos.

Ou seja, adeus também à crença do “mundo do RNA” (claro, se vc quiser, Jonas; não estou impondo; apenas oportunizando conhecimento científico e contrapondo às filosofias pseudocientíficas naturalistas).

Nenhuma dessas constatações, creio, são apresentadas em bioquímica pelos bispos de Darwin. Isso gera uniteralidade ou doutrinação (vício e não conhecimento). As improbabilidades e impossibilidades do mundo pré-biótico não são apresentadas para os estudantes, o que gera condicionamentos e psicologias boicotadoras do letramento científico, do debate de ideias e de uma mentalidade mais matemática e menos filosófica.

A estabilização do RNA requer intervenção de mentes inteligentes! Do ponto de vista químico, não há espaço para especulações sobre uma suposta origem espontânea para a vida. Não há encaixe entre as peças (eventos) e o tabuleiro (vida)!

“Sopa” e “Mundo RNA” são superstições, portanto, pois não estão de acordo com o conhecimento atual da Química. Entre ser possível (filosofia evolucionista) e ser provável (conhecimento científico) há as mentes mais ou menos desejosas pela Verdade.

Referências

MILLER, S. L.; LEVY, M. The stability of the RNA base: Implication for the origin of life. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 95, 7933-7938, 1998.

LARRALDE, R.; ROBERTSON, M. P.; MILLER, S. L. Rates of decomposition of ribose and other sugars: Implications for chemical evolution. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 92, 8158-8160, 1995.

Li, Y.; Breaker, R. R. Kinetics of RNA Degradation by Specific Base Catalysis of Transesterification Involving the 2’-Hydroxil Group, J. Am. Chem. Soc., 121, 5364-5372, 1999.

BRANDHORST, B. P.; McCONKEY, E. H. Stability of nuclear RNA in mammalian cell. Journal Molecular Biology, 85, 451-463, 1974.

Benner, S. A. Understanding Nucleic Acid Using Synthetic Chemistry, Acc. Chem. Res., 37, 784-797, 2004.

Ricardo, A.; Carrigan, M. A.; Olcott, A. N.; Benner, S. A. Borate Minerals Stabilize Ribose, Science, 303, 196, 2004.

Cossetti, C.; Crestini, C.; Saladino, R.; Di Mauro, E. Borate Minerals and RNA Stability, Polymers, 2, 211-228, 2010.

HOUSELEY, J.; TOLLERVEY, D. The nuclear RNA surveillance machinery: the link between ncRNAs and genome structure is budding yeast? Biochimica et Biophysica Acta, 1779, 239-246, 2008.

SCHMIDT, K.; BUTLER, J. S. Nuclear RNA surveillance: role of TRAMP in controlling exosome specificity. Wiley Interdisciplinary Reviews, 4, 217-231, 2013.

ZAIA, D. A. M.; ZAIA, C. T. B. V. Adsorção de aminoácidos sobre minerais e a origem da vida. Quim. Nova, 29, 786-789, 2006.

Sem medo de generalizar, em todas as suas partes a filosofia naturalista da macroevolução ignora a Matemática. Vc confunde o “fazer continhas estatísticas dentro do contexto da filosofia evolucionista” (lembra-se da ilustração da bola de tênis que dei anteriormente?) com o “ser corolário ou consequência de algum teorema matemático”. De fato, a Matemática ignora a ideologia darwiniana. Um exemplo disso vem dos textos que seguem:

 https://blogdoprofh.com/2016/01/10/a-impossibilidade-matematica-da-evolucao/

 https://blogdoprofh.com/2016/01/30/a-impossibilidade-matematica-da-evolucao-parte-2/

 https://blogdoprofh.com/2018/07/11/edward-frenkel-e-o-universo-transcendental-da-matematica/

(J) Texto já começou errado. Mutação e seleção natural não são os únicos mecanismos evolutivos. Isso é um equívoco.

(H) Há pouquíssimos milênios (menos do que 5) a humanidade já construía pirâmides, navio resistente à grandes inundações globais e outros brinquedos sobre os quais, até hj, mesmo com “nossa” avançada matemática, não fazemos ideia de como nossos ancestrais (os quais sempre foram humanos, obviamente) conseguiram. Então, sugiro que vc pense a respeito: fazer foguetes e fazer pirâmides resistentes aos milênios subsequentes evidenciam um estupendo entendimento matemático, principalmente quando se prescinde de tecnologia de engenharia e se usa a força humana. Ou seja: os seres humanos de 5 milênios atrás eram muito mais poderosos fisicamente e intelectualmente do que nós.

(J) Eu não disse que humanos do passado não eram inteligentes (ainda que possamos debater se, ou como, estes humanos eram mais inteligentes). O cerne da questão é que, ao longo das eras, houve uma construção de conhecimento, com cada geração acumulando novas unidades de informação tecno-cultural sobre aquilo que foi adquirido pelas gerações passadas. Houve um momento da história humana em que usávamos pedras como ferramentas primitivas, e estávamos aprendendo a dominar o fogo. Hoje fazemos muito mais. O conhecimento claramente evoluiu, sendo qualitativa e quantitativamente incrementado de uma forma essencialmente algorítmica (tentativa + retenção de conhecimento útil). Ele não surgiu pronto.

 O DI, por outro lado, postula o inverso. Informação complexa e específica pronta, sem precursores ou um processo construtivo subjacente. A maior falácia, aqui, é usar projetistas humanos como objetos de analogia, como se o conhecimento destes também tivesse sempre existido, ao invés de ter sido lenta e gradualmente acumulado ao longo das eras. Esse é o cerne da questão.

 (H) Sugiro a leitura do artigo que segue da Theoretical Biology and Medical Modelling em 2007: “Measuring the functional sequence complexity of proteins”. Link: https://tbiomed.biomedcentral.com/articles/10.1186/1742-4682-4-47

 Ele responderá sua curiosidade quanto à quantificação dos bits. Com relação à sua crença de que a seleção natural “gera informação”, essa é uma crença falsa e já discorri brevemente sobre isso. No entanto, se vc desejar defender seu fideísmo, por favor me dá um exemplo de seleção natural gerando alguma nova característica, seja os bicos de tentilhão ou os novos órgãos do animal resultante dos processos macroevolutivos (sic)..

(J) A alegação de que mutações mais seleção natural são incapazes de gerar nova “informação” (e eu suponho que, com informação, você quer dizer “função”) é demonstravelmente falsa. Uma simples busca dos termos “gene duplication” e “neofunctionalization” ou “de novo gene evolution” (evolução de novos genes a partir de sequências não-codificantes) no Google Acadêmico irá retornar centenas de casos documentados. Eles incluem a evolução de RNAses digestivas em um grupo de macacos do novo-mundo, evolução de válvulas cecais em lagartixas de Pod Mrcaru, a evolução de metabolismo aeróbico de citrato em E. coli, evolução de manufatura de triptófano em bactérias, evolução da nailonase em cepas de Flavobacteria etc. Em todos estes casos você teve mutações + seleção natural dando origem a novas funcionalidades e estruturas genômicas/morfológicas. Links abaixo.

http://jb.asm.org/content/198/7/1022.full

https://www.scientificamerican.com/article/gene-genesis-scientists/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5381406/

https://www.sciencedaily.com/releases/2008/04/080417112433.htm

(H) A evolução tem sido incapaz de apresentar uma explicação satisfatória para o desenvolvimento gradual de sistemas complexos com partes interdependentes. Bem ao contrário, o próprio processo que supostamente conduz ao avanço evolutivo pode, na verdade, interferir nodesenvolvimento da complexidade. A seleção natural, SN (um conceito criacionista mal-interpretado posteriormente no darwinismo), pode, a princípio, parecer muito razoável; alguns evos optam pelas mutações sem a SN para ajudar. A sobrevivência do mais apto funcionaria especialmente para eliminar organismos fracos e anomalias, mas não favorece a evolução de sistemas complexos com partes interdependentes. Esses sistemas não funcionam e não sobrevivem enquanto TODAS as partes necessárias não estão presentes. Ou seja, a SN funciona para eliminar organismos inferiores, mas não tem como idealizar sistemas complexos. E como já coloquei, a SN não é um processo que apoia especificamente a ideia evolucionária. Seria de se esperar que os organismos mais capazes sobrevivessem de qualquer maneira, quer tivessem evoluído, quer tivessem sido criados por Deus.

Os cientistas agora atribuem a variação que vemos nos organismos a mutações que representam mudanças permanentes (ou não) no DNA. Estão descobrindo que uma variedade de fatores causa mutações. O interesse científico passou de pequeninas mudanças em uma ou em algumas bases de DNA para a atividade de elementos transportáveis que às vezes consistem de milhares de bases. Esses segmentos se movimentam, às vezes em grande velocidade, de uma parte do DNA para outra e até entre organismos. Essas mudanças geram variedade, mas também prejuízos! Outros pesquisadores apontam para os genes homeobox, genes de controle que dirigem o desenvolvimento. As mutações existem e causam mudanças MÍNIMAS (microevolução) e as evidências sobre elas são indiscutíveis. No entanto, não existem evidências da crença macroevolutiva na Ciência (somente nos círculos da “ciência” evolucionista, é claro).

Exemplo 1                            

Mariposas claras e escuras na Inglaterra. Nos livrinhos de biologia evolucionista isso é chamado de “mutação” e é tratado como “uma mudança evolutiva notável”.

Exemplo 2

Inseticidas e insetos sobreviventes resistentes. Como a maioria dos insetos morre, esses sobreviventes enfrentam menos competição e se reproduzem rapidamente e se tornam dominantes.

Exemplo 3

Supergermes e antibióticos…

Cientistas comprometidos com a Verdade têm questionado o conceito de que esses 3 exemplos acima representam realmente uma mutação ou avanço evolutivo recente:

AMÁBILE-CUEVAS, Carlos F. New Antibiotics and New Resistance: In many ways, the fight against antibiotic resistance is already lost; preventing bacterial disease requires thoughtful new approaches. American Scientist, v. 91, n. 2, p. 138-149, 2003.

AYALA, Francisco J. The mechanisms of evolution. Scientific American, v. 239, n. 3, p. 56-69, 1978.

Jukes T.H., “Responses to Phillip Johnson,” in “Evolution as Dogma: The Establishment of Naturalism,” [First Things, November 1990], Foundation for Thought and Ethics: Richardson TX, 1990, reprint, pp26-28

Anderson K. L. 2005 <https://creationresearch.org/bacterial-resistance-antibiotics-appropriate-example-evolutionary-change/>

Parece que não são nada novos os genes que provocam as “mudanças”, e isso não é uma evolução rápida em ação, como a “ciência ocupada em provar a macroevulução” alega. Os genes já estavam presentes em pequeno número nas populações e SOMENTE AS PROPORÇÕES MUDARAM devido à SN, reagindo às mudanças no AMBIENTE.

De novo: para novos avanços evolutivos são necessárias novas informações genéticas (algo que a blindagem evolucionista nega, apenas), e não só mudanças na proporção de genes já presentes, como em geral parece acontecer com mariposas, inseticidas e antibióticos. Obviamente ocorrem mutações que envolvem verdadeiras mudanças de informação no DNA:

 HALL, Barry G. Evolution on a petri dish. In: Evolutionary biology. Springer, Boston, MA, 1982. p. 85-150.

 A SN pode favorecer algumas delas e em alguns casos garantir a resistência a antibióticos.

 Exemplo 4

O vírus causador da gripe é notório pelas rápidas mudanças, mas estas são variações menores (microevolução):

CHEN, Honglin et al. Avian flu: H5N1 virus outbreak in migratory waterfowl. Nature, v. 436, n. 7048, p. 191, 2005.

No entanto, tais mudanças não são configurações novas e complexas como a filosofia da macroevolução prega..

Quanto às mutações casuais, a SN precisa contender com uma tremenda proporção de efeitos daninhos, em comparação com os bons. A evolução precisa ir na direção dos melhoramentos, e não da degeneração. Mudar uma única peça de um sistema complexo pode ser prejudicial a várias outras partes dependentes da ação daquela determinada parte. Um dos mais severos desafios que o (pobre cientificamente e rico em ficção) modelo evolutivo enfrenta é sua incapacidade para explicar como evoluíram órgãos e organismos complexos, com partes interdependentes. Mutações aleatórias não planejam com antecedência no sentido de gradualmente formá-los, e não é plausível o aparecimento de uma multidão do tipo certo de mutações, todas ao mesmo tempo, para produzir um novo órgão.

Se formos produzir gradualmente esses órgãos, o processo em si da SN pela sobrevivência do mais apto, como na visão de Darwin, tenderia a impedir sua evolução! Até que todas as partes necessárias de um sistema complexo possam operar, NÃO HÁ SOBREVIVÊNCIA. Antes disso, as partes extras, sem função, de um sistema incompleto em desenvolvimento, SÃO INÚTEIS, um impedimento embaraçoso.. Seria de se esperar que a SN se livrasse delas, não é mesmo Jonas??

Exemplo 5

Como sobreviveria um músculo novo em (macro)evolução, sem um nervo que o estimulasse a se contrair, e como sobreviveria um nervo sem um mecanismo de controle para oferecer o estímulo necessário? Gostaria que os experts resolvessem esse probleminha de engenharia orgânica rsrs

É tão óbvio que nos sistemas com partes interdependentes, nos quais nada funciona sem que todas as peças necessárias estejam presentes, seria de se esperar que a SN eliminasse organismos desajustados com partes extras e inúteis, que só atrapalhariam..

Exemplo 6

Peixes e aranhas que vivem em total escuridão, onde seus olhos são inúteis.

Numa tosca analogia, Jonas, é mais provável que vc vença uma corrida de bicicleta com uma bike sem marchas do que com uma que tenha um motor potente, mas sem peças suficientes para fazê-lo funcionar.. Para que uma estrutura seja preservada pela SN, deve ter alguma superioridade que a faça sobreviver. Mas sistemas parciais, sem função, inativos, NÃO SOBREVIVEM. Constituem um inútil excesso de bagagem. Ocorre que o proposto processo evolutivo da sobrevivência do mais apto pode eliminar organismos fracos, mas não pode planejar com antecedência para fazer evoluir sistemas complexos, e tenderia eliminar gradualmente sistemas complexos em desenvolvimento porque não sobreviveriam se todas as partes necessárias não estivesse presentes desde o início!

Mais um ponto: nem sempre é possível determinar se é essencial certa parte ou processo num sistema complicado. Várias “vantagens evolutivas” têm sido imaginadas (algo que ocorre ad nauseam nos contos evolucionistas..). A especulação, Jonas, é um exercício fácil, e alguém pode defender a utilidade de quase qualquer situação esquisita. “Ah, animais começaram a voar após um looooooongooooo tempo de corrida cada vez mais veloz perseguindo suas presas..”, vc deve conhecer esses contos fantásticos.. O problema está na autenticação. Muito mais do que tem sido publicado, precisa-se identificar o que é fato e o que é interpretação.

Vc pode pensar em Lenski et al (2003):

LENSKI, Richard E. et al. The evolutionary origin of complex features. Nature, v. 423, n. 6936, p. 139, 2003,

mas não deveria SE ESQUIVAR dos sérios problemas dessa sugestão:

 PITMAN, S. D. Computers and The Theory of Evolution, 2003. <http://www.detectingdesign.com/computerevolution.html>.

Há um enorme vazio entre “organismos digitais” simples programados num computador e que foram usados para o estudo de Lenski et al. (2003), e organismos vivos e reais num ambiente normal. Seus autores convenientemente preferidos, Jonas, conseguiram algumas “vantagens evolutivas” simples, usando sequências que haviam sido arbitrariamente definidas como benéficas. Se houver um interesse legítimo pela Verdade em sua mente, Jonas, vc mais dia, menos dia reconhecerá que esse exercício representa um PLANEJAMENTO MAIS INTELIGENTE do que as mudanças aleatórias ocorridas por si mesmas no ambiente da natureza, como se espera de sua filosofia evolucionária..

Outros programas de computador têm sido usados para tentar explicar a evolução da complexidade, mas eminentes biólogos criticam essas tentativas como simplistas demais, e definitivamente não relacionadas ao mundo realmente complicado da Biologia:

HORGAN J.Trends in Complexity Studies: From Complexity to Perplexity. Scientific American 272:74–9, 1995. <https://philpapers.org/rec/HORFCT-2>

LEVIN, R. Complexity: LIFE AT THE EDGE OF CHAOS. http://press.uchicago.edu/ucp/books/book/chicago/C/bo3632102.html

ORESKES, Naomi; SHRADER-FRECHETTE, Kristin; BELITZ, Kenneth. Verification, validation, and confirmation of numerical models in the earth sciences. Science, v. 263, n. 5147, p. 641-646, 1994. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17747657

(J) Você também comete um equívoco ao afirmar que um “acréscimo de informação” genômica é necessário para caracterizar evolução. Em muitos casos, até mesmo a perda de informação genética pode implicar uma mudança morfológica importante. Por exemplo, a perda de um exon no gene ARHGAP11b gera um aumento na produção de células progenitoras neuronais, produzindo um aumento no tamanho do neocórtex. Essa mutação foi identificada em seres humanos, podendo ser associada ao maior tamanho de nosso cérebro em relação a outros primatas. Estudo relativamente recente e bem interessante.

http://advances.sciencemag.org/content/2/12/e1601941.full

Outro equívoco cometido foi o de afirmar que a evolução de novas formas requer novas proteínas e células. Errado. A título de exemplo, compartilhamos a maior parte de nossos genes com chimpanzés e outros primatas. Vertebrados compartilham um conjunto bastante grande dos mesmos genes. Etc. As extremas mudanças morfológicas observadas são muito mais frequentemente o produto de expressão diferencial dos mesmos genes. Ou seja, expressão dos mesmos genes em locais (heterotropia) e momentos (heterocronia) diferentes durante o desenvolvimento. A maior parte da evolução em metazoários envolveu a mudança nestes padrões de expressão, ao longo da evolução. Esse excelente artigo do Sean B. Carroll, um dos maiores biólogos do desenvolvimento existentes, é bastante esclarecedor:

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0092867408008179

Para a evolução de nova informação, você só precisa de duplicação de sequência + divergência por mutação. Esse é o modelo proposto por Ohno em 1982 e extensivamente corroborado/evidenciado nas décadas seguintes.

http://content.csbs.utah.edu/~rogers/bio5410/Readings/Zhang-TRE-18-292.pdf

Mas esse obviamente não é o único mecanismo. Existem múltiplos outros, incluindo origem de RNAs e peptídeos funcionais a partir de sequências aleatórias (algo que por sinal foi recentemente observado em bactérias).

https://www.nature.com/articles/s41559-017-0127

Outros processos bem conhecidos e documentados para a evolução de nova informação genética:

http://faculty.washington.edu/wjs18/Newgenes.pdf

Evolução natural de nova informação não é um problema. E, como eu expliquei, nova informação, qualquer que seja a métrica utilizada, não é necessária para originar inovações estruturais/funcionais.

(H) A possibilidade de causa inteligente é uma ideia antiga (Cícero, séc. 1 a. C, por exemplo) e que não precisa de qualquer fundamentação religiosa para ser aceita. A única condição, eu diria, é não ter se embriagado nas amarras intolerantes da filosofia da biologia materialista..

Watson e Crick, de Cambridge, descobriram que a estrutura da molécula do DNA armazena informações sob a forma de um código digital (modelagem matemática) de 4 caracteres. Cadeias de substâncias químicas precisamente sequenciadas (bases nucleotídicas), fornecem instruções de montagem (informações biológicas) para a construção de proteínas importantíssimas que as células vivas precisam para sobreviver (aliás, os crentes evos esperam que, não somente seus correligionários, mas todos os pesquisadores das demais áreas do conhecimento, continuem ignorantes quanto à Química, sobretudo, ao nível molecular..).

Crick percebeu que os constituintes químicos do DNA funcionam como letras de uma linguagem escrita, ou símbolos digitais numa seção de código de computador. Ou seja, Jonas, a modelagem matemática sugerida por Crick (na verdade, por nós matemáticos e o pessoal da Computação; Crick deu o ponta-pé inicial) nos traz que, assim como letras no português transmitem uma mensagem específica, dependendo do seu arranjo, as sequências de bases químicas ao longo do eixo da molécula de DNA (vou postar mais abaixo um vídeo-ilustração do que estou a falar), transmitiam instruções precisas para a construção de proteínas. A organização dessas bases controla o arranjo de 20 tipos diferentes de aminoácidos que compõem as moléculas de proteína. As proteínas, por sua vez, realizam uma vasta gama de tarefas importantes dentro das células: catalisar reações, processamento de informação genética na formação das máquinas moleculares e outras estruturas biológicas.

 A construção de novos animais exige muitas moléculas novas de proteína e a construção de novas proteínas requer novas informações biológicas! É a informação que comanda o show nos sistemas biológicos (e não a loteria estatisticamente deletéria das mutações, como o credo naturalista ordena aos seus crentes). Para construir uma nova forma de vida animal são necessários tipos de células e proteínas, o que demanda informação genética. E essa é a grande questão que a explosão cambriana apresenta (via Meyer): quer construir um animal, saber como esses animais são construídos? Vc precisa ter alguma explicação para os requisitos informacionais da construção deles.

 Segundo a atual “mutação” da primitiva filosofia darwiniana (pois o único na filosofia da macroevolução é a evolução dessa filosofia, após os check-mates do Criacionismo e do DI), novas proteínas e novos planos corporais animais simplesmente SURGEM POR MEIO DE MUTAÇÕES ALEATÓRIAS PENEIRADAS PELA SELEÇÃO NATURAL. Puxa vida….. Num texto alfabético ou numa seção de códigos computacionais, obviamente, mudanças aleatórias naturalmente destroem o significado e a funcionalidade, gerando entulhos ininteligíveis e não novas informações para o leitor. De igual modo, Meyer, Behe e os matemáticos, têm oportunizado o caráter digital ou tipográfico da informação genética, e levantado perguntas não respondidas pela hegemonia materialista (na verdade, salientado as muitas lacunas do naturalismo, cobertas apenas pelo mantra de Dawkins et al.: “se existe é porque a evolução deu um jeito”…..). O suposto mecanismo cego movido por mutações não é eficaz, embora seja tautológico filosoficamente, mas falso matematicamente.

Vou lhe dar um exemplo concreto: a pesquisa em Fisiologia (Nobel de 1995 em Medicina) apresentada pelo casal de pesquisadores (não vou digitar os nomes deles pra ganhar tempo rsrs), usou um tipo de engenharia biológica reversa – altere um gene e, portanto, o produto de sua proteína – e observe o que acontece à anatomia em desenvolvimentismo da Drosophila. Os resultados foram: as alterações afetando formação do plano corporal são letais no desenvolvimento embrionário! Para mudar a forma final da mosquinha, vc tem que começar a mexer nos processos embrionários. E esse foi o ponto da pesquisa: mutações no plano corporal que ocorreram no estágio embrionário, mataram 100% das mosquinhas! Oxi, então, como que a filosofia da macroevolução se sustenta até hoje, já que as evidências só a refutam?

Muito simples: em vez de lançar uma bola de tênis e estudar tudo o que se pode desse fenômeno (método científico galileano, criacionista e DI), o método pseudocientífico evolucionista faz o seguinte: se prende (e se perde..) nas suas conjecturas: “quais as chances de essa bolinha ter surgido casualmente, sem causa inteligente? Mesmo que todas as bolinhas de tênis tenham causa inteligente, como podemos usar a Matemática para calcular as chances de essa bolinha que está caindo ter vindo do espaço, ou de processos naturais-físicos, sem a intervenção de um agente inteligente?” Amigo, por que perder tempo com conjecturas tão toscas, superficiais e ideológicas (fugir da hipótese do Criador a priori e não permiti-la sequer a posteriori, ou seja, exigir que entre o pesquisador e a evidência exista a ideologia ou condicionamento naturalista: “as declarações da ciência devem invocar somente coisas e processos naturais”)? Isso faz com que as pesquisas científicas se desviem de seu propósito-mor: a Verdade, para um caminho subjetivo e desinteressado para com a Verdade. Esse caminho chama-se: “proar a macroevolução e a ancestralidade comum”. Dois mitos já descartados pelos pesquisadores que não ignoram a História (testemunhos orais e escritos de nossa origem sobrenatural) são exatamente as premissas do método pseudocientífico evolucionista de pesquisar a vida e o universo. Não há limites quando se usa a inteligência para negar a priori a evidência de causa inteligente na vida e no universo….

(J) Esse aqui eu vou ter que ir por partes, porque é muita bullshit para limpar em um só texto. Mas comecemos pelo básico: o problema de vocês matemáticos é que vocês não entendem NADA de biologia molecular, e como o DNA, proteínas e enzimas realmente funcionam. O resultado disso é uma pilha de falsas analogias entre DNA e códigos/linguagens humanas.

O DNA não – repito – NÃO pode ser comparado a um código de software, pelo simples fato de que ele é uma molécula. Se você alterar uma letra em um código de software, você estraga o programa. Mas moléculas orgânicas não são tão rígidas. Muitas alterações são possíveis, e muitas configurações moleculares diferentes produzem o mesmo efeito. Moléculas possuem níveis de afinidade, especificidade, carga, hidrofobia e hidrofobia e hidrofilia etc. Algumas proteínas, como o citocromo C, podem ter até 60% de suas sequência de aminoácidos alterada sem perda ou mudança de função (por consequência, uma quantidade ainda maior de nucleotídeos so gene subjacente pode ser modificada, visto que o código genético é redundante, sobretudo na terceira posição do códon). Desde que as propriedades moleculares e a conformação da proteína resultante sejam as mesmas, a proteína continuará funcionando comum um exímio aceptor de elétrons. Agora tente mudar 50% de um código de computador.

Além do mais, você deve saber que apenas 2% do DNA é codificante. As demais parcelas não se assemelham a um código de computador, no sentido de que não são traduzidas. Elas possuem funções estruturais e estritamente moleculares, como sítios de ligação de proteínas e espaçamento inter-gênico.

Por esse e outros motivos, a comparação com um código de computador é falsa, tanto em princípio quanto em termos de implicações para a evolução. Mudar o DNA não é o mesmo que mudar o código de um programa. O DNA depende de leis físicas, não de convenções semânticas inter-pessoais, como é o caso da linguagem humana.

Por sinal, eu quero o estudo das drosófilas que você citou. Link ou título e nome dos autores, por gentileza.

Quero ver quais genes foram modificados. Se foram os homeóticos ou HOX eu nem vou responder. Todo mundo sabe que essas genes são conservados desde o Cambriano. Eles estão no topo da cascata regulatória de estabelecimento do eixo antero-posterior. Não é nenhuma novidade que eles arrestam o desenvolvimento.

Portanto, se forem, o argumento é irrelevante.

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