O Espiritismo aparece em termos simbólicos em Apocalipse 13?
[O leitor poderá ler Apocalipse 13 até o versículo 13 para se familiarizar com os termos que irão aparecer no texto seguinte. Esse capítulo bíblico, Ap 13, trata sobre a besta que emerge do mar e a besta que emerge da terra. O português do artigo a seguir é o da década de 1950].
E FAZ GRANDES SINAIS
“E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu, à terra à vista dos homens” (Ap 13.13).
PRODÍGIOS SOBRENATURAIS
No capítulo dezesseis é enfatizado que da bôca do falso profeta, que é a nação norte-americana, protestante, como também da bôca do dragão e da bôca da bêsta ou do papado, vira S. João sair “espíritos imundos” ou “espíritos de demônios que fazem prodígios”. No capítulo dezenove é referido que o “falso profeta” — os Estados Unidos — “fizera os sinais, com que enganou…”
Temos assim tornado claro, pela própria revelação que os “grandes sinais”, incluso “até fogo” descer do céu à terra, à vista dos homens”, é obra exclusiva dos demônios através da bêsta que subiu “da terra”, cujo objetivo é enganar os seus próprios súditos. Nisto, pois, vemos também que fazer prodígios e mesmo descer fogo do céu, não é natural.
Portanto, deve haver nos Estados Unidos um poder sobrenatural que opera sob o controle dos demônios enganadores e que, no futuro, ao tempo da união dessa nação com Roma, fará até cair fogo do céu para mais prontamente enganar e perder a própria nação. E qual é o poder sobrenatural que nos Estados Unidos há? Eis a resposta única: O Espiritismo.
A exposição que segue é irrefragável de que o Espiritismo é obra prima dos demônios e de que nestes tempos modernos, segundo esta profecia apocalíptica, ressurgiu nos Estados Unidos com um cunho diferente de seu passado. Basta que a bêsta de dois chifres fale “como o dragão” — Satanás — para que nos certifiquemos de que todos os seus atos que cumprem a sua profecia, incluso o Espiritismo, sejam atos do dragão e seus demônios ou anjos maus rebeldes caídos, expulsos do céu, como exposto no capítulo doze.
UM ENGANO TÃO ANTIGO COMO O MUNDO
O primeiro grande engano do mundo, ocorrido nos dias do seu alvorecer, foi obra do Espiritismo. O homem criado fôra advertido que a desobediência seria a morte inexorável (Gênesis 2.15-17). Um dia, porém, um ser irracional, a serpente, contradisse a grande advertência, dizendo: “Certamente não morrereis”. Não podemos admitir que a serpente, como nenhum outro irracional, pudesse falar. Portanto, alguém deve ter falado e ao mesmo tempo dado a impressão de que fôra a serpente quem falara. E a inspiração não nos deixa em dúvida nesta questão.
No Apocalipse temos a seguinte declaração: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás que engana a todo o mundo…” (Ap 12.9). Notemos que um dos nomes de Satanás é — antiga serpente. Na verdade êle não é e nunca foi uma serpente. Este versículo e os anteriores contêm a sua história que o apresenta como um anjo querubim caído de sua elevada posição com multidões de anjos por êle iludidos. Mas, o nome de “antiga serpente” dado a Satanás, pela revelação, o acusa de ser o inspirador do engano no jardim do Éden. Êle tão somente usou a serpente como intermediária do grande engano.
Verificou-se no jardim do Éden a primeira sessão espírita havida na terra. A serpente era o médium e o espírito que por ela atuara era Satanás. Não era possível que um espírito de morto atuasse através do animal porque ninguém ainda havia morrido na terra. Porém, baseados na revelação infalível do evangelho, temos a irrefutável certeza de que o arqui-inimigo do bem foi o agente enganador invisível do homem por cujo engano visou perdê-lo e com êle a sua descendência (Gn 3.1-24).
O ESPIRITISMO ATRAVÉS DOS SÉCULOS
Desde após o primeiro engano no jardim do Éden os séculos da história estão permeados de fenômenos que levaram os homens a tecer sôbre êles as mais desencontradas conjeturas. Êsses fenômenos eram cridos como manifestações de forças ocultas sem porém darem os homens uma definição razoável da origem de ditas forças. Daí ter nascido, fundamentado em tais fenômenos, o paganismo que encheu a terra tôda dos mais degradantes ritos e pretensões religiosas. Os oráculos dos povos remotos falam ainda, através de numerosos livros, de fenômenos inúmeros que eram em geral cridos como manifestações de espíritos de mortos.
Nisto jaz a razão porque os profetas do Velho Testamento contrariavam as teorias de que os espíritos dos mortos se comunicavam com os vivos. Todavia os séculos da era cristã encheram-se ainda mais acentuadamente, dos velhos fenômenos e manifestações atribuídas aos espíritos dos que morreram. Mas, o caráter de tais fenômenos e manifestações, evidencia o fato de que todos êles visavam e visam enganar os homens, pelo que não eram nem são mais nem menos do que as mesmas artimanhas ampliadas daquele que enganou no Éden o primeiro casal da terra e arruinou o mundo. Satanás estêve aperfeiçoando por séculos e milênios, à medida que a humanidade se desenvolvia, o seu primitivo e maior engano — o Espiritismo — para apresentá-lo no século da ciência revestido com brilhante roupagem.
O ESPIRITISMO MODERNO E SUA ORIGEM
O Espiritismo moderno é filho legítimo dos Estados Unidos da América do Norte. Nesta nação deveria êle surgir segundo os ditames da profecia sôbre a bêsta de dois chifres. E agora, como comprovação disto, ouçamos um dos expoentes máximos do Espiritismo, que foi León Denis, que viveu no século passado:
“Cêrca do meado dêste século, cujo têrmo se aproxima, o homem iludido por tôdas as teorias contraditórias, por todos os sistemas deficientes com que pretenderam nutrir-lhe o pensamento, se deixava embalar pela dúvida; perdia cada vez mais a noção da vida futura. Foi então que o mundo invisível veio ter com êle e o perseguiu até em sua própria casa. Por diversos meios os mortos se manifestaram aos vivos. As vozes de além-túmulo falaram. Os mistérios dos santuários orientais; os fenômenos ocultos da Idade Média, depois de um longo silêncio, se renovaram; nasceu o espiritismo.
“Foi além dos mares, em um mundo jovem, rico de energia vital, de ardente expansão, menos escravizado do que a velha Europa ao espírito de rotina e aos prejuízos do passado, foi na América do Norte que se produziram as primeiras manifestações do moderno espiritualismo. Foi de lá que elas se espalharam por todo o globo. Essa escolha era profundamente judiciosa. A livre América era justamente o meio propício para uma obra de difusão e de renovação. Por isso nela se contam hoje vinte milhões de ‘modernos espiritualistas” (Cristianismo e Espiritismo, 139-140).
Eis acima a confissão de um dos maiores expoentes do espiritismo moderno comprovando a profecia do nascimento do grande engano nos Estados Unidos. Como fôra em verdade o seu nascimento na livre América teremos a seguir:
Em 1848, na cidade de Hydesville, estado de Nova York, na residência da família de João D. Fox, foram ouvidas, certa noite, pancadas estranhas no quarto de suas duas filhas, Marta e Kate. Aborrecidas pelas persistentes pancadas, noite após noite, uma das moças atreveu-se a interrogar o intruso que as perturbava. Inquiriu- o dizendo: “O’ seu pé lascado, faça como eu faço”, e deu um estalo com os dedos. Imediatamente alguém respondeu idênticamente estalando os dedos. A família Fox percebeu que alguém em oculto, inteligente e real, produzia as pancadas. Trataram de interrogá-lo mais, estabelecendo que suas respostas deviam ser dadas com certo número de pancadas convencionais. E tudo era respondido’ corretamente pelo invisível ser inteligente interrogado. O resultado foi que, naquela casa de Hydesille, ou na América do Norte, como descreveu León Denis, “nasceu o espiritismo”.
Aquelas duas filhas do fazendeiro João D. Fox tornaram-se as duas primeiras médias ou médiuns do espiritismo moderno. Da América do Norte o espiritismo alastrou-se por todo o mundo. Na França fêz rápidos progressos. Em Paris, um francês, de nome Hipolité León Denizar Rivail, começou a frequentar as sessões e, logo, tornou-se médium de fama, sendo posteriormente conhecido pelo nome comum de Allan Kardec, a quem é atribuída a organização do espiritismo moderno, escrevendo êle grande número de obras sôbre a matéria. O que deve ficar aqui assentado é o fato de que o espiritismo moderno, filho dos Estados Unidos Protestantes, é o mesmo embuste do jardim do Êden, e, como afirmara León Denis, “os mesmos mistérios dos santuários orientais”, os mesmos “fenômenos da Idade Média”.
Sim, o espiritismo, revestido com uma roupagem de gala. Hoje, diante do adiantamento da humanidade, diante da pujança da ciência e em face da profusão da pregação do evangelho em todo o mundo, se Satanás revelasse o Espiritismo nos mesmos moldes em que o revelou nos séculos passados, seria o engano repelido infalivelmente. Urgia, pois, modernizá-lo, dar-lhe um outro cunho, adatá-lo à moderna civilização para que fôsse aceito. E quando hoje vemos o espiritismo manipulado por médiuns extremamente diferentes dos do passado; quando contemplamos seus hospitais, seus albergues, suas clínicas mediúnicas e suas obras de caridade, vemos em tudo isto e em muito mais ainda, o vestido novo que Satanás lhe conferiu tudo isto e em muito mais ainda, o vestido novo que Satanás lhe conferiu para não ser conhecido como a velha trapaça dos tempos antigos. Quando ouvimos de milagres operados pelo moderno espiritismo, não devemos com isto maravilhar-nos.
Somos informados por Jesus Cristo que nos últimos dias milagres, “grandes sinais e prodígios”, seriam operados por “falsos profetas”, em cujo têrmo se enquadram os médiuns espíritas (Mt 24.24). Basta que os Estados Unidos sejam apontados na profecia do Apocalipse como “falso profeta” que fala como o dragão e do qual procedem “espíritos imundos” e que o espiritismo moderno seja seu filho, para certificarmo-nos de que os milagres dêste grande engano espiritualista são produzidos por Satanás e seus maus anjos, com o fim de ludibriar e fazer crer à humanidade que sua procedência é divina. “Através do Espiritismo, Satanás aparece como um benfeitor da raça, curando as enfermidades do povo, e professando apresentar um novo e mais exaltado sistema de fé religiosa” (Spirit of Prophecy, Vol. V, 405-406).
E no futuro, como reza a profecia, a culminação dos milagres enganosos do espiritismo será “fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens”. “O poder de Satanás se incrementará, e alguns de seus devotos seguidores terão poder para operar milagres, e mesmo fazer descer fogo do céu à vista dos homens” (Early Writings, E. G. White, pág. 87).
Satanás sabe muito bem que a obra do evangelho encerrar-se-á com demonstrações de milagres e prodígios reais operados pela igreja de Cristo. É, pois, natural, que o inimigo também execute milagres especiais através de seus humanos instrumentos, na esperança de contrafazer os verdadeiros milagres e enganar os que não se refugiaram em Deus e na Sua verdade.
O ESPIRITISMO PERANTE AS SAGRADAS ESCRITURAS
A Bíblia ou as Sagradas Escrituras, em têrmos explícitos, repelem consultar aos mortos pela razão de que ensinam não haver consciência além-túmulo. “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tão pouco êles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento”. “Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos: pois todo aquêle que faz tal coisa é abominação ao Senhor” (Dt 18.9-12).
Aí está o próprio Deus dizendo ser abominação consultar os mortos. Êle não deseja que seus filhos sejam iludidos pelo arqui-enganador, pelo que os tem advertido contra seus embustes desde épocas remotas. Um dos que foram em outros tempos enganados por não darem ouvidos à voz de Deus contra o espiritismo, foi Saul, rei de Israel. A história de como êste antigo monarca fora consultar uma médium espírita e sua morte por tê-lo feito, pode ser lida nos textos aqui indicados (I Sm 28.1-19).
Tudo quanto devemos fazer em face do espiritismo, é livrarmo-nos dêle. S. Paulo, olhando aos nossos dias, advertiu-nos contra o espiritismo, nestas palavras: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (I Tm 4.1). E devemos crer quando as Escrituras Sagradas falam. Satanás e seus maus anjos não poderiam ter inventado um engano maior do que êste de que os mortos podem comunicar-se com os vivos. Quem não gostaria realmente comunicar-se com seus queridos já mortos? Sim, todos quantos não estão a par dêste engano têm desejo de falar com os seus mortos. Milhões hoje no mundo pensam estarem se comunicando com os seus mortos e assim são, por êsse ardiloso laço, o espiritismo, presos nas malhas do grande enganador. Todavia é irrecusável o fato de que a morte só é possível por estas sete razões: Velhice, enfermidade, fome, sêde, desastre, suicídio e homicídio. Jamais fôra lavrado um atestado de óbito por ter alguém morrido com 100% de saúde ou por ter seu espírito abandonado o corpo.
O ESPIRITISMO E O PLANO DA SALVAÇÃO
Pôsto que o espiritismo professe exaltar o evangelho de Cristo, nega-o categoricamente por sua interpretação errônea e por sua rejeição a seus ensinos vitais. Começa por negar a criação do mundo como referida no Gênesis. Não admite a entrada do pecado como o Gênesis apresenta, e, por isso mesmo, nega a salvação de Deus oferecida ao homem segundo apresentada no evangelho. Assim nega e também por seus escritos, a concepção sobrenatural de Jesus pela virgem Maria. Não aceita a morte expiatória de Cristo na cruz e a Sua ressurreição corpórea. Não admite a obra mediadora do Filho de Deus em prol do pecador, diante de Deus, e recusa peremptòriamente a Sua segunda vinda como ensinada no Velho e no Novo Testamentos.
Enfim, negando êstes pontos capitais da salvação do homem, nega todo o evangelho e demonstra ser verdadeiramente uma obra de puro engano satânico. Um dos mais irrisórios ensinos do espiritismo — que é uma contrafação da doutrina evangélica da regeneração do homem — é a reencarnação para aperfeiçoamento do espírito. Imaginai se é possível alguém aperfeiçoar-se na carne corrompida pelo pecado! Imaginai se é possível alguém aperfeiçoar-se sem ter consciência do seu anterior estado! Se vivemos em reencarnações passadas, porque não nos lembramos do nosso modo de vida nelas, para podermos então nos aperfeiçoar?
Sim, a reencarnação não só é uma contradição da nova vida como apresentada nas Escrituras Sagradas, como também ilógica e irrisória. E’ uma doutrina, se como tal pode ser chamada, que acusa a Deus de carrasco, pois ensina que é a Sua vontade que seus filhos sofram desta, daquela e daquela outra maneira para aperfeiçoarem-se. Um Deus bondoso e amoroso para com as Suas criaturas é apresentado pelo espiritismo, através do ensino da reencarnação, como um Deus mau e vingativo que tem prazer em ver os sofrimentos de Seus filhos. Livremo-nos dêste diabólico ensinamento falso do poder das trevas. O espiritismo não é uma religião e nem uma ciência, mas sim a mais astuta filosofia enganadora das potências das trevas.
O pior perigo que oferece o espiritismo é sua forma cristã: “E’ verdade que o espiritismo hoje está mudando a sua forma, e, ocultando alguns de seus mais reprováveis aspectos, reveste-se de aparência cristã. Mas as suas declarações pela tribuna e pela imprensa têm estado perante o público durante muitos anos, e nelas o seu verdadeiro caráter se acha revelado. Êstes ensinos não podem ser negados nem encobertos. “Mesmo em sua forma atual, longe de ser mais tolerável do que o foi anteriormente, é na verdade um engano mais perigoso, por isso mais sútil. Embora antes atacasse a Cristo e a Escritura Sagrada, hoje professa aceitar a ambos. Mas a Bíblia é interpretada de molde a agradar ao coração não regenerado, enquanto suas verdades solenes vitais são anuladas.
Preocupa-se com o amor, como o principal atributo de Deus, rebaixando-o, porém, até reduzi-lo a sentimentalismo enfermiço, pouca distinção fazendo entre o bem e o mal. A justiça de Deus, Sua reprovação ao pecado, os requisitos de Sua lei, tudo isto é pôsto de parte. O povo é ensinado a considerar o Decálogo como letra morta. Fábulas aprazíveis, fascinantes, cativam os sentidos, levando os homens a rejeitar as Sagradas Escrituras como o fundamento da fé. Cristo é tão verdadeiramente negado como antes; mas Satanás a tal ponto cegou o povo que o engano não pode ser discernido.
“Poucos há que tenham justa concepção do poder enganador do espiritismo e do perigo de colocar-se sob sua influência. Muitos se intrometem com êle, simplesmente para satisfazer a curiosidade. Não têm realmente nenhuma fé nêle, e encher-se-iam de horror ao pensamento de se entregarem ao domínio dos espíritos. Aventuram-se, porém, a entrar no terreno proibido e o poderoso destruidor exerce a sua força sobre êles contra a sua vontade. Uma vez induzidos a submeter a mente, à sua direção, segura-os êle em cativeiro. E’ impossível pela sua própria fôrça romperem com o fascinante, sedutor encanto. Nada, a não ser o poder de Deus, concedido em resposta à fervorosa oração da fé, poderá livrar essas almas prisioneiras” (O Conflito dos Séculos, E. G. White, 557-558).
Fonte: Araceli. S. Mello, A Verdade sobre as Profecias do Apocalipse, 1959, p. 370 – 376.
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