A alteração que a Igreja Católica fez no sábado do quarto mandamento bíblico é legítima?
Pretensões Católicas sobre o Domingo*
“Perg. 1248. São iguais os dias do sábado e do domingo?
“Resp. O dia do sábado e o domingo são iguais. O sábado é o sétimo dia da semana, e é o dia que foi santificado na velha dispensação; O domingo é o primeiro dia da semana, e é o dia que é santificado na nova dispensação… “Perg. 1250. Por que a igreja ordena santificar o domingo em lugar do sábado? “Resp. A igreja ordena santificar o domingo em lugar do sábado no domingo, Cristo ressuscitou dos mortos…
“Perg. 1251. Guardamos o domingo em lugar de santificar o sábado, por alguma outra razão?
“Resp. Guardamos o domingo em lugar de santificar o sábado também para ensinar que a Velha Dispensação não nos é imposta, mas que devemos guardar a Nova Lei, a qual tornou o lugar daquela”. – Thomas L. Kinhead, A Catechism of Christian Doctrine, p. 282.
“Perg. Que garantia tendes para guardar o domingo, preferivelmente ao antigo sábado, que é o sétimo?
“Resp. Temos para tanto a autoridade da Igreja Católica e a tradição apostólica.
“Perg. Ordena a Escritura em algum lugar a guarda do domingo em lugar do sábado?
“Resp. A Escritura nos manda atender à Igreja… Mas a Escritura não menciona de modo específico esta mudança do sábado… “Os que pretendem ser tão religiosos observadores do domingo, e ao mesmo tempo não dão atenção às outras festas ordenadas pela mesma autoridade da Igreja, mostram que estão agindo por capricho, e não pela razão ou religião; pois, tanto os domingos como os dias santos baseiam-se no mesmo fundamento, nomeadamente a ordenança da Igreja… “Em lugar do sétimo dia, e outras festividades apontadas pela velha dispensação a Igreja prescreveu os domingos e dias santos para serem separados para o culto a Deus; e estes estamos agora obrigados a guardar como conseqüência do mandamento de Deus, ao invés do Sábado antigo.” – Ver Dr. Challoner, The Catholic Christian Instructed, pp. 209-211.
“Perg. Tendes alguma outra maneira de provar que a Igreja tem poder para instituir festas como preceito?
“Resp. Se não tivesse tal poder, não teria feito aquilo em que todos os religiosos concordam; não teria podido substituir a observância do domingo, o primeiro dia da semana, pela observância do sábado, o sétimo dia, mudança para a qual não existe autoridade Escriturística”. – Stephen Keenan, A Doctrinal Catechism, p. 174.
“Qual é o dia do Senhor?
“Na Velha Dispensação era o sétimo dia da semana, ou seja o dia do sábado (dia do descanso), em memória do descanso de Deus naquele dia, após ter terminado a obra da criação nos seis dias. Na Nova Dispensação é o primeiro dia da semana, de Domingo… “Que nos é ordenado através do Primeiro Mandamento da Igreja? “No Primeiro Mandamento, é-nos ordenado, em primeiro lugar, santificar os Domingos e os dias Santos que a Igreja instituiu”. – P.N. Lynch, A Full Catechism of the Catholic Religion, pp. 183-210.
“Que autoridade bíblica existe para mudar o sábado do sétimo para o primeiro dia da semana? “Quem deu ao Papa a autoridade para mudar um mandamento de Deus?
“Se a Bíblia é a única guia para os cristãos, então o adventista do sétimo dia está certo ao observar o sábado com o Judeu. Os católicos, contudo, aprendem o que crer e o que fazer da divina, infalível autoridade estabelecida por Jesus Cristo, a Igreja Católica, a qual nos tempos Apostólicos fez do domingo o dia de descanso para honrar a ressurreição do Senhor naquele dia, e para distinguir o judeu do cristão”. – Bertrand L. Conway, The Question – box Answers, p. 179.
*(THIELE, 1960, p. 263 – 265).
Profecias bíblicas sobre a mudança não autorizada dos Dez Mandamentos
Daniel 7.25
“Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os santos do Altíssimo e tentará mudar os tempos e a lei; e os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e metade de um tempo”.
2ª Tessalonicenses 2. 1-4
“Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, pedimos que vocês não se deixem demover facilmente de seu modo de pensar, nem fiquem perturbados, quer por espírito, quer por palavra, quer por carta, como se procedesse de nós, dando a entender que o Dia do Senhor já chegou. Ninguém, de modo nenhum, os engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade [anomia, ilegalidade], o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, apresentando-se como se fosse o próprio Deus”.
Apocalipse 13.1-8
“Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E o dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Uma das cabeças da besta parecia ter sido golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada. E toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta. Também adoraram a besta, dizendo: — Quem é semelhante à besta? Quem pode lutar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e foi-lhe dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses. A besta abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu. Foi-lhe permitido, também, que lutasse contra os santos e os vencesse. Foi-lhe dada, ainda, autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação. E ela será adorada por todos os que habitam sobre a terra, aqueles que, desde a fundação do mundo, não tiveram os seus nomes escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto”.
Quem mudou o sábado? Que ser humano, em são juízo, pretende ter maior autoridade do que o Criador?*
Diante do fato da perpetuidade, bem como da imutabilidade do sábado do sétimo dia, concludentemente demonstrado pela Bíblia, a pergunta acima formulada deve parecer um tanto impertinente, convindo talvez que fosse diferentemente formulada. Não há, afora Deus, poder nenhum que possa efetivamente operar uma mudança dos tempos e das leis por Deus estabelecidos, a não ser, quando muito, por uma substituição fictícia ou apenas convencional de tempos e de leis, devendo por isso a pergunta acima ser antes assim concebida: ― Quem tentou ou imaginou mudar o sábado do Senhor?
É um fato historicamente comprovado que durante os primeiros séculos da era cristã o sábado do sétimo dia continuou a ser observado pelas igrejas cristãs tanto do oriente como do ocidente, e que até o quinto século, pelo menos, nenhum outro dia foi reconhecido nelas como dia de sábado. É também um fato histórico não menos comprovado que nesse tempo o primeiro dia da semana, observado longamente ao lado do sábado com o fim e caráter absolutamente diversos, foi gradativamente e sem nenhuma autorização de Cristo ou dos apóstolos elevado à categoria de dia santificado, acabando nalgum tempo por suplantar e substituir definitivamente o sábado em caráter de dia de descanso. Abonemos o alegado com o testemunho de pessoas autorizadas e insuspeitas, que se têm dedicado a investigar o assunto.
Diz o anglicano T. H. Morer:
“Os cristãos primitivos professavam uma grande reverência pelo sábado, celebrando esse dia com oração e reuniões de pregação. É fora de dúvida que eles derivaram este costume dos próprios apóstolos, como aparece de outras passagens das Escrituras a ele referentes …” (1).
Lyman Coleman, congregacional, assim se refere ao sábado do sétimo dia:
“Durante longo tempo, depois de destruído o templo e cessado nele o culto divino, o sétimo dia foi rigorosamente observado ao lado do primeiro dia da semana. A observância do sábado judaico continuou na igreja cristã até o quinto século de nossa era, mas com um rigor e solenidade decrescentes até finalmente cessar de todo” (2).
No mesmo livro diz ele:
“A observância do dia do Senhor foi ordenada estando ainda em vigor o sábado dos judeus, o qual não foi invalidado até que o primeiro houvesse adquirido aquela mesma solenidade e importância que constituiu o apanágio do grande dia, originalmente instituído e abençoado por Deus. … Ao tempo, porém, que o dia do Senhor ficou plenamente estabelecido, a observância do sábado foi sendo mais e mais relaxada até que, finalmente, acabou malsinada como herética” (3).
William Prynne, puritano, assim se manifesta:
“É certo que Cristo mesmo, Seus apóstolos, e os cristãos primitivos por um longo espaço de tempo observaram invariavelmente o sábado do sétimo dia, e que este foi celebrado por muitos cristãos até depois dos tempos dos apóstolos, e até o Concílio de Laodicéia” (4).
Quanto à observância do primeiro dia da semana ao lado do sábado, à autoridade e ao caráter em que isto era feito, eis como a tal respeito se exprimem autoridades não menos insuspeitas:
“A idéia do dia do Senhor é inteiramente distinta da do sábado, não sendo jamais confundida com esta pela igreja primitiva, na qual a observância do sábado sobreviveu com efeito por muito tempo … Quando quer que a ela aparece associada a idéia de repouso, tem este invariavelmente caráter secundário, sendo considerado apenas um meio de atingir fins mais elevados” (5).
“Temos certamente de admitir que os escritores cristãos mais primitivos não identificam o dia do Senhor (domingo) com o sábado; nenhum dos padres anteriores ao quarto século baseia o dever de observar o domingo sobre o quarto mandamento, ou sobre algum preceito de Jesus ou dos apóstolos, ou sobre a lei ante-mosaica promulgada na criação” (6).
“O dia do Senhor era uma instituição meramente eclesiástica. Ele não foi instaurado em virtude do quarto mandamento, porque durante quase três séculos os cristãos observaram conjuntamente o dia ordenado nesse preceito; faziam-no, porém, sem nenhuma idéia de obrigatoriedade anterior, pelo que não o consideravam morar” (7).
“A falta de probidade intelectual neste assunto é deveras deplorável, mas que deverá pensar o estudante confiado a respeito desta afirmação em que o sábado judaico é identificado com o domingo cristão: – “Depois da ressurreição de nosso Senhor, passou-se a observar o primeiro dia da semana, em vez do sétimo, como sábado, em comemoração de Sua ressurreição dos mortos”? Temos ouvido muito acerca de ficções lícitas, aqui porém temos uma ficção religiosa que ultrapassa as mais ousadas ficções lícitas … Que o sábado judaico e o domingo cristão são dois dias diferentes, está suficientemente comprovado pelo fato de que durante um longo tempo depois da morte de Jesus os cristãos observaram ambos os dias, não lhes ocorrendo confundir esses dois dias, tão pouco como a nós o confundir o natal com a festa de 4 de julho (8) … O primeiro era observado no sétimo dia, e na manhã seguinte os cristãos celebravam uma reunião simples, entregando-se depois aos diversos cuidados e prazeres do dia, como soiam [sic] fazer num outro dia qualquer” (9).
“Nenhum dos escritores eclesiásticos dos primeiros séculos atribui a origem do domingo a Cristo ou aos apóstolos” (10).
“Recorrei a quem quiserdes, aos padres primitivos ou aos mais recentes, não encontrareis nenhum dia do Senhor instituído por preceito apostólico, nenhum sábado estabelecido sobre a base do primeiro dia da semana” (11).
É evidente pois que nalgum tempo uma mudança do sábado do Senhor foi com efeito intentada e, aparentemente, com sucesso, posto que sem nenhuma autorização divina, sendo, como é, um fato que o primeiro dia da semana é hoje quase universalmente reconhecido como dia de descanso em substituição ao sábado do sétimo dia. Sobre quem recai a responsabilidade de semelhante mudança? Poder-se-á admitir que o Senhor, nalgum tempo, acabaria sancionando-a contra o testemunho claro de Sua Palavra? É justo concluir que Ele nos tivesse deixado na ignorância quanto a esse acontecimento, sem ao menos nos prevenir a tal respeito, de sorte a podermos explicar tão estranha anomalia, tão manifesta contradição entre a Sua palavra e a prática atual da generalidade das igrejas que se denominam cristãs?
Embora essa contradição seja tão manifesta que qualquer espírito, por mais medíocre, não deixa de dar por ela e de estranhar a mesma, lendo com atenção a palavra de Deus, o que atesta a grande clareza desta e a nenhuma obrigação que teria o Senhor em ir mais longe nos esclarecimentos que nos deve a respeito de Sua verdade, Ele contudo houve por bem assinalar de um modo bem expressivo e com séculos de antecedência a mudança que debaixo da nova dispensação havia de ser intentada a respeito de Sua lei e dos tempos por Ele determinados, apontando a potência que devia consumar este ato e anunciando o tempo que tal mudança devia prevalecer, bem como a subsequente reforma do sábado.
É no profeta Daniel que se lêem estas palavras a respeito de uma potência que se devia levantar do meio dos reinos em que foi dividida a Roma Ocidental entre os anos 300 a 451 depois de Cristo:
“E falará palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei, e serão entregues na sua mão por um tempo, tempos e metade de um tempo” (12).
Quanto a essa potência, que vem ainda mais minuciosamente descrita no capítulo 13 do Apocalipse, onde tem consignado o mesmo tempo de duração para o poder que exerce, destruindo os santos do Altíssimo e atentando contra a Sua lei e os tempos por Ele determinados, muitos intérpretes estão concordes em reconhecer nela a Roma papal ou o papismo, atualmente representado pela Igreja Romana (13).
Sem o afirmar nem contestar, vamos examinar se aquilo que lhe é atribuído neste versículo pode com verdade ser aplicado a essa Igreja. Nada diremos com relação à primeira parte que nos parece perfeitamente demonstrada pela história como aplicando-se de fato à Roma papal. Trataremos apenas daquela que particularmente interessa à nossa questão, isto é, a da intentada mudança dos tempos e da lei de Deus. Diz a passagem acima citada que a potência em questão, afrontando o Altíssimo e deitando mão aos Seus santos, cuidaria também “em mudar os tempos e a Lei”, devendo estes ficar entregues em seu poder “por um tempo, tempos e metade de um tempo”.
A palavra traduzida cuidar é, no original, o aramaico sabar, que significa propriamente “pretender, presumir, imaginar, confiar”, isto é, “presumir, imaginar, confiar que pode, que tem autoridade ou poder para o fazer” (14).
A propriedade da expressão empregada pelo escritor inspirado nesta conexão é evidente, pois em realidade ninguém tem autoridade ou poder para mudar tempos ou leis decretados por Deus. Poderá quando muito intentar fazê-lo imaginando estar isto em seu poder, e talvez, como já dissemos, com aparências de sucesso; positivamente, porém, os tempos e leis decretados por Deus não são susceptíveis de alteração ou mudança, salvo se esta for efetuada por Deus mesmo, mas mesmo então somente enquanto tal ato não implicar uma contradição com os princípios por Ele estabelecidos, aliás tal mudança será apenas fictícia, podendo guardar aparência de verdade enquanto Deus permitir que tal atentado prevaleça, deixando os tempos e a lei à discrição do poder que tal se arroga, justamente como o diz o nosso texto: “E serão entregues na sua mão por um tempo, tempos e metade de um tempo”.
(1) MORER, Thomas H. – Six Dialogues on the Lord‘s Day, p. 189. WHITE, Ellen G. em The Great Controversy, p. 575, Pacific Press Publishing Association, Mountais View, California, 1951, cita ― MORER, Thomas. Discourse in Six Dialogues on the Name, Notion, and Observation of the Lord‘s Day, edição de 1701. Morer era reitor anglicano em Londres, onde foi impressa essa sua obra.
(2) COLEMAN, Lyman. Ancient Christianity Exemplified, capítulo 24, parágrafo 2, p. 527. Lyman Coleman (* 14/6/1796, + 16/3/1882), nascido em Massachusetts, formou-se em Yale em 1817, assumindo a cadeira de Latim em Hartford e continuando seus estudos de Teologia em Yale. Em 1825 foi ordenado pastor da Igreja Congregacional, e em 1832 assumiu a direção do Seminário Burr em Vermont. Desempenhou várias funções eclesiásticas e escreveu vários livros, dentre os quais “The Antiquities of the Christian Church”, “The Apostolic Primitive Church”, “An Historical Geography of the Bible” e “Ancient Christianity Exemplified” este último em 1852. (Dictionary of American Biography. Ed. Dumas Malone, New York, 1963. Charles Scribner‘s Sons).
(3) Idem, capítulo 26, parágrafo 2. Entenda-se por “dia do Senhor” o domingo.
(4) PRYNNE, William. Dissertation on Lord‘s Day, p. 33.
William Prynne (* 1600, + 24/10/1669) nascido na Inglaterra, graduou-se na Universidade de Oxford em 1621, e destacou-se como panfletista puritano e advogado. Em 1652 foi nomeado por Carlos II guardião dos arquivos da Torre de Londres (ANDREW, J. N., e CONRADI L. R. History of the Sabbath, p. 836). A referência mais completa à obra citada de William Prynne é a seguinte: PRYNNE, William. A Brief Polemical Dissertation Concerning the True Time of the Inchoation and Determination of the Lord‘s Day Sabbath. T. Mabb for E. Thomas, London, 1655.
O Concílio de Laodicéia estabeleceu o fim da guarda do sábado pelos cristãos, conforme se pode ver no seu canon 29: “Os cristãos não devem judaizar e ficar ociosos aos sábados, mas devem trabalhar naquele dia; devem, porém, honrar especialmente o dia do Senhor, e por serem cristãos, se possível, não devem trabalhar neste dia. Se forem encontrados judaizando, entretanto, serão anatematizados”. [HEFELE, Karl Joseph von. A History of the Cristian Councils. (Original em alemão: Konziliengeschichte) Vol. 2, trans. and ed. by H.N. Oxenham (Edinburgh: T. and T. Clark, 1896), pp. 310, 316, 320, citado no Seventh Day Adventist Bible Student‘s Source Book, Review and Herald Publishing Association, Washington, D.C., USA, p. 879, verbete 1416 – Sabbath and Sunday)]. Mais uma vez ainda, por “dia do Senhor” entenda-se o domingo.
Karl Joseph von Hefele (* 15/3/1809, + 5/6/1893), nascido na Alemanha, foi professor de teologia em Tübingen em 1840, e bispo de Rottenburg em 1869 e tornou-se historiador da igreja. No Concílio Vaticano de 1870 opôs-se ao dogma da infalibilidade papal, mas em 1871 submeteu-se à autoridade do Papa (ANDREWS, J. N. e CONRADI, L. R. The History of the Sabbath, p. 830).
(5) SMITH AND CHEETHAM. Dictionary of Christian Antiquities, artigo Lord‘s Day, p. 1823. Novamente, entenda-se por “dia do Senhor” o domingo.
(6) CHAMBERS‘ ENCYCLOPAEDIA, vol. III, p. 402, artigo Sabbath, edição de 1882.
William Chambers (* 1800, + 1883), nascido na Escócia, iniciou suas atividades de livreiro em Edinburgh, e fundou em 1859 o ―Peebles Institute‖ dedicando-se a atividades editoriais, dentre as quais se destaca a ―Chambers‘ Encyclopaedia‖ (ANDREW, J. N. e CONRADI, L. R. The history of the Sabbath, p. 823).
(7) TAYLOR, Jeremy. Ductor Dubitantium, livro 2, capítulo 2, parágrafo 51. No “Seventh-Day Adventist Bible Student‘s Source Book, Review and Herald Publishing Association, 1962, p. 868, verbete Sabbath and Sunday in Early Church – Voluntary Observance é apresentada também esta mesma referência, da seguinte forma: TAYLOR, Jeremy. The Rule of Conscience (em latim: Ductor Dubitantium), London; Longman, Brown, Green and Longmans, 1851, pp. 456 a 458 (FRS nº 71). Novamente, por “dia dos Senhor” entenda-se o domingo.
Jeremy Taylor (* 1613, + 1667), clérigo e escritor eclesiástico inglês, foi capelão real, professor no País de Gales, designado bispo após a Restauração, e membro do Conselho da Irlanda.
(8) Data da Independência dos Estados Unidos da América do Norte.
(9) CHADWICK, J. W. The Forum, vol 14, pp. 543 e 544.
John White Chadwick (* 19/10/1849, + 11/12/1904), clérigo unitário, natural de Massachusetts, formou-se em teologia em Harvard, em 1864. Foi pastor da Segunda Igreja Unitária de Brooklyn, Nova York. Das suas muitas obras destacam-se ―The Bible of Today‖, ―Some Aspects of Religion‖, ―Origin and Destiny‖. (Dictionary of American Biography. Ed. Dumas Malone, New York, 1963, Charles Scribner‘s Sons).
(10) DOMVILLE, William. Examination of the six texts. A obra citada de Sir William Domville, que como autor se intitula “A Layman” (um leigo) é The Sabbath: or An Examination of the Six Texts commonly adduced from the New Testament in proof of a Christian Sabbath. London: Chapman and Hall, 1849. Os seis textos examinados por Domville em sua obra são os seguintes: João 20:19 e 26, Atos 2:1, Atos 20:6-7, I Coríntios 16:1-2 e Apocalipse 1:10. Neles se tem procurado justificativa para a guarda do domingo, no Novo Testamento. “Sir William Domville em 1849 argumentou com bastante convincência que os seis textos não constituem evidências a favor da observância do domingo na igreja do Novo Testamento, e que de fato isso seria muito incoerente com o ensinamento de Paulo que prevalece durante sua vida; que a partir de evidências extra-escriturísticas isso muito provavelmente originou-se no fim do primeiro século, e que “isso não pode ser um dever religioso imposto aos cristãos da época, se não tivesse sido (e muito certamente não foi) imposto durante o ministério de Pedro e Paulo” (CARSON, D. A Editor. From Sabbath to Lord‘s Day. Zondervan Publishing House. Grand Rapids, Michigan, USA, 1982. pp. 332 e 340).
(11) HEYLYN, Peter. History of the Sabbath, parte II, capítulo I, parágrafo 10. WHITE, Ellen, em The Great Controversy, p. 680, Pacific Press Publishing Association, Mountain View, California, USA, 1951, cita a mesma referência, adicionando: 2nd. edition, revised, London, 1636.
Peter Heylin (* 1600, + 1662), nascido em Londres, graduou-se em Oxford, e foi capelão real anglicano em 1629. Destacou-se como historiador da igreja e polemista, opondo-se fortemente aos puritanos.
(12) Daniel 7:25. (RA)
(13) Este assunto continuará a ser abordado no capítulo IX. Vide também texto a partir do terceiro parágrafo da página 130 deste capítulo.
(14) Vide Glossário hebraico sobre sabar.
*(STEIN JÚNIOR, 1995, p. 113 – 117).
Referências:
STEIN JÚNIOR, Guilherme. O Sábado ou o Repouso do Sétimo Dia: Sua história seu objetivo e seu problema atual. (Original em português de 1919). Segunda edição revista e comentada por Ruy Carlos de Camargo Vieira. Brasília: Sociedade Criacionista Brasileira, 1995.
THIELE, Edwin R.; BERG, Henrique. Apocalipse – esboços de estudos, 1960. Disponível em: <http://www.iasdsapiranga.com.br/assets/esbo%C3%A7os-do-apocalipse.pdf>. Acesso em: fev. 2017.