Apocalipse – Possibilidades (capítulo 16)
Apocalipse 16
Ap | Texto (ARA, 3ª ed) | Leitura com a fundamentação das possibilidades que tentam alcançar a intenção do profeta João e a intenção do Revelador Jesus Cristo |
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16.1 | Ouvi uma voz forte, vinda do santuário, dizendo aos sete anjos: — Vão e derramem sobre a terra as sete taças da ira de Deus. | Então, uma das quatro criaturas (ou Deus, o Pai), ainda dentro do Tribunal celestial, ordenou com potente voz aos sete anjos literais: —Comecem o derramamento dos sete últimos desastres sobre os falsos filhos de Deus. Somente após o último deles, o sétimo desastre, Ele sentirá que a justiça terá sido feita completamente, e esses falsos filhos poderão ser destruídos e deixar de existir para sempre. |
“Talvez seja a voz de uma das criaturas viventes. […] Também pode ser que a voz celestial seja a voz do Cordeiro. Em Apocalipse 6:15 a 17, os ímpios pedem às montanhas que os escondam ‘da ira do Cordeiro’. Ou pode ser a voz do próprio Deus. Habituamo-nos a pensar em Deus e em Jesus como sendo amáveis e graciosos, a um ponto que excede a nossa compreensão; de fato, Eles o são. Entretanto […] tendo em vista proteger o inocente, o amor terá, finalmente, que punir o mal. Deus sente-Se profundamente desconcertado ao ver o sofrimento de Seus seguidores. Deus cuida deles. Os anjos também velam sobre os filhos de Deus. […] Este anelo por justiça e tratamento correto explica o cântico do ‘anjo das águas’ em Apocalipse 16:5 e 6” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 443).
“Os anjos portadores dos sete flagelos já haviam saído do templo (Ap 15:6) e ‘ninguém podia penetrar no santuário’ ([…] Ap 15:8). Por isso, esta voz deve ser a voz do próprio Deus” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 929).
“derramai. [‘derramem’] Liga esta cena a 15:5-8. Os acontecimentos no Céu afetam o que se passa na Terra. O contexto do cap. 16 é uma série de eventos que ocorrem depois do fim do tempo da graça” (BÍBLIA, 2015, p. 1669).
“Embora João não especifique em que momento é dada esta ordem, o contexto deixa claro que é logo depois do fechamento da porta da graça, mas antes da vinda de Cristo. […] as pragas sobrevêm após a proclamação do terceiro anjo, o qual adverte contra a besta e sua marca. […] Além disso, o fato de as sete últimas pragas constituírem a medida cheia da ira divina, sem mistura de misericórdia (Ap 14:10; 15:1; 16:1), indica que a oportunidade da graça já se encerrou para aqueles sobre quem as pragas caem” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 929).
“Deus é amor. A Bíblia está cheia de evidências desse amor. Ele é ‘misericordioso, compassivo, longânimo e assaz benigno’ (Salmo 103:8 e 9). Embora o povo O amaldiçoe diante de Sua face, Ele continua a abençoá-lo, derramando Suas bênçãos, como o Sol e a chuva, tanto sobre justos como injustos (Mateus 5:45). Em breve a taça da ira de Deus ficará cheia. Ele, então, fará o que a Bíblia chama de Sua obra estranha (Isaías 28:21). É uma obra estranha porque Deus é amor (I João 4:8) e não tem prazer no castigo do ímpio (Ezequiel 18:32). Naquele dia, Deus protegerá o Seu povo. Ele diz: ‘Vai pois, povo Meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Pois eis que o Senhor sai do Seu lugar, para castigar a iniqüidade dos moradores da Terra; a terra descobrirá o sangue que embebeu e já não encobrirá aqueles que foram mortos (Isaías 26:20 e 21)” (FEYERABEND, 2005, p. 137).
“Com as sete últimas pragas, começa a segunda parte do Apocalipse. A partir desse ponto, as profecias focalizam eventos que logo ocorrerão, no fim do tempo” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 438).
“Há muitos paralelos com as sete trombetas dos cap. 8-11. As trombetas afetam terços da Terra; já os flagelos assolam o planeta inteiro. As quatro primeiras taças provavelmente devem ser interpretadas de maneira literal, uma vez que não há nenhum significado simbólico claro. As três últimas têm desdobramentos simbólicos evidentes” (BÍBLIA, 2015, p. 1669).
Como veremos, há estudiosos que divergem quanto a literalidade ou não das pragas.
“Uma decidida mudança de ênfase faz com que as cenas das trombetas e do grande conflito tratem mais profundamente dos eventos dos últimos dias do que o haviam feito as sete igrejas e os sete selos. Mas as quatro divisões que compõem a segunda parte do Apocalipse, e que apresentam as pragas, a queda de Babilônia, o milênio e a Nova Jerusalém, focalizam exclusivamente eventos dos dias finais” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 438).
“Os anjos que são encarregados delas [das pragas] saem da tenda que é o verdadeiro templo do céu (11,19). Num quadro de teofania eles cumprem a liturgia da justiça” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2002, p. 2158).
“[…] as pragas são derramadas de maneira sucessiva, num intervalo relativamente curto […] O julgamento da Babilônia mística, mencionado após a sétima praga (v. 19), parece preceder o dos reis da Terra e o retorno de Cristo” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 929).
“Mais de uma vez observamos que existem estreitas semelhanças entre as sete pragas e as sete trombetas. Em ambos os casos, as quatro primeiras são dirigidas contra a terra, o mar, rios e fontes de água e corpos celestes. Em ambos os casos o quinto evento vincula-se à escuridão, o sexto relaciona-se com o rio Eufrates, e o sétimo ocorre em presença de grande(s) voz(es). […] Foi até mesmo sugerido que pragas e trombetas são a mesma coisa. Mediante um exame mais profundo, contudo, percebe-se que as diferenças sobrepujam as similaridades. […] Algumas semelhanças existem em todos os casos, mas diferenças notáveis mostram que trombetas e pragas não são a mesma coisa. Algo mais destaca-se notavelmente. As trombetas cumprem-se por intermédio de desastres verdadeiramente sérios. Se o cumprimento das pragas será ainda muito pior, quão espantosos são os acontecimentos que estão à nossa frente?” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 445).
“Apocalipse 16:1 a 11 nos conta que as sete últimas pragas estão reservadas exclusivamente para aqueles que rejeitam a Deus e recebem a marca da besta. Os flagelos são especificados como os ‘últimos’ (Ap 15:1) porque aparecem depois das sete pragas das trombetas (Ap 8; 9; 11:15-19). As trombetas foram juízos preliminares, antecipando pragas mais severas, ainda por vir. Embora existam semelhanças de linguagem entre as pragas das trombetas e as últimas pragas, as duas séries não são idênticas.
“Em primeiro lugar, durante as trombetas, o evangelho está sendo pregado ao mundo inteiro (Ap 10:8, 11; 11-14), e o ministério mediador de Cristo está em andamento no Céu (Ap 8:3-5). Já as últimas pragas são derramadas após o término da pregação do evangelho e da intercessão no santuário celestial (Ap 14:6-13).
“Segundo, Apocalipse 15:8 observa que o templo no Céu ‘se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do Seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário’. Essa linguagem é derivada tanto da dedicação do tabernáculo no deserto durante o êxodo de Israel (Ex 40:34, 35) quanto do templo de Salomão (1Rs 8:10, 11). Nas duas ocasiões, a nuvem da glória de Deus encheu o templo, de modo que os sacerdotes não conseguiram entrar para ministrar perante o Senhor. Sem a presença dos sacerdotes, não havia intercessão no templo. Apocalipse 15:8 reflete essa ideia, a qual nos diz que o ministério mediador de Cristo será concluído antes do derramamento das sete últimas pragas sobre a humanidade rebelde. A porta de oportunidades se fechará de maneira definitiva, e o destino de todos os seres humanos será decidido (Ap 14:14-20).
“Em terceiro lugar, as pragas das trombetas são restritas em alcance e efeito. Elas só afetam uma parte do reino de Satanás – a expressão ‘a terça parte’ é repetida constantemente no texto (Ap 8:7-12; 9:15, 18). Quanto às sete ultimas pragas, porém, nenhuma restrição é feita. Fica claro que elas são mais abrangentes. Observe a declaração: ‘E morreu todo ser vivente que havia no mar’ (Ap 16:3).
“Por fim, as sete trombetas abrangem um longo período da história, desde o 1º século até a segunda vinda de Cristo. Períodos de tempo relativamente duradouros estão ligados a elas (Ap 9:5, 15; 11:2, 11), ao passo que nenhuma estrutura temporal profética é especificada para as sete últimas pragas. Elas afetam a humanidade no fim da história por um período relativamente curto antes da segunda vinda de Cristo e ocorrem dentro da estrutura temporal das sete trombetas” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 90 e 91).
“Ninguém que leia Apocalipse 16 pode evadir-se à penosa percepção de que este é o capítulo da ira de Deus. A tendência moderna é subestimar este aspecto do caráter de Deus. A pregação sobre o fogo do inferno é antiquada – e é bom que seja assim –, mas a proclamação sentimentalista do amor de Deus certamente não poderá ser considerada um sucedâneo apropriado. O que o mundo necessita é o salutar equilíbrio da verdade evangélica refletida na declaração de Paulo: ‘Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus.’ Rom. 11:22. ‘A ira de Deus é o amor de Deus transformado em indignação moral contra os que persistentemente calcam aos pés os princípios da ordem espiritual.’ – S. Júlio Schwantes, ‘As Sete Últimas Pragas’, Liberty (março/abril de 1974), p. 19” (COFFMAN, 1989, P. 123).
“Em todos os casos, as pragas caem sobre a besta e sobre as pessoas e coisas com ela associadas. A punição indiscutivelmente equivale à gravidade dos crimes. O pecado na mente e nos músculos (testa e mão) é confrontado com repugnantes chagas. Pessoas que derramaram rios de sangue são agora colocadas frente a rios de sangue. Líderes religiosos que preferiram a tradição em lugar da clara luz da Bíblia, descobrem que a assim-chamada ‘luz da tradição’ os cegou aos raios da luz verdadeira, transformando seus corações em desertos. Excruciante escuridão (seria talvez a dor profunda resultante de temperaturas extremamente baixas?) enfatiza o mesmo ponto, especialmente para aqueles líderes que preferiram aliar-se às tradições romanas, provenientes do trono da besta” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 447 e 448).
“As pragas expressam a ira santa de Deus contra aqueles que têm a marca da besta (16:2) e sobre o trono da besta (16:10), o que prepara o caminho para a batalha do Armagedom (16:12) e divide a tríplice aliança do espiritismo, catolicismo e protestantismo apóstata (16:13, 14, 19). Estas pragas cairão sucessivamente, mas durante um período curto, pois quando cair a quinta praga os homens ainda estarão sofrendo o efeito da primeira (16:2, 11)” (BELVEDERE, 1987, p. 81).
“As pragas têm natureza redentora. Assim como Deus enviou as pragas para o Egito a fim de livrar Seu povo e levá-lo à Terra Prometida (Êx 7-12), o Senhor derrama as sete últimas pragas para derrotar Seus inimigos e livrar Seu povo daqueles que desejam destruí-lo.
“Em segundo lugar, as últimas pragas são punitivas (Ap 15:1; 16:2). Em Apocalipse 6:9 a 11, os santos martirizados são retratados clamando a Deus por vindicação. O clamor deles representa todo o povo do Senhor que sofre ao longo da história. Com o derramamento das sete últimas pragas, suas preces finalmente são atendidas, e o povo de Deus é vindicado.
“Terceiro, as sete últimas pragas têm a intenção de fazer a humanidade rebelde reconhecer as consequências de suas escolhas e ações. Em Apocalipse 13, os habitantes do mundo escolhem seguir Babilônia. À medida que Deus retira Sua proteção do planeta, as sete últimas pragas são derramadas sobre a Terra, provocando consequências devastadoras. As pessoas são forçadas então a refletir nas consequências de suas escolhas.
“No entanto, a resistência contínua ao chamado misericordioso de Deus faz com que elas se tornem impenitentes Assim como as pragas do Egito, as sete últimas pragas têm a intenção de revelar a dureza do coração daqueles que rejeitaram o evangelho (cf. Êx 7:1-5). Por mais severas que sejam as últimas pragas, elas não levam as pessoas a se arrepender. Da mesma forma que cada uma das pragas egípcias somente aumentou a dureza do coração de faraó e de seus oficiais, cada praga que recair sobre os adoradores da trindade satânica endurecerá o coração deles, levando-os a nutrir um ódio ainda maior de Deus e de Seu povo (Ap 16:9-11)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 91 e 92).
“Juízos extremamente severos que punem o mundo” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 438).
“As sete últimas pragas só ocorrerão quando o povo de Deus já estiver selado” (BATTISTONE, 1989, p. 96).
“Quanto tempo durarão as pragas? ‘Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos’ (Apocalipse 18:8). De acordo com o princípio do ano-dia, estas pragas durarão um dia profético, o que seria um ano” (FEYERABEND, 2005, p. 138).
“[…] as Escrituras declaram que as pragas virão num dia, ‘a morte, o pranto, a fome’. Apoc. 18.8. Temos mencionado já que um dia em profecia equivale a um ano, e é evidente que aqui não se pode tratar de um dia literal de vinte e quatro horas, pois nenhuma fome poderia resultar em tão curto espaço de tempo, por piores que sejam as condições. Mais ainda, as Escrituras indicam que alguns desses mesmos homens que sofrem sob a primeira praga também sofrem sob as outras pragas. É, portanto, evidente que esses juízos caem sobre a mesma geração, e durarão um dia profético, ou ano literal” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 184).
“Literal ou simbólico? Uma questão importante e difícil a respeito da natureza das pragas é se elas são literais ou simbólicas. Com frequência, a linguagem do Apocalipse e simbólica. Isso parece óbvio ao interpretar os selos e as trombetas, mas a situação se mostra diferente com as sete últimas pragas. O fato de que as cinco primeiras pragas causam dor física e sofrimento intensos, levando as pessoas a maldizer a Deus, mostra que elas são literais (Ap 16:8-11). Isso é afirmado em Apocalipse 7:16. Esse verso declara que os 144 mil não terão mais fome nem sede e que o sol escaldante não os assolará mais. Tudo isso parece se referir a provações literais.
“No entanto, a sexta praga, que conduz à batalha do Armagedom, contém linguagem simbólica e espiritual. E a praga final, que fala da queda da Babilônia do tempo do fim, parece misturar significado literal e simbólico.
“Em meio a tudo isso, é importante lembrar que as sete últimas pragas são uma profecia que ainda se cumprirá. A verdadeira natureza da profecia será plenamente compreendida quando ela se cumprir. Sejam literais ou figuradas, as sete últimas pragas exporão a impotência da trindade satânica para ajudar a humanidade sofredora e vindicarão a Deus e Seu governo” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 92).
“As pragas do Egito eram literais. (Ver Êxodo 7:20 a 12:31.) O povo teve tumores e foi afligido por rãs, piolhos, moscas, gafanhotos e tudo o mais. A profecia das trombetas emprega, porém, muitos símbolos. As pragas de Apocalipse 16 podem ser consideradas como eventos literais com significação simbólica” (COFFMAN, 1989, p. 128).
“Quantos aspectos das pragas egípcias fazem lembrar as últimas pragas? Rio, sangue, rãs, chagas, saraiva, e impenetrável escuridão. Durante o êxodo que ocorreu após as pragas do Egito, o Mar Vermelho secou durante uma noite, a fim de permitir a passagem dos israelitas em seu leito. Quando os cavaleiros egípcios tentaram fazer o mesmo percurso, pensando em matar os fugitivos hebreus, o Senhor Deus fez com que o Mar Vermelho se fechasse sobre os perseguidores. Na manhã seguinte, os israelitas cantavam num êxtase de felicidade: ‘O Senhor é homem de guerra; Senhor é o Seu nome’ Êxodo 15:3. Em outras palavras, ocorreu uma espécie de ‘batalha… do Deus todo-poderoso’ em conexão com as pragas do êxodo, da mesma forma como uma batalha (usualmente conhecida como Armagedom) ocorrerá em conexão com as pragas do tempo do fim.
“Assim, pois, existem semelhanças. Uma das mais pavorosas similaridades é o todo-abrangente terror das pragas do Egito. Aquelas pragas foram muito reais, e suficientemente más. Com o que se parecerão as pragas finais? São as pragas literais ou simbólicas? A linguagem do Apocalipse é geralmente simbólica e, muitas vezes, impressionista. Assim, a linguagem que descreve as pragas bem que poderia ser não-literal. Entretanto, ela perde pouco de sua força, se [não] tomada ao pé da letra.
“‘Seus corpos estão cobertos de chagas, o mau cheiro mortífero dos mares e rios enche suas narinas com o odor da corrupção, seus organismos são chamuscados pelo fogo e então, subitamente, são eles precipitados na mais absoluta escuridão’, Donald Grey Barnhause, Revelation (Grand Rapids, Mich.: Zondervan Publishing House, 1971), pág. 299. O quadro prenuncia um mau agouro quando as palavras são tomadas em seu sentido literal. O panorama é igualmente alarmante, por outro lado, se se considera a linguagem como figurada” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 446).
“Ambos os relatos [pragas sobre o Egito e as 7 últimas] testificam da autoridade e do poder superior de Deus. Ambos resultam na derrota de pessoas que escolheram desafiar a Deus; portanto, resulta também no livramento do povo escolhido de uma situação que, de outra forma, seria irremediável. Ambos demonstram a justiça de Deus e glorificam Seu nome.
“Cada uma das dez pragas do Egito foi dolorosamente literal; e cada uma tinha o propósito de demonstrar como eram mentirosos os dogmas da religião falsa e quão inútil era depender dela […] De igual modo, as sete últimas pragas serão literais. Cada uma delas desferirá um golpe revelador sobre algum aspecto da religião apóstata e terá nuances simbólicas. Por exemplo, é óbvio que o primeiro anjo não derramou um composto químico de uma taça literal sobre pessoas que haviam recebido uma marca literal infligida por uma besta literal. Mas o anjo em si provavelmente é literal” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 930).
“‘Cada visitação [das sete pragas] salienta algum pecado específico de um mundo alienado de Deus’ – S. Júlio Schwantes, As Sete Últimas Pragas, Liberty (março/abril de 1974)” (COFFMAN, 1989, p. 129).
“O povo de Deus não estará livre de sofrimento; mas conquanto perseguidos e angustiados, conquanto suportem privações, e sofram pela falta de alimento, não serão abandonados a perecer. O Deus que cuidou de Elias, não desamparará nenhum de Seus abnegados filhos. Aquele que conta os cabelos de sua cabeça, deles cuidará; e no tempo de fome serão alimentados. Enquanto os ímpios estão a morrer de fome e pestilências, os anjos protegerão os justos, suprindo-lhes as necessidades” (WHITE, 2013, p. 548).
“Parece ser evidente que algumas pragas ocorrerão numa região, e outras, noutra. Todo o mundo sofrerá, porém, algumas dessas pragas” (COFFMAN, 1989, p. 128 e 129).
“Estas pragas não são universais, ao contrário os habitantes da Terra seriam inteiramente exterminados. Contudo serão os mais terríveis flagelos que já foram conhecidos por mortais. Todos os juízos sobre os homens, antes do final do tempo da graça, foram misturados com misericórdia. O sangue propiciatório de Cristo tem livrado o pecador de os receber na medida completa de sua culpa; mas no juízo final a ira é derramada sem mistura de misericórdia. Naquele dia, multidões desejarão o abrigo da misericórdia de Deus, abrigo que durante tanto tempo desprezaram. ‘Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a Terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. E irão vagabundos de um mar até outro mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, e não a acharão.’ Amós 8:11, 12” (WHITE, 2013, p. 548).
“Enquanto soa a sétima trombeta, terminará o tempo da graça para o mundo, cairão as sete últimas pragas (note-se a ‘grande saraiva’ e compare-se Apoc. 16:17 e 18), e Cristo, o Senhor da glória, virá nas nuvens do céu para levar consigo o Seu povo. E Ele reinará para sempre” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 252).
“Mais e mais o mundo despreza as reivindicações divinas. Os homens têm-se tornado ousados na transgressão. A maldade dos habitantes do mundo já quase encheu a medida da sua iniqüidade. Esta Terra já quase chegou ao ponto em que Deus há de permitir ao destruidor operar com ela segundo sua vontade. A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o derradeiro ato do drama. Quando essa substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra. Sairá de Seu lugar para punir os habitantes do mundo por sua iniqüidade, e a Terra descobrirá seu sangue, e não mais esconderá seus mortos” (WHITE, 1949, p. 130).
“No AT, várias calamidades, como invasões, fome, pestes, terremotos e outros desastres naturais, foram permitidas por Deus como agentes disciplinares e corretivos para levar os seres humanos ao arrependimento (ver Is 1:5-9; 9:13: 10:5, 6; 26:9; Jr 2:30; 5:3; Os 7:10; Jl 1:4; 2:12-14; Am 4:6-11; Ag 1:5-11; ver com. de 1Sm 16:14; 2Cr 18:18). Está claro, porém, que os sete últimos flagelos não têm esse propósito. No entanto, não há dúvida de que as pragas cumprem um papel necessário no desenrolar do grande conflito.
“As quatro ou cinco primeiras pragas possuem, de certo modo, natureza preliminar e levam os seres humanos a reconhecer que vinham lutando contra Deus […] Contudo, em vez de se arrependerem, eles blasfemam ainda mais do que antes e se tornam cada vez mais resolutos em sua obstinação (ver Ap 16:9, 11, 21). Portanto, os flagelos servem para revelar o espírito de rebelião que controla o coração deles. Fica provado que o joio é joio (cf. Mt 13:24-30, 36-43), e a justiça de Deus em destruí-lo é evidenciada (cf. GC, 670). Em contrapartida, as provas do grande tempo de angústia que acompanham as pragas aperfeiçoam o caráter dos santos, levando-os a confiar em Deus com mais intensidade (comparar com Ap 7:4).
“Assim como a disposição de morrer por outra pessoa é a manifestação suprema de amor (Jo 15:13), a intenção de tirar a vida de alguém expressa o maior grau de ódio. Nos dois últimos flagelos, desenvolve-se uma situação que torna a distinção plenamente visível, mesmo para os próprios participantes. Assim, a justiça de Deus em pôr fim à história humana fica evidente tanto para os seres humanos quanto para os anjos (ver Rm 14:11; Fp 2:10 […]).
“Será demonstrado perante o universo que o remanescente prefere morrer a desobedecer a Deus, e que aqueles que escolheram servir a Satanás matariam, se preciso, todos os que podem atrapalhar seu propósito de controlar a Terra. Apanhados no ato de tentar colocar em vigor um decreto de morte, eles ficam sem desculpa diante de Deus.
“É claramente traçada a linha divisória entre os que servem e os que não servem a Deus. Por meio dos ímpios, o diabo é liberado para demonstrar como seria o universo caso ele pudesse controlá-lo” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 930 e 931).
“O mesmo espírito despótico que noutras eras tramou contra os fiéis há de tentar extirpar da face da Terra os que temem a Deus e obedecem à Sua lei. Satanás há de excitar a indignação contra uma minoria que conscienciosamente se recusa a aceitar costumes e tradições populares. Homens de destaque e reputação hão de associar-se aos que são adversos à lei e aos maus, a fim de tomarem conselho contra o povo de Deus. A riqueza, o gênio e a educação hão de aliar-se a fim de cobri-los de ignomínia. Magistrados perseguidores, ministros e membros de igreja, hão de conspirar contra eles. De viva voz e com a pena, com ameaça, escárnio e zombaria, hão de tentar derrotar a sua fé.
“Desvirtuando os fatos e por meio de apelos violentos hão de procurar acirrar as paixões do povo. Não podendo apresentar contra os defensores do sábado bíblico um ‘está escrito’, à falta deste, lançarão mão da violência. A fim de se fazerem populares e conquistarem a simpatia do povo, os legisladores hão de ceder ao desejo deste, de obter leis dominicais. Os tementes a Deus, entretanto, não podem aceitar uma instituição que viola um dos preceitos do decálogo. Neste campo de batalha será ferido o último grande conflito da controvérsia entre a verdade e o erro. E não somos deixados na dúvida sobre o desenlace dessa batalha. Então, como nos dias de Mardoqueu, o Senhor vindicará Seu povo e Sua verdade.
“Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança a América do Norte for induzida a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dela um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo.
“Como a aproximação dos exércitos romanos foi um sinal para os discípulos da iminente destruição de Jerusalém, assim essa apostasia será para nós um sinal de que o limite da paciência de Deus está atingido, que as nações encheram a medida de sua iniqüidade, e o anjo da graça está a ponto de dobrar as asas e partir desta Terra para não mais tornar.
“O povo de Deus entrará então num período de aflição e angústia que o profeta designa ‘o tempo da angústia em Jacó’. O clamor dos fiéis perseguidos se elevará até ao Céu. E como o sangue de Abel clamou a Deus desde o pó, assim haverá também vozes clamando desde a sepultura dos mártires, das profundezas do oceano, das cavernas dos montes e das masmorras dos conventos: ‘Até quando, ó Dominador, e santo verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra?’
“O Senhor está fazendo Sua obra. Todo o Céu está em atividade. O Juiz de toda a Terra Se levantará em breve para vindicar Sua autoridade insultada. O sinal do libertamento será posto naqueles que guardam os mandamentos de Deus, reverenciam Sua lei e se recusam a aceitar o sinal da besta ou da sua imagem” (WHITE, 2008, p. 141 e 142).
“Os juízos de Deus cairão sobre os que procuram oprimir e destruir Seu povo. Sua grande longanimidade para com os ímpios, torna audazes os homens na transgressão, mas seu castigo, embora muito retardado, não é menos certo e terrível. ‘O Senhor Se levantará como no monte de Perazim, e Se irará, como no vale de Gibeom, para fazer a Sua obra, a Sua estranha obra, e para executar o Seu ato, o Seu estranho ato.’ Isaías 28:21.
“Para o nosso misericordioso Deus, o infligir castigo é ato estranho. ‘Vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio.’ Ezequiel 33:11. O Senhor é ‘misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade;… que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado.’ Todavia, ‘ao culpado não tem por inocente.’ ‘O Senhor é tardio em irar-Se, mas grande em força, e ao culpado não tem por inocente.’ Êxodo 34:6, 7; Naum 1:3.
“Reivindicará com terríveis manifestações a dignidade de Sua lei espezinhada. A severidade da retribuição que aguarda o transgressor pode ser julgada pela relutância do Senhor em executar justiça. A nação que por tanto tempo Ele suporta, e que não ferirá antes de haver ela enchido a medida de sua iniqüidade, segundo os cálculos divinos, beberá, por fim, a taça da ira sem mistura de misericórdia.
“Quando Cristo cessar de interceder no santuário, será derramada a ira que, sem mistura, se ameaçara fazer cair sobre os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Apocalipse 14:9, 10. As pragas que sobrevieram ao Egito quando Deus estava prestes a libertar Israel, eram de caráter semelhante aos juízos mais terríveis e extensos que devem cair sobre o mundo precisamente antes do libertamento final do povo de Deus” (WHITE, 2013, p. 546 e547).
“As sete pragas são agora sete luzes vermelhas de advertência à civilização atual, do supremo perigo próximo futuro. Trarão o cunho da ira de Deus, sem mescla de misericórdia, como desfêcho da história duma civilização que O desonra. Serão lançadas na terra exatamente ao fechar-se a porta da salvadora graça. Todo aquêle que as receber é digno delas; pois menosprezou o santo evangelho da graça que o poderia livrar do grande perigo; endureceu o coração com a mensagem de misericórdia e zombou do amante Salvador” (MELLO, 1959, p. 465).
“São as pragas simbólicas? Terão já sido cumpridas no passado? Ou serão literais e pertencem ao futuro? O tempo das pragas. – A descrição da primeira praga revela claramente e logo o tempo em que cairá sobre a Terra, porque é derramada sobre os que têm a marca da besta e adoram a sua imagem, precisamente as coisas contra as quais nos adverte o terceiro anjo. Esta é uma prova concludente de que estes juízos não são derramados sem que este anjo termine a sua obra, e que a classe de pessoas que ouvem a sua advertência e a rejeitam são os que recebem as primeiras gotas das transbordantes taças da ira de Deus.
“Se estas pragas estão no passado, também temos que situar a imagem da besta e a sua adoração no passado. Se estas são coisas passadas, a besta de dois chifres, que faz esta imagem, e a sua obra também estão no passado. Se tal é o caso, então a mensagem do terceiro anjo, que nos adverte acerca desta obra, está no passado. E se ocorreu no passado, isto é, séculos no passado, então a mensagem do primeiro anjo e do segundo pertencem também ao passado. Então os períodos proféticos, sobre os quais as mensagens estão baseadas, especialmente os 2.300 dias, terminaram há séculos. E se assim é, as 70 semanas de Daniel 9 pertencem inteiramente à época judaica, e a grande prova de que Cristo é o Messias fica destruída” (SMITH, 1979, p. 298).
“O primeiro versículo dêste capítulo e o último do capítulo anterior, convencem de que as sete pragas serão derramadas na terra logo após a conclusão do ministério sacerdotal de Cristo no santuário, ao ter findado a divina graça pelo pecador. A mão misericordiosa que deteve a vingança não poderá mais interceder. O derramamento destas pragas será aquêle tempo de angústia, sem paralelo na história, predito por Daniel a ocorrer imediatamente antes do segundo advento de Cristo (Dn 12.1 e 2). Em si mesmas não há nenhuma figura nestas pragas. Elas são inteiramente literais; do contrário não haveria razão para serem consideradas como juízos da ira de Deus. E, para derramar o segundo anjo a sua taça ou praga, não depende da suspensão da primeira pelo primeiro anjo. Cada praga perdurará até que as sete sejam derramadas, fato que é comprovado pelo versículo onze que diz que ao receberem a quinta praga, estarão os homens sofrendo ainda as consequências da primeira” (MELLO, 1959, p. 465 e 466).
“[…] ao comentar Apocalipse 7, 13 e 14 mostramos que a primeira e segunda mensagens foram dadas em nossos próprios dias; que a terceira está em processo de cumprimento agora; que a besta de dois chifres subiu ao cenário, e se está preparando para realizar a obra que lhe é atribuída; e que a formação da imagem e a imposição da sua adoração estão precisamente por acontecer. A menos que todas estas afirmações possam ser refutadas, as sete últimas pragas devem também ser inteiramente atribuídas ao futuro. Mas há outros motivos para situá-las no futuro e não no passado.
“Com a quinta praga, os homens blasfemam de Deus por causa das suas dores e chagas, sem dúvida as mesmas chagas ou úlceras causadas pelo derramamento da primeira praga. Isto demonstra que estas pragas caem todas sobre a mesma geração de homens, sendo alguns indubitavelmente eliminados em cada uma, enquanto outros sobrevivem através das terríveis cenas de todas.
“Estas pragas são o vinho da ira de Deus sem mistura de misericórdia, com o qual o terceiro anjo ameaçou o mundo (Apoc. 14:10; 15:1). Semelhante linguagem não pode aplicar-se a quaisquer juízos sobrevindos à Terra enquanto Cristo intercede em favor de nossa família humana. Portanto, devemos situar essas pragas no futuro, quando houver terminado o tempo de graça” (SMITH, 1979, p. 299).
“Com o fim da intercessão de Cristo no santuário celestial, o destino de cada indivíduo terá sido determinado para sempre. Então, para os que rejeitaram o evangelho, chegará o momento de experimentar a ira de Deus em sua plenitude. As sete últimas pragas refletem as pragas derramadas sobre o Egito (Ex 7-11). Assim como as pragas egípcias afetaram os egípcios enquanto os israelitas foram poupados, também o povo de Deus será protegido durante esse tempo de provação (S1 91:3-10; veja O Grande Conflito, p. 629, 630). As pragas no Egito revelaram a dureza do coração de Faraó e mostraram aos egípcios a incapacidade de seus deuses para protegê-los. Semelhantemente, as últimas pragas endurecerão cada vez mais o coração dos adoradores da besta do mar e revelarão a impotência de Babilônia para protegê-los do juízo divino” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 84).
“Por conseguinte, estas taças não são derramadas antes de ser fechado o ministério de Cristo no tabernáculo celestial, mas seguem imediatamente depois. Cristo já não é mediador. A misericórdia, que durante tanto tempo deteve a mão da vingança, já não intercede mais. Os servos de Deus estão todos selados. Que podia, pois, esperar-se senão castigo e destruição para a Terra? Visto que estes juízos hão de cair num futuro muito próximo, ao manifestar-se o dia da ira, continuemos investigando a sua natureza e que resultará quando sair do templo a solene e terrível ordem aos sete anjos, dizendo: ‘Ide, e derramai sobre a Terra as sete taças da ira de Deus.’ Aqui somos convidados a olhar para o ‘arsenal’ do Senhor, donde são tiradas ‘as armas da Sua indignação’ (Jer. 50:25). Aqui são tirados para fora os tesouros da saraiva, que têm estado retidos ao tempo da angústia, até o dia da peleja e da guerra (Jó 38:22, 23)” (SMITH, 1979, p. 300).
“Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos tempos, a cumprirem-se rapidamente, declaram que a vinda de Cristo está próxima, às portas. Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância” (WHITE, 1949, p. 255).
“É importante salientar que uma praga não é uma epidemia que esteja na alçada da ciência debelar. Não haverá pois quem possa curar aquêle que for ferido por esta praga da ira de Deus” (MELLO, 1959, p. 466).
“Satanás também opera por meio dos elementos a fim de recolher sua colheita de almas desprevenidas. Estudou os segredos dos laboratórios da Natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus. Quando lhe foi permitido afligir a Jó, quão rapidamente rebanhos e gado, servos, casas, filhos, foram assolados, seguindo-se em um momento uma desgraça a outra!
“É Deus que protege as Suas criaturas, guardando-as do poder do destruidor. Mas o mundo cristão mostrou desdém pela lei de Jeová; e o Senhor fará exatamente o que declarou que faria: retirará Suas bênçãos da Terra, removendo Seu cuidado protetor dos que se estão rebelando contra a Sua lei, e ensinando e forçando outros a fazerem o mesmo. Satanás exerce domínio sobre todos os que Deus não guarda especialmente. Ajudará e fará prosperar alguns, a fim de favorecer os seus próprios intuitos; trará calamidade sobre outros, e levará os homens a crer que é Deus que os aflige.
“Ao mesmo tempo em que aparece aos filhos dos homens como grande médico que pode curar todas as enfermidades, trará moléstias e desgraças até que cidades populosas se reduzam à ruína e desolação. Mesmo agora está ele em atividade. Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. Destrói a seara que está a amadurar, e seguem-se fome, angústia. Comunica ao ar infecção mortal, e milhares perecem pela pestilência.
“Estas visitações devem tornar-se mais e mais freqüentes e desastrosas. A destruição será tanto sobre o homem como sobre os animais. ‘A Terra pranteia e se murcha’, ‘enfraquecem os mais altos dos povos. … Na verdade a Terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna’ Isaías 24:4, 5” (WHITE, 2013, p. 514 e 515).
No entanto, as pragas enviadas por Deus são diferentes das “visitações […] desastrosas de Satanás, como a mesma autora descreveu no início desta seção do verso 1. A própria continuação do texto dela parece indicar que esses acontecimentos demoníacos ocorrerão antes das sete últimas pragas de Deus, e talvez antes do decreto dominical:
“E então o grande enganador persuadirá os homens de que os que servem a Deus estão motivando esses males. A classe que provocou o descontentamento do Céu atribuirá todas as suas inquietações àqueles cuja obediência aos mandamentos de Deus é perpétua reprovação aos transgressores. Declarar-se-á que os homens estão ofendendo a Deus pela violação do descanso dominical; que este pecado acarretou calamidades que não cessarão antes que a observância do domingo seja estritamente imposta; e que os que apresentam os requisitos do quarto mandamento, destruindo assim a reverência pelo domingo, são perturbadores do povo, impedindo a sua restauração ao favor divino e à prosperidade temporal.
“Assim se repetirá com motivos igualmente bem definidos a acusação feita na antiguidade contra o servo de Deus: ‘E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe Acabe: És tu o perturbador de Israel? Então disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor, e seguistes a Baalim.’ 1 Reis 18:17, 18. Ao despertar-se a ira do povo por meio de falsas acusações, agirão para com os embaixadores de Deus de modo muito semelhante àquele que o apóstata Israel seguiu com relação a Elias” (WHITE, 2013, p. 515).
“Alguns profetas descreveram os efeitos dessas pragas, especialmente Isaías e Joel. Joel 1:17-20 diz: ‘A semente apodreceu debaixo dos seus torrões. Os celeiros foram assolados… porque se secou o trigo… os rebanhos de ovelhas são destruídos. … Os rios secaram o e o fogo consumiu os pastos do deserto.’ Embora isto tivesse, sem dúvida, alguma aplicação espiritual aos dias em que Joel vivia, era, entretanto, o ‘dia do Senhor’ que ele estava descrevendo” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 184).
16.2 | O primeiro anjo foi e derramou a sua taça sobre a terra, e apareceram úlceras malignas e dolorosas nas pessoas que tinham a marca da besta e que adoravam a sua imagem. | O primeiro anjo literal atendeu à ordem e o primeiro desastre aconteceu em vários lugares do planeta: em pessoas de vários lugares brotaram espontaneamente úlceras malignas e dolorosas. Aqueles que obedeceram à legislação dominical; aqueles que obedeceram aos evangélicos perseguidores dos sabatistas criacionistas, em sua sanha papal medieval liderada pela união político-religiosa norte-americana, todos eles sofreram esse terrível castigo. |
“A designação ordinal de cada anjo sugere que as pragas são sucessivas” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 931).
“Embora não saibamos a natureza real desta praga, possivelmente terá alguma semelhança com a que feriu aos egípcios antes da saída de Israel do cativeiro, ‘que arrebentava em úlceras nos homens e no gado por tôda a terra do Egito’, parecendo uma combinação de ‘úlceras, eczema e lepra negra’ incurável (Dt 28.27). O que é certo é que aquêles que não honrarem a Deus em seus corpos, vê-los-ão consumir-se, apodrecer-se em vida. Desprezaram a verdade para se salvarem e os sinais dos tempos que os advertiam do perigo, e eis por fim o terrível resultado” (MELLO, 1959, p. 466).
“A primeira praga infligirá feridas dolorosas e repugnantes exclusivamente aos adoradores da besta” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 84).
“Não há motivo aparente para isto não ser considerado estritamente literal. Estas pragas são quase idênticas àquelas que Deus infligiu sobre os egípcios quando estava prestes a libertar Seu povo do jugo da escravidão, e que ninguém põe em dúvida terem sido literais. Deus está agora prestes a recompensar Seu povo com a libertação e a redenção finais, e Seus juízos manifestar-se-ão de um modo não menos literal e terrível. Não somos informados sobre a natureza das chagas ou úlceras. Talvez sejam semelhantes à praga de tumores que caiu sobre o Egito (Êxodo 9:8-11)” (SMITH, 1979, p. 300).
“As úlceras — quando consideradas figurativamente — nos fazem lembrar (conforme observou o radialista Donald Grey Barnhouse) que, ‘clinicamente falando, a úlcera é uma manifestação externa de alguma corrupção íntima e assim, portanto, poder-se-ia considerar apropriadamente que a corrupção dos corações desses rebeldes será abertamente manifestada perante todos os homens’. ‘Aqui, sob a primeira taça de ira, … todos revelarão exteriormente aquilo que efetivamente são no íntimo, Donald Grey Barnhause, Revelation (Grand Rapids, Mich.: Zondervan Publishing House, 1971), págs. 289, 290. (Barnhouse, entretanto, prefere uma interpretação literal).
“Semelhante interpretação possivelmente acrescente significado à advertência de Cristo esposada em Apocalipse 16:15 — ‘Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.’ Tendo-se recusado a ‘vestir’ a bondade de Cristo, esses rebeldes encontram-se desprovidos de qualquer recurso espiritual durante a pior crise terrestre. Particularmente, os líderes espirituais que os estimularam a transgredir os mandamentos de Deus, são agora revelados como corruptos e falidos” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 446 e 447).
“A primeira praga terá por alvo uma classe definida de pessoas. Segundo a evidência do texto, são alvos dela os ‘homens’ que têm ‘o sinal da bêsta’ e que adoram ‘a sua imagem’. Como consideramos no capítulo treze, a bêsta é o papismo-romano, a sua imagem é o protestantismo norte-americano, e o sinal da bêsta é o domingo. De maneira que, a primeira praga cairá sôbre a grande maioria do cristianismo que tomou posição junto dos dois poderes apóstatas referidos, optando pelo sinal da bêsta — o domingo — em oposição ao sábado como sinal de Deus.
“Assim a primeira praga será uma resposta categórica aos pretensos teólogos que, cheios de prevenção e aversão à lei de Deus, ensinam o povo a guardar o domingo, dia não santificado, e a rejeitarem, abertamente, o sinal de Deus, o sábado do sétimo dia. Êstes senhores do falso púlpito sofrerão a ira total de Deus, sem mescla de misericórdia” (MELLO, 1959, p. 466 e 467).
“Essa praga não será universal” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 931).
“imagem, sobrevieram. [‘apareceram […] nas pessoas’] Os alvos dos flagelos são os opressores de Ap 13:14-17. úlceras. Mesma palavra usada em Êx 9:9-11 e se refere à lepra em Lv 13:18-27” (BÍBLIA, 2015, p. 1669).
“Úlceras. Do gr. helkos, ‘chaga’, ‘ferida supurada’. Na LXX, helkos é usado para referir as aos tumores que sobrevieram aos egípcios (Ex 9:9, 10), ao ‘prurido’ que não podia ser curado (Dt 28:27) e aos tumores malignos que Jó teve (Jó 2:7). O jactancioso poder dos espíritos operadores de milagres, que coopera com o cristianismo apostatado (Ap 13:13, 14; 18:2; 19:20), será inútil contra essas ‘úlceras’ (ver com. de Ap 16:14). A falsidade das promessas humanas baseadas no poder de operar milagres será demonstrada de maneira inegável (cf. Êx 8:19).
“Malignas e perniciosas. Ou, ‘dolorosas e severas’, ‘problemáticas e incômodas’” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 931).
“A idolatria do bem-estar pessoal. Visto que a primeira praga incidirá sobre os que aceitaram o sinal da besta, podemos determinar até certo ponto a natureza de seu pecado. Tais pessoas não amaram suficientemente a Cristo para ser ‘fiéis até à morte’ (Apoc. 2:10). A ameaça de um boicote econômico (Apoc. 13:17) levou-as a duvidar do cuidado de Deus. Confortos materiais e o bem-estar pessoal eram mais importantes para elas do que a obediência a Deus” (COFFMAN, 1989, p. 129 e 130).
“A primeira praga cai sobre os que têm o sinal da besta e adoram a sua imagem. O livro do Apocalipse apresenta duas classes de pessoas: O que guardam os mandamentos de Deus (Apocalipse 12:17; 14:12). Os que tem o sinal da besta. Promessas bíblicas: Para cada praga, existe uma promessa para o povo de Deus. Não há tentação sem um escape. Não há ameaça sem uma promessa. Aqui está a promessa de Deus: ‘Pois Ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa’ (Salmo 91:3)” (FEYERABEND, 2005, p. 138).
“A primeira praga cumpre a ameaça da terceira mensagem angélica: quem adorar a besta e sua imagem e receber sua marca beberá do cálice do vinho do furor da ira de Deus preparado ‘sem mistura’ (Ap 14:9, 10)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 93).
“Muitos dos ímpios ficaram grandemente enraivecidos, ao sofrer os efeitos das pragas. Foi uma cena de terrível aflição. Pais estavam amargamente a exprobrar seus filhos, e filhos a seus pais, irmãos a suas irmãs, e irmãs a seus irmãos. Altos clamores de pranto eram ouvidos de todos os lados: ‘Foste tu que me impediste de receber a verdade que me haveria salvo desta hora terrível!’ O povo volvia-se a seus ministros com ódio atroz e os exprobrava, dizendo: ‘Não nos advertistes. Dissestes-nos que o mundo inteiro deveria converter-se, e clamastes: Paz, Paz, para acalmardes todo o temor que se despertava. Não nos falastes a respeito desta hora; e aqueles que nos avisaram a tal respeito declarastes serem fanáticos e homens maus, os quais causariam a nossa ruína.’ Os ministros não escaparam da ira de Deus. Seu sofrimento foi dez vezes maior do que o de seu povo” (WHITE, 2007b, p. 282).
“Todavia, antes da primeira praga cair sôbre o seu alvo, anunciando o fechamento da porta da graça, a mensagem do terceiro anjo terá realizado a sua obra de advertência contra a adoração da bêsta, sua imagem e seu sinal” (MELLO, 1959, p. 467).
“[…] embora seja verdade que tanto a primeira praga quanto a primeira trombeta afetam a Terra, a primeira trombeta faz com que ‘uma terça parte da terra’, ‘uma terça parte das árvores’ e ‘toda erva verde’ sejam queimadas; a primeira praga, entretanto, tem como consequência o surgimento de ‘úlceras malignas e perniciosas’ sobre os ‘homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem’. Compare Apocalipse 8:7 com 16:2” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 445).
16.3 | O segundo anjo derramou a sua taça no mar, e o mar se transformou em sangue, como de um morto, e morreu todo ser vivo que havia no mar. | O segundo anjo literal atendeu à ordem e o segundo desastre aconteceu em várias partes dos oceanos: algumas praias se transformaram em sangue e o mau cheiro da morte se espalhou e foi sentido à distância! A fauna e a flora marinhas dessas praias morreram aumentando a calamidade, o terror e a fedentina. Navios de carga e luxuosos cruzeiros terão suas avenidas interditadas para sempre. |
“É difícil conceber substância mais infecciosa e mortal do que o sangue de um morto; e é certamente terrível o quadro evocado pelo pensamento de que as grandes massas d’água que são sem dúvida designadas pelo termo mar, hão de ser mudadas em semelhante estado com esta praga” (SMITH, 1979, p. 301).
“A segunda praga, que será derramada sobre o mar, punirá a adoração do poder econômico que tantas vezes tem sido usado com finalidades pecaminosas. Os mares eram as avenidas do comércio nos tempos antigos – e ainda são. Essa praga desmantelará o comércio” (COFFMAN, 1989, p. 130).
“Esta segunda praga, que será lançada no mar, redundará numa catástrofe. Tôdas as águas mundiais salgadas, tomar-se-ão em sangue de morto. [… ] Para dizer-se tudo basta dizer que todos os animais marinhos morrerão. Por certo um odor pestilento e repugnante inundará a terra levado pelos ventos. A praga egípcia que transformou o Nilo em sangue nos dias de Moisés, fêz com que êsse rio cheirasse mal, já por sua transformação em sangue, já pela mortandade de sua fauna aquática (Êx 7.21). Evidentemente todo o tráfego internacional marítimo terá que ficar repentinamente paralisado” (MELLO, 1959, p. 467 e 468).
“O mar serve de rota para o comércio e as relações entre os povos. Alguns consideram que, mediante a obstrução das relações entre as nações ímpias (ver Ap 13:13-17; 16:13, 14; 17:3, 12), esta praga teria o propósito de demonstrar o desprazer divino com o plano de Satanás de unir as nações da Terra sob seu controle (ver a experiência de Balaão, em Nm 22:21-35). Assim como a primeira praga, a segunda não é universal (ver com. de Ap 16:2; GC, 628)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 931).
“A segunda e a terceira pragas caem sobre as águas, tornando as águas e o mar numa matéria putrefata semelhante a sangue de um morto, o que afeta o suprimento de água das nações. Quando o oceano se torna um lugar de morte, os habitantes de todos os países do mundo ficam afetados. Mas o povo de Deus não precisa temer. Algumas das mais belas promessas da Palavra de Deus revelam o Seu plano de proteger os Seus escolhidos durante esses dias calamitosos. Eis uma delas: ‘Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas Eu, o Senhor, os ouvirei, Eu, o Deus de Israel, não os desampararei. Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos vales; tomarei o deserto em tanques de águas, e a terra seca em mananciais. Isa. 41.17, 18. E outra vez: ‘O seu pão ser-lhe-á dado, e suas águas serão certas.’ Isa. 33.16” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 184 e 185).
“O quadro prenuncia um mau agouro quando as palavras são tomadas em seu sentido literal. O panorama é igualmente alarmante, por outro lado, se se considera a linguagem como figurada. Podemos pensar, por exemplo, nas águas transformadas em sangue como um prenúncio de uma carnificina convulsiva e global, o mundo sendo banhado em sangue, lavado num redemoinho de maldade” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 446).
“A segunda e terceira pragas afetarão o mar, os rios e as fontes das águas, que se tornarão em sangue. Sem água para beber, a humanidade rebelde não poderá sobreviver” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 84).
16.4 | O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes de água, e eles se transformaram em sangue. | O terceiro anjo literal atendeu à ordem e o terceiro desastre aconteceu na foz de vários rios, e também em sua nascente e em vários poços de água potável: todas essas águas se transformaram em sangue! |
“Nos templos bíblicos, os ‘rios’ e as ‘fontes das águas’ eram úteis, em primeiro lugar, para tarefas cotidianas como prover água potável, higiene e limpeza e para irrigar plantações. Embora a segunda praga resulte em grandes inconvenientes para as nações e cause problemas ambientais […] as consequências da terceira são imediatas e graves […] Assim como a primeira e a segunda pragas, a terceira não é universal (ver GC, 628)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 931).
“A terceira praga (que transforma a água potável em sangue) julgará a última confederação político-religiosa por seu espírito assassino que tencionava erradicar a presença do povo de Deus neste mundo” (COFFMAN, 1989, p. 130).
“Pode perguntar-se como é que se pode dizer que a última geração dos ímpios derramou o sangue dos santos e profetas, se os santos da última geração não devem ser mortos. Encontramos a explicação ao lermos Mateus 23:34, 35; 1 João 3:15. Estas passagens demonstram que a culpa provém tanto dos motivos como das ações. Nenhuma geração jamais fez mais decidido propósito de entregar os santos à matança indiscriminada, do que o que será feito num futuro não muito longínquo. (Ver os comentários sobre Apoc. 12:17; 13:15). Na sua intenção e propósito derramam o sangue dos santos e profetas, e são tão culpados como se tivessem executado suas perversas intenções” (SMITH, 1979, p. 301 e 302).
Mas, antes das 7 pragas e logo após o decreto dominical, ao desobedecerem ao decreto, os sabatistas criacionistas, certamente, serão presos e até mortos!
“Dir-se-ia que ninguém da família humana poderia mais sobreviver após praga tão terrível como esta. Portanto, deve ser de curta duração, como foi com a praga semelhante que caiu no Egito (Êxo. 7:17-21, 25)” (SMITH, 1979, p. 302).
“A terceira trombeta e a terceira praga, tanto uma quanto a outra, afetam rios e fontes de água, mas a terceira trombeta apenas torna a água ‘amarga’, ao passo que a terceira praga a transforma em ‘sangue’. Compare o capítulo 8:10 e 11 com o capítulo 16:4” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 445).
“Promessas bíblicas: Mais uma vez, ao povo de Deus é dada segurança: ‘Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão seu refugio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas’ (Isaías 33:16). ‘Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, Eu, o Deus de Israel, não os desampararei’ (Isaías 41:17)” (FEYERABEND, 2005, p. 139).
16.5 | Então ouvi o anjo das águas dizendo: “Tu és justo, tu que és e que eras, o Santo, pois julgaste estas coisas. | Então, eu, João, ouvi a voz desse terceiro anjo. Ele disse assim: “Tu és justo, Senhor Deus, que existe e vive proativamente, e sempre existiu assim, como Aquele que não tem pecado. Tua justiça é salientada em Teus julgamentos sobre a humanidade. |
“O castigo é adequado ao crime e lembra a pergunta de 6:10. Também contém muitos ecos de 15: 3,4. anjo das águas. O anjo da terceira taça” (BÍBLIA, 2015, p. 1669).
“Isto é, aquele que tem domínio sobre as águas. Outros anjos têm autoridade sobre o vento e o fogo (ver Ap 7:1; 14:18). A referência aqui pode ser ao anjo que recebeu a incumbência de derramar o terceiro flagelo ‘nos rios e nas fontes das águas’.
“Tu és justo. A natureza terrível da terceira praga parece exigir uma vindicação à justiça de Deus por autorizá-la. Ele é totalmente justo na demonstração de Sua ‘cólera’” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 931 e 932).
16.6 | Porque derramaram sangue de santos e de profetas, também lhes deste sangue para beber. É o que merecem.” | Porque os falsos filhos de Deus, a descendência da serpente, assassinaram filhos de Deus e profetas e, por isso, o Senhor dá a eles sangue em lugar de água; desastres ambientais, apesar da comoção deles em prol do meio ambiente; desastres sanitários na própria pele, pois torturaram e mataram inocentes ou ao menos tiveram essa intenção! Eles semearam e eles merecem essa terrível colheita.” |
“Isto deve incluir o sangue não derramado dos santos vivos, marcados para o martírio (ver com. de Ap 17:6; 18:20). Ao condenar o povo de Deus à morte, os ímpios já respondem pela culpa por esse sangue como se já houvesse sido derramado (GC, 628; cf. Mt 23:35)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 932).
“Todos os que se aliarem aos poderes que já derramaram o sangue dos servos de Deus no passado e que procurarão fazê-lo no futuro, serão com êles cúmplices dêste crime — e terão apenas sangue de morto a beber. Nos versículos nove e dez do sexto capítulo, vemos os santos chacinados na Idade Média clamando vingança do sangue que lhes derramaram seus inimigos. Esta praga vingá-los-á” (MELLO, 1959, p. 469).
“A confederação do mal nos últimos dias determinará a matança mundial, de um só golpe, de todos os leais seguidores do Senhor, que ‘guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus’ (Apoc. 14:12). (Ver Apoc. 13:15-17.) Assim como o assassínio de Jesus (Atos 7:52) constituiu o ponto culminante da matança de Seus fiéis desde Abel (S. Mat. 23:35 e 36), o decreto de morte contra o povo de Deus, no fim (Apoc. 13:15), será o clímax da terrível destruição de inúmeros mártires em séculos passados (Apoc. 6:9-11; 17:16; 18:20 e 24). Por isso, o anjo da terceira praga declara que Deus é ‘justo’ ao punir uma geração tão impenitente e sanguinária (Apoc. 16:5-7).
“O sistema de justiça que se estende pela Bíblia é às vezes chamado lex talionis, a lei da retribuição. Colhemos o que semeamos (Gál. 6:7). ‘Este princípio é freqüentemente mal-interpretado. Longe de fomentar a vingança, ela a restringe, e serve de guia para o juiz ao determinar a penalidade adequada ao crime. Esse princípio não era, portanto, uma autorização para a vingança, mas uma garantia de justiça. … A crítica de Jesus a essa lei (S. Mat. 5:38 em diante) provinha de seu uso para regular a conduta entre os indivíduos. Ele não a rejeitou como princípio de justiça que devia vigorar nos tribunais do país.’ – J.A. Thompson, Deuteronomy, The Tyndale Old Testament Commentaries (Londres: Inter-Varsity Press, 1974), pág. 218. (Comparar com O Grande Conflito, pág. 633.)” (COFFMAN, 1989, p. 125).
“Tens dado [lhes deste]. Afirma-se com isso que a praga é um ato direto da parte de Deus […]
“São dignos disso [merecem]. O castigo é apropriado ao crime. Os ímpios merecem a punição. Não é, de modo nenhum, um ato arbitrário de Deus” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 932).
16.7 | Ouvi uma voz do altar, que dizia: “Certamente, ó Senhor Deus, Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.” | E também ouvi uma outra voz vinda do Tribunal fechado, de algum outro anjo ou de uma das quatro criaturas. A voz disse: “Não há nenhuma dúvida, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Todas as Tuas sentenças são razoáveis e justas.” |
“Isto é, o altar de incenso. Não há menção a um altar de holocaustos no Céu (cf. Ap 8:3; 9:13; 14:18 […])” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 932).
“Nisto é revelada a aversão de Deus à opressão e perseguição. As pragas constituem a reprovação de Deus contra tremendas formas de pecado” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 260).
“Ao verter os juízos terríveis sobre os que rejeitaram a misericórdia, Deus é verdadeiro no sentido de ser fiel a Sua Palavra. Ele coloca em prática aquilo que havia prometido (Ap14:9-11). Os juízos são justos no sentido de que a justiça requer o castigo daqueles que se rebelaram contra o Céu” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 932).
16.8 | O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e lhe foi dado queimar a humanidade com fogo. | O quarto anjo literal atendeu à ordem e o quarto desastre aconteceu em alguns lugares, em relação à temperatura da irradiação solar: os falsos filhos de Deus sofreram queimaduras devido às altas temperaturas nesses lugares! |
“Não é difícil de ver a implicação religiosa na quarta praga que afeta o Sol. … O Sol era o objeto mais comum de adoração no mundo pagão. … Se a ‘marca da besta’… será a observância do domingo – quando esse dia for imposto por lei e os homens o observarem a despeito da questão de lealdade envolvida – então não é de surpreender que o Sol seja usado por Deus na quarta praga para mostrar a insensatez da humanidade. O Sol, que universalmente se acreditava ser uma fonte de bênção, transforma-se numa fonte de desgraça, porque ‘eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do Criador’ (Rom. 1:25). – S. Júlio Schwantes, ‘As Sete Últimas Pragas’, Liberty (março/abril de 1974), p. 21 e 22” (COFFMAN, 1989, p. 130).
“É digno de nota que cada praga sucessiva tende a aumentar a calamidade das anteriores e a realçar a angústia dos culpados. Temos agora uma praga dolorosa e incômoda que infligirá dor aos homens, abrasando o seu sangue, e derramando sua influência febril através das suas veias. Ademais, têm apenas sangue para apaziguar a sua sede abrasadora. E para cúmulo, é dado poder ao Sol, que derrama sobre eles uma inundação de fogo, de modo que se sentem queimados pelo grande calor. Mas, segundo o relato, sua dor tenta exprimir-se em horrendas blasfêmias” (SMITH, 1979, p. 302).
“O culto ao Sol é a mais antiga e mais generalizada de todas as formas de idolatria. Nessa praga Deus manifesta Sua desaprovação por essa forma de idolatria. Aquilo que fora adorado como deus se torna em praga e tormento. Assim foi nas pragas do Egito. O que os egípcios haviam adorado se tornou então em flagelo em vez de proveito e bênçãos” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 260).
“A quarta praga será seguida de consequências as mais dramáticas e terá a faculdade de ainda aumentar as calamidades das anteriores. Já a segunda e a terceira pragas privarão os culpados atingidos da água para suavizar a cruenta febre produzida pelas chagas da primeira praga; mas, a quarta praga ativará ao sumo o tormento desesperador da febre e da sêde. E haverá apenas sangue repugnante ‘como de um morto’, que lhes será dado beber. […] O sol, adorado na mitologia pagã e mesmo pelo cristianismo apóstata, revoltar-se-á contra seus adoradores, abrazando-os” (MELLO, 1959, p. 469).
“A quarta praga não é mais que a Bomba de Hidrogênio. A luz e o calor desprendidos do sol em indizível profusão, é o resultado de desintegração do hidrogênio e sua integração em hélio. Quando a cortina que protege a terra dos efeitos dos raios solares fôr removida pela quarta praga, seguir-se-á então verdadeira devastação, mòrmente nas regiões onde o povo de Deus foi afligido, perseguido e morto pela bêsta, sua imagem e os que lhes emprestaram a espada, a espada assassina.
“Os profetas dão um quadro horroroso dos efeitos da quarta praga. Joel pinta um desolador quadro na agricultura e na pecuária sob os efeitos desta praga (Jl 1.10-12, 17-20). Diante da evidência da devastação e vingança causadas por um Deus irado contra a maldade, diz a profecia que os homens, embora no auge do sofrimento, ainda, mesmo assim, não se arrependerão de suas más obras; ao contrário, não darão glória a Deus, antes dÊle blasfemarão. Com uma diabolesca atitude tal, demonstrarão serem dignos dos juízos de que serão alvos” (MELLO, 1959, p. 469).
Sim, as pragas revelam o caráter. Mas, elas também evidenciam a total ausência de intercessão da parte de Jesus e do Espírito – a natureza humana estará entregue aos anjos maus…
“De modo ainda mais marcante, enquanto a quarta trombeta faz com que o Sol, a Lua e as estrelas diminuam o seu brilho, a quarta praga tem efeito oposto. Ela faz com que o sol queime ‘os homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor’. Compare 8:12 com 16:8 e 9” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 445).
“Embora os seres humanos sofram diretamente com o calor intenso, os piores resultados são a mais grave seca e a maior fome que o mundo já viu (GC, 628). A praga literal será acompanhada por uma fome da Palavra de Deus (cf. Am 8:11, 12). Por toda a terra, ocorrerá uma busca frenética, mas vã, por um meio de aliviar o sofrimento e a necessidade causados pelos quatro primeiros flagelos e também por uma forma de impedir outras calamidades (GC, 629). Ela não será motivada por arrependimento, mas pelo pavor […] O objetivo é fugir da miséria ocasionada pelas pragas, não entrar em um estado genuíno de reconciliação com Deus. Por isso, Satanás convencerá os habitantes da Terra não de que são pecadores, mas de que erraram ao tolerar o povo escolhido de Deus (ver PE, 34; ver com. de Ap 16:14).
“Assim como as três pragas anteriores, esta também não será universal (GC, 628)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 932 e 933).
16.9 | As pessoas se queimaram com o intenso calor e blasfemaram contra o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos. Porém, não se arrependeram para darem glória a Deus. | Eles sofreram essas queimaduras devido às altas temperaturas da irradiação solar, e mesmo assim não buscaram a Deus em atitude de arrependimento. Pelo contrário, como o Faraó contemporâneo a Moisés, endureceram ainda mais o coração, O desrespeitaram com palavras arrogantes e tomaram Seu Nome em vão! A desgraça apenas externou o conteúdo desses falsos filhos de Deus, pois em lugar de se submeterem à autoridade do Criador e pedirem perdão a Ele, continuaram se submetendo à autoridade das criaturas e procuraram o papado e o falso protestantismo para ajudá-los com seus tumores, falta de água potável e altas temperaturas. |
“O quarto anjo derrama sua taça no Sol, e um calor intenso queima as pessoas, causando-lhes uma dor insuportável. A dor, porém, não as leva ao arrependimento, pois endureceram tanto o coração que não conseguem se arrepender. Em vez disso, amaldiçoam e blasfemam o nome de Deus, insultando Aquele a quem rejeitaram. Ao agir dessa forma, elas seguem os passos da besta blasfema (Ap 13:6) (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 93).
“O contrário de 11:13, texto em que o juízo leva ao arrependimento. Nada mais do que Deus faz mudará o coração dos ímpios. O fim do tempo da graça se baseia na escolha humana” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“A quarta praga afetará o sol de maneira que seu calor queimará as pessoas, causando uma dor insuportável. Essa dor, infligida pelas pragas, não amolecerá o coração da humanidade injusta de maneira a mudar sua atitude rebelde. Em vez disso, ela amaldiçoará e blasfemará a Deus, que executa essas pragas. Também ninguém se arrependerá” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 84).
“A única resposta destes, porém, é a blasfêmia contra o Altíssimo. Eles não podem arrepender-se, porque o arrependimento é obra do Espírito Santo, e antes que as pragas caiam o Espírito de Deus será retirado da Terra” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 185).
“Insolação: Muitos de nós sabemos como é ficar queimado de Sol. A quarta praga tosta as pessoas com a luz do Sol, mas o castigo não parece resolver. Eles continuam blasfemando contra Deus. Algumas pessoas nunca aprendem a lição. Tenho visto pessoas sofrendo com os resultados do tabaco, e ainda continuam a fumar. Os líderes religiosos que preferiram a tradição à luz clara da Bíblia descobriram que a chamada luz da tradição os cegou para a luz verdadeira e deixaram desérticos os seus corações.
“Promessas bíblicas: Mais uma vez, Deus promete proteger Seu povo. ‘Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará’ (Salmo 91:1, ERC). ‘O Senhor é quem te guarda; O Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o Sol, nem de noite, a Lua’ (Salmo 121:5 e 6). No momento cm que os inimigos de Deus são tostados ao Sol, Ele promete sombra ao Seu povo” (FEYERABEND, 2005, p. 139).
“Neste caso, blasfemar contra Deus significa falar dEle de maneira acusativa. Durante a quarta praga, as pessoas começam a culpá-Lo pela miséria que sofrem, e percebem, enfim, que estão lutando contra Ele. […]
“Os ímpios começam a colocar a culpa por seu terrível fardo naqueles que permanecem leais e fiéis a Deus (ver PE, 34; GC, 624). Em atitude perversa, recusam-se a ceder à vontade divina e demonstram o que são de verdade: servos devotos de Satanás (ver com. do v. 1). A recusa em se arrepender prova que se opõem completa e imutavelmente a Deus.
“Para Lhe darem glória. Isto é, reconhecer que Deus é verdadeiro e justo (ver com. do v. 7). Muitos que sofreram com pragas se recusaram a admitir seu erro e a aceitar que Deus está certo, inclusive diante dos graves juízos que levariam pessoas honestas e contritas a consertar seus caminhos (cf. Is 26:9, 10)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 933).
16.10 | O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta. O reino da besta ficou em trevas, e as pessoas mordiam a língua por causa da dor que sentiam | O quinto anjo literal atendeu à ordem e o quinto desastre aconteceu sobre a autoridade do papado e do falso protestantismo, sobre a sede da religião globalizada, do cristianismo romanizado e espiritualizado. Aqueles que usurparam a autoridade de Deus, legislando o falso sábado, o domingo verde, impondo o decreto dominical em todo o planeta; aqueles que prometeram ao mundo inteiro um tempo de paz, luz e união, de repente, ficaram sob trevas – caos sanitário, perda da influência sobre os que receberam sua marca, o domingo, e total falta de controle sobre o sistema único que construíram à base de mentiras científicas, bíblicas e políticas. O império global que estavam erguendo através de imposições transnacionalistas, repentinamente veio ao chão! Caos e escuridão literais sobrevieram aos prédios desse império falido, e os falsos filhos de Deus que escolheram colocar sua confiança nesses líderes, tiveram suas dores aumentadas ao enxergarem e reconhecerem que eles não têm a solução para os problemas da humanidade. A dor do engano e da desilusão só aumentaram o sofrimento causado pelos tumores, pela seca e pelas queimaduras, |
“Nesta passagem, a besta representa, em primeiro lugar, o papado reavivado, não tanto no aspecto religioso, mas, sim, no exercício do poder mundial dominante” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 933).
“Em Apocalipse 16:10, 11 (veja também Êx 10:21-23), podemos ver que a quinta praga atingirá o trono da besta. Satanás foi o responsável por delegar o trono à besta (Ap 13:2). Naquele momento, nem mesmo a sede da autoridade de Satanás poderá suportar a força dessas pragas. Ao sofrerem dor, as pessoas perceberão a incapacidade de Babilônia para protegê-las. No entanto, a mente delas estará decidida contra Deus, e nem mesmo o terror das pragas mudará seu coração” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 84).
“trono. Centro da autoridade em geral associado a Deus no Apocalipse. […] trevas. Talvez não literais; de algum modo um desafio à autoridade da besta. Os flagelos minam o controle da besta sobre a Terra (13:12)” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“Reino. Com exceção do pequeno remanescente que continua resistindo, o diabo considera os habitantes do mundo seus súditos e é por meio do papado reavivado que ele busca garantir controle absoluto sobre toda a raça humana […] Parece que, ao longo da quinta praga, o mundo inteiro será envolvido por um manto de trevas. Por isso, embora as pessoas tateiem impenitentes em busca de luz em um planeta espiritualmente escuro (ver Ap 16:8, 9), Deus envia sobre elas trevas literais, que simbolizam a condição espiritual mais escura a envolver a Terra […]
“O texto grego indica que a situação permanece assim por um período. A referência é a trevas literais […] com o frio e a desordem que as acompanham. A ausência de luz e calor será ainda mais impressionante e dolorosa depois do calor intenso vivenciado durante a quarta praga” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 933).
Os autores acima creem que a quarta praga não será universal, como vimos no comentário do verso anterior, mas creem que a quinta o será. Ou seja, segundo eles, apenas algumas regiões do planeta sofrerão um aquecimento global absurdo, seguido de um esfriamento global igualmente intenso devido a escuridão da quinta praga.
“Esta praga fere a própria sede da grande apostasia dos últimos dias, o papado. Assemelhar-se-á sem dúvida à praga idêntica no Egito, que era uma escuridão que podia ‘ser sentida.’ Êxo. 10:21 a 23. Por essa praga o despotismo iníquo, arrogante e apóstata que se diz possuir toda a verdade, e a luz do mundo, é amortalhado nas trevas da meia-noite” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 261).
“Um fato importante é estabelecido por este testemunho, a saber, que as pragas não destroem imediatamente todas as suas vítimas, porque algumas que foram primeiro feridas com chagas, ainda vivem ao ser derramada a quinta praga e mordem as línguas de dor. Uma ilustração desta praga encontra-se em Êxodo 10:21-23. É derramada sobre o trono da besta, o papado. O trono da besta é onde se encontra a sede papal, que tem estado e continuará sem dúvida a estar, na cidade de Roma. O seu ‘reino’ provavelmente abrange todos os que são súditos eclesiásticos do papa, onde quer que se encontrem” (SMITH, 1979, p. 302 e 303).
“[…] a quinta copa da ira de Deus, ao atingir em cheio o trono da bêsta, cobrirá de trevas expessas [sic] o seu reino — o Estado do Vaticano. Por que a quinta praga alvejará diretamente o trono e o reino da bêsta? Em primeiro lugar, porque êste poder apóstata deu de beber às nações ‘do vinho da ira da sua prostituição’, isto é, porque insuflou no mundo um falso sistema religioso cristão e portanto uma falsa salvação inspirada pelos poderes das trevas. Em segundo lugar, porque perseguiu aquêles que, inspirados por Deus, mantiveram erguida a gloriosa tocha da luz do puro evangelho de Jesus Cristo. Ao cair sôbre o seu trono e seu reino a praga de trevas, ficará constatado, mais que nunca, que seu poder pertence ao reino das trevas e está sob o contrôle do príncipe das trevas” (MELLO, 1959, p. 470).
“Subitamente repousou sobre a terra uma escuridão, tão densa e negra que parecia ‘trevas que se apalpem’. Não somente estava o povo despojado de luz, mas a atmosfera era muito opressiva, de maneira que a respiração era difícil. ‘Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações.’ O Sol e a Lua eram objetos de culto para os egípcios; nestas trevas misteriosas o povo e seus deuses foram de modo semelhante atingidos pelo poder que tomara a Si a causa dos escravos. Contudo, por medonho que tivesse sido, este juízo é uma prova da compaixão de Deus e de Sua indisposição para destruir. Ele dava ao povo tempo para refletir e arrepender-se, antes de trazer sobre eles a última e mais terrível das pragas” (WHITE, 2007a, p. 234).
De modo semelhante, ao verem os adoradores da besta que seu ídolo está sendo castigado, deveriam reconhecer seu valor nulo e sua falsificação daquilo que é verdadeiro. E, como veremos no capítulo 17, muitos reconhecerão! Por outro lado, além de já terem tido a oportunidade de fazê-lo nas trevas do sexto selo (cf. capítulo 6), para se arrependerem; além do caráter desses adoradores blasfemos já ter alcançado a maturidade da destruição, como uvas maduras (cf. capítulo 14); o Espírito de Deus não trabalha mais pela conversão deles, uma vez que nem o Sumo Sacerdote Jesus nem Deus, o Pai, trabalham mais em favor dos pecadores. As trevas são completas e irremediáveis em todos os possíveis sentidos.
“A praga de trevas literais que caiu sobre o Egito durou três dias, mas nas habitações dos israelitas havia luz (Êxo. 10:21-23). A quinta praga parece ser um tanto semelhante, mas se restringe ao ‘trono’ ou sede da besta papal (Roma) e de seu ‘reino’ – provavelmente os que são súditos eclesiásticos do papa. Visto que esse poder eclesiástico é considerado a voz moral do mundo, esse flagelo talvez envolva a suas trevas espirituais” (COFFMAN, 1989, p. 130).
“Há uma semelhança entre essas pragas e as pragas que caíram no Egito. Aquelas, as do Egito, representaram juízos sobre uma pequena região, um pequeno país, ao passo que estas, as sete últimas, afetam o mundo todo e os homens de todas as nações. No Egito, enquanto havia trevas por toda parte, havia luz nas residências dos israelitas” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 185).
“Trevas sempre foram arma do inimigo. Os piores crimes ocorreram nos lugares mais escuros. Deus é um Deus de luz. A primeira coisa que Ele fez na criação do mundo foi criar a luz. Ele disse: ‘Haja luz.’ Jesus disse: ‘Eu sou a luz do mundo.’ O reino do erro está mergulhado em densa escuridão. Há uma semelhança entre estas pragas e as pragas que caíram no Egito. Foram juízos de Deus que caíram sobre um pequeno país, enquanto as sete últimas pragas afetam o mundo inteiro. Quando o Egito estava em trevas, havia luz nas habitações dos israelitas. Deus não deixará o Seu povo na escuridão” (FEYERABEND, 2005, p. 140).
“Ao passo que as quatro primeiras pragas afetam a população geral, a quinta praga atinge o trono da besta, trazendo uma escuridão total sobre a Terra. Essa cena espelha a nona praga do Egito, que cobriu toda a terra da nação rebelde com uma intensa escuridão (Êx 10:21-23). É importante lembrar que Satanás delegou seu trono e autoridade a besta do mar de Apocalipse 13 (Ap 13:2). Com o apoio da besta da terra, a besta do mar começa a exercer sua autoridade sobre a Terra, enganando e coagindo os habitantes do mundo a se aliar à trindade satânica.
“No entanto, nem mesmo esse poder extraordinário, o centro da autoridade de Satanás, é capaz de resistir à força dessas pragas. O poder da besta do mar é então minado, à medida que sofre humilhação diante das pessoas. Os habitantes da Terra mordem a língua de dor e se enchem de ira ao perceber a impotência das habilidades da trindade profana para protegê-los das consequências das pragas. Sentem-se enganados. Contudo, assim como no caso de faraó, o terror e a dor das pragas endurece cada vez mais seu coração. Firmaram a mente contra Deus, de modo que continuam a amaldiçoar e blasfemar o Senhor por causa da dor e das úlceras, recusando-se a se arrepender (Ap 16:11). Dessa forma, os habitantes da Terra são preparados para o engano final. Quando dirigirem sua ira ao povo do Senhor, Satanás os atrairá para a grande batalha entre ele e Deus. Essa estratégia nefasta está em vigor e se desenrola durante a sexta praga (v. 12-16)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 93 e 94).
16.11 | e blasfemavam contra o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam. Porém, não se arrependeram de suas obras. | e continuaram a expor seu caráter rebelde e desrespeitoso contra o Criador, enquanto sofriam a desilusão em terem obedecido ao papado e ao falso protestantismo, e as dores das úlceras que receberam há alguns dias, no derramamento do primeiro desastre. E nem essas terríveis dores mudaram seu terrível caráter, de modo que permaneceram teimosos sem Deus e sem os falsos representantes Dele. |
“Úlceras. Isto é, as consequências do primeiro flagelo (v. 2). As úlceras da primeira praga não devem ser fatais, pelo menos não em todos os casos. Isso indica também que os flagelos são sucessivos em vez de simultâneos, e suas consequências continuarão” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 934).
“Deus criou o homem para abençoá-lo. Gên. 1:28. Quando Suas bênçãos são vilipendiadas, Ele as retira, para ensinar aos homens sua fonte e seu uso conveniente. Ageu 1:7-11. Juízos são enviados para que os homens aprendam a justiça. [Isa. 23.9-11]; I Reis 17:1. O fato de os homens não se arrependerem quando castigados, não é evidência de que Deus tenha deixado de ser misericordioso e perdoador. Demonstram eles simplesmente haver determinado o próprio destino, e que mesmo os mais severos juízos de Deus não levarão os ímpios e impenitentes ao arrependimento” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 263).
16.12 | O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates. As águas do rio secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do Oriente. | O sexto anjo literal atendeu à ordem e o sexto desastre aconteceu, primeiramente, sobre o domínio da nação turca sobre aquela geografia, secando sua influência e diminuindo abruptamente sua área de atuação. Em segundo lugar, o desastre foi derramado sobre o apoio e a admiração (cf. Ap 13. 3 e 4) que a humanidade em geral dava ao papado e sua tentativa de império global, em suas ações político-religiosas em conjunto com o governo dos Estados Unidos e com os evangélicos perseguidores e politizados, à imagem do papado medieval. Após o quinto desastre, o domínio papal sobre os governos das nações e a credibilidade em sua liderança global desapareceram! Esse cenário favoreceu ainda mais a necessidade de o Criador mostrar as caras, como Ele fez na Pessoa do Messias Jesus e como Este prometeu retornar ao lado de Deus, o Pai (cf. Mt 26.64 e Ap 6.16 e 17). Após esses seis desastres enviados por Deus através de Seus assistentes judiciais, a vida humana e sua organização político-social no planeta, estará insustentável e, somente então, ocorrerá o segundo advento de Jesus! “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem,” Mateus 24.27. |
Coffman (1989, p. 130 e 131) apresenta um comparativo entre as interpretações adventistas do sétimo dia, literal e simbólica, dos versos do 12 ao 16. “No decorrer de sua história, os adventistas têm sugerido uma ou outra de duas interpretações diferentes destes versículos (Apoc. 16:12-16). Note o seguinte:
“O rio era o sistema de defesa da antiga Babilônia (Jr 50:35-38). No Apocalipse, representa os poderes políticos do mundo (Ap 17:1,15). secaram. (ver Is 44:24-28). Indica perda de apoio político sofrida por babilônia (Ap 17:16). lado do nascimento do sol. Literalmente, ‘aurora’ (ver Mt 24:27; Lc 1:78)” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“Isto, compreendemos, se refere à extinção do Império Turco pelas grandes potências do mundo, como passo preparatório para a batalha do Armagedom” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 261).
“Importa notar que não é descrita nenhuma batalha sob a sexta praga (Apoc. 16:12-16). Na realidade, a praga incide sobre as águas do Eufrates, fazendo com que elas se sequem (verso 12). Estas são as ‘águas’ sobre as quais a Babilônia mística se acha sentada (Apoc. 17:1) e que são definidas como ‘povos, multidões, nações e línguas’ (verso 15). ‘A batalha final contra o povo remanescente de Deus começou durante o tempo da graça (Apoc. 12:17; 13:15-17), a respeito da lei de Deus, especialmente sobre o selo de Deus, o sábado, e a marca da besta (a observância do domingo) imposta pelos poderes confederados da Grande Babilônia. Esses poderes são o dragão, a besta, a besta de dois chifres (o falso profeta) e os poderes políticos da Terra coligados (Apoc. 16:13 e 19). Em Sua segunda vinda, Cristo enfrentará finalmente essa coligação do mal (Apoc. 19:11-16 e 19). A sexta praga constitui um juízo sobre a Grande Babilônia. De algum modo ela perderá o apoio de seus súditos. Apoc. 17:16 indica que os antigos súditos de Babilônia se levantarão contra os seus líderes espirituais, a fim de destruir o sistema ao qual mostravam deferência” (COFFMAN, 1989, p. 132).
“No Antigo Testamento, o rio Eufrates era um meio de sustento crucial para os inimigos de Israel: Assíria e Babilônia. O rio percorria Babilônia e era importante para a cidade porque alimentava as plantações e fornecia água às pessoas. Babilônia não poderia sobreviver sem o Eufrates. Em Apocalipse 17:1, descreve-se a Babilônia do tempo do fim sentada sobre muitas águas, talvez uma referência ao rio Eufrates (veja Jr 51:13). Em Apocalipse 17:15, explica-se que as águas sobre as quais a Babilônia do tempo do fim está sentada representam o povo que a apoia: os poderes mundiais civis, seculares e políticos por trás do sistema. No entanto, esses poderes acabarão retirando seu apoio.
“A cena da sexta praga reflete a conquista da antiga Babilônia por Ciro, o persa (veja Dn 5). De acordo com o antigo historiador Heródoto, na noite em que o rei Belsazar e seus oficiais deram um banquete, os persas desviaram o curso das águas do Eufrates e entraram em Babilônia ao longo do leito do rio, tomando-a de surpresa. O secamento simbólico do Eufrates em Apocalipse 16:12 resulta no colapso de Babilônia no tempo do fim. Visto que no Apocalipse o rio Eufrates representa os poderes civis, seculares e políticos do mundo, que apoiam Babilônia, o secamento do Eufrates simboliza a retirada de seu apoio e seu posterior ataque contra Babilônia, assim, causando sua queda.
“Ao testemunharem a revolta na natureza (veja Ap 16:3-9), as pessoas se voltarão para Babilônia a fim de obter proteção. No entanto, quando a quinta praga atingir a sede da autoridade de Babilônia (Ap 16:10, 11), elas verão a inutilidade de buscar ajuda ali. Sentindo-se enganadas, elas se voltarão contra Babilônia, causando sua queda (veja Ap 17:16). No entanto, como vimos, o coração dessas pessoas permanecerá endurecido contra Deus e Seu povo. Assim, elas se tornarão um solo fértil para o engano final, pelo qual Satanás levará o mundo a se unir contra o povo de Deus a fim de exterminá-lo da face da Terra” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 85).
“O secamento do rio Eufrates. Queremos investigar com maior detalhe a passagem que apresenta a sexta praga, em Apocalipse 16:12 a 16. Examinando-a novamente, a primeira coisa que observamos é que a sexta praga se relaciona primariamente, não com o Armagedom, mas com o rio Eufrates! ‘Derramou o sexto [anjo] a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol.’ Apocalipse 16:12. Na verdade, os versos 12 a 16 relacionam três atividades muito diferentes entre si: (a) O anjo de Deus seca o rio Eufrates, como preparativo para a vinda dos reis que provêm do leste, (b) os espíritos satânicos reúnem as nações no ‘Armagedom’ e (c) Jesus Cristo conforta e adverte o Seu povo.
“Se os comentaristas dedicassem maior atenção ao secamente do rio Eufrates, o significado do ‘Armagedom’ provavelmente cuidaria de si próprio. Boa parte dos comentaristas considera certo que ocorrerá um secamento literal do atual rio Eufrates, removendo-se por esta providência uma barreira às manobras de grandes exércitos, notoriamente os batalhões chineses, que talvez sejam constituídos por 200 milhões de homens. O rio Eufrates é efetivamente um grande curso d’água, com extensão de aproximadamente 3.700 quilômetros, e que atravessa vastas áreas agrícolas na Turquia, Síria e Iraque, especialmente nesse último país. Uma estiagem suficientemente grave, para secar o rio, por certo representaria um desastre irremediável para as populações dessa área.
“Ficamos perplexos, no entanto, quanto à eficácia do efetivo secamento do rio como forma de facilitar a passagem de modernos exércitos. De qualquer forma, antes que os chineses – por exemplo – alcançassem as margens do Eufrates, teriam eles de enfrentar terríveis barreiras, tais como a Cordilheira do Himalaia e os desertos e montanhas do Ira. Se conseguissem sobrepujar estes obstáculos, parece muito improvável que encontrariam no Eufrates um empecilho de significativa magnitude, mesmo que o rio estivesse cheio.
“Nos trechos em que o Eufrates atravessa a Síria – ponto mais provável de uma eventual travessia – ele apresenta pouco mais de um quilômetro de largura. Exércitos da Antiguidade conseguiram atravessá-lo mediante o uso de barcos feitos à mão e de pontes flutuantes. No dia D da Segunda Guerra Mundial, 6 de junho de 1944, os aliados cruzaram com sucesso o Canal da Mancha, em regiões em que o mesmo apresentava largura de 170 quilômetros, e em presença de mau tempo.
“Uma interpretação simbólica. Tentaremos uma interpretação simbólica do secamente do rio Eufrates, assim como tentamos o mesmo em relação ao Armagedom. Existe acordo geral de que, sob a sétima praga, a ‘grande cidade’ que é ‘dividida em três partes’ é Babilônia. E qualquer um concordará com que, no Apocalipse, o termo ‘Babilônia’ não se aplica a uma cidade literal com esse nome, mas a um símbolo que tem algo a ver com Roma.
“Ora, nos dias de Daniel, o rio Eufrates literal atravessava a cidade real de Babilônia. Na noite em que os exércitos de Ciro, comandados por Dario, o Medo, atacaram a cidade, o nível das águas do rio achava-se muito abaixo do normal. O ataque ocorreu numa estação em que as águas costumeiramente eram mais baixas, e alguns historiadores antigos afirmam que as tropas invasoras escavaram um canal lateral ao rio, a fim de reduzir ainda mais as águas deste. O ‘secamento’ das águas do Eufrates permitiu que os invasores ocupassem a cidade a partir do leito do rio, a rota que oferecia maior chance de êxito.
“Uma das primeiras providências do rei Ciro após a tomada de Babilônia, foi decretar a libertação dos cativos judeus de seu exílio, e permitir-lhes que retornassem a seu lar na Judéia. Em virtude da generosidade de Ciro, o profeta Isaías dele falou como se ele fosse o próprio Jesus Cristo. Isaías retrata a Deus referindo-Se a Ciro como o ‘Meu Pastor’ e como o Seu ‘ungido’, a pessoa que Ele escolhera para ‘subjugar as nações’. No mesmo contexto, Isaías também apresenta a Deus dizendo: ‘Eu secarei os teus rios.’ Isaías 44:27 a 45:1. O rei Ciro era o dirigente da Pérsia, uma nação que ficava a leste de Babilônia. Portanto, Ciro era um rei do oriente. Por ocasião da segunda vinda, Jesus aparecerá inicialmente no leste. Parece, pois, que os eventos relacionados com a queda da antiga Babilônia constituem um modelo simbólico dos eventos de extensão mundial relacionados com o Armagedom.
“Nos dias de Daniel, o rio Eufrates provia Babilônia de comércio, comunicação e água vital para a irrigação e consumo. Quando o rio fluía em sua plenitude, contribuía também para a defesa da cidade. O Eufrates era essencial à sobrevivência de Babilônia. Segundo o dizer da Bíblia, o que é que providenciará apoio vital à Babilônia do tempo, do fim, apoio este que será repentinamente removido?
“Eufrates nos últimos dias. Recordamo-nos de que em Apocalipse 17:15, onde a grande cidade de Babilônia é vinculada a uma prostituta, ‘as águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas’. Assim, o ‘rio Eufrates’, nesta profecia, é um símbolo da população mundial, organizada sob governos humanos. ([…] interpretamos o rio Eufrates da sexta trombeta como sendo uma referência geográfica geral, em harmonia com o uso similar do termo que ocorre cm Isaías 8:7. Já deixamos claro que as sete pragas não são a mesma coisa que as sete trombetas. As seis primeiras trombetas, localizadas na metade histórica do Apocalipse, aplicara-se a áreas ou comunidades mais ou menos definidas. A sexta e a sétima pragas, na parte do Apocalipse que focaliza o tempo do fim, afetam o mundo inteiro).
“A seguir, lembramos que em Apocalipse 13, depois que se recupera de sua ferida mortal, a besta alcança proeminência sem precedentes. A besta semelhante a cordeiro faz com que toda a população do mundo construa uma imagem da outra besta. Apocalipse 13:11-17 prossegue ao delinear um drama hostil e coercitivo, no qual os seguidores de Deus são ameaçados com a morte, caso persistam cm sua recusa de adotar a religião manipulada pelo estado. Quando examinarmos Apocalipse 17:12 a 14 […] encontraremos um cenário semelhante, só que retratado em outras palavras. Lá, ‘dez chifres’ do tempo do fim oferecem ‘à besta o poder e autoridade que possuem. Pelejarão eles contra o Cordeiro’. O modo pelo qual as entidades governamentais terrestres fazem guerra contra o Cordeiro, é pela oposição à Sua verdade e pela perseguição de Seu povo. Portanto, Apocalipse 17:12 a 14 é o mesmo que Apocalipse 13:11 a 17. Ambos os textos descrevem o triunfo de Babilônia à medida que todas as nações apoiam coercitivamente a sua falsa religião, em confronto com Jesus Cristo. A Babilônia moderna confia tão ingenuamente em seu ‘Eufrates’ (o apoio da população mundial), quanto a Babilônia antiga confiava no seu (o rio literal).
“Mas uma reversão de tendências ocorrerá. Apocalipse 17:16 diz que os chifres (as nações do mundo inteiro) se voltarão contra a meretriz (a grande cidade de Babilônia); ‘e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo’. Observe agora o verso 17: ‘Porque em seus corações [no coração das nações] incutiu Deus que realizem o seu pensamento e o executem à uma.’ Somos lembrados claramente que o secamente do rio Eufrates, sob a sexta praga, procede de Deus. Um anjo de Deus seca o Eufrates.
“No momento em que milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo repentinamente abrem os olhos à hipocrisia de seus líderes espirituais e sentem aversão pelos clérigos sobre os quais haviam feito repousar a sua confiança, Deus afirma que proveio de Sua parte esta nova iluminação. Seu anjo dissemina esta nova luz. O senso de desilusão daí resultante é, sem dúvida, uma ‘praga’ esmagadora. Seu resultado é o ‘secamento’ do ‘Eufrates’, ou seja, a retirada do apoio popular ao falso sistema religioso do tempo do fim, conhecido como ‘Babilônia’” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 455 – 458).
“São defendidas duas interpretações para os v. 12 a 16. De acordo com a primeira, ‘o grande rio Eufrates’ representaria o império otomano; a secagem de suas águas corresponderia à dissolução gradual desse império; os reis que vêm do lado do nascimento do sol, as nações do oriente; e o Armagedom seria o vale literal de Megido, no norte da Palestina. A dissolução do império otomano seria a preparação do caminho para as nações orientais entrarem em guerra contra aquelas que se encontram a oeste do vale de Megido.
“De acordo com a segunda interpretação, o Eufrates representa os povos sobre quem a Babilônia mística exerce domínio; a secagem de suas águas simboliza a retirada de seu apoio à Babilônia; os reis que vêm do lado do nascimento do sol, Cristo e aqueles que O acompanham; e o Armagedom, a última batalha do grande conflito entre Cristo e Satanás, travada nesta Terra. Logo, a retirada do apoio dos povos à Babilônia mística é vista como a remoção da barreira final para sua derrota e seu castigo definitivos.
“Segundo a primeira visão, a batalha do Armagedom começa essencialmente na forma de um conflito político e chega ao clímax com o aparecimento de Cristo e Seu exército celestial. De acordo com a segunda visão, a batalha do Armagedom começa quando os poderes religiosos e políticos da Terra iniciam seu ataque final ao povo remanescente de Deus.
“Embora as duas abordagens pareçam excludentes, há algo em comum entre elas. Os defensores de ambas as perspectivas sobre o Armagedom costumam concordar em relação aos seguintes pontos:
(1) Trata-se da última batalha da história da Terra, e o acontecimento ainda é futuro.
(2) Esta é a batalha do grande Dia de Deus (v. 4).
(3) O ‘grande rio Eufrates’ simboliza seres humanos.
(4) Os três ‘espíritos imundos’ (v. 13) representam o papado, o protestantismo apostatado espiritismo ou espiritualismo.
(5) Esses três espíritos constituem os agentes que convocarão as nações à batalha.
(6) Os agentes recrutadores, ou seja os três espíritos, são de natureza religiosa, e as forças recrutadas são políticas e militares.
(7) Os preparativos para a batalha ocorrem durante a sexta, mas a luta em si é travada na sétima.
(8) Será uma batalha real entre pessoas empunhando armas literais.
(9) Haverá derramamento de sangue sem precedentes.
(10) Todas as nações da Terra se envolverão.
(11) Por fim, Cristo e o exército celestial intervirão, encerrando a batalha.
(12) Os santos vivos testemunharão a batalha, mas não serão participantes diretos.
“A diferença fundamental entre os dois pontos de vista está na literalidade geográfica ou no sentido figurado desses três termos: Eufrates, ‘reis que vêm do lado do nascimento do sol’ e Armagedom.
“A primeira perspectiva presume que os termos mantêm o significado geográfico. Já a segunda afirma que eles devem receber uma interpretação figurada, relacionada ao contexto de Apocalipse 13 a 19 […]
“Como seria de se esperar, variações e mudanças dessas duas abordagens principais são defendidas por alguns estudiosos. No século 19, Tiago White defendia que o Armagedom consiste na batalha entre Cristo e as nações ímpias, no segundo advento (ver RH, 21/01/1862, p. 61). Uriah Smith acreditava que a batalha do Armagedom também envolve o ajuntamento político e militar das nações da Terra, na Palestina (ver The Prophecies of Daniel and Revelation (1944). p 691-701).
“Grande rio Eufrates. […] Os defensores dos dois potos de vista concordam que João não se refere aqui ao rio literal, nem a secagem de suas águas. Há também acordo de que aqui as águas do rio Eufrates representam seres humanos (cf. Ap 17:15). No entanto, de acordo com o primeiro ponto de vista, o Eufrates representa o antigo império otomano, pelo qual este rio passava e, desde a queda desse império ao final da primeira guerra mundial, seu sucessor atual é a Turquia. Este ponto de vista presume que, embora o termo ‘Eufrates’ não se refira ao rio literal, preserva certa medida de significado geográfico literal, uma vez que consiste na designação de uma área geográfica banhada pelo rio, o vale Mesopotâmia. Por mais de mil anos, essa região foi administrada por sarracenos e turcos e, depois, pelo governo do Iraque.
“De acordo com o segundo ponto de vista, o sentido da palavra ‘Eufrates’ deve ser extraído do contexto, em que o termo ‘Babilônia’ é usado como símbolo do cristianismo apostatado […] Do ponto vista histórico e geográfico, o Eufrates rio da Babilônia literal (Jr 51:12, 13, 63 e 64). Como rio da Babilônia mística (ver com. de Ap 17:18), o Eufrates estaria, nesta passagem, totalmente dissociado de significado literal e geográfico, sendo entendido na relação com o símbolo que o acompanha, a Babilônia mística. Logo, as águas do Eufrates seriam as ‘muitas águas’ (Ap 17: 1-3, 15), sobre as quais a Babilônia se assenta. É ela que, ‘com o vinho devassidão’, embriaga os ‘que habitam na terra’ (Ap 17:2; cf. 13:3, 4, 7, 8, 14-16) […]
“Secaram. A forma verbal do grego indica que o ato de secar já foi concluído. De acordo com o primeiro ponto de vista, a a secagem do rio Eufrates, mencionada aqui, começou a se cumprir com o encolhimento gradual do império otomano, mas o cumprimento total deste ponto profético ainda está no futuro.
“De acordo com o segundo ponto de vista, a secagem das águas do Eufrates se refere à retirada do apoio humano à Babilônia mística, em conexão com a sexta praga […] Os defensores dessa abordagem consideram Apocalipse 16:18 e 19 e 17:15 a 18:24 uma descrição dos efeitos da secagem das águas do Eufrates (ver GC, 654-656).
“Preparasse. […] A primeira perspectiva vislumbra um preparo de caráter militar e geográfico; a segunda, por sua vez, identifica um preparo moral e espiritual.
“Caminho. Do gr. hodos, ‘rodovia’ […] De acordo com o primeiro ponto de vista, este ‘caminho’ pode ser a rota geográfica pelo vale da Mesopotâmia, antigo território do império otomano. De acordo com o segundo ponto de vista, ‘caminho’ tem sentido figurado e tem a ver com a preparação da Terra para que Cristo e os exércitos do Céu triunfem sobre Babilônia (v. 19) e os ‘reis do mundo inteiro’ (v. 14)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 934 e 935).
“A imagem do secamento do Eufrates está enraizada na queda da Babilônia histórica. Em 539 a.C., Ciro, o Grande, veio com seus exércitos e cercou a cidade. Por causa das fortificações intensas da cidade e seu farto suprimento de água e alimento, as pessoas achavam que ela era inexpugnável. De noite, porém, enquanto seus lideres festejavam no palácio do rei Belsazar, a cidade foi capturada pelo exército persa (Dn 5). Os historiadores antigos contam que os persas desviaram o curso do rio Eufrates e entraram na cidade por meio do leito seco, tomando-a de surpresa (Heródoto, The Histories, 1.191. O registro que Heródoto faz da captura de Babilônia por Ciro foi confirmada nos tempos modernos pelo Cilindro de Ciro, o qual narra a conquista de Babilônia pelos persas sem qualquer batalha. Ver James B. Pritchard, Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament, 3ª ed. (Princeton, NJ: Princeton University Press. 1969), p. 315).
“Por causa da queda de Babilônia, o povo de Deus recebeu permissão de voltar para casa. A captura da antiga Babilônia por Ciro é o contexto para a cena da sexta praga. Assim como no caso da Babilônia histórica, o secamento simbólico do rio Eufrates resulta no colapso da Babilônia do tempo do fim. Essa cena deve ser entendida de maneira simbólica, pois, no Apocalipse, o Eufrates representa os poderes civis, seculares e políticos do mundo, que apoiam Babilônia (Ap 17:15). Esses poderes acabarão retirando o apoio da Babilônia e se voltarão contra ela (v. 15-17), secando o rio Eufrates.
“Até a quinta praga, os habitantes do mundo concentraram suas esperanças na Babilônia, em busca de proteção. Ao sofrerem grandes tragédias naturais, esperam que Babilônia os proteja. Entretanto, quando a quinta praga atinge o centro da autoridade da besta, as pessoas, desiludidas, percebem a impotência da Babilônia para protegê-las das consequências das pragas (Ap 16:10). Cheias de hostilidade e sentindo-se enganadas, unem-se contra Babilônia e a destroem (Ap 17:16, 17)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 94).
“Preparação para os ‘reis que vêm do lado do nascimento do sol’. Pois bem: de que forma o secamento do rio Eufrates, tal qual o compreendemos acima, prepara o caminho para a chegada dos ‘reis que vêm do lado do nascimento do sol’? Jesus não retornará para colher os grãos e as uvas da Terra até que estejam plenamente maduros. Veja Apocalipse 14:14-20. Na parábola de Cristo a respeito do trigo e do joio, ambas as plantas deveriam crescer juntas até a ocasião da colheita. Somente quando os dois estiverem maduros é que os ceifadores poderão estar seguros quanto à diferença entre eles. Veja S. Mateus 13:24-30.
“No decorrer do grande conflito entre Cristo e Satanás[…] vimos que Deus permitiu que a história terrestre prosseguisse até o presente de modo que todo e qualquer habitante da Terra – e do restante do Universo – pudesse ver claramente a diferença resultante de se escolher servir a Deus ou a Satanás.
“Sob as sete últimas pragas, o caráter das pessoas será plenamente manifestado, de ambos os lados. Os que se rebelaram contra Deus são confirmados cm sua rebelião, pois se recusam a arrepender-se, prosseguem blasfemando, e, se possível, procurarão ansiosamente destruir as vidas dos seguidores de Deus. Por outro lado, o povo de Deus permanece fiel em sua obediência, preferindo – se necessário – sacrificar a vida em vez de desonrar o seu Senhor.
“Uma vez que os dois grupos tenham sido inequivocamente diferenciados, sendo que trigo e joio, grãos e uvas, estejam plenamente amadurecidos, não haverá mais razão para postergamento. Nada mais haverá que Deus possa fazer para salvar os ímpios, e nada mais será necessário em favor dos justos — exceto a sua libertação.
“Assim, a hora da verdade, representada pelo secamente do rio Eufrates, prepara o caminho para o retorno de Cristo, à frente dos exércitos celestiais. Veja Apocalipse 19:11-16” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 459 460).
“Que é o grande rio Eufrates, sobre o qual esta praga é derramada? Dizem uns que se trata do literal rio Eufrates, que corre na Ásia. Outros dizem que é um símbolo da nação que ocupa o território pelo qual flui o rio. Esta última opinião é preferível por muitas razões: Seria difícil compreender o que se ganharia com o secamento do rio literal, visto que não ofereceria nenhum obstáculo grave ao progresso de um exército em marcha. Deve notar-se ainda que o secamento ocorre para preparar o caminho dos reis do Oriente, isto é, a organizações bélicas regulares, e não a uma multidão mista e despreparada de homens, mulheres e crianças, como eram os filhos de Israel no Mar Vermelho ou no Jordão.
“O Eufrates tem apenas 2.200 quilômetros de percurso, ou seja a terça parte da extensão do Mississipi. Ciro, sem dificuldade, desviou o rio do seu leito no cerco de Babilônia. Durante as numerosas guerras que têm sido travadas ao longo das suas margens, muitos exércitos têm atravessado repetidas vezes as suas correntes, sem que jamais fosse preciso secá-lo para poderem passar. Seria tão necessário secar o rio Tigre como o Eufrates, porque aquele é quase tão grande como este. Suas nascentes distam apenas uns 25 quilômetros uma da outra, nas montanhas da Armênia, e o primeiro corre quase paralelo com o último, e apenas a uma curta distância dele através de todo o seu percurso. Todavia a profecia nada diz do Tigre.
“O secamento literal dos rios tem lugar sob a quarta praga, em que é dado poder ao Sol para abrasar os homens com o fogo. Durante esta praga ocorrem, sem dúvida, as cenas de seca e fome tão vividamente descritas por Joel e, como resultado delas, expressamente se afirma que ‘os rios se secaram’ (ver Joel 1:14-20). O Eufrates dificilmente poderá constituir uma exceção a este flagelo da seca; e pouca água ficaria para secar literalmente sob a sexta praga” (SMITH, 1979, p. 304).
“[…] não se trata do secamento literal do Eufrates, e mòrmente também porque a revelação não declara que a sexta praga será lançada nas fontes que alimentam êste rio, mas nêle mesmo; se as fontes dum rio não se secarem, é evidente que êle não poderá secar-se. Doutro lado, já na quarta praga, todos os rios secar-se-ão, como enfatiza o profeta Joel, referindo-se à quarta praga que será lançada no sol que tudo então abrasará (Jl 1.20).
“Também o secamento simbólico do rio Eufrates não pode significar o secamento total das nações ou o aniquilamento delas na sexta praga, visto que em primeiro lugar isto estaria em desarmonia quanto ao emprego simbólico dum rio pela inspiração e porque, em segundo lugar, seria supérflua a sétima praga, que visa aniquilar o mundo total, principalmente os três poderes que fomentarão a guerra do Armagedon. O secamento do rio Eufrates visa preparar um caminho para tropas bélicas orientais em marcha e não o aniquilamento das nações totais do glôbo” (MELLO, 1959, p. 473).
“Não há um só caso em que a revelação use um rio como figura de nações, de povos ou do mundo em geral. Ao contrário, um rio é empregado para representar um só povo ou uma só nação. Assim o rio Nilo foi no passado uma figura do Egito. E também já o Eufrates, nos antigos tempos, fôra um emblema da Assíria em particular (Jr 2.18). Diante do exposto, o Eufrates, na profecia da sexta praga, não poderá, sob hipótese alguma, ser simbólico do mundo ou das nações no sentido geral. Pois também é enfático que a profecia localiza o derramamento da sexta praga numa região determinada do glôbo — a do rio Eufrates — e não toma o glôbo total como seu alvo. Se o cumprimento da previsão devesse abranger o mundo em geral, a inspiração jamais tomaria o rio Eufrates como emblema — um rio localizado numa região do mundo e não correndo sôbre o mundo total; — antes servir-se-ia do mar como símbolo.
“Nisto temos, como veremos adiante, que o rio Eufrates, localizado como símbolo, é figura duma poderosa potência localizada e dominante em sua região. Pois tôda vez que êste rio é tomado pela inspiração como emblema duma potência política, sempre alude a um grande e poderoso poder de sua região. Além disso, o rio Eufrates, desde remotos tempos, tem sido tomado como ponto de partida dos juízos de Deus, a cargo do poder de sua região sôbre e em determinada região da terra. E é exatamente a isto, aludindo ao fim ou à sexta praga, que Jeremias faz referência nas seguintes palavras: ‘Porque êste dia é o dia do Senhor Jeová dos Exércitos, dia de vingança para se vingar dos Seus adversários: e a espada devorará, e fartar-se-á, e embriagar-se-á com o sangue dêles; porque o Senhor Jeová dos Exércitos tem um sacrifício na terra do norte, junto ao rio Eufrates (Is 8.7)” (MELLO, 1959, p. 471 e 472).
“Com todas estas objeções contra a possibilidade de considerar aqui o Eufrates como um rio literal, este deve compreender-se figuradamente como simbolizando o poder que, ao começar este secamento tenha o domínio do território banhado por esse rio. Todos concordam que esta [sic] poder foi a Turquia. Daí que podemos buscar o cumprimento das especificações desta profecia em algo que afete diretamente a nação turca. O rio é empregado como símbolo em outros lugares das Escrituras. (Ver Isa. 8:7; Apoc. 9:14). Com referência a este último texto, todos hão de concordar que o Eufrates simboliza o poder turco. Como é a primeira e última vez que esta palavra se apresenta no Apocalipse, é muito próprio considerar que conserva o mesmo significado em todo o livro. O secamento do rio seria, pois, a diminuição do império turco, a gradual redução de suas fronteiras. Isto é o que ocorreu literalmente” (SMITH, 1979, p. 305).
“Em seu apogeu, o império otomano se estendia para o leste até o Tigre e o mar Cáspio; para o sul até Aden, e incluía a Arábia, Palestina, Egito, Argélia; ao norte abrangia o reino da Hungria, os países balcânicos, Criméia. A Turquia guerreou repetidas vezes contra os mais poderosos exércitos da Europa, com Alemanha, Rússia e outras nações. Levou suas conquistas até o interior da Ásia, e recebeu o pedido de ajuda da Índia. Mas este poderoso flagelo da cristandade não superou os seus limites. Nos acontecimentos que produziram a crise de 1840, quase se desmoronou, e desde então tem estado decaindo rapidamente.
“Consideremos algumas de suas perdas. A Turquia perdeu o reino da Hungria em 1718; a Criméia em 1774; a Grécia em 1832; a România, Montenegro e Bulgária em 1878; Tripolitana em 1912; Egito em 1914; Mesopotâmia foi-lhe tirado pela Grã-Bretanha em 1917. Perdeu a Palestina em 1917; a Síria em 1918; o Hechaz cerca do mesmo tempo. Ao terminar a Primeira Guerra Mundial, os Dardanelos e Constantinopla foram internacionalizados, e a capital turca foi trasladada a Angora. A Turquia recuperou dos gregos a Anatólia ocidental, inclusive Esmirna; recuperou a porção ocidental da Armênia e as fontes do Eufrates, como também sua antiga capital Constantinopla, na Europa, e uma porção da Trácia; mas ainda assim resta pouco território a este império que uma vez foi poderoso. Seu domínio foi sendo reduzido província após província, até que lhe resta apenas uma sombra de suas antigas possessões. Por certo, a nação simbolizada pelo Eufrates está secando.
“Mas pode objetar-se a isto que, defendendo o sentido literal das pragas, fazemos de uma delas um símbolo. Respondemos, porém, que não. É verdade que, sob a sexta praga, é apresentado um poder em sua forma simbólica, justamente como sob a quinta, onde vemos a sede da besta, que é um símbolo bem conhecido, ou como, sob a primeira, vemos o sinal da besta, sua imagem e sua adoração, que são também símbolos. Insistimos apenas sobre o sentido literal dos juízos que resultam de cada praga, que são literais neste caso como em todos os outros, embora as organizações que sofrem esses juízos possam ser apresentadas em sua forma simbólica” (SMITH, 1979, p. 305 e 306).
“Durante séculos os territórios da Palestina e do Eufrates têm estado sob o domínio de governantes maometanos, responsáveis diante da nação turca. É, portanto, lógico crer que a Turquia chegará a seu fim antes que os reis da Terra façam desembocar seus exércitos naquele território. O fim da Turquia prepara o terreno para a batalha do Armagedom” (SMITH, 1979, p. 309).
“[…] terá a Turquia deixado tôda a região do rio Eufrates, e, simbolicamente, terá então o Eufrates se secado. E, o que é extraordinariamente notável em relação com a Turquia, é que a última vez que a voz da profecia tomou o rio Eufrates como símbolo, foi para apontar esta potência, ali localizada, no que respeita a acontecimentos internacionais ligados ao fim da civilização. Veja-se sobre isto a sexta trombeta no capítulo nove do Apocalipse” (MELLO, 1959, p. 473).
“E, no lançamento da sexta praga, o Oriente estará novamente em marcha para o Ocidente. Ao referir-se a revelação à marcha dos ‘reis do Oriente’, refere-se aos exércitos das nações orientais. China, Japão, Índia e outros povos que estiveram como que adormecidos até bem poucos anos, estão despertando da letargia política e procurando impor-se ao mundo. Uma verdadeira efervescência é deparada em tôda Ásia Oriental, especialmente, no extremo oriente. As nações orientais estão progressivamente se arregimentando sob uma única bandeira que tem por alvo a conquista dum baluarte inexpugnável para o domínio do mundo. E no Ocidente, as nações, conscientes da determinação dos orientais, preparam-se febrilmente para enfrentar a borrasca” (MELLO, 1959, p. 475).
“‘Gog’ surgirá ‘do norte’ em marcha para o Armagedon: — A profecia de Ezequiel acrescenta que ‘Gog’ virá ‘das bandas do norte’, com seus muitos aliados à terra de Israel. E Daniel, o profeta, declara que o govêrno turco, a êsse tempo, que é o tempo de angústia — o tempo das sete pragas — como já vimos, se espantará dos ‘rumores do Norte e do Oriente’, e ver-se-á insustentável em sua atual sede ao avanço de ‘Gog’ e suas tropas e dos ‘reis do oriente’, sendo obrigado a retirar-se para a ‘Terra de Israel’ e instalar-se em Jerusalém (cf. Dn 11.43 e 44). Estas profecias de Ezequiel e Daniel citadas, comprovam dois fatos irrecusáveis: 1) Que ‘Gog’ domina atualmente ao norte da Turquia; 2) e que todos êstes sucessos estão ligados às sete pragas, das quais a sexta é o Armagedon, para onde convergirão os ‘reis do oriente’ e ‘Gog’, com seus aliados, do Norte” (MELLO, 1959, p. 478).
“Por ocasião da queda da Babilônia literal, foi secando as águas do Eufrates que Ciro teve acesso à cidade. Quando a Babilônia espiritual cair, as águas (que são ‘povos, multidões, nações e línguas’, segundo Apocalipse 17:15) vão secar. Multidões enormes apóiam Babilônia. A Babilônia moderna confia no seu ‘Eufrates’ (o apoio da população mundial) de maneira tão ingênua quanto a antiga Babilônia confiou no seu Eufrates (o literal). Este apoio vai secar. Apocalipse 17:16 diz que os chifres (as nações de todo o mundo) se voltarão contra a meretriz. Milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo vão, de repente, perceber a hipocrisia de seus líderes espirituais e terão repugnância do clero, em quem depositaram sua confiança. Elas ficarão desiludidas e retirarão o apoio que deram ao falso sistema religioso conhecido como Babilônia” (FEYERABEND, 2005, p. 140 e 141).
“Em Apocalipse 16:12, revela-se que o propósito do secamento do Eufrates é preparar o caminho ‘para os reis que vêm do Oriente’ (NVI). No Antigo Testamento, ‘os reis que’ vieram ‘do Oriente’ foram Ciro e seus exércitos. Eles vieram do Norte, aproximando-se, então, de Babilônia pelo Leste (Is 41:25). Sua conquista de Babilônia tornou possível o retorno do povo de Deus à sua terra natal (Is 44:27, 28).
“Da mesma forma, a seca simbólica do Eufrates preparará o caminho para a chegada dos reis que vêm do Oriente a fim de prover libertação ao povo de Deus no tempo do fim. Em Apocalipse 16:12, os reis que vêm do Oriente são Cristo e Seu exército de anjos celestiais. Em Sua segunda vinda, Jesus aparecerá com Sua hoste angélica, ‘com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro’ (Ap 19:14), que são as vestes dos anjos sem pecado (Ap 15:6). Acompanhado da hoste celestial, como mostra Apocalipse 17:14, Cristo vencerá as forças satânicas que oprimem Seu povo (compare com Mt 24:30, 31). O conflito final contra Cristo e Seus fiéis culminando com a segunda vinda de Jesus é conhecido como a batalha do Armagedom” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 86).
16.13 | Então vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. | Ao perceber a total perda de apoio, a contrafação da Trindade divina irá contrafazer a pregação das três últimas mensagens de Deus, de Apocalipse 14.6-12. Satanás, o papado e os Estados Unidos da América unirão espiritualismo/paganismo, catolicismo romano e protestantismo. Assim como os magos egípcios e suas “ciências ocultas” (Êx 8.7) falsificaram a praga das rãs, enviada por Deus ao Egito, para libertar o povo de Israel, os anjos maus irão falsificar as três mensagens angélicas como um contragolpe ao sexto desastre. |
“Sair da boca. A boca é o instrumento da fala. Ao sair da boca do ‘dragão’, da ‘besta’ e do ‘falso profeta’, os três espíritos imundos representam a política que esta tríplice união religiosa proclama ao mundo, chamada de vinho de Babilônia (Ap 17:2 […])” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 936).
“A rã é classificada como um animal impuro (Lv 11.10). A linguagem figurada supõe a propaganda enganosa que, nos últimos dias, levará as pessoas a aceitar e a apoiar a causa do mal” (BÍBLIA, 2013, p. 2066).
“Dragão. […] O primeiro membro da tríplice união religiosa costuma ser identificado com o espiritismo ou espiritualismo (paganismo). De fato, muitos pagãos adoram espíritos e praticam diversas formas de espiritismo que se assemelham, até certo ponto, ao espiritismo moderno que se professa nos países cristãos” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 936).
“dragão […] besta […] falso profeta […]. A falsa trindade de Ap 12–13. Juntos, eles formam a Babilônia do fim do tempo (16:19). sua ruína será narrada em 19:20; 20:10. espíritos imundos (ver 18:2). Agentes do dragão, da besta e do falso profeta. rãs. Lembra Êx 8:1-9” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“Falso profeta. Ao que tudo indica, ele equivale à besta de dois chifres (Ap 13:11-17; ver com. do v. 11), que apoia a primeira besta (Ap 13:1-10). Os milagres que ele recebe autoridade para realizar na presença da besta (Ap13:12-14) enganam as pessoas e as levam a fazer uma ‘imagem’ à besta (comparar com Ap 19:20; 20:10” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 936).
“A demoníaca trindade de Satanás. Apocalipse 16:13 a 16 diz que as nações são reunidas no Armagedom pela ação de três espíritos demoníacos semelhantes a rãs, os quais saem das bocas dos três monstros simbólicos de Apocalipse 12 e 13: o ‘dragão’, a ‘besta’ e o ‘falso profeta’ (a besta semelhante a cordeiro).
“Sentimo-nos intrigados ao constatar que dragão, besta e falso profeta constituem três entidades, exatamente como existem três membros na Santa Trindade. O Apocalipse fala do trono de Deus – bem como do trono da besta. No Calvário, Jesus recebeu um ferimento mortal e ressuscitou. A besta semelhante a leopardo foi ferida de morte e depois recebeu a cura. O nome de Cristo, Miguel, significa: ‘Quem é semelhante a Deus?’ Enquanto as pessoas adoram a besta, perguntam-se, maravilhadas: ‘Quem é semelhante à besta?’ A besta semelhante a cordeiro é chamada de ‘falso profeta’, uma contrafação do Santo Espírito que é o Outorgador da verdadeira profecia. Em S. João 16, o Espírito Santo conduz-nos a toda a verdade e à adoração de Deus, mas o falso profeta ensina mentiras e persuade as pessoas a que adorem a besta.
“A trindade satânica pretende até mesmo criar uma imagem à besta, assim como Deus criou o homem à Sua própria imagem. Deus soprou nas narinas do homem o fôlego de vida. Um membro da trindade satânica concede vida à imagem da besta. Deus envia três anjos para a pregação da mensagem final, na hora do juízo. Seus anjos convocam toda nação, tribo, língua e povo a crerem no evangelho e a adorarem o Deus que criou os Céus e a Terra. Satanás envia três demônios com mensagens que provêm da boca do dragão, da besta e do falso profeta, tendo em vista reunir as nações para a grande batalha contra o Cordeiro.
“Deus oferece-nos a identificação com o Seu selo. Satanás nos oferece a marca da besta. O ‘remanescente’ do tempo do fim guarda os mandamentos de Deus, possui o testemunho de Cristo, apega-se à sua fé em Jesus, e é privilegiado com a oportunidade de cantar sobre o mar de vidro. Satanás também tem o seu ‘remanescente’ (veja Apocalipse 19:21). Eles decidiram crer em suas mentiras, ou seja, que a lei de Deus não necessita – ou não deve – ou não pode – ser obedecida. Eles são destinados ao lago de fogo” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 460 e 461).
“No Egito a rã era objeto de adoração, e o símbolo de sua divindade eram três rãs negras. A introdução deste símbolo das rãs na profecia é de chamar a atenção. Como é bem sabido, este pequeno animal hiberna; quer dizer, desaparece por algum tempo, para depois reaparecer e nos incomodar com o seu coaxar. Assim, paganismo e espiritismo desapareceram, por assim dizer, por algum tempo afinal no Ocidente, mas estão reaparecendo sob muitos disfarces. O pensamento pagão penetrou nas salas de nossas escolas. Tem reclamado até muitos púlpitos. Nas cenas finais da história da Terra, paganismo e espiritismo deverão exercer tremenda influência sob o manto da religião” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 185).
“Nos evangelhos, o termo ‘espírito imundo’ é usado de maneira intercambiável com ‘demônio’ (ver Mc 1:27, 34; 3:11, 15; 6:7 etc.; ver Ap 18:2; cf. T5, 472, 473)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 936).
“Sob o controle dos demônios, pois, influirão os três poderes citados, através duma política mundial verdadeiramente demoníaca, nos governantes das nações para levá-las com seus exércitos à horrível matança predita, no Armagedon. Os demônios lhes têm inspirado uma política mundial que nada mais é que um coaxar desconexo e confuso de rãs que gritam à aproximação dum temporal, apenas emitindo sons aborrecíveis. As condições internacionais recalcitrantes, exprimidas como que por êsses cânticos de rãs, são inspiradas pelos demônios que estão preparando o mundo bélico para o maior conflito da história” (MELLO, 1959, p. 479).
“Satanás tem há muito estado a preparar-se para um esforço final a fim de enganar o mundo. O fundamento de sua obra foi posto na declaração feita a Eva no Éden: ‘Certamente não morrereis.’ ‘No dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.’ Gênesis 3:4, 5. Pouco a pouco ele tem preparado o caminho para a sua obra-mestra de engano: o desenvolvimento do espiritismo. Até agora não logrou realizar completamente seus desígnios; mas estes serão atingidos no fim dos últimos tempos.
“Diz o profeta: ‘Vi … três espíritos imundos semelhantes a rãs. … São espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus todo-poderoso.’ Apocalipse 16:13, 14. Com exceção dos que são guardados pelo poder de Deus, pela fé em Sua Palavra, o mundo todo será envolvido por esse engano. O povo está rapidamente adormecendo, acalentado por uma segurança fatal, para unicamente despertar com o derramamento da ira de Deus. Diz o Senhor Deus: ‘Regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo, e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo: E o vosso concerto com a morte se anulará; e a vossa aliança com o inferno não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis oprimidos por ele.’ Isaías 28:17, 18” (WHITE, 2013, p. 490).
“As contrafações de Satanás: 1. O livro de Apocalipse fala sobre os três anjos de Deus que proclamam uma mensagem ao mundo. Os três espíritos imundos de Satanás proclamam uma falsa mensagem ao mundo. 2. A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) é imitada pelo dragão, a besta e o falso profeta, formando uma falsa e demoníaca trindade. 3. Deus tem um trono, e o Apocalipse fala sobre o trono da besta. 4. No Calvário, Jesus recebeu uma ferida mortal e ressuscitou. A besta-leopardo recebe uma ferida mortal e é curada. 5. Deus promete selar-nos com o selo de Deus. Satanás oferece o sinal da besta.
“Rãs: As rãs podem hibernar durante o inverno, mas, na primavera, literalmente voltam a viver. As rãs capturam suas presas com a língua. Certos poderes espirituais estão, por assim dizer, em fase de hibernação. Eles estão começando a se manifestar através de obras milagrosas. O falso dom de línguas está unindo católicos, espíritas e protestantes numa causa comum. Jesus disse que, nos últimos dias, haveria falsos cristos e falsos profetas (Mateus 24:24). Somente os que estiverem bem alicerçados nas Escrituras poderão identificar o que é contrafação e o que c genuíno.
“O próprio Satanás vai aparecer como um anjo de luz, fazendo com que muitas pessoas pensem que ele é o Cristo. Se estudamos a Palavra de Deus, não seremos enganados. Não temos que seguir emoções ou sentimentos, mas o ‘assim diz o Senhor’. Os mesmos que rejeitaram a Bíblia porque não acreditam em milagres serão os primeiros a aceitar as maravilhas apresentadas pelos demônios” (FEYERABEND, 2005, p. 141 e 142).
“Os três espíritos imundos semelhantes a rãs (16:13, 14) O secamento do rio Eufrates abala a trindade satânica – o dragão, a besta do mar e a besta da terra, que é chamada de falso profeta. Nesse momento, Satanás e seus dois aliados reúnem o mundo inteiro para o engano final. Da boca dos integrantes da trindade satânica, saem três espíritos demoníacos com aparência de rã, que se dirigem aos líderes do mundo a fim de ‘ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso’ (Ap 16:14). Esses demônios são o ‘fôlego’ da trindade satânica no engano final.
“Esses espíritos lembram a praga das rãs no Egito (Êx 8:1-15). Ela foi a última praga que os magos de faraó conseguiram reproduzir, a fim de usar sua influência corruptora para induzir o faraó a se opor persistentemente a Deus. Por fim, o faraó rejeitou a mensagem que Deus havia enviado por intermédio de Moisés. À luz desse contexto do Antigo Testamento, os três demônios semelhantes à rã da sexta praga consistem na última tentativa satânica de falsificar a obra de Deus. Eles são retratados como a contrafação dos três anjos de Apocalipse 14, enviados com um evangelho falso a fim de persuadir as autoridades políticas e seculares do mundo a se aliar a eles contra Deus e Seu povo, no preparo para o grande dia do Todo-Poderoso.
“Portanto, esses três demônios semelhantes a rãs são agentes poderosos de Satanás, que seduzirão os moradores da Terra a participar da batalha final. Essa situação lembra o ‘espírito mentiroso’ (1Rs 22:22) que incitou o rei Acabe a recusar a mensagem enviada por Deus e ir para a batalha (v. 21-23). Satanás está determinado a ser vitorioso na crise final, por isso permite que os espíritos demoníacos realizem sinais milagrosos. O método de persuasão desses espíritos é o engano, o que combina perfeitamente com o plano de Satanás no tempo do fim de atrair as pessoas para seu lado, em vez de levá-las para perto de Deus (Ap 13:13, 14).
“As atividades da trindade demoníaca resultarão em grande sucesso. As nações do mundo serão enganadas mais uma vez e sujeitarão seus poderes a Satanás. Dessa forma, elas se arregimentarão contra o povo de Deus, preparando o palco para a batalha final” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 94 e 95).
16.14 | São espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro a fim de ajuntá-los para a batalha do grande Dia do Deus Todo-Poderoso. | Sim, anjos maus encarnaram e se disfarçaram de seres humanos! Eles conduziram a falsa trindade até os Congressos e Senados das nações, até os Palácios dos ditadores, e reataram temporariamente a globalização e o projeto da Nova Ordem Mundial, a tentativa do novo império papal, a torre de Babel do século 21, sabotada pelos seis desastres derramados por Deus, em particular o sexto. Anjos maus encarnados e a falsa trindade voltarão a manipular mentes e arrebanhá-las por meio de milagres e ações que ainda estão acima da Matemática dominada pela humanidade. Esse é o primeiro ajuntamento global, pré-milenial, que Satanás conseguirá reunir para tentar exterminar o remanescente, os 144.000 de Apocalipse 7, o Reino de Deus na Terra. O segundo e último será após o milênio (Ap 20). No entanto, esse primeiro ajuntamento global é encarado por Deus como aquele que Satanás fez no Céu, guerreando contra Miguel. É mais um dia de vitória para o Deus Todo-Poderoso invencível! |
“O simbolismo subentende a possibilidade de decisão humana, portanto, estes versículos narram acontecimentos anteriores ao sexto flagelo e ao Armagedom” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“As mensagens proféticas de Daniel indicam que estamos vivendo, sem sobra de dúvida, no tempo do juízo pré-advento (Dan. 7:9-14; 8:14). Daniel predisse que esse julgamento ocorreria pouco antes da segunda vinda de Jesus. Durante esse tempo, de acordo com o livro de Apocalipse, ocorrerá uma união entre o protestantismo apostatado e o papado. Essa união se ligará também com forças espiritualistas pagãs e realizará milagres para enganar os habitantes da Terra. A imagem da besta (protestantismo imitando o papado medieval) irá pressionar o governo dos Estados Unidos e de outros países para aprovarem leis que favoreçam a religião papal” (GULLEY, 1996, p. 5).
“demônios. Anjos satânicos e falsificações dos três anjos de 14:6-12. sinais (ver 13:13, 14). reis do mundo. Equivalente ao rio Eufrates de 16:12, conforme definido em 17:15” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“Na Palestina, no ‘vale de Josafá’ (Joel 3:12), no ‘vale de Jezreel’ (Osé. 1:56), no ‘Armagedom’ (Apoc. 16:16). Esses lugares, considerados em conjunto, parecem indicar que toda a Palestina será envolvida. No secular lugar de encontro da História, os ‘reis de todo o mundo’ se reunirão para ‘a batalha, naquele grande dia do Deus todo-poderoso.’ Apoc. 16:14” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 257).
“Mediante os eventos finais que levarão ao fim do período de possibilidade de arrependimento, todo ser humano será levado a escolher em qual dos dois lados permanecerá na batalha do Armagedom. Como um prenúncio dessa guerra espiritual, João viu três espíritos demoníacos semelhantes a rãs. A última tentativa de Satanás de enganar envolverá espíritos demoníacos e mentirosos.
“O dragão (paganismo e espiritualismo), a besta do mar (catolicismo romano) e o falso profeta (o protestantismo apostatado) se unirão sob o comando de Satanás (veja Ap 13:11, 12). Satanás habilitará a besta semelhante ao cordeiro a realizar sinais miraculosos (veja Ap 13:13-17), que incluem manifestações espiritualistas. Esses sinais fazem parte da estratégia enganosa de Satanás no tempo do fim para persuadir o mundo a segui-lo, em vez de seguir o Deus verdadeiro.
“Cegos por seu ódio a Deus e à Sua verdade, os líderes do mundo prontamente crerão nas mentiras de Satanás, mascaradas por uma agradável aparência religiosa (2Ts 2:9-12). Finalmente, eles se unirão na última batalha, que levará ao fim desse mundo” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 86).
“Satanás está operando com todas as suas forças, a fim de ocupar o lugar de Deus e destruir a todos que a isso se opuserem. E hoje vemos todo o mundo inclinando-se diante dele. Seu poder é aceito como o de Deus. Cumpre-se a profecia do Apocalipse: ‘toda a Terra se maravilhou após a besta’. Apocalipse 13:3” (WHITE, 2008, p. 336).
“Esta passagem revela ser o espírito de Satanás que incita os homens para a guerra, e explica porque as grandes nações do mundo fazem tais preparativos para a luta. O dragão representa o paganismo; a besta, o papado; e o falso profeta, o protestantismo apostatado — as três grandes apostasias religiosas desde os tempos do dilúvio” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 261).
“Operadores de sinais. Do gr. sēmeia, isto é, milagres do ponto de vista de seu valor para confirmar as reivindicações ou comprovar a autoridade da pessoa que os realiza […]. Manifestações sobrenaturais diversas são usadas por Satanás, por intermédio de variados agentes humanos, a fim de obter êxito em unir o mundo com o propósito de derrubar a única barreira a seu domínio irrestrito sobre a humanidade” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 936).
“Há necessidade agora de homens e mulheres que trabalhem com diligência, buscando a salvação de almas, pois Satanás, como poderoso general, tomou o campo, e neste último tempo que resta ele está trabalhando por todos os métodos concebíveis para fechar a porta à luz que Deus quer que chegue a Seu povo. Ele está arrastando todo o mundo para suas fileiras, e os poucos que são fiéis aos requisitos de Deus constituem os únicos capazes de resistir-lhe, e ele está procurando vencer até mesmo a estes” (WHITE, 2004, p. 127 e 128).
“A linha de separação entre cristãos professos e ímpios é agora dificilmente discernida. Os membros da igreja amam o que o mundo ama, e estão prontos para se unirem a ele; e Satanás está resolvido a uni-los em um só corpo, e assim fortalecer sua causa arrastando-os todos para as fileiras do espiritismo. Os romanistas, que se gloriam dos milagres como sinal certo da verdadeira igreja, serão facilmente enganados por este poder operador de prodígios; e os protestantes, tendo rejeitado o escudo da verdade, serão também iludidos.
“Romanistas, protestantes e mundanos juntamente aceitarão a forma de piedade, destituída de sua eficácia, e verão nesta aliança um grandioso movimento para a conversão do mundo, e o começo do milênio há tanto esperado. Por meio do espiritismo Satanás aparece como benfeitor da humanidade, curando as doenças do povo e pretendendo apresentar um novo e mais elevado sistema de fé religiosa; ao mesmo tempo, porém, ele opera como destruidor. Suas tentações estão levando multidões à ruína. A intemperança destrona a razão; seguem-se a satisfação sensual, a contenda e a matança. Satanás deleita-se na guerra; pois esta excita as mais vis paixões da alma, arrastando então para a eternidade as suas vítimas engolfadas no vício e sangue. É seu objetivo incitar as nações à guerra umas contra as outras; pois pode assim desviar o espírito do povo da obra de preparo para estar em pé no dia de Deus” (WHITE, 2013, p. 513 e 514).
“Outro acontecimento digno de nota sob esta praga é a saída dos três espíritos imundos a fim de congregarem as nações para a grande batalha. O movimento espalhado por todo o mundo, conhecido por espiritismo moderno, é, em todo sentido, um meio apropriado para a realização desta obra. […] antes de os espíritos poderem ter uma autoridade tão absoluta sobre as nações, que consigam reuni-las para a batalha contra o Rei dos reis e Senhor dos senhores, têm primeiro de ganhar terreno entre as nações da Terra e conseguir que os seus ensinos sejam recebidos como vindos de Deus, e que a sua palavra seja recebida como lei. Estão agora fazendo esta obra, e depois de terem ganho completa influência sobre as nações em questão, que instrumento mais apto poderá ser empregado com o fim de as congregar para uma empresa tão temerária e desesperada?
“A muitos poderá parecer incrível que as nações queiram empenhar-se numa guerra tão desigual qual é a de lutar contra o Senhor dos exércitos, mas uma das funções desses espíritos de demônios é enganar, pois se põem a operar milagres, enganando assim os reis da Terra, para que creiam na mentira. Uma declaração feita por Sir Edward Grey, enquanto falava na Câmara dos Comuns, demonstra que alguns grandes estadistas reconhecem que os espíritos de demônios influem nas nações para atiçá-las à guerra. Ao descrever a ação destas forças, o ministro britânico de Relações Exteriores disse: ‘É realmente como se na atmosfera do mundo operasse alguma influência maligna, que perturba e atiça a cada uma de suas partes’. – Sir Edward Grey, Times, de Londres, 28 de novembro de 1911, pág. 13.
“Ramsay MacDonald, duas vezes primeiro ministro da Grã-Bretanha, disse: ‘Pareceria que estavam todos enfeitiçados, ou que operavam sob alguma condenação a eles imposta pelos demônios. […] Os povos começaram a sentir que havia algo demoníaco nas operações que se realizam agora para acrescentar os exércitos, as marinhas e as forças aéreas’ – Ramsay MacDonald, citado em Moção de Desarmamento do Partido Trabalhista, Times, de Londres, 24 de julho, 1923, pág. 7.
“A origem destes espíritos denota que operarão no meio de três grandes divisões religiosas da humanidade, representadas pelo dragão, a besta e o falso profeta, ou o paganismo, o catolicismo e o protestantismo apóstata” (SMITH, 1979, p. 310).
“Esses espíritos imundos saem da boca do dragão, da besta e do falso profeta. O poder de propaganda mentirosa foi amplamente demonstrado durante a Segunda Guerra Mundial. Mas alcançará o seu clímax sob a sexta praga, quando os espíritos de demônios irão reunir as nações do mundo todo para ‘batalha daquele grande dia de Deus Todo-poderoso’. Verso 14” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 185).
“Porventura haverá uma nova guerra mundial? Nada daquilo que lemos até agora nega a possibilidade de que ocorram, nos últimos dias, cruéis lutas entre as nações. De fato, outras profecias também indicam que assim será. Parece que os seres humanos estão sempre guerreando, e é inimaginável que o tempo de angústia qual nunca houve, não venha a ser também um período marcado por ferozes combates militares. A ‘Morte’ mencionada por Churchill ainda se encontra ‘alerta’, sendo hoje maior a probabilidade de que venha a ser terrivelmente empregada. […]
“A sétima trombeta (Apocalipse 11:15-18) fala do tempo em que ‘as nações se enfureceram’ e sobreveio a ‘ira’ de Deus, e em que chegou a hora de serem destruídos ‘os que destroem a Terra’. A referência à ira de Deus situa a profecia no tempo em que ocorrerá a queda das pragas, pois é nessa ocasião que se ‘aperfeiçoa’ a ira de Deus. […] O enfurecimento das nações, que durante a maior parte do tempo já haviam estado em pé de guerra umas contra as outras, deverá corresponder a um incremento particularmente notável da malevolência. A frase ‘os que destroem a Terra’, sugere um conflito atômico.
“Contudo, esse estado de beligerância internacional pouco ou nada tem a ver, diretamente, com o simbólico secamento do rio Eufrates, ou com o simbólico Armagedom, os quais se relacionam com uma situação hostil, mas de espécie diferente. Sob o ‘Armagedom’, os reis da Terra são reunidos por espíritos demoníacos, não tanto para lutarem uns contra os outros, e sim, contra o Cordeiro” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 458 e 459).
“O apóstolo João ouviu em visão uma grande voz no Céu, exclamando: ‘Ai dos que habitam na Terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.’ Apocalipse 12:12. Terríveis são as cenas que provocam esta exclamação da voz celestial. A ira de Satanás aumenta à medida em que o tempo se abrevia, e sua obra de engano e destruição atingirá o auge no tempo de angústia. Terríveis cenas de caráter sobrenatural logo se manifestarão nos céus, como indício do poder dos demônios, operadores de prodígios. Os espíritos diabólicos sairão aos reis da Terra e ao mundo inteiro, para segurá-los no engano, e forçá-los a se unirem a Satanás em sua última luta contra o governo do Céu. Mediante estes agentes, serão enganados tanto governantes como súditos.
“Levantar-se-ão pessoas pretendendo ser o próprio Cristo e reclamando o título e culto que pertencem ao Redentor do mundo. Efetuarão maravilhosos prodígios de cura, afirmando terem recebido do Céu revelações que contradizem o testemunho das Escrituras. Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. A igreja tem há muito tempo professado considerar o advento do Salvador como a realização de suas esperanças. Assim, o grande enganador fará parecer que Cristo veio. Em várias partes da Terra, Satanás se manifestará entre os homens como um ser majestoso, com brilho deslumbrante, assemelhando-se à descrição do Filho de Deus dada por João no Apocalipse (cap. 1:13-15). A glória que o cerca não é excedida por coisa alguma que os olhos mortais já tenham contemplado. Ressoa nos ares a aclamação de triunfo: ‘Cristo veio! Cristo veio!’ O povo se prostra em adoração diante dele, enquanto este ergue as mãos e sobre eles pronuncia uma bênção, assim como Cristo abençoava Seus discípulos quando aqui na Terra esteve.
“Sua voz é meiga e branda, cheia de melodia. Em tom manso e compassivo apresenta algumas das mesmas verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia; cura as moléstias do povo, e então, em seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. Declara que aqueles que persistem em santificar o sétimo dia estão blasfemando de Seu nome, pela recusa de ouvirem Seus anjos à eles enviados com a luz e a verdade.
“É este o poderoso engano, quase invencível. Semelhantes aos samaritanos que foram enganados por Simão Mago, as multidões, desde o menor até o maior, dão crédito a esses enganos, dizendo: ‘Esta é a grande virtude de Deus.’ Atos 8:10. Mas o povo de Deus não será desencaminhado. Os ensinos deste falso cristo não estão de acordo com as Escrituras. Sua bênção é pronunciada sobre os adoradores da besta e de sua imagem, a mesma classe sobre a qual a Bíblia declara que a ira de Deus, sem mistura, será derramada.
“E, demais, não será permitido a Satanás imitar a maneira do advento de Cristo. O Salvador advertiu Seu povo contra o engano neste ponto, e predisse claramente o modo de Sua segunda vinda. ‘Surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. … Portanto se vos disserem: Eis que Ele está no deserto, não saiais; eis que Ele está no interior da casa, não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.’ Mateus 24:24-27. Não há possibilidade de ser imitada esta vinda. Será conhecida universalmente, testemunhada pelo mundo inteiro. Apenas os que forem diligentes estudantes das Escrituras, e receberem o amor da verdade, estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo. Pelo testemunho da Bíblia estes surpreenderão o enganador em seu disfarce” (WHITE, 2013, p 544 e 545).
“Os ‘reis’ são os poderes políticos da Terra, em contraste com a tríplice união religiosa (ver. com. do v. 13) que convoca as nações da Terra a se unirem em uma cruzada para destruir o povo de Deus (T9, 16; GC, 562, 624). Essa aliança religiosa e política global (ver com. de Ap 17:3) aspira a governar o mundo na crise final. De acordo com o primeiro ponto de vista [cf. o com. desses mesmos autores no v. 12, para entender quais são os ‘dois pontos de vista’], estes ‘reis’ representam as nações ocidentais, em contraste com os ‘reis que vêm do lado do nascimento do sol’ (Ap 16:12) as nações do oriente. De acordo com a segunda perspectiva, ‘reis do mundo inteiro’ abrange tanto as nações do oriente quanto as do ocidente […]
“Ajuntá-los. De acordo com o primeiro ponto de vista, este ajuntamento consiste em preparativos políticos e militares por parte dos ‘reis do mundo inteiro’. De acordo com o segundo, refere-se aos esforços empreendidos pela tríplice união religiosa para garantir ação unida por parte dos poderes políticos da Terra no confronto contra o remanescente de Deus.
“A peleja. Defensores dos dois pontos de vista concordam que são descritos aspectos diferentes da mesma batalha (Ap 14:14-20; 16:12-19; 17:14-17; 19:11-21; cf. T6, 406). De acordo com a primeira perspectiva, trata-se de uma batalha primordialmente política e militar, travada no vale literal de Megido entre as nações do oriente e do ocidente (ver com. de Ap 16:12, 13). De acordo com a segunda, nesta batalha, as nações se unirão contra o povo de Deus; portanto, o conflito é, em primeiro lugar, religioso.
“Grande Dia. Isto é, o dia da cólera de Deus” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 936 e 937).
“A demoníaca ‘parousia’ de Satanás. Os três espíritos malignos saem para ‘executar sinais’. Apocalipse 16:14. Em Apocalipse 13 lemos também a respeito de ‘grandes sinais, de maneira que até fogo do Céu faz descer à Terra, diante dos homens’, operados pelo falso profeta (a besta semelhante a cordeiro). O apóstolo Paulo adverte que antes do retorno de Cristo, o ‘homem da iniquidade’ aparecerá ‘com todo poder’, pretendendo efetuar ‘sinais e prodígios de mentira’ e iludindo ‘com todo engano da injustiça’. II Tessalonicenses 2:9 e 10.
“Quando esteve sobre a Terra, Jesus também operou sinais e maravilhas. Sua motivação era ajudar-nos a crer nEle e, uma vez crendo, termos a vida eterna. Veja S. João 20:30 e 31. Os espíritos demoníacos operam milagres com o propósito de persuadir-nos a adorar a besta e a nos reunir para a guerra do Armagedom. Além de fazer com que fogo desça do Céu, não temos conhecimento de algum outro milagre a ser executado por esses espíritos do mal. Sabemos que o seu propósito é mentir. Eles se apresentarão parecendo Jesus Cristo, evidentemente. ‘Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.’ S. Mateus 24:24. […]
“A maior mentira de Satanás a Eva, no Jardim do Éden, foi: ‘Certamente não morrereis.’ Gênesis 3:4. Ele utilizou esta mentira para provar a Eva que ela não necessitava obedecer a Deus. O maior milagre de Cristo foi a ressurreição de Lázaro. Será que algum dos demônios aparecerá para ‘ressuscitar’ algum morto, de forma a ‘provar’ que é o Cristo? Porventura parecerá ele falar com o morto a fim de provar, conforme disse a serpente, que na verdade as pessoas não morrem? Se este for o caso, a crença no espiritismo será uma perfeita preparação para que alguém seja enlaçado nos enganos finais de Satanás. Também o será a aceitação de qualquer outro conceito relacionado com a imortalidade natural da alma. Se concordarmos em ser enganados agora, quão mais facilmente seremos iludidos pela falsa ressurreição quando ela vier! Isso não é tudo, porém.
“Paulo fala em II Tessalonicenses 2:8 a 10 do ‘aparecimento’ do iníquo com sua satânica atividade. Diz o apóstolo que Cristo o destruirá pela manifestação da Sua vinda. A palavra correspondente a vinda, ou aparecimento, no grego, é – em ambos os casos – parousia. Muitos cristãos aplicam esta palavra grega – parousia – a uma vinda invisível de Cristo sete anos antes de Seu aparecimento visível. No Discurso do Olivete, Jesus advertiu demoradamente a Seus seguidores, para que não se deixassem seduzir por falsos relatos de Sua parousia. Cuidadosamente, e de modo extremamente claro, Ele enfatizou que a Sua parousia será tão visível como o relâmpago que se mostra ao longo de todo o Céu. Veja S. Mateus 24:27. O sinal distintivo da vinda do Filho do homem é o Seu aparecimento visível ‘sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória’. S. Mateus 24:30.
“Paulo, em I Tessalonicenses 4:16 e 17, descreve a parousia de Cristo como ocorrendo nas nuvens do céu, sob o som da trombeta e da voz do Arcanjo. ‘Eis que vem com as nuvens do céu’, diz Apocalipse 1:7, ‘e todo olho O verá.’ Fomos claramente advertidos! Os enganos finais de Satanás persuadem ‘aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade, para serem salvos’. Deus permitirá que Satanás revele os seus mais insidiosos enganos, e ‘lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça’. II Tessalonicenses 2:11 e 12. Dessa forma, os dois lados na Batalha do Armagedom estão claramente definidos” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 461 e 462).
16.15 | “Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.” | “Eu, Jesus, voltarei como prometi, mas para a grande maioria da humanidade, Eu virei subitamente e inesperadamente, de assalto como um ladrão. Eu adverti Laodiceia para que não andasse nua, desprovida de Minha salvação manifestada através de um caráter santificado e obediente aos Meus Mandamento morais. Aqueles que atenderam a essa mensagem épica, enviada nas três últimas mensagens evangélicas de Apocalipse 14.6-12 personalizada para os que enfrentariam o papado e o falso protestantismo do tempo do fim, de 1844 até o Meu segundo advento, ou seja, os arrependidos de Laodiceia (cf. Ap 3.19-22), que seguiram minha receita médica contra a doença da mornidão, da apatia e presunção espirituais, e compraram de Mim o “ouro refinado pelo fogo”(Ap 3.18), ou seja, negociaram Comigo e com sacrifício pessoal aprenderam a amar como Eu amo; “vestiduras brancas”, ou seja, Minha salvação aceita e vivida através de um estilo de vida separado, saudável e obediente; “e colírio”, ou seja, os benefícios de se pautar a vida na Palavra de Deus e ser guiado por Deus, o Espírito. Sim, felizes são os que vigiam atentamente o cumprimento das profecias bíblicas de Daniel e João do Apocalipse, pois eles farão parte do remanescente perseguido pelo dragão, mas protegido por Miguel! O restante da humanidade, a maioria, estará andando nu vergonhosamente, sem qualquer cobertura de Minha parte, embora creiam que sejam civilizados e evoluídos.” |
“Eis. Ou, ‘veja’” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 937).
“ladrão. Lembra Mt 24:43, 44; Lc 12:38-40; 1Ts 5:1-6. Bem-aventurado (ver […] Ap 1:3). vestes […] nu […] vergonha. Alusão a 3:17, 18” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“Venho como vem o ladrão. Em relação aos ímpios ([…] 2Pe 3:10; […] Lc 21:35” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 937).
“Vir ‘como vem o ladrão’, significa vir em momento inesperado. O significado dessa expressão não pode ser ‘vir silenciosa ou invisivelmente’, a despeito de alguns leitores da Bíblia crerem assim. Os ladrões por vezes fazem um bocado de barulho, escavando suas entradas por entre paredes e fazendo explodir caixas-fortes. E por certo eles são bastante visíveis quando praticam um assalto bancário, ao exigirem o dinheiro de todos os indivíduos presentes!
“O anúncio feito por Cristo serve como encorajamento. Ele não esqueceu o Seu povo. Eles ainda Lhe pertencem; e Ele voltará por causa deles. Por outro lado, este anúncio é também uma sincera advertência. ‘Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.’ Vestimentas, no Apocalipse, representam o caráter, e em especial o caráter justo do povo de Deus, que eles recebem de Jesus Cristo pela fé. Veja Apocalipse 3:18; 7:14; 19:8. O júbilo e a vitória final advirão àqueles crentes que se mantiverem persistentes e obedientes até a Sua vinda. Disse Jesus no Discurso do Olivete: ‘Aquele… que perseverar até o fim, esse será salvo.’ S. Mateus 24:13” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 444).
“Nunca houve tão nítida separação entre os justos e os ímpios, como sucederá depois do fim do tempo da graça, quando forem derramadas as sete últimas pragas. Grande será o sofrimento dos ímpios, e grande a privação dos justos. Estes louvarão a Deus por Sua misericórdia, e aqueles blasfemarão por causa de Seus juízos. Deus promete: ‘Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes.’ Apoc. 16:15” (COFFMAN, 1989, p. 122).
“Em meio à profecia da sexta praga, o Senhor Jesus abre um parênteses para fazer uma solene comunicação a Seu povo. Quando Seus escolhidos depararem os exércitos do mundo em marcha para o encontro fatal com o Todo-poderoso, no Armagedon, devem saber que Sua vinda está às portas. Virá Jesus como o ladrão, à hora inesperada, embora os acontecimentos da sexta praga revelem a proximidade do grande acontecimento. Os verdadeiros crentes devem estar alerta. O Novo Testamento contém várias advertências de sua vinda como um ladrão (Mt 24.42 e 43; 1ª Ts 5.2 e 4; Ap 3.3).
“São os crentes assim aconselhados a vigiarem a segunda vinda de Cristo. O vigiar Sua vinda implica em guardarem ‘os seus vestidos’ que, sem dúvida, devem ser os de seu Mestre; porque só as Suas santas vestes de divina justiça poderão neutralizar neles o pecado e as suas vergonhosas consequências. Não é, pois, tempo para dormirem espiritualmente, mas estarem no pôsto da vigilância de seus deveres cristãos” (MELLO, 1959, p. 480).
“Aquele que vigia. […] Os santos devem permanecer alera e em estado de vigilância, para não serem enganados.
“Guarda as suas vestes. Isto é, permanece firme na fé e no caráter completamente leal a Deus ([…] Mt 22:11).
“Para que não ande nu. Ou seja, perca a roupa do caráter por abrir mão da fé (comparar com Ap 17:16)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 937).
“O tempo de graça deve ter terminado, e Cristo deve ter deixado a Sua posição de mediador, antes de as pragas começarem a cair. Corre algum crente o perigo de cair depois disso? Deve notar-se que esta advertência é apresentada em relação com a obra dos espíritos. Infere-se, portanto, que é retroativa, aplicando-se desde o tempo em que esses espíritos começaram a operar até o fim do tempo da graça. Pelo emprego do presente em lugar do passado no tempo gramatical dos verbos, permissível no grego, a passagem corresponde a esta forma: Bem-aventurado aquele que vigiou e guardou os seus vestidos, para que não andasse nu e não se vissem as suas vergonhas” (SMITH, 1979, p. 311).
“A sua vergonha. Isto é, ver que ele abriu mão da fé. Embora o destino já esteja definido por ocasião do fechamento da porta da graça (ver com. de Ap 22:11), o povo de Deus não deve relaxar em sua vigilância. Em vez disso, deve ficar cada vez mais alerta à medida que Satanás intensifica seus enganos (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 937).
“Colocada a questão em termos mais simples, as pragas caem no fim do tempo sobre pessoas que, tendo conhecido melhor caminho, persistiram rebeldemente em suas blasfêmias e na recusa de obedecer a Deus, e na idolatria de seguirem seus próprios caminhos, e no assassinato simbolizado por sua aprovação à perseguição promovida contra os ‘santos’ ‘remanescentes’ que acariciaram o sábado divino, e contra o estilo de vida amável e honesto representado por esses ‘santos’.
“Daniel e seus três companheiros produziram um exemplo de fiel lealdade a Deus mesmo quando confrontados com a morte na fornalha ardente e na cova dos leões. Jesus registrou pessoalmente um exemplo de fiel lealdade a Deus, mesmo quando confrontado com a cruz. No Discurso do Olivete, Ele instou em que nos preparemos para a Sua segunda vinda, mantenhamos nossas lâmpadas abastecidas com azeite, auxiliemos os desprivilegiados e desenvolvamos nossos talentos no serviço aos outros. […]
“O Apocalipse nos convoca repetidamente ao desenvolvimento do caráter. Ele nos adverte quanto à necessidade de ‘vencermos’ (veja Apocalipse 2 e 3) nossas fraquezas e tentações, lavarmos nossas vestimentas no sangue do Cordeiro (7:14), recusarmos a besta e sua imagem (15:2) e recebermos o selo de Deus (7:1-8). Em nossos próprios dias — os dias do tempo do fim que hoje vivemos — o conhecimento de todos esses assuntos e o cumprimento das profecias tornam-se mais e mais amplos.
“O livro de Daniel encontra-se agora aberto, conforme predito em Daniel 12 e Apocalipse 10. A mensagem do primeiro anjo, que focaliza a chegada da hora do juízo, também se espalhou amplamente, e em breve terá sido proclamada a toda ‘nação, e tribo, e língua e povo’. Apocalipse 14:6. Dois mil anos de história demonstraram que a igreja cristã, vista sob seus piores aspectos, falsificou os dez mandamentos, obscureceu o ministério de Cristo no santuário celestial e perseguiu os genuínos seguidores de Deus. A morte de Cristo na cruz demonstrou, de modo supremo, que Deus preferiu enfrentar a própria morte como forma de sustentar os dez mandamentos, em vez de modificar qualquer um deles até mesmo em um único aspecto particular.
“O pecado que atrai o derramamento das pragas é o pecado da rejeição de todas essas revelações. E o pecado de se virar as costas à verdade e zombar, molestar e até mesmo perseguir aqueles que puseram sua fé em Jesus e decidiram dar atenção aos Seus requisitos.
“O povo de Deus não estará completamente livre de sofrimentos durante a ocorrência das pragas. Eles já terão sido convidados para a ceia das bodas do Cordeiro e estarão aguardando ansiosamente o retorno de Cristo da cerimonia de casamento, a fim de acompanhá-Lo. Entretanto, no momento das pragas eles ainda estarão vivendo aqui na Terra. Veja S. Lucas 12:35” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 448 e 449).
16.16 | Então ajuntaram os reis no lugar que em hebraico se chama Armagedom. | Os anjos maus e a falsa trindade realizaram, por fim, o maior desejo de Satanás, o Lúcifer fofoqueiro, cobiçoso e invejoso. Este desejou subir “acima das estrelas de Deus” e ter um trono “no monte da congregação” (cf. Is 14.13), ou seja, no Santuário ou Tribunal celestial. Assim como ele crucificou o próprio Criador, no monte Calvário, no altar da cruz, fora do Santuário/Tribunal de Deus, ou seja, aqui na Terra; assim como Deus reina no Monte Sião, em Seu Tribunal celestial, e congrega o universo inteiro em Seu reino de justiça e verdade, com súditos igualmente justos e verdadeiros, Satanás congregou uma multidão de assassinos como ele é, e reinou sobre eles em sua rebelião contra Jesus neste planeta. Ele conseguiu ter anjos/demônios e homens congregados em torno de si, e lutando em rebeldia contra o governo do Criador. |
“Ajuntaram. Ou, ‘ele ajuntou’. O grego pode ser traduzido das duas formas. Na terceira pessoa do plural, a referência é aos três espíritos imundos dos v. 13 e 14; e, no singular, ao anjo do v. 12. O contexto favorece a tradução no plural (sobre o processo de ajuntamento, ver com. do v. 14).
“Para o primeiro ponto de vista [cf. os comentários do v. 12 para entender essas duas linhas de entendimento], o ajuntamento ocorre durante a sexta praga, mas a batalha em si é travada durante a sétima […]. Para o segundo, isso seria um processo gradativo de ajuntamento das nações que começa antes das pragas.
“Lugar. Do gr. topos, ‘lugar’, termo usado com vários significados. Refere-se a uma localização geográfica, a um ‘lugar’ em um livro ou posição, ou, em sentido figurado, a uma ‘condição’ ou ‘situação’ (At 25:16, ‘oportunidade’, NVI; Hb 12:17). De acordo com o primeiro ponto de vista, que destaca os aspectos geográficos, a palavra alude ao vale de Megido, a planície de Esdraelom, no norte da Palestina (ver com. de Ap 16:12, 14). De acordo com o segundo, que salienta o sentido figurado das várias expressões (ver com. dos v. 12-16), esta seria a ‘condição’, ou o estado de espírito, em que os povos da Terra são ajuntados; o pacto para aniquilar o povo de Deus (ver com. de Ap 16:14; 17:13)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 937).
“os. Referência aos reis da terra. ajuntaram. Ou, ajuntou. O verbo no plural tem como sujeito os três espíritos imundos (v. 13, 14); no singular, o sujeito é o anjo (v. 12). O contexto indica o plural. Armagedom. Composição de hebraico e grego com o provável significado de ‘montanha de Megido’. Pode se referir ao monte Carmelo (1Rs 18) ou às batalhas do AT em Megido (Jz 5:19). A intenção não é identificar uma localização geográfica, mas se referir a uma batalha decisiva entre Deus e o diabo” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“Em hebraico Har Meguiddô significa ‘a montanha de Meguido’. Meguido é uma cidade na planície de Esdrelon, ao pé do Carmelo, onde se desenrolaram sangrentas batalhas (cf. Jz 4,12-16; 2 Rs 23,29). Em Zc 12,11, este nome simboliza o desastre final dos exércitos inimigos” (ECUMÊNICA, 1994, p. 2444).
“Em hebraico. É possível que, com esta informação, João tivesse o objetivo de dirigir seus leitores a ver Armagedom como termo ‘hebraico’ e a relembrar a história dos hebreus, no esforço de compreender o nome enigmático.
“Armagedom. Do gr. Harmageddōn, transliteração do hebraico, conforme explica João. Evidências textuais (cf. p. xvi) favorecem a variante Harmagedōn, mas também há apoio para as opções Armegedan, Armagedō, Mageddon e outras.
Considerando que nunca houve uma localidade geográfica com este nome, o significado do termo não fica claro a princípio. Além disso, as opiniões divergem quanto a qual palavra (ou palavras) hebraica a transliteração grega representa.
“A variante Harmageddōn deriva de duas palavras do hebraico. A primeira delas pode ser ‘ir, ‘cidade’, ou, mais provavelmente, har, ‘montanha’. Contudo, conforme observado, alguns manuscritos antigos omitem ar- ou har-, a primeira sílaba.
“Duas derivações diferentes foram sugeridas para a segunda parte do nome, mageddōn: (1) -mageddōn viria do heb. megiddo ou megiddon (1Rs 9:15. Zc 12:11), a antiga cidade de Megido, que deu nome à importante passagem através das montanhas para o sudoeste, o vale de Jezreel, o norte e o nordeste (2Cr 35:22) e para o ribeiro Quisom (Jz 4:7, 13; 5:19, 21), que corre pelo vale; (2) –mageddōn viria de mo’ed, palavra hebraica comum no AT para ‘congregação’ (Êx 27:21, 28:43, 29:4, 10, 11, 30, 32, etc.), para uma ‘festa’ fixa (ver com. de Lv 23:2) e para um ‘ajuntamento’ ou ‘lugar de congregação’ (Lm 1:15; 2:6).
“A primeira opção relaciona o nome composto ‘Armagedom’ ao ambiente histórico geográfico da antiga Megido, ao passo que a segunda sugere uma possível conexão com o grande conflito entre Cristo e Satanás. Em Isaías 14:13, har-mo’ed é traduzido por ‘monte da congregação’ e designa o monte onde ficava o templo de Salomão, ao norte da antiga Jerusalém. Nessa passagem. Lúcifer é apresentado aspirando a substituir o lugar de Deus como governante soberano de Israel (ver com. ali; comparar com ‘tenda da congregação’, Êx 33.7, etc.)
“Os defensores do primeiro ponto de vista sobre o Armagedom consideram que o termo deriva do heb. har-megiddo, ‘montanha de Megido’, e interpretam que o nome (Ap 16:16) se refere ao ambiente geográfico e às associações históricas da antiga cidade de Megido. Os partidários do segundo ponto de vista entendem a primeira derivação de maneira figurada, isto é, como uma alusão aos acontecimentos históricos do AT associados às redondezas da antiga Megido (ver Jz 4:4–5:31; Jz 6:33–7:25; 1Rs 18:35-40; Sl 83; cf. 2Cr 35:20-24), mas sem atribuir importância geográfica ao termo Armagedom (Ap 16:16; ver com. do v. 12). Também compreendem a segunda derivação, har-mo’ed, de maneira figurada, com base em seu uso em Isaías 14:13, no contexto do grande conflito entre Cristo e Satanás (ver Ap 12:7-9, 17; 17:14; 19:11-21)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 937 e 938).
“É a montanha de Meguido, cidade da planície que costeia o a cadeia do Carmelo, lugar em que o rei Josias foi derrotado (2Rs 23,29s). Este lugar tornou-se símbolo de desastre para os exércitos que nele se reúnem (cf. Zc 12,11)” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2002, p. 2158).
“Armagedom provavelmente representa Har Mageddon, ‘o monte de Megido’ […] Muitos entendem que a designação não é uma referência geográfica, mas o símbolo da derrota definitiva da iniqüidade imposta por Deus” (BÍBLIA, 2013, p. 2066).
“Onde se localiza — ou o que é — o Armagedom? Temos de admitir que a passagem que temos diante de nós, apresenta dificuldades. Para começar mencionando-as: não se sabe de nenhum lugar dos tempos bíblicos cujo nome fosse Armagedom. Sabe-se da existência, desde tempos muito antigos, de uma pequena – mas importante – cidade-fortaleza chamada Megido. Ela ocupava um pequeno território ao sul da planície (ou vale) de Esdraelom, mas que em Zacarias 12:11 é chamada de planície (ou vale) de Megido. Esta planície é muitíssimo fértil, embora um tanto pantanosa, tem forma triangular, com cerca de uns trinta e cinco quilômetros de lado (Denis Baly, The Geography of the Bible: A Study in Historical Geography (New York: Harper & Brothers Publishers, 1957), págs. 148-154), e aproximadamente trezentos quilômetros de área total, o que a torna bastante menor que a cidade de São Paulo.
“No passado, essa planície já serviu de palco a algumas batalhas bastante importantes, mas torna-se óbvio que ela não oferece muito espaço para os modernos exércitos dos ‘reis do mundo inteiro’. Ninguém imagina com seriedade que 200 milhões de soldados chineses possam ser alinhados para o combate nessa planície. Nesse caso, a planície de Megido não é o Armagedom.
“Dificuldades com o Armagedom. Não apenas inexiste uma localidade geográfica antiga chamada Armagedom, como também ocorrem dificuldades com essa palavra. João falou do ‘lugar que em hebraico se chama Armagedom’. Não obstante, inevitavelmente, ele nos proveu a forma grega da palavra, uma vez que o Apocalipse foi escrito no idioma grego. Eruditos que são autoridades em ambos os idiomas usualmente sugerem que a palavra hebraica que João tinha em mente era Harmegido, cujo significado é ‘Montanha de Megido’. A sugestão apresenta problemas imediatos, em parte porque não se tem conhecimento de qualquer montanha com este nome, e em parte porque uma montanha é obviamente um lugar impróprio para manobras militares em larga escala.
“Adicionalmente, embora os nomes hebraicos frequentemente tivessem um significado específico e particular, Megido não parece ter nenhum significado claro, fazendo com que surja a interrogação quanto à possibilidade de estarmos diante de um equívoco. (Corno exceção, o famoso Gesenius’ Hebrew and Chaldee Lexicon (reimpresso, Grand Rapids, Mich.: William B. Eerdmans Publishing Co., 1949), pág. 447, hesitantemente sugere que ‘talvez’ o termo signifique ‘lugar de multidões’).
“Talvez a pronúncia ‘Armagedom’ seja incorrera. Os manuscritos gregos do Apocalipse oferecem uma variedade de pronúncias, algumas das quais sugerem que o nome hebraico existente na mente de João, na verdade era har-móedth. Em Isaías 14, har-móedth é a palavra para o monte sobre o qual Deus tem o Seu trono. No verso 13, o demoníaco príncipe de Babilônia aspira ocupar o assento sobre har-móedth e assumir, assim, o governo do Universo.
“Ainda existe a possibilidade de har-migdo, ‘seu monte frutífero’, ou o Monte Sião. O Interpreter’s Dicitionary (em seu artigo ‘Armageddom’) recomenda este significado como ‘o mais provável’, uma vez que Apocalipse 9:13 a 11:14; 14:4 a 20 e 16:12 a 16 obtêm a maior parte de suas figuras do livro de Joel, no Antigo Testamento, onde se diz que ‘o Senhor brama de Sião, e Se fará ouvir de Jerusalém, e os Céus e a Terra tremerão’. Veja Joel 3:16. Lembre-se que os 144 mil – que são os ‘santos’ e o ‘remanescente’ – acham-se de pé no Monte Sião. O dragão guerreia contra esse grupo.
“Não devemos subestimar as dificuldades envolvidas com a palavra Armagedom. A familiaridade com o termo e o nosso hábito de considerar que sabemos o seu significado não devem conduzir-nos a equívocos. Vamos imaginar que o texto pudesse ser lido assim: ‘E eles [os espíritos semelhantes a rãs] os reuniram [os reis de toda a Terra] no lugar que, em português, se chama Esplanada dos Ministérios.’ Poderíamos concluir, nesse caso, que o relato não estaria focalizando um conflito militar efetivo, mas que se trataria de uma metáfora acerca de uma comoção política mundial, cujo objetivo seria assumir o controle do governo do Brasil (talvez em virtude de uma declaração unilateral de moratória da dívida externa, ou coisa que o valha!). Atenção cuidadosa às palavras é fundamental para a nossa compreensão de uma expressão bíblica!
“Outro nome bíblico para o lugar. Uma dificuldade adicional com a palavra Armagedom – em acréscimo ao fato de que não estamos seguros quanto a ser esta a palavra correta e, em sendo este o termo, não conhecermos qualquer localidade geográfica assim designada – é que este não é o único nome atribuído pela Bíblia ao lugar em que deverá ocorrer a batalha final da história terrestre.
“Joel 3:12 identifica o local dessa batalha como sendo o ‘vale de Josafá’ […] As referências aqui feitas por Joel a uma foice, seara madura, reunião de todas as nações, dia de julgamento, grande terremoto, e o ‘bramido’ do Senhor desde o Monte Sião, convencem-nos de que ele está falando acerca da mesma batalha do último dia que João descreve sob a sexta e sétima pragas em Apocalipse 16. Entretanto, Joel posicionou a batalha, não no Armagedom, mas em algum outro lugar, que é por ele identificado como o ‘vale de Josafá’.
“O vale de Josafá. O rei Josafá foi um dos melhores que se assentaram sobre o trono da nação judaica nos tempos do Antigo Testamento. Uma das mais impressionantes histórias bíblicas provém da experiência desse rei. Veja II Crônicas 20. […] Esta vitória obtida por Deus cm favor de Josafá, ocorreu num vale. Provavelmente tenha sido este o vale que passou a ser conhecido como o ‘vale de Josafá’. Mas, se for este o caso, não estaremos em melhores condições do que em relação ao Armagedom, pois ninguém sabe precisamente onde está situado o referido vale.
“Mas… o vale de Josafá acaba de prover-nos uma ideia! Examine o texto de Juízes 4 e 5 quando você tiver tempo. Ali você encontrará uma outra história de libertação miraculosa dos israelitas diante de seus inimigos, desta vez sob a liderança de Débora e Baraque. Observe especialmente Juízes 4:15 e 5:20-23. Juízes 5:21 diz que a batalha ocorreu ao longo das pantanosas margens do ribeiro de Quisom – o rio que corre para o norte, através da planície de Megido!
“Esta experiência nos faz recordar um outro livramento miraculoso que ocorreu num lugar situado em um pequeno vale bem próximo à planície de Megido. Gideão, com apenas 300 homens – sob a intervenção especial do Senhor – durante uma batalha noturna, levou à derrota um exército de midianitas que havia invadido a terra de Israel à semelhança de gafanhotos. Veja Juízes 6 e 7.
“Armagedom como um símbolo. É possível, portanto, que devamos considerar o Armagedom, não como um lugar específico (uma vez que tal lugar não existe!), mas como uma simbólica lembrança de que na rebelião final da Terra contra a verdade e a justiça, o Deus verdadeiro e justo irá exterminar completamente os Seus inimigos, ao mesmo tempo em que protegerá e preservará completamente Seu povo. A propósito, não é necessário que assumamos serem todas as sete pragas literais, ou todas cias simbólicas. Os quatro primeiros selos, com seus famosos cavaleiros, são obviamente simbólicos; mas o sexto selo, com seus sinais do tempo do fim e seu relato da segunda vinda, é certamente literal. Assim, se a linguagem das quatro primeiras pragas for tomada no sentido literal, isso não impede que consideremos a linguagem de uma delas ou de todas as demais pragas como simbólica.
“De fato, as vozes, os relâmpagos, o grande terremoto, a saraivada e a remoção de ilhas e montanhas, sob a sétima praga, parecem ser todos literais. Apenas a ruptura da ‘grande cidade’ pode necessitar de alguma interpretação simbólica, como precursora que é da completa desintegração da sociedade diante do pânico final que envolverá a Terra” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 451 – 455).
“A cidade de Megido […] controlava a passagem entre o vale de Jezreel e a planície de Sarom. As rotas a noroeste, que rumavam para a costa fenícia, e a leste, na direção de Damasco, também eram controladas por essa cidade. Muitas batalhas importantes aconteceram em Megido, uma das cidades mais estratégicas na região hoje chamada Palestina.
“Uma escavação arqueológica no Tell el-Mutesellim, na primeira década do século XX, localizou a cidade e numerosas camadas de ocupação. Megido foi inicialmente habitada no Período Neolítico. A Megido da Idade do Bronze Antigo I vangloriava-se de possuir o maior templo a leste do mar Mediterrâneo (Siro-Palestina). As escavações revelaram diversos níveis de ocupação datados das idades do Bronze Médio e do Bronze Tardio.
“Alguns níveis indicam épocas de prosperidade, e outros mostram a cidade empobrecida. Na primeira parte da Idade do Bronze Tardio, Megido estava sob dominação egípcia, depois de ser capturada pelo faraó Tutmés III, por volta de 1479 a.C. As Cartas de Amarna, escritas pelo governante de Megido, professam lealdade ao Egito.
“Durante a conquista da terra prometida, Megido foi designada à tribo de Manassés (Js 17.11). O rei de Megido é relacionado entre os líderes derrotados por Josué (Js 12.21), porém Manassés não conseguiu tomar a cidade (Jz 1.27). Parece que Megido mais tarde assumiu a condição de cidade cananeia com a presença dos filisteus. Ao que parece, Davi conquistou a cidade para Israel.
“O nível de ocupação do século X a.C. — a época de Salomão — indica que a cidade era um centro administrativo do governo de Israel. Nesse nível, escavaram-se portas com multicâmaras e muros duplos (muros de casamata) semelhantes aos encontrados em Hazor e Gezer, todos datando do mesmo período. Com base em 1Reis 9.15, podemos concluir que o estilo de construção adotado nessas cidades era o preferido dos engenheiros de Salomão.
“O faraó Sisaque, que reinou de 945 a 924 a.C., aproximadamente, parece ter sido o responsável pela destruição de Megido, durante uma campanha que incluiu um ataque a Judá e a Jerusalém. Megido foi reconstruída e utilizada outra vez como centro militar ou administrativo nos séculos IX e VIII a.C. Entretanto, a cidade caiu mais uma vez mais sob domínio estrangeiro, quando Tiglate-Pileser III, rei da Assíria, a conquistou, por volta de 733 a.C. Então ela passou a ser um centro administrativo dos assírios.
“Com a queda do Império Assírio, Megido passou para o controle de Judá. Foi o local do confronto entre o rei Josias e o faraó Neco, que resultou na morte de Josias. Em Zacarias 12.11, ‘os que choraram em Hadade-Rimom no vale de Megido’ provavelmente são os que lamentaram essa calamidade. A cidade foi abandonada no período persa.
“Megido é a fonte de vários achados arqueológicos notáveis:
❖ uma área de sacrifícios grande e redonda, que fazia parte de um complexo do templo da Idade do Bronze Antigo;
❖ uma placa que menciona um rei hitita que se levanta sob um disco solar alado;
❖ um fragmento de um tablete acádio que contém uma parte da Epopéia de Gilgamés;
❖ esculturas em marfim, do deus egípcio Bés e de modelos de flor de lótus;
❖ um jarro pintado, chamado ‘jarro de Orfeu’, que retrata um tocador de lira conduzindo uma procissão de animais;
❖ estruturas de um palácio datadas do período israelita (séc. X-VIII a.C.), indicando que a cidade funcionou como centro administrativo de Israel por um bom tempo;
❖ uma estela do faraó Sisaque confirma que o monarca egípcio tomou a cidade na época de Roboão;
❖ um extraordinário selo de jaspe com um leão rugindo e a inscrição: ‘Pertence a Shema, servo de Jeroboão’ (i.e., Jeroboão II);
❖ um grande edifício com três corredores separados por fileiras de pilares (sua função tem sido debatida: alguns acreditam ser um depósito ou um alojamento, mas que provavelmente foi um estábulo na época de Acabe).
“Esses achados de diferentes épocas atestam a importância perene de Megido no antigo Oriente Médio” (BÍBLIA, 2013, p. 1541).
“O mundo está cheio de tempestade, guerra e contenda. Contudo, ao mando de um chefe – o poder papal – o povo se unirá para opor-se a Deus na pessoa de Suas testemunhas. Essa união é cimentada pelo grande apóstata. Enquanto ele busca unir os seus agentes na guerra contra a verdade, esforçar-se-á por dividir e espalhar os advogados dela” (WHITE, 1949, p. 155).
“Quatro poderosos anjos seguram os poderes da Terra até que os servos de Deus sejam assinalados na fronte. As nações do mundo são ávidas de conflito; mas elas são detidas pelos anjos. Quando for removido esse poder repressor, haverá um tempo de aflição e angústia. Serão inventados mortíferos instrumentos de guerra. Navios, com sua carga viva, serão sepultados nas profundezas do mar. Todos os que não possuem o espírito da verdade unir-se-ão sob a liderança de agentes satânicos. Mas devem ser mantidos sob controle até chegar o tempo para a grande batalha do Armagedom” (WHITE, 1977, p. 524 e 525).
“O grande conflito que Satanás originou nas cortes celestiais cedo, bem cedo, há de ser para sempre decidido. Logo, todos os habitantes da Terra terão tomado partido, ou a favor ou contra o governo do Céu” (WHITE, 1949, p. 130).
“Estamos mesmo no limiar do tempo de angústia, e acham-se diante de nós perplexidades com que dificilmente sonhamos. Um poder de baixo está levando os homens a guerrear contra o Céu. Os seres humanos confederaram-se com agentes satânicos para anular a lei de Deus” (WHITE, 1949, p. 279).
“Substituindo a lei divina pela humana, procurará Satanás dominar o mundo. Essa obra é predita em profecia. Acerca do grande poder apóstata que é representante de Satanás, acha-se declarado: ‘Proferirá palavras contra o Altíssimo e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão’. Daniel 7:25. Os homens hão de certamente estabelecer suas leis para anular as de Deus. Procurarão obrigar a consciência de outros, e, em seu zelo para impor essas leis, oprimirão os semelhantes. A guerra contra a lei divina, começada no Céu, continuará até ao fim do tempo. Todo homem será provado. Obediência ou desobediência, eis a questão a ser assentada por todo o mundo. Todos serão chamados a escolher entre a lei divina e as humanas. Aí se traçará a linha divisória. Não existirão senão duas classes. Todo caráter será plenamente desenvolvido; e todos mostrarão se escolheram o lado da lealdade ou o da rebelião” (WHITE, 2007c, p. 672).
“Notemos o que a passagem diz exatamente. A palavra traduzida por ‘espíritos’ é pneumata, substantivo plural. De acordo com uma lei da língua grega, quando um substantivo plural é do gênero neutro, como pneumata, exige que o verbo esteja no singular. Por conseguinte, no versículo 14, o verbo ‘sair’ que tem os ‘espíritos’ como sujeito, está no singular no original grego. Igualmente, quando a narração retoma depois do parêntesis da exortação do versículo 15, o verbo ‘congregou’ está também no singular no grego para concordar com ‘sair’ do versículo 14, visto que os dois verbos têm o mesmo sujeito, a saber, ‘espíritos’. Portanto, é muito razoável traduzir assim o versículo 16: ‘Eles [os espíritos] os congregaram [aos reis] no lugar que em hebraico se chama Armagedom.” Esta interpretação é seguida por muitas versões” (SMITH, 1979, p. 312).
“‘Na tradução grega, antiga, do Velho Testamento, conhecida por septuaginta, ou dos setenta, se encontra a ‘planície de Magedon’, que nas traduções latinas figura como campus Mageddon, isto é: ‘Campo de Megido’. Segundo alguns autores, o nome ‘Armagedon’ denomina a colina de Megido, por cuja razão se escreve Ar-magedon ou Armagedon’. O Armagedon é uma planície triangular, estendendo-se do Monte Carmelo no noroeste ao Monte Tabor no oriente e ao monte Gilboa ao sul. Tem saída tanto para o Ocidente pelo Mediterrâneo como para o Oriente por ambos os lados do Monte Tabor. Êste lugar tornou-se conhecido como o ‘vale da matança’ ou ‘vale da decisão’, e não é estranho que esteja em preeminência nos finais eventos da história humana” (MELLO, 1959, p. 481).
“A principal rota para o nordeste através da região montanhosa, a partir da planície de Sarom, até o vale de Jezreel, estava dominada por Megido e por Taanaque (a oito quilômetros de Megido). Por causa de sua localização estratégica, a ‘planície de Megido’ (2Cr 35.22) foi palco de muitas batalhas, desde os tempos mais antigos. De acordo com Juízes 5.19, os exércitos de Israel sob a liderança de Débora e Baraque esmagaram os cananeus ‘junto às águas de Megido’. Nesse local, o bom rei de Judá, Josias, morreu na batalha contra o faraó Neco II, em 609 a.C. (2Rs 23.29), o faraó Tutmés III derrotou a coalizão cananeia, em 1468 a.C., e, em 1917 d.C., a Inglaterra, sob o comando do general Allenby, pôs fim ao reinado dos turcos na Palestina, derrotando-os no vale de Jezreel, oposto a Megido. A planície de Megido é mencionada em Ap 16.16 como o ‘lugar que, em hebraico, é chamado Armagedom’ (i.e., ‘monte Megido’), o local da ‘batalha do grande dia do Deus todo-poderoso’” (BÍBLIA, 2013, p. 353 e 354).
“‘Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom’, diz a versão Almeida. Assim também dizem a Revised American Version e a tradução literal de Young. Portanto, é lógico concluir que as pessoas congregadas são os seguidores de Satanás e não os santos, que se refere a uma obra dos maus espíritos e não de Cristo; e que o lugar onde se congregam não é a Nova Jerusalém, para as bodas do Cordeiro, e sim o Armagedom (o nome de Megido) para a ‘batalha do grande dia do Deus Todo-poderoso’” (SMITH, 1979, p. 312).
O estudioso Araceli Mello tem convicção de que a região geográfica apontada pela sexta praga deve ser enxergada como sendo literal, e ele se detalha nesse ponto de vista. No entanto, essa visão não é seguida por outros autores, como vimos no início da análise desse verso 16, e se verá após os comentários de Araceli.
“‘Gog’ aniquilado no Armagedon: — A profecia contra ‘Gog’ declara que Deus o levará à ‘Terra de Israel’ ‘no fim dos dias’, com numeroso exército composto de aliados seus: — Messech (Rússia), Tubal (Hungria), persas, etíopes, put ou púteos (líbios, que antigamente possuíam todo o norte da África), Gomer (europeus ocidentais), Togarma (armênios) e provavelmente outros. E, ali em Israel, declara o Senhor Deus, ‘contenderei com êle (Gog) por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei cair sôbre êle, e sôbre as suas tropas, e sôbre os muitos povos que estiverem com êle’ (Ez 38.22). Eis uma imagem vívida do Armagedon e do aniquilamento de ‘Gog’ e seus aliados na planície dêste nome” (MELLO, 1959, p. 478).
“O têrmo grego ‘SUNAGO’ — congregar conjuntamente — exclui a idéia de que o Armagedon não seja um lugar específico no glôbo. Pois, congregar os reis do mundo num lugar, não significa deixá-los onde agora estão. Várias traduções bíblicas dizem que ‘Êle’, aludindo a Cristo, mencionado no versículo quinze, é quem reunirá as fôrças dos três poderes no ‘lugar’ chamado Armagedon, para dar-lhes o que merecem. Um dos profetas do Velho Testamento, confirmando isto, diz: ‘Porque o Meu juízo é ajuntar as nações e congregar os reinos, para sôbre êles derramar a minha indignação, e todo o ardor da minha ira’ (Sf 3.8)” (MELLO, 1959, p. 481).
“‘Proclamai isto entre as nações, santificai uma guerra; suscitai os valentes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra. Forjai espada das vossas enchadas, e lanças das vossas foices: diga o fraco: Eu sou forte. Ajuntai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e, congregai-vos (ó Senhor, faze descer ali os Teus fortes!); Movam-se as nações, e subam ao vale de Josafá; porque ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor. Lançai a foice, porque já está madura a seara: vinde, descei, porque o lagar está cheio, os vasos dos lagares trasbordam; porquanto a sua malícia é grande. Multidões, multidões no vale da decisão! porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão’ (Jl 3.9-14)” (MELLO, 1959, p. 482).
“Ar — significa montanha e — Magedon — lugar da multidão. Em sentido militar, dizem autoridades hebraicos, ‘Ar-Magedon’ significa — ‘monte de reunião de tropas’ — o que confirma plenamente os textos de Joel citados” (MELLO, 1959, p. 483).
“Os textos do profeta Joel falam do Armagedon como uma guerra santa. Guerra santa não só porque seus promotores serão poderes religiosos e ela será vibrada na Terra Santa, mas também porque Deus intervirá — pois dÊle será esta batalha — ‘para julgar tôdas as nações em redor’. Ali no ‘vale de Josafá’, que alude ao ‘vale de Magedon’, a 70 milhas de Jerusalém, será o ‘vale da decisão’ em que multidões de exércitos serão esmagados como resultado da rejeição do govêrno de Deus e Sua lei. Será o desfecho inevitável da rebelião do homem contra Seu Criador. É a sétima praga que dará o tremendo golpe final nas multidões belicosas reunidas no Armagedon” (MELLO, 1959, p. 482).
“A importância da planície do Armagedon jaz no fato de se localizar na mais estratégica região do mundo — o Oriente Médio. Por três razões principais, o Oriente Médio é a mais estratégica região do glôbo: 1. É o centro ou o coração do mundo. 2. Contém a principal artéria de comunicações entre o Ocidente e o Oriente — o Canal de Suez. 3. Economicamente, em certo sentido, é inigualável na atualidade. O território do Oriente Médio compreende os seguintes países: Cirenaica, Egito, Arábia Saudita, Palestina, Transjordânia, Líbano, Síria, Chipre, Turquia, Iêmen, Costa da Trégua, Iraque, Irã, Aden, — com uma população de quarenta e cinco a cincoenta milhões de habitantes.
“Outro fator que contribui para dar ao Oriente Médio um papel de importância no mundo, consiste nas suas jazidas petrolíferas por todo o seu território, cujas reservas, atualmente, calcula-se sejam superiores às dos Estados Unidos. E isto produzirá na região inevitáveis mudanças de grande alcance. Várias companhias estrangeiras exploram o petróleo no Oriente Médio, cuja extração diária é fenomenal. Observe-se que a maior refinaria do mundo encontra-se em Abadan, no Irã, sendo sua capacidade atual de 500.000 barris diários, e na qual trabalham 100.000 homens.
“Estupendamente estratégico no coração do mundo, pomo de ligação entre o Ocidente e o Oriente e economicamente inigualável, no que respeita ao petróleo, está o Oriente Médio nas mãos de nações que não o podem aproveitar na devida forma. Por êste fato tem o Oriente Médio sôbre si os olhos cobiçosos das grandes potências e, se uma delas já não o invadiu deveras, é em virtude do temor das demais. Porém, na sexta praga, todas elas far-se-ão presente no Oriente Médio com seu poderio bélico, para serem tão somente esmagadas na planície do Armagedon” (MELLO, 1959, p. 483).
“Seria engano supor que a importância da Palestina é inteiramente devido a sentimentos religiosos. Geograficamente está no centro do mundo civilizado, sendo, por isso mesmo, o baluarte mais estratégico do glôbo e o mais cobiçado por todos os grandes impérios da história e pelas grandes potências da atualidade.
“Territorialmente é a Palestina ainda uma ponte que liga três continentes: África, Ásia e Europa através dêste último. O mar Mediterrâneo, que banha tôda a sua costa ocidental, é realmente o mar onde o Oriente encontra o Ocidente, e o Norte o Sul.
“A terra chamada ‘Santa’ é também centro do Oriente Médio para onde se voltam atualmente, como vimos, os olhos cobiçosos das grandes potências. Em 1914 a Alemanha tinha grandes interêsses na Ásia Menor, e, às suas próprias expensas, construiu uma grande estrada de ferro desde Berlim até Bagdad, passando por Bizâncio, tendo sido conhecida como ‘BBB Railway’. Ela necessitou uma estrada de ferro para o Mediterrâneo e Oriente Médio e a Aliança Central Européia foi a tentativa para ganhar acesso a esta importante área.
“No fim da primeira guerra mundial, ao general Allenby, que esmagou o último vestígio da resistência turca, foi dado o título de ‘conde de Megido’, e a Palestina caiu sob o controle britânico como um mandato territorial da Liga das Nações. Os inglêses fortificaram a Palestina com grandes despesas e edificaram um grande ancoradouro no pôrto de Haifa, grande bastante para flutuar tôda a frota do Mediterrâneo. Êste vasto ancoradouro tem subministrado a defesa de Megido.
“Mas, desde 1918 outras coisas têm contribuído para fazer da Palestina um centro de interesse mundial. A ciência tem descoberto no depósito químico do Mar Morto uma origem de fabulosa riqueza. Financistas inglêses e americanos instalaram ali grandes estabelecimentos para comercializar os produtos químicos contidos em suas águas. Segundo estatísticas, há potassa no Mar Morto no valor de setenta bilhões de dólares; magnésio clorine no valor de um trilhão de dólares. Isto significa que a Palestina está capacitada, se a civilização durar muito tempo ainda, a ter o mais estupendo desenvolvimento jamais ouvido dela. Tal desenvolvimento está destinado a fazer dela, em verdade, ‘a mais cobiçada prêsa internacional’. Quão profundamente significativo é isto.
“Todavia, outra coisa vemos ainda de importância na Palestina. Através de sua pequena terra atravessa o mais longo oleoduto do mundo. Êle conduz óleo desde os campos petrolíferos de Mossul, no Iraque, ao porto de Haifa no Mediterrâneo, num percurso de mais de 1200 milhas. Mais de trinta milhões de barris de óleo são escoados anualmente por êle. E outro grande depósito de óleo próximo da Palestina é o de Abadan, no Iran. Entre oitenta e noventa milhões de barris são tirados, anualmente, de seus poços.
“Assim, a Terra Santa, em todo o sentido — geográfico, político, econômico e religioso — é o centro nevrálgico do mundo, e, cobiçada pelo Dragão, pela Bêsta e pelo Falso Profeta, está uma de suas regiões destinada a ser o teatro do tormentoso conflito vaticinada pela sexta praga” (MELLO, 1959, p. 484 e 485).
“Já que as grandes potências — das órbitas do dragão, da bêsta e do falso profeta — anelam apoderar-se da Palestina, principalmente, Deus vai decidir a controvérsia para tais pretendentes. O Todo-poderoso transformou esta ambição internacional da arrogância bélica das nações, numa tremenda praga — a sexta. Deus permitirá que os demônios, até agora detidos quanto à realização da posse da Palestina, e que não obstante por muito tempo têm inspirado êste tremendo desenlace pela posse da Terra Santa, para infligirem nas nações uma terrível carnificina, — preparem o grande choque sem rival na história do mundo. Porém, em vez de realizar-se qualquer encontro entre os pretendentes e contendores nalgum outro lugar da Palestina, Deus os dirigirá para a espaçosa planície do Armagedon, para ali tê-los todos juntos, como que encurralados, e para sôbre êles derramar, com a sétima praga, todo o pêso da sua indignação e reduzi-los a nada como Seus irreconciliáveis adversários. Disto vemos que o objetivo real e principal da sexta praga, e parte da seguinte, será o poderio bélico do mundo, como uma indignação sem precedente do ofendido Deus contra os fazedores da guerra” (MELLO, 1959, p. 485).
“O tremendo resultado de desafiar a Deus e trazer miséria e destruição ao mundo pelo espectro da guerra, produzida por homens sem coração no seio da civilização, logo se manifestará da parte de Quem é o legítimo soberano. A sexta praga e a planície do Armagedon serão a resposta ao mundo bélico deletério, do desagrado de um Deus ofendido por indivíduos irresponsáveis da política mundial” (MELLO, 1959, p. 485).
“Em artigos e livros populares ele [o Armagedom] aparece frequentemente como: (1) a última guerra global, cujo fim ocorreria mediante total aniquilamento. Atraentes publicações cristãs, reunindo informações adicionais de Daniel l1 e das sete trombetas, falam do Armagedom (2) como sendo uma localidade específica próxima ao Monte Carmelo, a poucos quilômetros da costa leste do Mediterrâneo, ou como o Oriente Médio em geral – o berço do petróleo árabe e dos minerais do Mar Morto.
“Essas publicações antevêem o Armagedom como o foco convergente de vastos exércitos que aí se reuniriam no Dia Final — russos que ‘desceriam’ maciçamente do norte, africanos que ‘subiriam’ do sul, europeus e americanos que enxameariam a partir do oeste e cerca de 200 milhões de chineses que marchariam a partir do leste. […] Uma outra importante interpretação vê a batalha do Armagedom como sendo (3) ‘o conflito final entre os poderes do mal e o reino de Deus’, o, George Eldon Ladd, A Commentary on the Revelation of John (Grand Rapids, Mich.: William B. Eerdmans Publishing Co., 1972), pág. 216” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 450 e 451).
“Através da influência combinada do espiritismo, catolicismo romano e protestantismo apóstata, o mundo será levado, não à paz, mas à guerra. E essa guerra será contra o próprio Deus. Apoc.16:16 diz que as nações serão congregadas num lugar ‘que em hebreu se chama Armagedom’.
“Ao longo dos séculos, muitas idéias têm sido expressas sobre o Armagedom. Profecias não cumpridas têm sido sempre um fértil campo para especulação humana. A Palestina pode muito bem ser o centro da tormenta de um conflito mundial, mas a batalha do dia de Deus Todo-poderoso não estará limitada a qualquer terra em particular. Os acontecimentos são muito maiores do que muitos têm imaginado. Não é à situação geográfica que o Senhor dá ênfase, mas sim à revelação daquilo que está em jogo. A Terra Santa será envolvida, porque a Terra toda será o cenário desta última grande batalha. Os ‘reis de todo o mundo’ (verso 14) estarão envolvidos.
“Seria e impossível reunir todos os exércitos do mundo num campo de batalha. A palavra ‘batalha’ neste verso é traduzida do grego polemos, palavra esta vertida muitas vezes como ‘guerra’ em vez de ‘batalha’. Pode ser um simples encontro ou uma série de encontros. Nesta luta de morte entre as forças combinadas das trevas e do ódio e as legiões da luz e do amor, o mundo todo será o campo de batalha, e tão terrível será o morticínio desse dia que ‘não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados’. Jer. 25:33.
“Descrevendo o tremendo alcance deste conflito, João diz: ‘Estes guerrearão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá. Pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis’. Apoc. 17:14. E outra vez: ‘Vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra Àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao Seu exército.’ Apoc. 19:19; ‘Fazer guerra’ ocorre dezesseis vezes no Novo Testamento, sendo nove vezes só no Apocalipse.
“Quem, senão o que for espiritualmente cego ao máximo, deixaria de ver tomando forma os acontecimentos que conduzirão à batalha final que põe fim ao desentendimento dos homens e introduz o longamente esperado reino de paz? ‘O que realmente está em jogo no Armagedom não é tanto o que é material e internacional, mas sim o que é espiritual. Será, na verdade, uma luta entre o diabo e as nações ímpias de um lado, e Deus e Seu povo do outro.’ – W. H. Branson, Drama of the ages, pág. 533. Tão tremenda será esta conflagração que não fosse o fato de que Deus envia Seus poderosos anjos para proteger o Seu povo, este seria varrido da face da Terra. […] A batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso terá fim, não pela supremacia de uma nação sobre outra ou de um grupo de nações sobre outro, mas pelo súbito aparecimento de Jesus Cristo ao vir em grande poder e glória. Os ímpios fugirão então aterrorizados” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 186 e 187).
“Um terrível conflito encontra-se diante de nós. Aproximamo-nos da peleja do grande dia do Deus Todo-poderoso. O que tem estado sob controle será solto. O anjo da misericórdia está dobrando as asas, preparando-se para descer do trono e deixar o mundo sob o domínio de Satanás. Os principados e poderes da Terra estão em acirrada revolta contra o Deus do Céu. Estão cheios de ódio contra os que O servem, e em breve, muito em breve, será travada a última grande batalha entre o bem e o mal.
“A Terra será o campo de batalha — o local da peleja e da vitória finais. Aqui, em que por tanto tempo Satanás tem instigado os homens contra Deus, a rebelião será debelada para sempre. As batalhas entre os dois exércitos são tão reais como as travadas pelos exércitos deste mundo, e do resultado do conflito espiritual dependem destinos eternos. Todo o mundo estará em um ou no outro lado da questão. Será travada a batalha do Armagedom. E nesse dia nenhum de nós deverá estar dormindo. Precisamos estar bem despertos, como as virgens prudentes, tendo azeite em nossas vasilhas com nossas lâmpadas. O poder do Espírito Santo deve estar sobre nós, e o Capitão do exército do Senhor estará à frente dos anjos do Céu para dirigir a batalha.
“A inimizade de Satanás contra o bem manifestar-se-á cada vez mais, ao conduzir ele em atividade suas forças em sua última obra de rebelião; e toda alma que não esteja inteiramente entregue a Deus e não seja guardada pelo poder divino, fará uma aliança com Satanás contra o Céu e se unirá na batalha contra o Governador do Universo. Logo, todos os habitantes da Terra terão tomado partido, ou a favor ou contra o governo do Céu” (WHITE, 2004, p. 184 e 185).
“Embora a evidência seja incontestável de que a batalha do Armagedom seja primeiramente uma batalha espiritual, um conflito entre os exércitos de Cristo e os de Satanás, há também evidências de que será uma batalha em que poderosos exércitos do homem se envolverão numa luta final de morte. Armagedom será uma batalha, na realidade como qualquer outra que já ocorreu sobre a terra, somente muito mais extensa e muito mais severa. Nesse tempo todas as restrições serão removidas; a todos os ventos da contenda será permitido assoprar, e exércitos de homens ímpios se envolverão na mais desesperada luta que este mundo jamais viu. O ajuntamento para o Armagedom ocorrerá sob a sexta praga, mas será na sétima praga que ela atingirá sua culminância. O fim da batalha deixará o mundo todo num deserto desolado” (THIELE; BERG, 1960, p. 301).
“[…] comparamos as pragas do tempo do fim com as pragas do Êxodo. A visão que João teve das pragas vincula o Egito (onde os judeus foram tratados como escravos) com Babilônia (onde eles foram mantidos como exilados). Meu colega Hans LaRondelle foi quem primeiro me chamou a atenção para esta ligação de Babilônia e Egito com as sete últimas pragas. Sua visão [de João] também relaciona a gloriosa libertação dos judeus da escravidão egípcia, com seu feliz retorno do exílio babilônico. Deus pelejou contra o exército egípcio junto ao Mar Vermelho. Ele sustentou o Rei Ciro no ataque por este promovido contra Babilônia, e que envolveu o secamento do rio Eufrates. Em ambas as situações Deus operou miraculosamente a fim de libertar Seu povo do cativeiro.
“Na planície de Megido, nos dias de Débora, Deus agiu miraculosamente a fim de libertar Seu povo de um exército de ocupação. No tempo do rei Josafá, Deus interveio para livrá-los de uma outra invasão. E no vale de Josafá, o vale da decisão, na visão que Joel teve do tempo do fim, Deus aparece, acompanhado de Seus anjos, com a finalidade de realizar a colheita da Terra por ocasião do julgamento.
“Vista sob todo esse conjunto de luzes, a batalha do Armagedom não será a Terceira Guerra Mundial. Nem será um envolvimento militar ou um apertado campo de batalha próximo à costa leste do Mar Mediterrâneo, onde a guerra teria o objetivo de obter a posse dos campos petrolíferos e das reservas minerais do Mar Morto. Tampouco será urna batalha confinada de modo especial ao Oriente Médio. Lembre-se: nem o ‘vale de Josafá’, nem o ‘rio Eufrates’, nem ‘Babilônia’, nem o ‘Armagedom’, em si mesmos, oferecem qualquer significado geográfico localizado.
“A batalha do Armagedom será um conflito de extensão mundial, que reunirá homens rebeldes e espíritos maus contra o Criador e Seus leais seguidores. O resultado será a eterna libertação do povo de Deus quando o Cordeiro e ‘Aquele que Se assenta no trono’ (veja Apocalipse 6:16 e 17) entrarem em cena, na qualidade de ‘reis que vêm do lado do nascimento do sol’” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 459).
“Os enganosos milagres demoníacos alcançarão sucesso mundial. Tendo desprezado os ensinos bíblicos, as pessoas crerão em uma mentira acompanhada de milagres enganosos (veja 2Ts 2:9-12). Elas se unirão em um propósito, simbolizado pela reunião dessas pessoas em um ‘lugar’ chamado, em hebraico, Armagedom, que significa ‘Monte de Megido’. Megido não era um monte, mas uma cidade-fortaleza localizada no vale de Jezreel (ou planície de Esdrelão), no sopé da cordilheira do monte Carmelo, e era também um importante lugar estratégico. A planície foi o local de muitas batalhas decisivas (veja Jz 5:19; 6:33; 2Rs 9:27, 23:29, 30). O Apocalipse usa esse contexto para descrever essa batalha entre Cristo e as forças do mal, chamada de Armagedom.
“Os povos do mundo são descritos como um exército unificado, sob a liderança da aliança satânica. O ‘Monte de Megido’ parece ser uma alusão ao monte Carmelo, que se eleva acima do vale no qual a antiga cidade de Megido estava localizada. O Monte Carmelo foi o local de um dos maiores confrontos da história de Israel entre o verdadeiro profeta de Deus (Elias) e os falsos profetas de Baal (1Rs 18). Esse confronto respondeu à pergunta: ‘Quem é o verdadeiro Deus?’. O fogo que veio do Céu demonstrou que o Senhor era o único Deus verdadeiro e o único a ser adorado. Enquanto a questão espiritual da batalha do Armagedom (obedeceremos a Deus ou ao homem?) é resolvida antes que venham as pragas, os que se posicionarem do lado do dragão, da besta e do falso profeta (Ap 16:13) serão então totalmente controlados pelo diabo (como ocorreu no caso de Judas, levando à crucificação de Cristo [Lc 22:3])).
“Tendo escolhido o lado perdedor, eles estarão entre os que clamarão para que os montes os escondam (Ap 6:16; leia também 2Ts 1:7, 8). Contudo, antes que as pragas sejam derramadas, em Apocalipse 13:13, 14 descreve-se a besta da terra fazendo descer fogo do Céu para enganar o mundo, levando-o a pensar que seja obra de Deus a falsificação de Satanás, que incluirá falsos reavivamentos guiados por outro espírito.
“O Armagedom não é uma batalha militar entre nações do Oriente Médio, mas uma disputa espiritual, em que Cristo confrontará as forças das trevas (veja 2Co 10:4). O resultado será como foi no monte Carmelo, mas em uma escala mundial: a vitória de Deus sobre as forças das trevas. A grande batalha do Armagedom é o desfecho de uma guerra que travamos todos os dias. Você tem lutado do lado dos vencedores?” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 87).
“[…] uma das mais importantes encruzilhadas do mundo, no vale de Megido. Este vale também é conhecido como o Vale de Jesreel, a Planície de Esdrealom. A Bíblia fala sobre a cidade de Megido e sobre as águas de Megido, mas, para muitos de nós, tudo isso é conhecido como o Armagedom.
“Essa vasta planície triangular é limitada a oeste pela cordilheira do Carmelo, onde Elias confrontou o exercito de Baal. A nordeste do vale está o Monte Tabor, considerado por muitos como o Monte da Transfiguração. Ao sul está o Monte Gilboa. A vista do topo destas montanhas é de tirar o fôlego. A área encerrada por essas cadeias de montanhas viu, provavelmente, mais combates do que qualquer outra superfície da terra. Nenhum outro solo ficou tão encharcado de sangue com[o] esse. Ele foi considerado um lugar predestinado à guerra e ao derramamento de sangue.
“Ao estar ali, de pé, bem na encruzilhada do mundo, um estrondo sônico pareceu partir o ar em dois, ao um caça israelense romper a barreira do som. Este é o ponto de encontro de três continentes. Uma estrada vai para o Egito e a África, ao sul; outra, leva para o Líbano e a Europa, ao norte. Uma terceira leva para a Ásia, ao leste. A oeste está o Mediterrâneo, a porta para o mundo ocidental. É aqui que as rivalidades dos grandes poderes mundiais colidiram. Aqui foi o campo de batalha onde os maiores conflitos entre Israel e seus inimigos ocorreram.
“O último embate: Este lugar simboliza luta e guerra, e é um símbolo muito apropriado para o que é descrito como o último conflito na Terra. Este conflito significa mais do que poderia acontecer num pequeno pedaço de terra. As questões são muito mais amplas. Não é a geografia que Deus enfatiza aqui; é o assunto que está em jogo. Às vezes ficamos tão apegados à geografia que perdemos de vista o que realmente é importante. O Armagedom é um símbolo do último embate, quando o destino de cada alma vivente na Terra será determinado de uma vez por todas.
“Será muito mais do que uma ação militar em algum ponto do Oriente Médio. Será uma luta universal liderada por demônios, os quais reunirão todas as nações e as levarão a guerrear contra Deus. Será a guerra final, a crise última, na história do planeta. Será a última parte da grande controvérsia começada muito tempo atrás por Lúcifer, na sede do Universo. E todos nós estaremos envolvidos. Assim como não houve neutros nos dias de Noé, tampouco haverá neutros neste conflito.
“A verdade acerca do Armagedom é que ele é muito mais do que apenas uma campanha militar; é uma grande batalha. Esse grande conflito já começou. Os espíritos dos demônios estão em atividade. Uma tremenda conspiração está a caminho para esconder a verdade dos ensinamentos bíblicos e divulgar teorias que escondem a identidade do verdadeiro anticristo.
“O Armagedom é a última batalha, mas ela não é, realmente, uma disputa, pois já sabemos quem será o vencedor e quem será o perdedor. Satanás venceu na batalha do Jardim do Éden, quando conquistou Adão e Eva para o seu lado. Nos últimos dias, ele enfrentará um grupo de pessoas dedicadas ao seu Comandante Supremo. O Cordeiro vencerá, pois Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores” (FEYERABEND, 2005, p. 142 e 143).
“Ajuntamento para o Armagedom (16:16) Os poderes mundiais se reunirão no lugar que é chamado de ‘Armagedom’ em hebraico, que significa ‘o monte de Megido’. No Antigo Testamento, Megido era uma cidade fortaleza, localizada na planície de Esdraelom, ao pé da cordilheira do Carmelo. A cidade ficava em um ponto crucial na grande estrada do Egito a Damasco, transformando-a em um lugar estratégico. Não é surpresa então que a região tenha ficado conhecida por diversas batalhas famosas (cf. Jz 5:19-21; 6:33; 1Sm 31; 2Rs 9:27; 23:29, 30).
“O monte de Megido está associado de maneira mais especifica ao monte Carmelo, lugar da batalha entre Elias e os profetas de Baal quanto à identidade do Deus verdadeiro – o Senhor ou Baal (1Rs 18:21). O fogo que caiu do céu sobre a terra demonstrou que o Senhor era o único Deus verdadeiro (v. 38, 39). Na batalha final, porém, a besta da terra faz descer fogo do céu a fim de imitar a obra do Senhor e enganar o mundo inteiro (Ap 13:13, 14).
“O Armagedom resolverá de maneira definitiva o grande conflito, demonstrando quem é o governante legítimo do Universo. Não se trata de uma batalha militar travada no Oriente Médio. Em vez disso, é uma batalha espiritual entre Cristo e Seus seguidores e as forças das trevas, uma guerra pela mente das pessoas (2Co 10:4, 5). Seu resultado será semelhante ao do conflito no Carmelo, isto é, o triunfo final de Deus sobre as forças das trevas.
“Apocalipse 16:12 a 16 não retrata a batalha em si, mas somente o grande ajuntamento dos poderes religiosos e políticos para o Armagedom. A batalha real ocorre após a sexta praga e é descrita em Apocalipse 16:17 a 19:21. Posteriormente, João vê ‘a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem’ contra Cristo, que vem do Céu acompanhado por Seu exército de santos (Ap 19:19; cf. Ap 17:14). Essa batalha concluirá com a derrota da besta e seus exércitos (Ap 19:20, 21) pelo legitimo ‘REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES’ (v. 16)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 95 e 96).
16.17 | Então o sétimo anjo derramou a sua taça pelo ar. E uma voz forte saiu do santuário, do lado do trono, dizendo: — Está feito! | Então, o sétimo anjo literal atendeu à ordem e o sétimo desastre aconteceu em todo o planeta. E uma das quatro criaturas (ou Deus, o Pai), ainda dentro do Tribunal celestial, ao lado do trono de Deus, falou com uma potente voz e eu, João, ouvi: – Está consumado! |
“Pelo ar. Evidências textuais (cf. p. xvi) apoiam a variante ‘sobre o ar’ (ver com. do v. 8). A consequência desta praga parece ser universal.
“Grande voz [voz forte]. Com certeza, trata-se da voz de Deus […]
“Do lado do trono. Em outras palavras, a fala constitui uma proclamação oficial feita pelo Soberano do universo (ver com. de Ap 4:2-5).
“Feito está! As mesmas palavras serão proferidas mais uma vez, na criação da nova Terra: ‘Tudo está feito’ (Ap 21:6). Palavras semelhantes (‘está consumado!’) foram proferidas pelo Senhor na cruz (Jo 19:30) enquanto encerrava Seu ministério de sacrifício, garantindo assim o sucesso do plano da redenção. No contexto de Apocalipse 16:17, o anúncio dramático marca o momento em que se completa a revelação do mistério da iniquidade, quando o verdadeiro caráter da união política e religiosa global (v. 13, 14, 19) for desmascarado (ver com. do v. 1).
“Deus permite que as forças do mal avancem até o ponto de aparente sucesso em seu sinistro desígnio de erradicar o povo de Deus. Quando chegar o momento crucial indicado pelo decreto de morte (ver com. do v. 14) e os ímpios avançarem com brados de triunfo para exterminar os santos (GC, 631, 635; PE, 283, 285), a voz de Deus será ouvida dizendo: ‘Feito está!’ Tal declaração põe fim ao período da angústia de Jacó (ver com. do v. 15), livra os santos e dá início à sétima praga (PE, 36, 36, 282-285; GC, 635, 636; T1, 353, 354)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 938 e 939).
16.18 | E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu um grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra, tal foi o terremoto, forte e grande. | Imediatamente, aqui na Terra começaram relâmpagos, vozes e trovões. Os salvos, no entanto, em lugar de trovões ouviram a voz de Deus os confortando e conduzindo. Aconteceu também um grande terremoto em todos os continentes, como nunca houve igual desde que há gente neste planeta! |
“saiu […] do santuário (ver 15:6). trono. Não há distinção, no Apocalipse, entre o templo celestial e a sala do trono de Deus. 16:18 vozes […] terremoto (ver 4:5; 8:5; 11:19)” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“Vozes. Ou ‘sons’, ‘barulhos’ (comparar com Ap 4:5; 8:5; 11:19). O que as ‘vozes’ falam pode ser semelhante à declaração de Apocalipse 11:15 (cf. GC, 640). […]
“Grande terremoto. Trata-se de um terremoto literal, conforme sugere o restante do v. 18 […] mas acompanhado de um terremoto figurado, que abala a Babilônia mística (v. 19). Assim como um terremoto literal deixa uma cidade em ruínas, um terremoto figurado levará ruína e desolação à ‘grande Babilônia’ (ver com. de Ap 17:16; 18:6-8, 21). A tríplice união dos v. 13 e 14 entrará em colapso (cf. Is 28:14-22)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 939).
“Este derramar da ira de Deus é sobre os que rejeitam a misericórdia do Céu. Terá terminado o tempo de graça para os homens, e quando a grande voz bradar: Está feito!, Cristo Se porá a caminho da Terra pela segunda vez” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 677).
“Sobre a cruz, ao depor Sua vida cheia de humilhação e sofrimento, Jesus exclamou triunfantemente: ‘Está consumado!’ Agora, no momento em que se aproxima o fim da humilhação e sofrimento de Seu povo, Ele torna a exclamar com enorme satisfação e alívio: ‘Feito está!’ Toda a natureza, no Céu e na Terra, parece responder com extasiante júbilo. ‘Vozes’ de anjos, o troar de ‘trovões’ e o rugir do maior ‘terremoto’ jamais experimentado pela Terra, sucedem-se à exclamação de Cristo” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 444 e 445).
“Incrível oposição a Deus, tumultos terrestres, horríveis calamidades e guerras são interrompidos pela vinda de Cristo. […] A sétima praga será universal, pois a atmosfera envolve o globo todo. Cidades serão reduzidas a escombros quando a saraivada e o terremoto destruírem as realizações humanas” (COFFMAN, 1989, p. 132).
“Um grande terremoto: Este terremoto pode ser o resultado da liberação de energia atômica. Trata-se de um ‘terremoto como nunca houve igual desde que há gente sobre a Terra; tal foi o terremoto, forte e grande’ que sacudirá o planeta” (FEYERABEND, 2005, p. 143 e 144).
“Logo ouvi a voz de Deus, que abalou Céus e Terra. Houve grande terremoto. Edifícios ruíram por todos os lados. […] Os céus se enegrecem, sendo iluminados apenas pela brilhante luz e a terrível glória do céu ao fazer Deus soar Sua voz desde Sua santa habitação. Abalam-se os fundamentos da Terra; os edifícios vacilam e caem com terrível fragor. O mar ferve como uma caldeira, e a Terra toda se acha em horrível comoção. Vira-se o cativeiro dos justos e, em suaves e solenes murmúrios, dizem uns aos outros: ‘Somos libertados. É a voz de Deus.’ Com solene respeito escutam eles as palavras da voz. Os ímpios ouvem, mas não entendem as palavras da voz de Deus. Temem e tremem, ao passo que os santos se regozijam” (WHITE, 2013b, p. 62 e 125).
“A sétima praga será lançada no ‘ar’, aliás, a tôda a atmosfera que circunda a terra, o que demonstra que será totalmente universal. As nações reunidas no Armagedon e os ímpios todos do mundo, entornarão a copa final que os prostrará fulminados. A indignação da ira de Deus encontrará sua culminação numa tempestade mundial assoladora. Uma grande voz procedente do templo de Deus anunciará — Está feito. Está consumado o juízo sôbre a última geração. O ‘ar’ encher-se-á de morte em vez de vida. Um horrível quadro patenteia-se na terra. Multidões estão cobertas de chagas; as águas jazem em sangue; o sol abrasa como fogo; o reino da besta está em trevas; os exércitos das nações estão congregados no Armagedon; por fim, a copa última terminará o quadro acabando com a vida da totalidade de todos os seres humanos” (MELLO, 1959, p. 486).
“Assim descreveu a Inspiração o último juízo que há de ser infligido, no presente estado de coisas, sobre os que são incorrigivelmente rebeldes contra Deus. Algumas das pragas são locais em sua aplicação, mas esta é derramada no ar. O ar envolve toda a Terra. Segue-se que esta praga envolverá igualmente o globo habitável. Será universal. O próprio ar será mortal. A reunião das nações será produzida sob a sexta praga e a batalha será travada sob a sétima. E aqui são apresentados os instrumentos com que Deus exterminará os ímpios. Nesse tempo pode dizer-se: ‘O SENHOR abriu o seu arsenal e tirou dele as armas da sua indignação’ (Jer. 50:25).
“A Escritura declara que se ouviram ‘vozes’. Acima de todas será ouvida a voz de Deus. ‘O SENHOR brama de Sião e se fará ouvir de Jerusalém, e os céus e a terra tremerão; mas o SENHOR será o refúgio do seu povo e a fortaleza dos filhos de Israel’ (Joel 3:16; ver também Jer. 25:30; Hebreus 12:26). A voz de Deus causará o grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra. ‘E trovões e relâmpagos’. Esta é outra alusão aos juízos do Egito (Ver Êxo. 9:23)” (SMITH, 1979, p. 313).
“Vozes e trovões acompanhados de relâmpagos dão lugar a um terremoto não havido ainda na terra. Todo o glôbo será violentamente sacudido. Um dos profetas do Velho Testamento assim falou do grande terremoto: ‘Terror, cova e laço vêm sobre ti, ó morador da terra. E será que aquele que fugir da voz do terror cairá na cova, e, se sair da cova, o laço o prenderá; porque as represas do alto se abrem, e tremem os fundamentos da terra. A terra será de todo quebrantada, ela totalmente se romperá, a terra violentamente se moverá. A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará’ (Is 24.17-20)” (MELLO, 1959, p. 486).
“A finalidade desse forte abalo é pôr em acentuado contraste a instabilidade das instituições do homem e a imutabilidade dos desígnios e planos de Deus. … Tarde demais o homem descobrirá que esteve construindo suas cidades-sonho sobre areia movediça, ao passo que, como Abraão na antiguidade, poderia ter aguardado ‘a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador’ (Heb. 11:10). – S. Júlio Schwantes, ‘As Sete Últimas Pragas’, Liberty (março/abril de 1974), p. 24” (COFFMAN, 1989, p. 132 e 133).
“Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: ‘Está feito.’ Apocalipse 16:17. Essa voz abala os céus e a Terra. Há um grande terremoto ‘como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto.’ Apocalipse 16:18. O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia atravessar a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e anfractuosas rochas são espalhadas por todos os lados. Há um estrondo como de uma tempestade a sobrevir. O mar é açoitado com fúria. Ouve-se o sibilar do furacão, semelhante à voz de demônios na missão de destruir.
“A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a revolver-se. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. A grande Babilônia veio em lembrança perante Deus, ‘para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira.’ Apocalipse 16:19, 21. Grandes pedras de saraiva, cada uma ‘do peso de um talento’, estão a fazer sua obra de destruição. As mais orgulhosas cidades da Terra são derribadas. Os suntuosos palácios em que os grandes homens do mundo dissiparam suas riquezas com a glorificação própria, desmoronam-se diante de seus olhos. As paredes das prisões fendem-se, e o povo de Deus, que estivera retido em cativeiro por causa de sua fé, é libertado” (WHITE, 2013, p. 555 e 556).
“Houve um grande terremoto. As sepulturas se abriram e os que haviam morrido na fé da mensagem do terceiro anjo, guardando o sábado, saíram de seus leitos de pó, glorificados, para ouvir o concerto de paz que Deus deveria fazer com os que tinham guardado a Sua lei. O Céu abria-se e fechava-se, e estava em comoção. As montanhas tremiam como uma vara ao vento, e lançavam por todos os lados pedras anfractuosas. O mar fervia como uma panela e lançava pedras sobre a terra. E, falando Deus o dia e a hora da vinda de Jesus, e declarando o concerto eterno com o Seu povo, proferia uma sentença e então silenciava, enquanto as palavras estavam a repercutir pela Terra.
“O Israel de Deus permanecia com os olhos fixos para cima, ouvindo as palavras enquanto elas vinham da boca de Jeová e ressoavam pela Terra como estrondos do mais forte trovão. Era terrivelmente solene. No fim de cada sentença os santos aclamavam: ‘Glória! Aleluia!’ Seus rostos iluminavam-se com a glória de Deus, e resplandeciam de glória como fazia o de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podiam olhar para eles por causa da glória. E, quando a interminável bênção foi pronunciada sobre os que haviam honrado a Deus santificando o Seu sábado, houve uma grande aclamação de vitória sobre a besta e sua imagem” (WHITE, 2008b, p. 322).
16.19 | E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações. E Deus se lembrou da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira. | E a instituição político-religiosa-ocultista, perseguidora dos verdadeiros filhos de Deus, tanto os prédios que a sediam quanto suas ideologias unificadas – paganismo/espiritualismo, catolicismo romano e pseudo protestantismo –, foram destruídos! Os abalos sísmicos do sétimo desastres atingiram todos os continentes. E o terremoto causado pelos sete desastres acumulados expôs cabalmente a ausência do Criador no projeto de unificação, globalização e tentativa de novo império papal. E Deus, por meio desses sete desastres Se vingou de todas as atrocidades feitas em Seu Nome pelos papas, pseudo protestantes e pagãos/espiritualistas ao longo de toda a história humana, em particular após o decreto dominical. E todos os envolvidos, líderes religiosos e políticos, bem como seus seguidores, sofreram aquilo que impuseram aos verdadeiros filhos de Deus! |
“grande cidade (ver […] 11:8). três partes (ver 16:13). Babilônia. Cumprimento sumário de 14:8-11” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“Apocalipse 16:19 indica que a ‘Grande Babilônia’ abrange muito mais do que o papado, embora esse sistema de religião constitua o seu coração. Nessa passagem Babilônia é simbolizada por uma cidade de três partes” (COFFMAN, 1989, p. 89).
“Em três partes. A Babilônia mística dos últimos dias é formada pelo papado, pelo protestantismo apostatado e pelo espiritismo (ver com. dos v. 13, 14). Diante da voz de Deus (Ap 16:17; 17:17), esta tríplice união de organizações religiosas apóstatas perderá sua coesão, unidade e poder para agir (comparar com Hc 3:3-16).
“Caíram. A união das forças políticas da Terra também se fragmentará durante a sexta praga (ver com. dos v. 14, 16; Ap 17:13, 17). Ocorrerá um grande despertamento entre elas, à medida que a voz de Deus livra o povo que O aguarda (ver GC, 636, 637, 654). Então, os ex-componentes da aliança religiosa e política global (Ap 16:13, 14) começarão a lutar entre si, e o poder político, ou seja ‘os reis do mundo inteiro’ (Ap 17:12-16) se vingam da Babilônia mística (ver com. de Ap 17:17). Cheias de fúria, as hostes da Terra se voltarão contra seus líderes e umas contra as outras com as armas antes empunhadas para matar os santos (ver PE, 290; GC, 656). Haverá conflito e derramamento de sangue por toda parte (ver com. de Ap 14:20).
“Quando Cristo aparecer, o choque das armas e o tumulto da batalha terrena serão silenciados à medida que se visualizar o exército celestial. ‘Na desvairada contenda de suas próprias e violentas paixões, e pelo derramamento terrível da ira de Deus sem mistura, sucumbem os ímpios habitantes da Terra: sacerdotes, governantes e povo, ricos e pobres, elevados e baixos’ (GC, 657; sobre esta batalha, ver com. de Ap 17:14; 19:11-21; cf. PE, 282, 290; GC, 656, 657; comparar com as descrições semelhantes de Js 10:7-14; Jz 7:19-21; 1Sm 14:19, 20; 2Cr 20:22-24; Is 19:2; 34:8-10; 51:21-23; 63:1-6; Jr 25:12-15, 29-38; Ez 28:14-23; Ag 2:22; Zc 14:13). […]
“O termo ‘cidade’ representa a união das organizações religiosas apóstatas da Terra, e ‘cidades’ se refere a seus aliados políticos (ver com. de Ap 11:8; 17:18)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 939).
“A grande cidade é dividida em três partes, isto é, as três grandes divisões das religiões falsas e apóstatas do mundo (a grande cidade): o paganismo, o catolicismo e o protestantismo apóstata, que parecem ficar separados para receber cada um seu apropriado castigo. Caem as cidades das nações. A desolação universal espalha-se sobre a Terra. Todas as ilhas fogem e os montes não se acham. E Deus Se lembra da grande Babilônia. Leremos uma descrição dos seus juízos mais extensamente em Apocalipse 18” (SMITH, 1979, p. 313).
Novamente, como se pode ver abaixo, Araceli Mello enxerga uma disputa literal pela região da Palestina, enquanto outros autores veem a linguagem simbólica e a aplicam ao último confronto terreno do grande conflito entre Deus e Satanás.
“Esta ‘grande cidade’ não é uma cidade literal, mas figurada. Dela tratamos nos capítulos 14, 17, 18 e 19. Seu verdadeiro nome é — Babilônia — ‘aquela grande cidade’(Ap 14.8). Esta Babilônia, denominada também de ‘forte cidade’ [?] significa ‘confusão’, sendo formada por três distintos poderes mundiais descritos nas profecias, bem como na sexta praga, como: — o Dragão, a Bêsta e o Falso Profeta. A Bêsta e o Falso Profeta temo-los bem definidos no capítulo treze, enquanto o Dragão, nestes derradeiros dias, é, politicamente, simbólico do paganismo-ateísta-asiático.
“A sexta praga reunirá no Armagedon êstes três poderes que constituem Babilônia, os quais para ali marcharão na intenção de se desforrarem, — o Ocidente contra o Oriente, em batalha político-religiosa pela posse da ‘Terra Santa’ e do Oriente Médio — ignorando que para tal região estarão sendo conduzidos por fôrças extra-terrenas, para serem esmagados como entidades inimigas de Deus e de Seu povo. O poderio bélico da órbita da Bêsta marchará unido com o do Falso Profeta, enquanto que o poderio do Dragão sob a liderança da maior potência da Ásia.
“A sétima praga, porém, que será a culminação dos juízos sôbre Babilônia, decidirá para sempre a controvérsia político-religiosa no seio de Babilônia, e desta contra Deus e Seu povo, aniquilando-a pelos séculos infindos do futuro. Diante da sétima praga, os três poderes não mais pensarão em prosseguir na contenda, pois cada um procurará salvar, inutilmente, o seu côro. É isto o que a profecia quer dizer por — ‘e a grande cidade fendeu-se em três partes’. Demasiadamente tarde, porém, empreenderão esta solução, não em reconhecimento da justiça, mas diante dos juízos do céu contra os quais nada poderão fazer” (MELLO, 1959, p. 487).
“Lembrou-Se. Ver com. de Ap 18:5. Esta é uma expressão bíblica comum que significa a chegada da hora em que o juízo divino é executado (Sl 109:14; z 21:23, 24; cf. Jr 31:34). […]
“O cálice. Expressão bíblica comum para sofrimento e juízo (ver Sl 11:6; 75:8; Is 51:17, 22, 23; Jr 25:15-17, 28; 49:12; Mt 26:39). O cálice que a Babilônia mística recebe é devido ao que ela mesma deu às nações” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 939 e 940).
16.20 | Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados. | O caos tomou conta de todo o planeta, modificando a paisagem natural e a geografia das cidades, dos países e dos continentes. |
“Estes fenômenos cósmicos simbolizam as potências terrestres surpresas pelo sopro da cólera divina” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2002, p. 2159).
“Os tremores de terra são descritos aqui como resultado do terremoto” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 940).
16.21 | Também desabou do céu sobre as pessoas uma grande chuva de granizo, com pedras que pesavam mais de trinta quilos. E, por causa do flagelo da chuva de pedras, as pessoas blasfemaram contra Deus, porque esse flagelo do granizo era terrível. | E assim como quando Deus era o Rei do povo de Israel, e em Sua teocracia Ele legislou o apedrejamento como pena de morte pela blasfêmia, assim também Deus apedrejou os perseguidores de Seus filhos verdadeiros, os que tomaram Seu Nome em vão e todos os envolvidos no projeto de Satanás em congregar ao redor de si a humanidade. As pedras tinham massas que variavam de 30 a 60 quilos e o estrago tornou o caos sem condições de reparação ou reconstrução. Mas, os falsos filhos de Deus sobreviventes, atingidos por essas pedras, também não se arrependeram nem reconheceram sua rebeldia contra o Criador. Pelo contrário, permaneceram com seu caráter teimoso e temperamento agressivo e desrespeitoso, com palavras e atitudes contra Deus e Seus filhos. |
“A grande Babilônia, símbolo de um mundo apóstata, recebe agora o seu julgamento. Ilhas desaparecem; montanhas não se acham; pedras pesando de 25 a 50 quilos caem do céu. Alguns sugerem que os bombardeios que temos visto em anos recentes são o cumprimento desta profecia. Mas esta praga vem de Deus, não dos homens.
“O Senhor disse a Jó: ‘Entraste tu aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva que Eu retenho até o tempo da angústia, até o dia da peleja e da guerra?’’ Jó 38:22 e 23. Isaías falou do ‘dilúvio do açoite’ que passará pela Terra e destruirá os que fizeram da mentira o seu refúgio. Isa. 28:15, 18.
“Daniel fala de ‘um tempo de angústia como nunca houve desde que houve nação’. Dan. 12:1. Então ele acrescenta: ‘Livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro’ da vida. Antes da vinda deste dia de destruição, Deus envia um convite a todos para que se congreguem e O busquem. Os que ouvirem Sua mensagem serão protegidos contra essas pragas (ver Sof. 2:1-3), pois ‘o Senhor será a esperança do Seu povo’. Joel 3:16. Os salmos 46 e 91 são ambos tocante descrição desse tempo de calamidade. Mas o povo de Deus será protegido ‘sob Suas asas’. Em meio de toda a conflagração, terá lugar a ressurreição dos mortos.
“Por entre as vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ribombo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: ‘Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!’ Por todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem viverão. E a Terra inteira ressoará com o passar do exército extraordinariamente grande de toda nação, tribo, língua e povo. Do cárcere da morte vêm eles, revestidos de glória imortal, clamando: ‘Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?’ 1 Coríntios 15:55. E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória” (WHITE, 2013, p. 561 e 562).
“As leis do Antigo Testamento requeriam que as pessoas notoriamente culpadas de idolatria, adultério, blasfêmia e persistente rebelião fossem apedrejadas até a morte. O apedrejamento era praticado pela comunidade completa, numa demonstração de profundo repúdio de todos ao grave crime. Veja Deuteronômio 13:2-11; 21:18-21; 22:23 e 24; Levítico 24:16. Sob a sétima praga, as pessoas que estiveram a adorar a besta, blasfemaram de Deus, e recusaram arrepender-se, são apedrejadas pelas grandes pedras de saraiva, sob a aprovação das vozes celestiais” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 448).
“Isto será uma esmagadora evidência do supremo poder de Deus sobre Seus inimigos. Quando os santos que dormem forem despertados para a imortalidade, e os santos vivos tomados para encontrar o Senhor nos ares, os ímpios que recusaram a salvação fugirão aterrorizados, tão-somente para serem destruídos ‘como resplendor de Sua vinda’. II Tes. 2:8. Que cena de vitória e tragédia – vitória para os santos, tragédia para os pecadores! Que Deus nos ajude a estarmos preparados” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 188 e 189).
“Aqui está o último ato do drama da ira de Deus. Os antigos egípcios receberam também a sua messe de ‘saraiva’: ‘E havia saraiva, e fogo misturado com a saraiva, mui grave, qual nunca houve em tôda a terra do Egito, desde que veio a ser uma nação’. A pecuária e a agricultura egípcias foram arrasadas. Todavia a saraiva que como praga caiu naquele antigo reino, não era nada em comparação com a que há de vir na sétima praga futura (Êx 9.22 e 35).
“Não só no Egito caiu saraiva como um juízo de Deus. Ao empreender Josué a conquista de Canaã, o exército de uma coligação que fazia frente ao exército de Israel foi aniquilado por uma chuva de saraiva. A descrição da vitória de Josué assim reza: ‘O Senhor lançou sobre êles, do céu, grandes pedras até Azeka, e morreram; e foram muito mais os que morreram das pedras da saraiva do que os que os filhos de Israel mataram à espada’ (Js 10.11).
“Havia talentos de ouro, de prata e de outros metais, e tinham a forma de um cubo. No Egito havia um talento de 18 kg. e mais dois alexandrinos de 46 kg. e 34 kg. Na Caldéia o talento era de 18 kg. e em Babilônia de 21 kg. Na Grécia, o primitivo talento era de 19 kg. passando depois a ser de 26 kg., sendo que na Ática era de 20 kg. O talento itálico, empregado na magna Grécia, era de 32 kg. O talento de Egina, uma ilha grega, era de 45 kg. Os romanos tinham o grande talento de 67 kg. e o pequeno talento de 26 kg.
“Para termos uma idéia do pêso do talento de prata da Síria antiga, leiamos: ‘E disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. E instou com êle, e amarrou dois talentos de prata em dois sacos, com duas mudas de vestidos; e pô-lo sôbre dois de seus moços, os quais os levaram diante dêle’ (2º Rs 5.23). Dois homens para conduzirem dois talentos em dois sacos!
“Um dos profetas, declara: ‘E o Senhor fará ouvir a glória da Sua voz, e fará ver o abaixamento do Seu braço, com indignação de ira, e a labareda do Seu fogo consumidor, e raios e dilúvio e pedras de saraiva’ (Is 30.30)” (MELLO, 1959, p. 488).
“Saraivada: O capítulo termina com um bombardeio de pedras de saraiva. Não parece de muito efeito, depois do que acabamos de ler. Mesmo assim, eu não gostaria de estar no meio de uma saraivada de pedras, com pedras pesando cerca de 50 quilos. Já vi pedras de saraiva quase do tamanho de um ovo, e elas causaram bastante estrago. Este não é o único lugar onde a Bíblia diz que Deus está preparando um bombardeio de pedras de saraiva. ‘O Senhor abriu o Seu arsenal e tirou dele as armas da Sua indignação; porque o Senhor, o Senhor dos Exércitos, tem obra a realizar na terra dos caldeus’ (Jeremias 50:25). O Senhor tem um arsenal. E a Bíblia diz que os piores ataques que o mundo jamais viu ainda estão por vir. ‘Acaso, entraste nos depósitos da neve e viste os tesouros da saraiva, que Eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?’ (Jó38:22 e 23).
“Não se pode zombar do futuro. Há muitas coisas em risco — nossa felicidade, nosso bem-estar, nossa segurança, nossa eternidade, nossa própria existência […] Deus diz: ‘Atentai para a Minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o Meu espírito e vos farei saber as Minhas palavras. Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o Meu conselho e não quisestes a Minha repreensão; também Eu Me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, Eu zombarei, em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. Então, Me invocarão, mas Eu não responderei; procurar-Me-ão, porém não Me hão de achar. Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do Senhor; não quiseram o Meu conselho e desprezaram toda a Minha repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição. Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal’ (Provérbios 1:23-33). […]
“Está chegando a hora quando todos os que não aceitaram a Cristo terão de enfrentar o julgamento. A Bíblia pergunta: ‘Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?’ (Hebreus 2:3)” (FEYERABEND, 2005, p. 144 – 146).
“É dito que cada pedra era ‘do peso de um talento’. Segundo várias autoridades, um talento como peso, corresponde a cerca de 26 quilos. Que poderia deter a força de pedras de tão enorme peso caindo do céu? Naquele tempo a humanidade não terá abrigo. As cidades ruíram num potente terremoto, as ilhas fugiram e os montes já não se vêem. E outra vez os ímpios dão largas à sua dor com blasfêmias, porque a praga da saraiva é ‘muito grande’” (SMITH, 1979, p. 314).
“um talento. Cerca de 34 kg. blasfemaram. Os flagelos confirmam a indisposição dos ímpios de se arrepender” (BÍBLIA, 2015, p. 1670).
“Há várias estimativas para o peso desta medida, que variam de 128 a 176 kg” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 940).
“Estes flagelos todos não exterminam a humanidade, mas provocam novas blasfêmias (vv. 9.11, cf. 11,14+)” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2002, p. 2159).
“Pela terceira vez, os que são atingidos pelos flagelos blasfemam de Deus, revelando seu completo desprezo pela Majestade do Céu, mesmo em meio aos mais terríveis juízos (ver com. dos v. 1, 9, 11)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 940).
“No dia de Sua vinda, a última grande trombeta é ouvida, e há um terrível estremecimento da Terra e do Céu. A Terra inteira, das mais elevadas montanhas às mais profundas minas, ouvirá. Tudo será atravessado pelo fogo. A atmosfera contaminada será purificada pelo fogo. Tendo o fogo cumprido sua missão, os mortos que foram depositados na sepultura sairão — alguns para a ressurreição da vida, para serem arrebatados para o encontro com o seu Senhor nos ares — e alguns para contemplarem a vinda dAquele que desprezaram e que agora reconhecem como sendo o Juiz de toda a Terra.
“Todos os justos são poupados das chamas. Podem caminhar através do fogo, como Sadraque, Mesaque e Abede-Nego caminharam no meio da fornalha sete vezes mais aquecida do que o era normalmente. Os nobres hebreus não podiam ser consumidos porque a sombra do quarto homem, o Filho de Deus, estava com eles. Assim, no dia da vinda do Senhor, fumaça e fogo serão impotentes para prejudicar os justos. Aqueles que estão unidos com o Senhor escaparão sem dano. Terremotos, furacões, chama e dilúvio não podem prejudicar aqueles que estão preparados para encontrar seu Salvador em paz.
“Mas os que rejeitaram o nosso Salvador, chicotearam-nO e O crucificaram estarão entre os que serão erguidos dentre os mortos para contemplarem Sua vinda nas nuvens do céu, assistido pelo exército celestial — dez milhares vezes dez milhares, e milhares de milhares” (WHITE, 1982, p. 524 e 525).
Referências:
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BELVEDERE, Daniel. Seminário: As Revelações do Apocalipse. Edição do Professor, Casa Publicadora Brasi-leira, Tatuí, SP, 2ª ed., 1987. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/ 14s7DWbxGGSvt5h81TkGtG2mfcwW7wPZk/view>. Acesso em: abr., 2020.
BÍBLIA, Apocalipse. Português. Bíblia de Estudo Arqueológica NVI. Trad. Claiton André Kunz et. al. São Paulo: Editora Vida, p. 2042-2076, 2013.
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BÍBLIA DE JERUSALÉM. Nova edição, revista e ampliada. 8ª impressão. São Paulo: Paulus, 2002.
BÍBLIA, Juízes. Português. Bíblia de Estudo Arqueológica NVI. Trad. Claiton André Kunz et. al. São Paulo: Editora Vida, p. 341-385, 2013.
BÍBLIA, Zacarias. Português. Bíblia de Estudo Arqueológica NVI. Trad. Claiton André Kunz et. al. São Paulo: Editora Vida, p. 1524-1544, 2013.
COFFMAN, Carl. Lições da Escola Sabatina, 3º Trimestre de 1989, nº 375, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
ECUMÊNICA, BÍBLIA. Tradução. TEB. São Paulo: Loyola, 1994.
ESTUDOS BÍBLICOS. Doutrinas Fundamentais das Escrituras Sagradas. Casa Publicadora Brasileira, SP, 1984.
GULLEY, Norman R. Lições da Escola Sabatina, 3º Trimestre de 1996, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
MAXWELL, C. Mervyn; GRELLMANN, Hélio Luiz. Uma nova era segundo as profecias do Apocalipse. Casa Publicadora Brasileira, 2004.
MELLO, Araceli S. A Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse, 1959. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/264320586/Araceli-S-Mello-A-Verdade-Sobre-As-Profecias-Do-Apocalipse-pdf >. Acesso em: abr. 2020.
NICHOL, Francis D.; DORNELES, Vanderlei (Ed.). Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Série Logos, v. 7. – 1. Ed. – Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2014.
SMITH, Urias. As profecias de Daniel e Apocalipse, vol. 2. O livro de Apocalipse, 1979.
STEFANOVIC, Ranko; MODZEIESKI, Carla N. O Livro do Apocalipse. Lição da Escola Sabatina. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n° 495, jan., fev., mar., 2019. Adultos, Aluno.
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(Hendrickson Rogers)
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