janeiro 3, 2025

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Mais blasfêmias no finalzinho de 2024: papa Francisco distribui indulgências!

Papa vai inaugurar o Jubileu 2025, um ano especial para os católicos em que as chamadas indulgências poderão ser recebidas — Foto: Getty Images

Por que o papa Francisco vai distribuir ‘salvo-condutos ao céu’ em 2025

A indulgência é uma maneira de garantir o benefício divino em vida do perdão — ou seja, um salvo-conduto para o paraíso.

Na noite da próxima terça (24), quando o papa Francisco abrir a chamada porta santa da basílica de São Pedro, no Vaticano, estará oficialmente inaugurado o Jubileu 2025, um ano especial para os católicos em que as chamadas indulgências poderão ser recebidas. A esta altura é possível que você tenha se lembrado das aulas de história na escola, mais especificamente daquela parte em que se estuda a reforma protestante e toda a questão encabeçada pelo monge Martinho Lutero (1483-1546) contra a venda das indulgências. A crítica, naquela época, era que a Igreja estava comercializando vagas no céu.

🙏🏽De forma simplificada, indulgência é mais ou menos isso mesmo. A diferença é que, agora, ninguém está vendendo nada. “A indulgência é uma prática relacionada ao perdão dos pecados”, diz à BBC News Brasil o sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, ex-coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e editor do jornal O São Paulo, da Arquidiocese de São Paulo.

Na crença católica, se o perdão dos pecados é recebido com o sacramento da confissão — que pode ser repetido quantas vezes o fiel desejar —, a culpa ou a dívida só é completamente paga depois de um período de purificação póstumo.

A indulgência é uma maneira de garantir esse benefício divino em vida — ou seja, um salvo-conduto para o paraíso. “Na realidade existe um pagamento da pena ligada ao pecado cometido”, explica à BBC News Brasil a vaticanista e historiadora do catolicismo Mirticeli Medeiros, pesquisadora na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. “Por exemplo: na confissão com um sacerdote a pessoa tem o pecado perdoado mas, principalmente em relação aos pecados mortais, existe uma dívida que fica. Esta, caso não exista a intervenção de uma indulgência plenária, será reparada somente no purgatório”, esclarece ela.

Antes do céu, uma escala no purgatório

“Quando há o pecado, esse pecado pode ser absolvido da reconciliação, na confissão. Isso coloca a pessoa no que a Igreja chama de estado de graça”, explica à BBC News Brasil o vaticanista Filipe Domingues, diretor do Lay Centre, em Roma, e professor na Pontifícia Universidade Gregoriana, também em Roma.

“Já a indulgência se refere à culpa, que é uma coisa um pouco mais abstrata. O pecado deixa uma marca no espírito e isso, de alguma forma, teria de ser purificado na eternidade. Aí entra aquela ideia meio medieval e um pouco alegórica do que é o inferno, o purgatório e o céu”, comenta ele. Dessa forma, seria preciso “uma purificação antes da elevação completa junto a Deus”, pontua Domingues. “Com as indulgências, a Igreja permite que a purificação seja feita na Terra. É uma limpeza da alma mais profunda que permitiria que a alma, se morrer logo depois, vá para o céu imediatamente.” O vaticanista contudo entende que essa é uma “visão um pouco instrumental” dos recursos — e que hoje se pode interpretar tudo isso de forma mais ampla, pensando no desenvolvimento da fé e da piedade de cada um e em gestos que impliquem em fazer o bem. “O que a Igreja faz é criar instrumentos para que haja esse processo de purificação, esse caminho”, ressalta. “Para ampliar a possibilidade de que todos cheguem a essa libertação eterna que é viver no Reino dos Céus.”

Segundo a doutrina consolidada no Catecismo da Igreja Católica, atualmente o purgatório não é entendido como um lugar, mas como o “estado dos que morrem na amizade de Deus, com a certeza de sua salvação eterna, mas que ainda têm necessidade de purificação para entrar na felicidade do céu”.

O catecismo diz que há maneiras terrenas de ajudar nesse processo. Vivos podem fazer orações e realizar boas ações em memória dos que morreram. E as indulgências também estão elencadas como uma dessas ferramentas.

Reparação instantânea da culpa

Para aqueles que creem, os declarados anos de Jubileu são oportunidades raras dessa remoção instantânea da culpa. “A indulgência é uma manifestação concreta da misericórdia de Deus, que transcende os limites da justiça humana e as transforma”, diz comunicado do Vaticano sobre o evento de 2025. “A indulgência permite libertar o coração do fardo do pecado, para que a reparação devida possa ser dada em total liberdade.”

“Concretamente, essa experiência de misericórdia passa por algumas ações espirituais que são indicadas pelo papa”, resume o texto.

Em documento publicado em maio pela Penitenciária Apostólica do Vaticano foram detalhadas as normas para se alcançar a indulgência durante o Jubileu de 2025. A condição preliminar para obtê-la é estar “verdadeiramente arrependido, excluindo qualquer apego ao pecado” e “movido por um espírito de qualidade”, “purificado pelo sacramento da penitência”, participando da eucaristia e dedicando constantemente orações ao papa.

O documento esclarece que o “tesouro” da “pleníssima indulgência”, com “remissão e perdão dos pecados” pode valer tanto para aquele que cumprir as exigências como para “as almas do purgatório sob a forma de sufrágio”.

Cumpridas essas premissas, o fiel precisa realizar ao menos uma das três tarefas ao longo do ano de 2025: participar de uma “sagrada peregrinação” — e o documento prevê que esta pode ser a Roma, à Terra Santa ou a outras “circunscrições eclesiásticas” designadas por bispos levando “em conta as necessidades dos fiéis”; visitar, de forma piedosa, lugares sagrados; realizar “obras de misericórdia e penitência” — que vão desde participação em encontros de formação a ações concretas como “dar de comer aos famintos” ou “visitar os presos”, entre outras.

Polêmica medieval

Por definição, indulgência significa disposição para perdoar culpas ou erros. É sinônimo de benevolência, clemência e complacência. A questão das indulgências se tornou uma polêmica na Idade Média, culminando com a reforma protestante no início do século 16 porque, na época, a Igreja Católica vendia o benefício como se estivesse loteando terrenos no céu. “[Isso] criou uma visão distorcida da prática [das indulgências]”, comenta Ribeiro Neto.

A historiadora Medeiros diz que “na época, era pedido aos fiéis grandes somas para adquirir” essa purificação em vida. Essas cobranças foram especialmente praxe, conta ela, quando a Igreja estava precisando arrecadar fundos para terminar a construção da atual basílica de São Pedro, inaugurada em 1626.

“O tema é espinhoso e já passou por inúmeras transformações na história da Igreja, gerando certa polêmica até hoje”, comenta à BBC News Brasil o historiador e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Gravura feita por volta de 1530 mostra a venda de indulgências — Foto: Domínio Público

No Concílio de Trento, série de reuniões da cúpula do catolicismo ocorridas entre 1545 e 1563 para combater a reforma protestante, o tema esteve em discussão. “O concílio afirmou que deriva de Cristo a concessão das indulgências e que a Igreja Católica teria autoridade para concedê-las”, conta Moraes. “É bem verdade que o mesmo concílio reconheceu os abusos que vinham ocorrendo com a venda de indulgências e proibiu lucros resultantes dessa concessão.”

Historicamente, àquela altura a questão havia “ido muito longe” no seio do catolicismo, conforme explica o professor, “com uso indevido daquilo que deveria ser usado com parcimônia”. “Havia um abuso e a Igreja Católica fez seus revisionismos, reconhecendo alguns excessos e continuando a prática sem aquela carga negativa que acompanhou a cisão da cristandade no século 16”, conclui o teólogo.

“Para que a indulgência tenha valor, ela precisa ser acompanhada por gestos que demonstrem o arrependimento e a real conversão do pecador”, contextualiza Ribeiro Neto. “Ela não é válida sem a confissão sacramental e alguns gestos precisos estabelecidos com esta finalidade. Doar dinheiro para obras de caridade da Igreja era, tradicionalmente, um dos principais gestos que permitiam ganhar a indulgência.”

“Contudo, pelos desvios óbvios que esta prática comportava, foi sendo abandonada”, conta o sociólogo. “Importante notar que aquele que ‘comprava’ a indulgência sem se arrepender e procurar ter um comportamento melhor pagava mas não levava, pois não cumpria a condição maior que era o arrependimento sincero.”

Roma se prepara para um aumento no fluxo de turistas para o Jubileu de 2025 — Foto: Getty Images

Fonte: BBC e G1.

Alguns vídeos onde a profecia de que o Catolicismo Romano se recuperaria das limitações impostas pela Revolução Francesa, e manteria sua visão imperialista, onde suas crenças (que a Bíblia chama de blasfêmias) tornariam o cristianismo apenas mais uma forma de paganismo e espiritualismo, você pode encontrar abaixo.

Meu apelo aos leitores: o estudo racional/exegético da Bíblia tem sido substituído pelo sentimentalismo carismático, pelas narrativas sem amparo dos fatos e pelo sobrenaturalismo inventado ou factual, mas que distancia dos ensinamentos da Palavra de Deus. Tudo isto já foi profetizado pelos profetas levantados pelo Deus bíblico. O Apocalipse é a Verdade Presente para este século. A interpretação historicista no estudo de toda a Bíblia, e em particular em seu último livro, é a única solução — para os cristãos e demais seres humanos — para o problema da paganização e espiritualização do cristianismo, problema este que culminará com a personificação e entronização de Satanás, o anjo rebelde que não conseguiu isso no Céu, mas tem logrado esse êxito aqui na Terra, onde a criatura assume o lugar do Criador, e engana as demais criaturas racionais, conduzindo-as num movimento de oposição a Deus, Seus mandamentos e Sua Palavra. Mais do que isso: tudo isso em Nome Dele! A maior contrafação é o inimigo de Deus e de Seus filhos usar Seu Nome, Suas leis e Sua Palavra de modo sutil, disfarçado mas com resultados visivelmente devastadores contra esse Nome, essas Leis e Palavra.

Não precisamos ser enganados, pois Jesus Cristo já revelou tudo o que é necessário para anular essa sabotagem sobrehumana na vida dos que O conhecem por meio da Bíblia.

Seguem os vídeos:

 


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(Hendrickson Rogers)

 

 

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