maio 9, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

Quase tudo sobre o dilúvio bíblico-histórico – 3ª parte

Variação
após o dilúvio
 Deus dotou os seres vivos com um
potencial genético que permite grande variedade de raças de aves, de cães, etc.
Sabemos que as espécies estão em constante processo de microvariações. Um
exemplo disso são os cães. A Genética sabe hoje que com apenas um único casal
de cães, é possível gerar todos os tipos de cães existentes (dálmatas, pastor
alemão, boxer, etc). Basta que os animais selecionados tenham os genes para
tal. Os animais
que entraram na arca possivelmente eram multigenes. Exemplo é que não caberiam
na arca todas as espécies de cães, mas caberia um casal multigenes com a
capacidade de gerar todas as espécies de cães. [Veja explicações emhttp://designinteligente.blogspot.com/2007/09/de-onde-vm-tantas-raas-de-ces.html e
emhttp://designinteligente.blogspot.com/2008/09/ces-de-raa-pura-ou-monstros-mutantes.html ]. A ciência
sabe hoje que apenas um casal de cães, lobos e hienas seria capaz de gerar
todos os tipos de cães, lobos e hienas existentes. Isto confirma a
baraminologia, e é evidência do processo de diversificação das espécies após o
dilúvio. Diante das microvariações (diversificações) que ocorrem nas espécies,
não sabemos nem mesmo se os cães existiram antes do dilúvio, ou se
desenvolveram-se a partir de um ancestral que foi preservado na arca, e teria
gerado o grupo. É sempre
importante salientar que, neste caso, não se trata de um processo evolutivo,
não se ocorre uma evolução: neste caso, há uma diversificação das espécies que
foram criadas por Deus originalmente. Mais discussões abordando este assunto,
no tópico sobre “Baraminologia”. Muitos
criacionistas acreditam que as mudanças dentro de uma população são realizadas
através da degradação do genoma criado. É de acordo, geralmente, que a
seleção natural, isolamento reprodutivo (especiação) e deriva genética são
eficazes, nos levando à formação de populações que são altamente adaptadas ao
seu ambiente. Crê-se que especiação e deriva genética tenham ocorrido em altas
freqüências durante a dispersão, imediatamente após o dilúvio. O dilúvio
e as condições originadas após seu término teriam fornecido condições muito
favoráveis para um rápido isolamento reprodutivo (especiação). A maioria dos
organismos foi destruída por esta catástrofe, deixando pequenas populações de
sobreviventes. Os vertebrados terrestres foram preservados na arca em pequenos
números. Após eles serem liberados da arca, eles teriam encontrado recursos
quase ilimitados disponíveis, tornando possíveis rápidos aumentos no tamanho das
populações, juntamente com níveis reduzidos de competição. Haveria um
grande número de nichos ecológicos desocupados, aos quais os organismos
poderiam se adaptar. As condições ambientais da Terra estariam instáveis, e
processos geológicos como os vulcões, terremotos, e mudanças no nível do mar
afetariam o clima, criariam e removeriam barreiras para a dispersão e
produziriam muitas catástrofes localizadas que tenderiam a isolar populações de
espécies em dispersão. Aquelas
espécies que foram preservadas fora da arca também estariam sujeitas a
condições favoráveis para especiação. Organismos aquáticos poderiam ser
transportados por correntes, possivelmente resultando na dispersão de pequenos
grupos de sobreviventes para muitos lugares isolados com diferentes condições
ambientais. O mesmo poderia acontecer com grupos terrestres tais como insetos,
vermes e outros invertebrados. Plantas e sementes poderiam também ser levadas
pelas águas e dispersas por correntes. Estas condições provavelmente
resultariam em especiação rápida em muitos grupos de organismos. As
diversas adaptações dos seres vivos ao meio ambiente dependem muito do tipo de
vegetação e do clima. É bem conhecido o instinto de migração de várias
espécies, principalmente as aves. Determinadas espécies, com o tempo, se
isolaram em determinadas regiões, e se adaptaram a novos tipos de habitats, por
diversos fatores ambientais como destruições ecológicas, melhor adaptação a
outro tipo de ambiente, migração, etc.

Poderia
ter havido apenas um único continente no mundo antediluviano? 
Cientistas e geólogos acreditam que
no passado, a Terra era um único continente chamado “Pangéia”. A principal
evidência que leva a crer que havia um único continente, é a possibilidade de
se encaixar os continentes num único e gigante continente, e o encaixe quase
perfeito entre o litoral da África e da América do Sul. Os
cientistas encontraram semelhanças entre a parte oriental da América do Sul e a
parte ocidental da África:

semelhanças geológicas – mesmos tipos de rochas, de terrenos;

semelhanças no clima – o mesmo clima;

semelhanças entre restos de animais e vegetais (os mesmos tipos de fósseis e
plantas).
No pólo
sul existem árvores de floresta tropical embaixo do gelo, uma verdadeira
floresta abaixo da camada de gelo; a ciência diz que a Antártida no passado,
foi uma floresta. Hoje, só gelo. Calcula-se que no verão, a temperatura no Pólo
Sul chegava a 5º C. A prova disso foram os fósseis da planta denominada Nothofagus.
Ainda hoje existem exemplares dessa planta nas regiões frias da América do Sul.
Essas descobertas mostram que o continente Antártico já abrigou uma floresta.
Isto também evidencia que houve uma alteração climática na região, hoje situada
no pólo sul, que já foi capaz de abrigar vegetação de clima tropical. Entre os
mamutes e rinocerontes congelados encontrados na Sibéria e no Alaska, um mamute
[animal semelhante aos elefantes e peludo] foi encontrado com vegetação
tropical na boca, antes de sequer ser digerida ou engolida; nos estômagos de
alguns desses animais foram encontradas vegetações tropicais, que haviam sido
digeridas poucos instantes antes do congelamento. Estas são evidências de que o
clima nos pólos já fora quente. Para a ciência, isto ocorreu na Pangéia, e a
única diferença de opinião entre criacionistas e evolucionistas, é em relação a
quando ocorreu esta separação dos continentes. Para os evolucionistas, isto
teria se dado a milhões de anos atrás; para o criacionismo, os continentes se
separaram durante o Dilúvio. Teologicamente,
isto não entra em conflito com as escrituras, pois elas também parecem indicar
a existência de um único continente inicial, chamado de “porção seca”
(singular), quando Deus fez aparecer a “porção seca” em meio às águas – veja
Gênesis 1:9,10. Todo ano,
os continentes se deslocam alguns centímetros em sentidos opostos, e não param
de se deslocar. A velocidade de separação, varia de placa para placa: a cada
ano, calcula-se que a América do Sul afasta-se 3 cm do continente africano,
enquanto há placas que, afastam-se cerca de meio centímetro por ano. A ciência
diz que a velocidade de separação pode atingir no máximo, um movimento de 15
centímetros por ano, em algumas. Como se sabe hoje que elas se movem,
acredita-se que no passado todas essas placas eram juntas e formavam um único
continente. Mas, como
se explica os fatos dessas placas se movimentarem? Para a
interpretação uniformitarista do evolucionismo, este movimento da crosta
terrestre tem velocidade contínua, e teria levado milhões de anos para que os
continentes se separassem. O
criacionismo porém, não aceita que a velocidade tenha sido a mesma por tanto
tempo. Só o fato de as placas terem um movimento de distanciamento variado, é
uma evidência de que a velocidade de separação não é constante. Por que
motivo, a velocidade do deslocamento (deriva) continental seria constante por
200 milhões de anos? O que faria com que esta velocidade não se alterasse, nem
diminuísse, mas permanecesse com a mesma velocidade por tantos milhões de anos? Tem se
observado que o movimento dessas placas tem diminuído, que elas estão em
processo de desaceleração, a velocidade vem decrescendo lentamente, o que
contraria a explicação uniformitarista evolucionista. Para a interpretação
catastrófica criacionista, a velocidade da separação destas placas teria sido
muito maior no passado, vindo a diminuir com o tempo, como se pode observar. O que
teria dado o movimento inicial a estas placas, para a separação continental,
senão uma catástrofe? O fato destas placas ainda estarem em movimento, indica
que a catástrofe que deu origem a este movimento e à separação continental foi
recente. Quando as águas subterrâneas começaram a jorrar, a pressão das águas
teria rachado a crosta e a partido em várias placas continentais, que começaram
a se separar.

Teoria das Hidroplacas A teoria das hidroplacas tenta
explicar de onde teria vindo a força que deu origem ao movimento de separação
das placas continentais, e, consequentemente, a formação dos continentes e das
cadeias de montanhas. Durante o
Dilúvio a crosta se abriu em fendas que fizeram jorrar a água subterrânea. Por
causa da pressão, a água jorrou a quilômetros de altura, por todo o planeta.
Nas áreas polares, a água caiu em forma de gelo juntamente com gás carbônico
nessa forma, capazes de congelar instantaneamente. A lama foi responsável pelo
soterramento e fossilização da maioria das criaturas que hoje encontramos nos
fósseis. Com a água subterrânea jorrando, ocorreu o deslocamento das massas de
Terra sobre essa água, separando os continentes. A deriva
continental deve ter se iniciado no momento da abertura das fontes, e durou
cerca de 150 dias. Como a chuva parou no dia 40, é fácil compreender que a água
encobriu todos os montes, enquanto ainda ocorria a formação das maiores
montanhas. Também ocorreu uma acomodação do fundo dos oceanos, com seu
rebaixamento e a formação dos abismos oceânicos, e evaporação da água. Esses
fenômenos contribuíram para que todos os montes pré-diluvianos fossem
encobertos pelas águas, e depois foi que as novas montanhas, mais altas que as
anteriores, se formaram, enquanto a água se evaporava e se acomodava no fundo
do oceano. A
acomodação dos continentes ocorre até hoje com os terremotos e vulcanismo. Logo
após o Dilúvio deve ter ocorrido o que hoje chamamos de Era Glacial, durando
cerca de 300 anos, por evaporação da água e conseqüente perda do calor
ambiental, dentre outros motivos. As
evidências geológicas são interpretadas atualmente através de uma pré-concepção
de uma Terra antiga e não catastrófica, enquanto antigamente elas eram
interpretadas através de uma idéia de Terra jovem e catastrófica. A própria
Teoria das Hidroplacas explica grande parte de tais evidências, que apóiam um
processo rápido, não necessariamente dirigido diretamente por alguma
inteligência. A aparência
das camadas pode ser explicada pelo processo de liquefação, na qual o movimento
contínuo e turbulento das águas causa a deposição ordenada dos sedimentos em
alguns dias. Algumas evidências que apóiam um processo rápido são a formação
oblíqua de certas camadas, a sobreposição (em que camadas mais “velhas” estão
sobre as mais “jovens”) e a aparente ondulação em alguns extratos, impossíveis
de se conseguir através de uma deposição lenta. Duas evidências paleontológicas
são a presença de espículas de esponja marinha em sedimentos de 14 milhões de
anos no interior dos EUA, e fósseis de árvores que atravessam várias camadas de
milhões de anos. Talvez a
diminuição do volume das águas subterrâneas tenha feito o movimento das placas
diminuírem, e causado a desaceleração quando as fontes subterrâneas pararam de
jorrar. Os continentes, ao se moverem, geraram oceanos mais profundos. Com a
separação da Pangéia, dera a formação dos continentes e das grandes cadeias de
montanhas. Os
continentes são menores que a área da Pangéia inicial (porém são mais altos que
a área da Pangéia). Quando os topos das montanhas começaram a aparecer, eram os
continentes sendo formados: devido à diminuição da quantidade de água nas
fontes subterrâneas, a velocidade também foi diminuindo, e conforme houve a
desaceleração, o litoral dos continentes se encavalou, formando as altas
montanhas. → MAIS
DETALHES SOBRE A TEORIA DAS HIDROPLACAS (nos vídeos, uma excelente explicação do Dr. Adauto Lourenço): http://br.youtube.com/watch?v=7lJ7B1EBmjA http://br.youtube.com/watch?v=v6dM4l8UgiY&feature=related 

O que seriam as “Águas Acima do Firmamento”
no período antediluviano?
 Entre os criacionistas, foi muito
defendida, pelo menos no passado, a idéia de que as águas do dilúvio foram
causadas por uma enorme quantidade de água colocada acima do firmamento, uma
espécie de abóbada ou cobertura de água em estado de vapor, que teria sido
responsável por causar uma uniformidade no clima do planeta e contribuiria para
os períodos de vida mais longos, a longevidade antediluviana. Esta ficou
conhecida como “Teoria do dossel ou da camada de vapor”. Por mais de trinta
anos, o Institute Research For Creation foi o maior defensor desta teoria.
Apesar de uma boa e excelente tentativa de defesa a favor desta teoria
recentemente, de Dillow Morris no livro “As águas Acima”, a teoria
foi abandonada por praticamente todos os criacionistas acadêmicos e
não-acadêmicos, pois sabemos hoje que tanto biblicamente, quanto
cientificamente, ela enfrenta problemas que a impossibilitam. Até mesmo os que
acreditam em sua possibilidade, estão cientes de seus problemas. Entre as camadas da atmosfera
(troposfera, estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera) este vapor estaria
situado na troposfera, a camada onde vivemos e que abrange até cerca de 15 km
acima da superfície. Acima da troposfera, na estratosfera e camadas superiores,
a quantidade de oxigênio é bem pequena e praticamente não existe umidade.
Justamente por isso não há nuvens na estratosfera, e a camada de vapor teria de
estar localizada abaixo dela, um pouco acima das nuvens. A teoria se baseia na afirmação
bíblica de que Deus separou águas SOBRE o firmamento (a expansão atmosférica) e
as águas ABAIXO do firmamento (águas na superfície terrestre): Gênesis 1:6, 7. — “Fez Deus o
firmamento, e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas
(hebr.Mayim) sobre o firmamento (hebr. Raqiya). E Deus chamou ao firmamento
Céus (hebr. Shamayim)”…

• Entretanto, estas águas SOBRE o
firmamento seriam apenas as águas acumuladas nas nuvens, não uma referência a
alguma camada de água específica que haveria antes do dilúvio. O que
levou muitos a simpatizarem esta teoria, foi a idéia de que ela pudesse
fornecer explicações para a longevidade (longa vida) antediluviana e para a
origem das águas do dilúvio. Mas esta teoria não explica a longevidade
antediluviana, nem explica de onde veio a água do dilúvio, porque a maior parte
da água veio do subterrâneo. Como se não bastasse, esta teoria enfrenta
problemas científicos e também bíblicos (com as próprias escrituras), como
veremos. Vamos tratar primeiramente dos
problemas teológicos, e depois científicos, da teoria do dossel ou camada de
vapor. 

Problemas teológicos com a teoria do
dossel
 

• A palavra usada para águas é o
termo hebraico “Mayim”. Esta é uma palavra que descreve água líquida, e não em
estado de vapor. Se a água em Gênesis 1:6-8 fosse água em estado de vapor,
névoa ou gelo (como alguns propõem), outras palavras hebraicas teriam sido mais
apropriadas. Embora o
hebraico antigo tenha outras palavras usadas para nuvens, é preciso lembrar que
o termo nuvem é apenas a expressão para designar aquilo que seriam estas águas
sob o firmamento. Na passagem em questão, o hebraico “mayim” apenas descreve as
águas na expansão atmosférica, sem usar o termo nuvens (assim como descreve no
mesmo verso, as águas abaixo do firmamento, – sem usar os termos específicos, “rios
e “mares”). Isto tem servido para que se sustente a idéia de que seria
uma camada de vapor. No hebraico existem outros termos hebraicos para descrever
um teto, uma cobertura ou algo sólido, como “sukkah” (Sl 18:11/ 2º Sm 22:12);
“chuppah” (Is 4:5) e “shapur” (Jr 43:10). Se as águas SOBRE o firmamento se
referissem a um dossel, por que nenhuma das palavras hebraicas que significam
literalmente cobertura ou teto não foram usadas? 
• A palavra usada para Céu (ou Céus)
em Gênesis é “Shamayim” (Shamaim), e é usada para descrever o céu
(espaço sideral), algumas vezes, a atmosfera, e o lugar onde Deus mora.
Decomposta, forma a expressão sha + mayim (lá tem + águas), sendo uma
referência às águas na expansão atmosférica, sob o firmamento.

• Para firmamento, é
usado o hebraico “Raqyia”. Raqiya é usada 9 vezes no primeiro
capítulo de Gênesis. Normalmente significa “extensão” ou
“firmamento”. O sentido original é desconhecido. A palavra
“Raqiya” vem da raiz hebraica “raqa”, que significa
“espalhar”. Daí vem o sentido de ‘expansão’. Nas quatro últimas vezes em que
ocorre (Gen. 1:14-20), Raqiya é acompanhada pela expressão “dos
céus”, significando NO CONTEXTO, ‘vastidão dos céus’, atmosfera, espaço ou
céu. (Isto se observa claramente numa breve leitura da passagem). Mas nas quatro primeiras vezes em que
é usada (Gen. 1: 6,7) Raqiya NÃO aparece acompanhada pela expressão “dos céus”.
Por isso alguns sugerem que em Gen.1:6, 7 Raqiya seria a crosta terrestre, –
uma separação entre águas subterrâneas e águas da superfície. Mas vários
argumentos são apresentados como refutação a esta interpretação:

• Deus deu o nome de ‘céus’
(Shamayim) ao firmamento. Se o firmamento raqia, em Gênesis 1:7, fosse a crosta
terrestre, como se explica o fato de Deus ter chamado ao firmamento de ‘Céus’
no verso seguinte? – Seria mais óbvio que o chamasse de ‘terra’, superfície, ou
qualquer outra expressão que indicasse a crosta terrestre, mas não chamá-lo de
céus…

• Como o firmamento seria a crosta
terrestre, se no verso nove a Terra continuou coberta de águas, e Deus ordena
que as águas se ajuntem debaixo dos céus (Shamayim – nome dado ao firmamento)
dando-lhes o nome de ‘mares’, sendo que só no dia seguinte aparecera a porção
seca (crosta)?

• Outra observação feita em Gênesis
1:20, é que AS AVES VOARIAM NO FIRMAMENTO. Isto mostra que raqiya é a expansão,
onde as aves voariam, não a superfície.
• Veja o Salmo 150.2 – “Louvai-o
no firmamento (raqiya) do seu poder”. OU seja: Louvai o Senhor NA EXTENSÃO
do seu poder.

• Outro detalhe citado por estudiosos
que favorece a interpretação de que as águas sob o firmamento fossem as nuvens,
é que, após o dilúvio, quando Deus fez o pacto com Noé, o Senhor declarou que
colocaria o arco nas nuvens, e as águas não mais se tornariam em dilúvio
(Gen.9:15). O que isto quer dizer? – Que se Deus quisesse destruir novamente o
mundo, ele não precisaria de nenhuma camada ou dossel de vapor, mas o faria
apenas com as águas das nuvens e do subterrâneo. Mas não o faria por aquele pacto.

Isto contraria a teoria, que explica
as águas do dossel como a razão do dilúvio.

• Na tradução latina da Vulgata,
Jerônimo substituiu o hebraico raqia pelo latim “firmamentum”. Já na
Septuaginta, foi traduzido pelo grego “Stereoma”, em 19 de 20 passagens
onde aparece no Antigo Testamento,] – inclusive, Gênesis 1:8. “Stereoma” significa suporte,
estrutura firme e sólida. Mas tanto “firmamentum” como “stereoma” possuem
sentido de expansão ou céus.

Problemas científicos com a teoria do
dossel
 Muitos dos problemas mostrados aqui,
são abordados no site criacionista inglês, “CreationScience”. Se houvesse uma
camada de vapor sobre a troposfera, esta, ao invés de proporcionar solução para
algumas questões, geraria problemas científicos tão graves, que impossibilitariam
a vida sobre o planeta. E não há como defender cientificamente uma teoria que
impossibilitaria a vida. Costuma-se dizer que a radiação do
espaço exterior, provoca a diminuição da estimativa de vida. Mas isto não é
algo cientificamente comprovado. Um teste realizado que poderia ter demonstrado
que “a radiação solar reduz a longevidade” falhou. Ratos foram colocados em
grutas blindadas, protegidas contra todo tipo de radiação; mas nem os ratos ou
os seus descendentes viveram mais do que o comum.Estes ratos foram testados em
ambientes que seriam uma reprodução do dossel, mas isto não fez com que estes
ratos vivessem mais que os outros.

• Se a longevidade antediluviana
fosse provocada pela suposta camada de vapor, ela deveria ter diminuído logo
após Noé e seus filhos terem saído da arca, pois já não mais haveria tal camada
para fazê-los viver tanto quanto antes. Mas vemos que a longevidade veio a
decrescer lentamente após o dilúvio, e não imediatamente. Pensa-se que um dossel teria
protegido as pessoas do processo de envelhecimento. Mas cientificamente
falando, a diminuição da longevidade decresceu devido à deteriorização do
material genético humano ao longo de gerações. Mesmo que ele desse à Terra um
clima quente e uniforme, isto não seria a causa da longevidade antediluviana.

• Problema com a pressão atmosférica
(o peso do ar). A atmosfera exerce pressão, isto é, força ou peso sobre uma
superfície. Se houvesse uma cobertura de vapor ou de gelo, que tivesse pelo
menos 12 metros de espessura, o peso desta camada teria o dobro da pressão
atmosférica, isto é, o dobro do peso do ar; (por isso, os que defendem o dossel
limitam a espessura desta camada para 12 metros – ou 40 pés); mas uma camada
com apenas doze metros de espessura seria uma quantidade insuficiente de água
para inundar o planeta; justamente por isso, é dito que esta teoria não explica
de onde veio a água que inundou o planeta.

• Outro problema que também a torna
impossível, é que um dossel na forma de vapor acima das nuvens, faria irradiar
muito calor no planeta. A Terra atingiria uma temperatura de 122 graus Celsius;
as pessoas, plantas e animais iriam absorver tanto calor que morreriam. Também,
esta cobertura faria com que a luz do Sol e das estrelas fosse menor. Então
pergunta-se como seria possível que muitas plantas tropicais, que necessitam de
muita luz solar terem sobrevivido por séculos sobre um dossel? A cobertura de vapor (dossel) também
causaria um outro problema muito conhecido: o problema do Efeito Estufa. A
Terra seria como um vidro pelo qual o calor atravessa com facilidade, mas
encontra dificuldade para sair, aumentando a temperatura em seu interior. Isto
seria semelhante ao Aquecimento Global, e conforme a temperatura fosse
aumentando, as águas dos oceanos, rios e mares iriam evaporar. Sem falar que,
com elas evaporando, teríamos mais vapor na atmosfera (e quanto mais vapor,
mais aumentaria o calor). Isto traria ainda outros problemas, pois o vapor com
o tempo, certamente se misturaria com os gases da atmosfera, e com essa
mistura, se desmancharia a camada de vapor, que na ocasião do dilúvio não mais
existiria.

• Com a cobertura exposta à camada
ultravioleta de Ozônio, a água do dossel iria absorver hidrogênio com o ozônio,
e tornaria o oxigênio e o nitrogênio tóxico para animais e seres humanos. Outro problema científico com esta
teoria, é que no momento do dilúvio, quando estas águas mudassem do estado de
vapor para líquido, considerando se tivéssemos uma camada de 12 centímetros de
espessura (uma quantidade insuficiente para chover 40 dias) isto levaria a
temperatura de aprox. 450 °C, e todos morreriam queimados. 

— Mais detalhes, no site
CreationScience (traduzido):
www.creationscience.com/onlinebook/FAQ33
www.creationscience.com/onlinebook/FAQ34
www.creationscience.com/onlinebook/FAQ36

→ Portanto, os argumentos para a
teoria do dossel não sobrevivem quando analisados de perto, pois ela, além de
conter problemas bíblicos, também contém problemas científicos associados à
pressão atmosférica, calor, luz solar, suporte, condensação, efeito estufa e
luz ultravioleta. Além de
tudo isso, ela não explica a inundação, a longevidade antediluviana e nem as
mudanças geológicas. Povos como os egípcios, gregos, romanos e outras culturas
antigas possuem mitos sobre a existência de um dossel, mas não os judeus; logo,
eles não entendiam “raqyia” como uma abóbada celeste. Como foi
dito de início, não é possível sustentar uma teoria como “científica”, se ela
estiver entrando em conflito com a própria ciência (como exemplo disso, já
temos a evolução). 


Baraminologia é um modelo de
classificação dos seres vivos, proposto pelo Dr. Frank L. Marsh. Ele propôs que
deveríamos classificar os seres vivos de acordo com a sua capacidade de
combinação genética, ou seja, os grupos que tem capacidade genética de cruzarem
entre si pertenceriam à mesma espécie básica criada – ou baramin. Este
princípio foi aceito por muitos criacionistas, pois acredita-se que as espécies
originalmente criadas por Deus se diversificaram, e abrangem estes grupos
(capazes de, geneticamente cruzarem entre-si). A baraminologia trabalha para
classificar a vida de acordo com seus respectivos “tipos básicos”, as
“Espécies originalmente Criadas” por Deus. O nome vem da junção dos termos
hebraicos “bara” (que significa criar) + “miyn” (que
significa tipos ou formas básicas). Na área da biologia, os tipos básicos
também são chamados de Espécies Criadas, ou ‘Espécies Ancestrais’, no sentido
de terem dado origem à diversidade atual. Na Biologia, são organismos que
compartilham uma ascendência comum. A expressão foi tirada do
Gênesis, que relata que na semana da criação, Deus criou muitos “tipos” de
organismos. Eles também são referidos como “tipos”,
“espécies originais”,
 “espécies do Gênesis”, e
mais formalmente por cientistas, como “tipos básicos das
espécies”
 – ou “baramin”. Em
contraste com o princípio evolucionário de ascendência totalmente comum (todas
as espécies e seres teriam vindo de um mesmo ancestral), biólogos criacionistas
defendem que toda a vida na Terra não está relacionada com uma única célula, –
mas que a vida foi criada em um número finito de diversas formas, que
posteriormente sofreram especiação (isolamento reprodutivo) e maciça mudança
genética ao longo de milhares de gerações. Apesar de diversos organismos
compartilharem de ascendência comum na biologia criacionista, não trata-se de
evolução das espécies, mas dum processo de diversificação dos tipos ou formas
básicas criados originalmente. Enquanto
na biologia evolucionista os seres vivos compartilham duma ascendência completamente
comum (todos os seres vivos descendem de um mesmo microorganismo que teria
surgido por geração espontânea), na biologia criacionista, diversas formas
diferentes, criadas originalmente, compartilham de uma ascendência comum (isto
é, apenas algumas formas específicas de vida, geralmente equivalente a famílias
ou gêneros, compartilham de um mesmo ancestral comum). Devido a
isto, é importante não se confundir as espécies criadas (baramin) com o que
hoje se classifica como espécie. A espécie básica criada (baramin) é
considerada freqüentemente comparável ao nível de “famílias”, na hierarquia
taxonômica, pelo menos em mamíferos – com a notável exceção da humanidade. Em
alguns casos, como a humanidade, as espécies criadas (baramins) coincidem com
espécies ou gênero (o gênero homo). Em outros casos, tais como os Felídeos,
podem ser equivalentes ao nível Famílias de classificação.
Embora
animais como a raposa e o coiote podem ser considerados como espécies
diferentes (taxonômicas) na biologia, eles ainda são a mesma
“espécie” (tipo básico ou baramin) de animal. A maioria
das controvérsias quanto aos “Tipos básicos” (baramin) gira em torno do limites
entre espécies – a posição em que as espécies não são associadas. Determinar
com precisão o perímetro entre as espécies originais não é tarefa fácil, porque
ele é, na sua essência, um projeto histórico, em que a prova é estritamente
limitada pela evidência disponível hoje. Na ausência da capacidade de observar
diretamente a vida na sua forma original, a classificação das espécies
geralmente gira em torno da compatibilidade reprodutiva – isto é, espécies
ancestrais são geralmente vistas como tendo ascendência comum se forem
reprodutivamente compatíveis. A classificação é mais difícil quando
a compatibilidade reprodutiva é parcial, como no caso da mula, um híbrido do
cavalo e do burro, que, embora seja viável, não é fértil. Para compreender “a
verdadeira” história biomodificacional (microevolutiva) da vida na Terra,
seria importante identificar quais foram os organismos criados no início por
Deus. Deus criou toda a vida, entretanto, não sabemos o quanto os animais podem
ter mudado após a criação. Não podemos identificar nenhum fóssil como sendo uma
forma individual criada originalmente. Os únicos fósseis que temos são de
animais que viveram mais de mil anos após a criação. Não sabemos como eram as
formas originalmente criadas. — Mais
informações sobre BARAMINOLOGIA, veja no PORTAL BIOLOGIA.
Estude a primeira parte AQUI, a segunda, AQUI  e a quarta parte deste estudo AQUI!
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