maio 9, 2024

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A hipótese espírita versus a hipótese da mortalidade da alma (1ª parte)

Mesmo o maior cético do espiritismo é obrigado a concordar que os fenômenos espíritas (pelo menos os que já foram testados) são autênticos, não há encenação

(Este material foi gerado nos debates do grupo do blog no WhatsApp. Caso tenha interesse em participar, aperte/clique AQUI.)

 

1ª parte

Bloco 1 (conceitos)

Amigos, gostaria de começar apresentando alguns conceitos que usaremos bastante daqui para frente:

Fideísmo = “Doutrina religiosa que prega que as verdades metafísicas, morais e religiosas, como a existência de Deus, a justiça divina após a morte e a imortalidade, são inalcançáveis através da razão” (Dicionário). (Ou seja, o fideísmo limita a pesquisa/investigação e até a abdica, por não necessitar se apoiar em evidência; basta a sensação subjetiva da certeza interior).

= “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” (Rm 1.20). (Ou seja, a fé exige evidência visível para se acreditar no invisível).

Pergunta 1 O espiritismo é fideísta ou se utiliza da fé? Por outro lado, a crença de que somos mortais (mortalidade da alma) é fideísta ou se utiliza da fé?

Bloco 2 (fatos)

Fatos espíritas – a mediunidade! Mesmo o maior cético do espiritismo é obrigado a concordar que os fenômenos espíritas (pelo menos os que já foram testados, confira este artigo “Evidências de uma consciência além do cérebro”) são autênticos, não há encenação.

Fatos mortais – a morte cerebral elimina a consciência humana e a vida de uma pessoa. Não existem relatos onde, após a morte cerebral, o individuo preservou sua consciência. Após a morte do cérebro, vem “a morte da vida”.

 

Bloco 3 (interpretação espírita e subjetividade)

Pergunta 2 Como conciliar o fato espírita com o fato científico?

Os defensores da hipótese espírita apontam para o fenômeno como evidência de sua teoria, ou seja, uma vez que a mediunidade é um fato, eles afirmam que isso prova a imortalidade da alma. Mas, há um erro de raciocínio grave aí: o fato ou a verdade consistem na realidade do fenômeno espírita (caso tal realidade seja verdadeira), não necessariamente em sua interpretação dessa realidade!

Dito de outro modo, posso afirmar que ouvi um tiro quando escutei um barulho semelhante ao de uma arma de fogo. Mas, o barulho prova que alguém atirou com uma arma de fogo? E se eu estiver confundindo barulhos semelhantes – uma bomba, p. ex., pode se assemelhar ao barulho de um revólver! Logo, a menos que eu veja a arma e o disparo, posso sim está equivocado por confundir minha teoria com uma evidência (sugiro a leitura do artigo: Viés evolucionista inconsciente num artigo sobre viés inconsciente (Super útil, mas super enviesado!)“).

Retornando ao espiritismo, que algo se comunica por meio do médium, isso é fato. Mas, afirmar que é a alma de alguém que já morreu, só pela identificação psicográfica, pela voz e outras semelhanças, isso não é fato, mas apenas semelhança com aquilo que o falecido apresentava! Logo, a crença na imortalidade da alma é um fideísmo (muito embora seja um fideísmo bastante antigo, presente em muitas culturas e religiões, desde os egípcios e mesmo antes, na história da Criação a serpente, supostamente a primeira médium já que os profetas bíblicos enfatizam que ali no Éden era Satanás, o anjo caído, se utilizando da serpente)!

 

Bloco 4 (interpretação bíblica e objetividade)

Pergunta 3 A Bíblia oferece algo menos subjetivo, menos filosófico e fideísta?

Os profetas bíblicos reconhecem a existência da mediunidade. Mas eles não a chamam de dom divino. Pelo contrário, eles atribuem a Satanás (Gn 3. 1-5) e seus anjos (2ª Co 11.15) o dom da mediunidade. Ou seja, desde sempre a mediunidade existe na Terra. A interpretação dos profetas bíblicos desse fenômeno é clara e direta: os anjos maus se passam por pessoas que morreram (cf. 1º Sm 28), *imitando* sua aparência, voz e escrita, com o objetivo de iludir o médium e aqueles que estão ao seu redor.

Isso é filosófico e também subjetivo. E seria apenas isso se parássemos nossa investigação por aqui! É aí que entra em cena a fé – a confiança no invisível como uma conclusão a posteriori do que se vê!

Jesus foi um personagem histórico. Sua vida e morte na cruz são fatos que estão à disposição daqueles que desejarem pesquisa-los (lamentavelmente, o Corão ou Alcorão, não acredita na crucifixão de Jesus, o que torna esse documento religioso bastante desatualizado e indigno de plena confiança, principalmente por ter sido escrito bem depois dos livros bíblicos canônicos).

Jesus, assim como os profetas do AT e do NT, discordou do ponto de vista espírita. Em Lc 15, ele Se utiliza de uma crença imortalista e, de modo cômico (confira AQUI), apresenta a incoerência entre se crer na imortalidade da alma e na possibilidade de justiça! É aí que se inicia a beleza da objetividade da fé na mortalidade da alma – se a alma é imortal, logo não há justiça no universo, e por conseguinte, não há Deus! (Confira o artigo: Corpo, alma e paraíso com harpas x visão bíblica).

A morte como resultado da desobediência a Deus é necessária para a existência da justiça. Jesus ao acreditar em Adão e Eva literais (não metafóricos), confira em Mt 19, Ele também ratificou a crença de que somos pó e ao pó retornamos quando a vida cessa! E aí se abala outro pilar do fideísmo espírita – a teoria da evolução!

Jesus não deu margem para que Seus seguidores cressem nesse outro fideísmo – o teísmo evolucionista! Nem Jesus nem os fatos científicos! A evolução se baseia em aleatoriedade (mutação e seleção natural) e em morfologia, ou seja, semelhança de fósseis (confira o amontoado de evidências que sugerem fracasso absoluto da tentativa da teoria darwinista em explicar a origem das espécies AQUI). Logo, a evolução e o espiritismo têm muito mais em comum do que seus adeptos geralmente percebem: o espírita crê cegamente que o espírito é do morto pela semelhança; o crente evolucionista crê que homens e animais possuem ancestralidade comum pela semelhança de seus cadáveres fósseis!

Mas, qual espírita já alegou algo além da semelhança? E qual evolucionista alegou algo além da morfologia?

Por outro lado, Jesus cria na semana literal de 7 dias da Criação (confira as evidências para a literalidade dos dias da Criação AQUI), onde cada espécie fora criada separadamente onde o único ancestral de todos os seres viventes era o próprio Criador! Jesus ao chamar Satanás de Pai da mentira (Jo 8.44), afirma que a ilusão que a mediunidade promove é prejudicial, uma vez que 1) é produzida por anjos que trabalham contra a salvação da alma e 2) se assemelha não por ser legítima, mas para por uma mentira, um engodo!

Então, o espiritismo se divorcia por completo da visão bíblica sobre o assunto morte ao negar a existência de anjos maus, da Criação divina súbita e não gradual, e a existência de pecado – desobediência aos mandamentos de Deus.

 

Conclusão da 1ª Parte

A objetividade da visão de que somos mortais e não temos nada imortal em nós consiste na historicidade de Jesus Cristo (e percebam que ainda nem entrei na possibilidade de Sua divindade!), no fato científico de que a morte cerebral gera a cessação da vida e mais: as improbabilidades da teoria da evolução a tornam quase uma mentira! Nunca se viu planta gerando algo que não fosse planta, animais gerando animais e humanos da mesma forma. Essa realidade objetiva e testável corrobora a afirmação de Jesus de fomos criados e não pertencemos a qualquer processo evolucionário!

Logo, se Jesus estiver correto, se a ciência estiver correta, não somos animais, somos pecadores, e morremos absolutamente quando morremos, ou seja, não há nada em nós que sobreviva quando morremos, a não ser nossas obras (Ap 14.13). Os anjos maus se aproveitam daqueles que não conhecem os ensinamentos de Jesus e/ou mesmo conhecendo, escolhem desobedecer os ensinamentos de Cristo, e possuem a mente de médiuns em sessões onde há semelhanças de coisas daqueles que já morreram.

Os anjos maus, assim fazendo, tentam minar a justiça de Deus na Terra, pois mesmo as pessoas más, de acordo com o fideísmo espírita, são imortais, gerando outra injustiça para Deus – pecadores que pecaram por algumas décadas passam uma eternidade num suposto inferno (outra possível distorção de Satanás, confira AQUI). (Hendrickson Rogers)

 

Para continuar o estudo, por gentileza, acesse sua segunda parte AQUI.

 

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