A reprodução seletiva nada mais faz do que combinar genes existentes, sendo assim, a única maneira de levar a evolução a novos níveis de complexidade é introduzir um novo material genético. A única fonte natural de material genético novo na natureza são as mutações. No neodarwinismo atual, o mecanismo central para a evolução são a mutação aleatória e a seleção natural.
O conceito de mutação foi popularizado para o segmento mais jovem, há poucos anos, pelas adolescentes Tartarugas Ninjas Mutantes e os X-Men, por exemplo, e hoje praticamente qualquer filme de ficção científica apresenta esse tipo de mutação. Mas o que é exatamente isso? Mutação é evolução ?
Já que o gene é semelhante a um conjunto codificado de instruções, uma mutação é como um erro de digitação – uma letra trocada aqui, um sinal de pontuação alterado ali, uma frase ou código genético omitidos. Mas temos aí um problema óbvio. Se você introduz um erro de digitação no relatório que está escrevendo, é improvável que isso vá melhorá-lo. É mais provável que um erro venha a piorar e não melhorar o sentido do texto. O mesmo é verdade quanto a erros no código genético. A maioria das mutações é prejudicial ou, frequentemente, letal ao organismo, de modo que, se as mutações se acumulassem, o mais provável seria que o resultado fosse involução, e não evolução.
Com o propósito de fazer sua teoria funcionar, os neodarwinistas devem esperar que algumas mutações, em algum lugar e de algum modo,venham a ser benéficas. Além disso, dado que a evolução de uma única estrutura ou de um novo órgão em particular pode exigir milhares e milhares de mutações, os neodarwinistas devem esperar que uma grande quantidade dessas raras mutações benéficas ocorra em um único organismo. As improbabilidades são chocantes.
Se levarmos o neodarwinismo ao laboratório e o testarmos experimentalmente, as dificuldades apenas se multiplicarão. O modo mais prático de estudar mutações em laboratório é com a ajuda da mosca-da-fruta comum – do tipo que você pode ver voando ao redor de bananas maduras na cozinha. Uma vez que essa pequena mosca alcança a maturidade sexual em apenas cinco dias, podem ser observados os efeitos da mutação sobre várias gerações. Com o uso de substâncias químicas ou de radiação para induzir mutações, cientistas têm produzido moscas com olhos púrpura ou brancos; moscas com asas superdimensionadas ou encolhidas ou mesmo sem asas; larvas de mosca com pelos rígidos esparsos ou em tal quantidade que elas se tornam semelhantes ao porco-espinho.
Mosca-da-fruta – Euaresta aequalis
Não obstante, toda essa experimentação de modo algum tem feito avançar a teoria da evolução, pois nada tem sido produzido a não ser formas bizarras de mosca-da-fruta. As experiências jamais produziram um novo tipo de inseto. As mutações alteram os detalhes em estruturas existentes — como a cor dos olhos ou o tamanho das asas —, mas não levam à criação de novas estruturas. A mosca-da-fruta continua sendo mosca-da-fruta. À semelhança do processo de reprodução, as mutações genéticas produzem apenas mudanças menores e limitadas.
Além disso, as pequenas mudanças observadas não se acumulam para criar mudanças maiores – princípio central do darwinismo. De fato, as mutações não são a fonte para as mudanças infinitas e ilimitadas exigidas pela teoria da evolução. Quer examinemos as experiências de reprodução ou as experiências de laboratório, o resultado é o mesmo: as mudanças em seres vivos permanecem estritamente limitadas a variações de um tema. Não vemos o surgimento de novas e mais complexas estruturas.
O mesmo padrão se mantém por todo o tempo, como vemos na pesquisa dos fósseis. A regra definitiva é que os organismos aparecem completamente formados, com variações agrupadas em torno do mesmo padrão, sem estágios transitórios que cumpram etapas evolutivas. De fato, a pesquisa de fósseis, como um todo, apresenta evidências convincentes contra o darwinismo.
O domínio desses fatos básicos nos dá as ferramentas adequadas para pensar de forma crítica a respeito dos exemplos tipicamente usados para apoiar a evolução. Tomem-se os famosos pintassilgos de Darwin, pássaros cuja variação no tamanho dos bicos ajudou a inspirar sua teoria inicial. Estudo recente, destinado a apoiar o darwinismo, descobriu que os bicos daqueles pássaros crescem mais nas estações secas, nas quais os grãos que comem são mais duros e secos, mas crescem menos após a estação chuvosa, em que pequenas sementes tornam-se novamente disponíveis.
Isso é a evolução acontecendo “ante [nossos] próprios olhos”, conclui o autor do estudo. Mas, na verdade, é exatamente o contrário: a mudança no bico dos pássaros é uma flutuação cíclica que lhes permite adaptar-se e sobreviver, aponta Phillip Johnson, em Reason in the Balance (Razão na Balança). Em outras palavras, é uma pequena adaptação que permite aos pássaros… continuar a ser pássaros. A mudança não demonstra que estejam desenvolvendo um novo tipo de organismo ou que originalmente se desenvolveram de outro organismo.
O mesmo vale para todas as frequentemente citadas “confirmações” da evolução, tais como os organismos que desenvolvem resistência a antibióticos e insetos que desenvolvem resistência ao inseticida. E, ainda mais perturbador, alguns dos mais famosos exemplos têm sido desmascarados como metas fraudes – como é caso recente das mariposas matizadas de preto-e-branco, na Inglaterra. Os livros escolares asseguram que, durante a Revolução Industriai, quando os troncos das árvores foram escurecidos pela fuligem, uma variedade de mariposas de cores brilhantes tornou-se mais visível e mais fácil de ser comida pelos pássaros, enquanto um tipo de mariposa mais escura se multiplicava.
Isso é apregoado como ilustração clássica da seleção natural, a teoria de que a natureza preserva as formas que funcionam melhor que suas rivais na luta pela existência. No entanto, recentemente foi descoberto que as fotografias exibindo as mariposas brilhantes contra os troncos de árvore enegrecidos foram fraudadas. Mariposas pintadas voam ao redor dos galhos mais altos e de modo algum pousam nos troncos. Ainda mais recentemente, o biólogo Theodore Sargent, da Universidade de Massachusetts, admitiu haver colado exemplares mortos de mariposas sobre troncos de árvore, para um documentário. A respeitada revista Nature afirma que o exemplo das mariposas, considerado o “cavalo premiado de nosso estábulo” para ilustrar a evolução por seleção natural, deve agora ser rejeitado.
Nenhuma descoberta científica contradisse o princípio básico de que a mudança em seres vivos é limitada. Luther Burbank, tido como o maior criador de animais reprodutores de todos os tempos, disse que a tendência dos organismos de se manterem fiéis à sua condição é tão constante que pode ser considerada uma lei natural – que ele chamou de Lei da Reversão ao Padrão Médio. É uma lei, disse ele, que “mantém todos os seres vivos dentro de limites mais ou menos fixos” .
A despeito do que dizem os livros escolares, Darwin não provou que a natureza é capaz de ultrapassar esses “limites fixos”. Ele apenas sugeriu que isso era teoricamente possível – que mudanças menores poderiam se acumular por milhares de anos até que um peixe se tornasse anfíbio, um anfíbio se tornasse réptil e um réptil se tornasse mamífero. Mas, passados mais de cento e cinquenta anos, ficou claro que as especulações de Darwin dissipam-se em vista de todos os resultados dos experimentos de laboratório e de reprodução controlada, bem como diante do padrão da pesquisa de fósseis.
As palavras simples do primeiro capítulo de Gênesis ainda se mantêm firmes: Deus criou cada ser vivo para se reproduzir “segundo a sua espécie” (Gênesis 1:11, 12, 21, 24, 25).
Fonte: E Agora Como Viveremos, de Charles Colson e Nancy Pearcey via Onze de Gênesis.