novembro 21, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

Apocalipse – possibilidades (capítulo 3: Laodicéia)

Capítulo 3.14-22

Ap

Texto (ARA, 3ª ed)

Leitura com a fundamentação das possibilidades que tentam alcançar a intenção do profeta João e a intenção do Revelador Jesus Cristo

3.14

Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:

Para o mensageiro que receberá esta mensagem lá na igreja de Laodicéia, você diz assim João: o Autor desta mensagem é o Sim de Deus (2ª Co 1.20), o Deus-Verdade (Is 65.16), Aquele que não possui mentira em Seus lábios, a Causa primeira de tudo o que foi criado por Deus:

3.15

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!

Eu conheço como vocês da igreja de Laodicéia são: são do mundo mas creem ser Meus. Eu preferiria que fossem ou do mundo ou Meus!

                         “Muitos do professo povo peculiar de Deus estão tão conformados com o mundo que seu caráter peculiar não é discernido, e torna-se difícil fazer distinção ‘entre o que serve a Deus e o que não O serve’ [Ml 3.18]. Deus faria grandes coisas por Seu povo se eles se separassem do mundo. Caso se submetessem à Sua direção, Ele torná-los-ia um louvor em toda a Terra” (WHITE, 2013b, p. 116).

                             “A Igreja de Laodicéia é repreendida por sua falta de fervor espiritual, mas os membros que recebem a dádiva da justiça de Cristo são reintegrados na condição de pureza que distinguiu os cristãos primitivos” (BATTISTONE, 1989, p. 43).

                             “A rica cidade de Laodiceia estava situada em uma importante estrada comercial. Era famosa por ter uma indústria de fabricação de lã, por seus bancos (que tinham grande quantidade de ouro) e por uma escola de medicina que produzia um colírio famoso. A prosperidade de Laodiceia enchia os cidadãos de autossuficiência. Em torno de 60 d.C., quando um terremoto destruiu a cidade, os cidadãos recusaram a ajuda de Roma, alegando que tinham tudo de que precisavam para a reconstrução. Como faltava água na cidade, seu fornecimento se dava por meio de um aqueduto que vinha das fontes termais em Hierápolis. Visto que a fonte ficava distante de Laodiceia, a água tornava-se morna quando chegava ali” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 31).

3.16

Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;

E por viverem essa duplicidade e não se decidirem de que lado estão, isso me causa tão grande mal-estar que estou prestes a lançá-los fora de Meu corpo;

                             “A aparência destituída da verdadeira essência causa náuseas a Cristo. Ao lerem isso, os destinatários do Apocalipse teriam, por certo, a vivida descrição dos muitos chafarizes, ou ninfeus, que faziam parte da ornamentação da cidade. Eram obras de arte, esculpidas no mais fino estilo greco-romano. Mas o incauto sedento que fosse beber de suas águas seria surpreendido pelo gosto ruim que elas possuíam. Sendo a região rica em sulfato, o mesmo produto que permitia a fabricação de colírio contaminava os principais lençóis freáticos, fazendo com que muitas fontes de água mineral se tornassem salobras. Além disso, o vale era parte de uma região vulcânica que aquecia as águas tornando-as mornas e impróprias para o consumo. A prefeitura local gastava muito dinheiro canalizando água potável de alguma fonte para as residências. Porém, os chafarizes continuavam vertendo uma água mineral aparentemente cristalina, mas salobra e morna” (SILVA, 2009, p. 95).

3.17

pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.

e vocês ainda dizem: “temos riquezas, não somos necessitados”, mas Eu os vejo como pessoas sem alegria, na penúria espiritual, necessitadas de ajuda, com visão anuviada e despidas do Meu perdão.

                              τυφλός (tuphlos) significando “opaco por fumaça” ou “cego física ou mentalmente”, traduzindo a partir do aplicativo the Word.

                             “Muitos se aferram a suas dúvidas e pecados prediletos, mas estão tão enganados que falam e sentem como se não necessitassem de nada. Acham-se na maior necessidade da graça de Deus e de discernimento espiritual para poderem descobrir sua deficiência no conhecimento espiritual. Falta-lhes quase tôda qualificação necessária para aperfeiçoar um caráter cristão. Não têm um conhecimento prático da verdade bíblica, o qual conduz à humildade na vida e à uma submissão à vontade de Cristo. Não vivem obedecendo aos requisitos de Deus”.

                             “Aos que se sentem seguros em seus progressos, aos que se crêem ricos em conhecimento espiritual, é-lhes difícil receber a mensagem que declara estarem enganados e necessitados de tôda graça espiritual. O coração que não foi santificado é enganoso mais que tôdas as coisas e perverso’ [Jr 17.9]. Muitos se estão lisonjeando de que são bons cristãos, mas não têm um só raio da luz de Jesus. Não têm uma viva experiência pessoal na vida divina. Necessitam humilhar-se profunda e cabalmente diante de Deus antes de sentir sua verdadeira necessidade de esforços ferventes e perseverantes para obter os preciosos dons do Espírito” (MELLO, 1959, p. 108).

                             “Foi-me mostrado que a maior causa de o povo de Deus se achar agora nesse estado de cegueira espiritual, é o não receberem a correção. Muitos têm desprezado as reprovações e advertências que lhes foram feitas. A Testemunha Verdadeira condena o estado morno do povo de Deus, o qual dá a Satanás grande poder sobre eles, neste tempo de espera e vigilância. Os egoístas, os orgulhosos, e os amantes do pecado são sempre assaltados por dúvidas. Satanás tem habilidade em sugerir dúvidas e inventar objeções ao testemunho que Deus envia, e muitos consideram uma virtude e indício de inteligência, o mostrar-se incrédulo, questionar e contrafazer. Os que querem duvidar têm suficiente oportunidade para isso. Deus não Se propõe fazer desaparecer toda ocasião para a incredulidade. Apresenta evidências que precisam ser cuidadosamente investigadas, com espírito humilde e susceptível ao ensino; e todos devem julgar pela força dessas mesmas evidências” (WHITE, 2013c, 306).

                             “Os laodiceanos vangloriam-se de um profundo conhecimento da verdade bíblica, uma profunda visão nas Escrituras. Eles não são totalmente cegos, se assim fosse, o colírio não teria nenhum valor para lhes restaurar a visão, e capacitá-los a discernir os verdadeiros atributos de Cristo. […] O olho é a consciência sensível, a luz interior da mente. […] O “colírio‟, a Palavra de Deus, que faz doer a consciência ao ser aplicada; pois convence do pecado. Mas a dor é necessária para que a cura possa vir em seguida”; Ellen G. White, R & H, 3/11/1897 apud Thiele e Berg (1960, p. 102).

3.18

Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.

Por conhecer vocês completa e profundamente, Eu, Jesus, lhes dou Meu diagnóstico e a receita para a cura: negociem comigo (Is 55.1-7)! Eu sou e tenho amor que vale mais do que uma rica conta bancária, e desejo muito fazer uma troca com vocês: Eu coloco Meu amor e Minha fé (1ª Pe 1.7) no caráter de vocês e, em troca, vocês não priorizam mais as “riquezas” que dizem possuir, as quais não podem resolver os verdadeiros problemas da humanidade. Posso torná-los ricos de verdade e eternamente, como Eu sou; mas, para que isso aconteça, preciso colocá-los no crisol, para que Eu, como Ourives, retire as contaminações do pecado que estão no caráter de cada um, através do fogo da provação e, somente assim, Minha imagem estará estampada em cada um de vocês. Também lhes ofereço em troca os resultados de Meu sacrifício na cruz – perdão e santificação (Zc 3), que permearão o estilo de vida de vocês e os revestirão por completo, em lugar da nudez espiritual que prevalece sobre os que pensam obter a salvação por seus méritos (e os que nem na salvação pensam) e outros métodos de salvação que não dependem do Meu sacrifício. E ainda ofereço Meu colírio para a visão obscurecida de vocês: a Minha Palavra, o conjunto das Minhas revelações à humanidade, acompanhada da unção do Espírito Santo (At 10.38, Jo 14.26 e 16.13). Somente com a cosmovisão gerada pelo batismo diário do Espírito Santo vocês verão a realidade convencionada por Mim, claramente.

                          “Jesus não repreendeu os cristãos em Laodiceia por um pecado grave. Seu problema era a complacência que levava à letargia espiritual. Assim como a água que chegava à cidade, eles eram mornos. Declaravam ser ricos e não precisar de nada; no entanto, eram pobres, nus e cegos em relação à sua condição. A igreja de Laodiceia simboliza a situação espiritual da igreja de Deus perto do fim da história da Terra. Na advertência de Jesus em Apocalipse 16:15, há uma referência às “vestiduras brancas” da justiça de Cristo, necessárias a Laodiceia em sua nudez espiritual (veja Ap 3:18).

                             “Essa advertência em meio a uma referência à batalha do Armagedom pode parecer estranha, pois não mais é possível receber essas vestiduras. Afinal, a porta da graça já terá fechado para todos. Mas a advertência aparece em conexão com a sexta praga e o Armagedom, pois Jesus desejava lembrar Laodiceia de estar preparada para o terrível conflito, antes que fosse tarde demais. Se o povo de Laodiceia preferir permanecer nu (Ap 3:17, 18), estará perdido e envergonhado em Sua vinda (veja 1 Jo 2:28–3:3)” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 31).

                              “Talvez alguns digam que esperar favor de Deus por meio de nossas obras é exaltar os próprios méritos. Certamente não podemos comprar uma vitória sequer com nossas boas obras; todavia, nos é impossível ser vitoriosos sem elas. A compra que Cristo nos recomenda é simplesmente cumprir as condições que Ele nos propõe. A verdadeira graça, que é de inestimável valor e que resistirá a experiência da provação e da adversidade, só se obtém pela fé, e pela humilde obediência apoiada pela oração. As graças que resistem as provas da aflição e da perseguição, e demonstram sua pureza e sinceridade, são o ouro que é provado no fogo e achado genuíno. Cristo oferece vender este precioso tesouro ao homem: ‘Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo.’ Apocalipse 3:18. O morto, frio cumprimento do dever não nos faz cristãos. Devemos sair do estado de mornidão e experimentar conversão real, ou perderemos o Céu” (WHITE, 2013c, p. 88).

                             “É na tentativa de salvar o crente do orgulho espiritual e da acomodação no erro que Cristo diz repreender e disciplinar a todos quantos ama. Essa repreensão poderá vir desde a forma de advertências proféticas até o colapso que leva a mente a se lembrar de Deus. Situada em uma área de muitas atividades sísmicas, Laodicéia sofria muito com terremotos que causavam grande destruição. Durante o reinado de Augusto, um forte tremor destruiu vários prédios que foram reconstruídos com a ajuda do Império.

                             “Em 17 AD., foi novamente atingida, e recuperada por Tibério César. Porém, quando a cidade se viu abalada pelo mais terrível terremoto de sua história, em 60 a. D., simplesmente recusou qualquer ajuda imperial, alegando que isso seria uma humilhação para seus abastados cidadãos. Seu orgulho havia chegado ao limite do ridículo. Historiadores como Estrabão e Tácito dizem que Laodicéia não apenas recusou a ajuda imperial, mas procurou reconstruir-se com suas próprias forças.

                             “Um único morador, chamado Nicostratus, disse ter dinheiro suficiente para, sozinho, financiar a reconstrução do estádio olímpico. Quando o enviado de Roma chegou à porta da cidade para verificar o estrago e agilizar a remessa de ajuda, os orgulhosos representantes dispensaram sua visita, sugerindo que seguisse adiante buscando outro povo mais necessitado do que eles. Esse episódio repercutiu negativamente entre o povo que, 40 anos depois, ainda era reconhecido como orgulhoso e arrogante. Curiosamente, por esse tempo, boa parte da população laodiceana era constituída de judeus, muitos deles convertidos ao cristianismo. O segmento judaico da metrópole contava com algo em tomo de sete a onze mil habitantes. Há quem estime que a atitude orgulhosa diante do desastre seria estimulada por judeus influentes que moravam no lugar. Seja como for, os destinatários imediatos da carta estavam bem familiarizados com a história da rejeição e se lembraram dela, ao lerem a advertência de Cristo para que o erro não se repetisse na igreja cristã local” (SILVA, 2009, p. 95, 96).

                          “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida” (1ª Timóteo 6.17-19).

                     “O colírio é aquela sabedoria e graça que nos habilitam a discernir entre o mal e o bem e a detectar o pecado sob qualquer disfarce. Deus deu a Sua igreja olhos aos quais requer dos crentes que unjam com sabedoria, para que vejam claramente; muitos, porém, se pudessem, tirariam os olhos da igreja; pois não quereriam que suas ações viessem a luz, para não serem reprovados. O colírio divino comunicara clareza ao entendimento. Cristo é o depositário de todas as graças. Ele diz: “Aconselho-te que de Mim compres.” Apocalipse 3:18” (WHITE, 2013d, p. 88).

                             “A Testemunha fiel e verdadeira nos aconselha, de um modo formal e solene, sob as figuras de ouro, vestiduras brancas e colírio, a procurar nEle, rápida e fervorosamente, um aumento das celestes graças da fé, esperança e amor, a justiça que só Ele pode dar, e a unção do Espírito Santo. Mas como é possível que um povo destituído destas coisas se considere rico? Há uma explicação possível, e talvez necessária, visto não haver lugar para outra. Devemos observar que nos laodicenses não se encontra falta alguma quanto às doutrinas que professam. Não são acusados de albergarem no seu meio nenhuma Jezabel, ou de apoiarem as doutrinas de Balaão ou dos nicolaítas. Pelo teor da carta, vemos que a sua crença é correta, e a sua doutrina sã. Deduz-se, pois, que se contentam com ter uma doutrina correta.

                             “Satisfazem-se com uma correta forma de religião sem o seu poder. Tendo recebido luz acerca dos acontecimentos finais desta dispensação, e com correto conhecimento teórico das verdades que dizem respeito à última geração da humanidade, são inclinados a confiar nisso e negligenciam a parte espiritual da religião. É, sem dúvida, por suas ações, não por suas palavras, que se declaram ricos. Tendo tanta luz e verdade, que mais podem eles desejar? Se defendem a teoria, e no que concentre à sua vida exterior, se conformam com a progressiva luz derramada sobre os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, não será sua justiça completa? Não são ricos, e enriquecidos, e de nada tendo falta? Aqui está o seu fracasso. Todo o seu ser devia ansiar pelo espírito, o fervor, a vida, o poder do cristianismo vivo” (SMITH, 1979, p. 57,58).

3.19

Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.

Como Pai da humanidade, Eu menciono quais são seus erros e educo a todos, sem exceção, pois Eu amo muito Minha criação. Dou-lhes esta ordem de Pai: reconheçam seus erros e mudem. Usem o livre-arbítrio que Eu lhes dei.

3.20

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.

Estou sempre em contato com a mente de cada ser humano, e faço isso respeitosamente. Não uso Meu livre-arbírtrio divino desrespeitando o livre-arbítrio humano. Mas tenho pressa! As aprendizagens acontecem na maior velocidade que Eu consigo realizar, de acordo com a resposta que Eu recebo daquele a quem convido e insisto. Todos os que Me correspondem positivamente, mantemos um relacionamento de obrigações mútuas, uma simbiose entre Criador e criatura cujo foco é a santificação bíblica como preparo para Meu retorno iminente.

                             “Jesus assegurou aos habitantes de Laodiceia que os amava. Ele apela para que eles se arrependam (Ap 3:19). Ele concluiu Seu apelo descrevendo-Se como o Amante de Cânticos 5:2-6, que está à porta, batendo e implorando para entrar (Ap 3:20). Todos os que abrem a porta e O deixam entrar têm a promessa de que terão um jantar pessoal com Ele e, finalmente, reinarão com Ele em Seu trono (veja Ap 20:4)” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 31).

                             “Em Laodicéia, o anúncio da breve chegada é substituído pela visão de alguém que já chegou e está à porta, esperando entrada. Diferente do costume ocidental, no oriente, quando alguém chega a uma casa, anuncia-se. O recurso de bater à porta é mais comumente usado para situações de emergência ou crise carente de pronto atendimento. Um amigo em visita cordial, não apressada, anunciava seu nome, e o anfitrião reconhecia a voz, convidando-o a entrar.

                             “Porém, numa situação de urgência, como a chegada de um exército ou uma tempestade, não havia tempo para anúncios formais e utilizava-se o método de bater fortemente à porta, indicando que o assunto era sério. A partir desse reconhecimento cultural, entendemos que Jesus não está calmamente batendo, como se fosse apenas uma visita regular. Ele bate com força, denunciando urgência. O tempo está terminando e a necessidade de aceitar Sua salvação é agora. A urgência dos acontecimentos e a vontade divina de salvar o homem explicam o gesto de Cristo, insistindo à porta do nosso coração, para que o abramos e Lhe concedamos morada.” (SILVA, 2009, p. 96, 97).

                             “Oh profundidade insondável do grande amor divino! O Salvador, qual penitente e suplicante, desce da glória onde em todos tem livre acolhida, para se colocar à porta da igreja de Laodicéia. Vêmo-Lo do lado de fora, onde o deixam desdenhosamente, batendo e rogando que seja admitido! De nenhuma outra das seis igrejas anteriores é dito terem cometido tão cruel indiferença para com o Senhor a quem tudo devem! Mas, que grandiosa manifestação de compaixão e clemência por uma igreja que em geral não Lhe corresponde!

                             “Mesmo que a tenha declarado morna, desgraçada, miserável, pobre, cega e núa, ela é ainda a Sua igreja amada e devota-lhe tôda a imensidade de Seu inigualável amor. Ele não pode abandoná-la, pois é contrário a Seus afetos por ela deixá-la no abandono, a perecer. Êle compreende que, agora, no estado precário em que ela se encontra, mais que nunca necessita dÊle como Médico assistente. Não pode consentir, jamais, que Sua igreja padeça de tão grandes males, sem Sua assistência. Ansioso procura vê-la e ser por ela recebido com um amor não menor do que o que lhe tem dispensado” (MELLO, 1959, p. 114).

                             “Diz a Testemunha Verdadeira: “Eis que estou à porta, e bato”. Apocalipse 3:20. Toda advertência, reprovação e súplica, transmitida pela Palavra de Deus ou por Seus mensageiros, é uma batida na porta do coração. É a voz de Jesus que solicita entrada. A cada toque não atendido, torna-se mais fraca a disposição para abrir. A impressão do Espírito Santo que é hoje rejeitada, não será tão forte amanhã. O coração torna-se menos impressionável, e cai numa perigosa inconsciência da brevidade da vida e da grande eternidade além. Nossa condenação no Juízo não será resultado de havermos estado em erro, mas do fato de termos negligenciado as oportunidades enviadas pelo Céu, para conhecer a verdade” (WHITE, 2007c, p. 428).

                             “Quando o testemunho da Testemunha Fiel, concluir a sua obra, todos os impenitentes mornos, que porventura ainda cerrarem seus ouvidos e corações aos apelos de Jesus e preferirem continuar no deplorável estado espiritual, serão então arrojados da igreja por uma sacudidura determinada pelo fato de se terem levantado contra o testemunho da Testemunha Fiel. A igreja de Laodicéia estará então isenta de mornos, de cristãos espiritualmente desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus.

                             “O puro trigo estará então só pela primeira vez na história da igreja de Cristo, pronto para ser recolhido ao celeiro do reino eterno que o espera. Abramos, pois, agora, a porta ao Salvador, e tenhamos o indizível gôzo de clamar alegremente: “Oh! já estás aqui!” “Quando Cristo reina no coração, há santidade e libertação do pecado. A glória, a plenitude e a perfeição do plano do evangelho se cumprem na vida. A aceitação do Salvador proporciona um gôzo de perfeita paz, de genuíno amor e completa segurança. A beleza e a fragrância do caráter de Cristo, revelados na vida, testificam que Deus enviou, de fato, Seu Filho ao mundo, a fim de ser seu Salvador” (MELLO, 1959, p. 116).

                             “Quando a pessoa se rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse do coração. Opera-se uma mudança que o homem não pode absolutamente operar por si mesmo. É uma obra sobrenatural introduzindo um sobrenatural elemento na natureza humana. A alma que se rende a Cristo, torna-se Sua fortaleza, mantida por Ele num revoltoso mundo, e é Seu desígnio que nenhuma autoridade seja aí conhecida senão a Sua.

                             “Uma alma assim guardada pelos seres celestes, é inexpugnável aos assaltos de Satanás. Mas a menos que nos entreguemos ao domínio de Cristo, seremos governados pelo maligno. Temos inevitavelmente de estar sob o domínio de um ou de outro dos dois grandes poderes em conflito pela supremacia do mundo. Não é necessário que escolhamos deliberadamente o serviço do reino das trevas para cair-lhe sob o poder. Basta negligenciarmos fazer aliança com o reino da luz. Se não cooperarmos com os instrumentos celestes, Satanás tomará posse do coração e torná-lo-á morada sua.

                             “A única defesa contra o mal, é Cristo habitar no coração mediante a fé em Sua justiça. A menos que nos unamos vitalmente a Deus, nunca poderemos resistir aos não santificados efeitos do amor-próprio, da condescendência com nós mesmos e da tentação para pecar. Podemos deixar muitos hábitos maus, podemos por tempos separar-nos de Satanás; mas sem uma ligação vital com Deus pela entrega de nós mesmos a Ele momento a momento, seremos vencidos. Sem conhecimento pessoal com Cristo e constante comunhão ficamos submetidos ao inimigo, e havemos afinal de fazer-lhe a vontade” (WHITE, 2007c, p. 273).

3.21

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.

Quem continuar vencendo receberá a mesma recompensa que Eu recebi, ao completar parte de Minha missão na Terra: subi até o Santuário Celestial e Me sentei no trono de Deus Pai, acima da arca da Aliança (cf. 2° Rs 19.15; Nm 7.89 e Êx 25.22). Eu farei questão de que reinem comigo durante os mil anos, governando o universo inteiro ao Meu lado (cf. Dn 7.27), para terem todas as suas perguntas respondidas e compreenderem minimamente o Meu ponto de vista, Minha cosmovisão, a realidade convencionada por Deus.

3.22

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Quem tem interesse em aprender de Mim, atenda ao Espírito Santo que está conduzindo as mentes de João (na recepção desta mensagem e sua escrita) eMeus outros mensageiros (na leitura e transmissão dela) para as sete igrejas.

 

Referências:

BATTISTONE, Joseph J. Lições da Escola Sabatina, 2º Trimestre de 1989, nº 374, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.

MELLO, Araceli S. A Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse, 1959.

SILVA, Rodrigo Pereira. Comentário Gramático Histórico do Apocalipse – Anotações para acompanhamento de classes. Faculdade Adventista de Teologia, 2009. Disponível em: <http://www.adventistas.com/wp-content/uploads/2014/10/Comentario-Gramatico-Historico-do_Apocalipse-Rodrigo-P-Silva.pdf>. Acesso em: jan. 2017.

SMITH, Urias. As profecias de Daniel e Apocalipse, vol. 2. O livro de Apocalipse, 1979.

STEFANOVIC, Ranko; MODZEIESKI, Carla N. O Livro do Apocalipse. Lição da Escola Sabatina. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n° 495, jan., fev., mar., 2019. Adultos, Aluno.

THIELE, Edwin R.; BERG, Henrique. Apocalipse – esboços de estudos, 1960. Disponível em: <http://www.iasdsapiranga.com.br/assets/esbo%C3%A7os-do-apocalipse.pdf>. Acesso em: fev. 2017.

WHITE, Ellen G. O Desejado de Todas as Nações, 2007c. Disponível em: <http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/O%20Desejado%20de%20Todas%20as%20Na%C3%A7%C3%B5es.pdf>. Acesso em: jun. 2017.

_________. Testemunhos para a Igreja, v. 2, 2013b. Disponível em: <http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Testemunhos%20para%20a%20Igreja%202.pdf>. Acesso em: ago. 2017.

_________. Testemunhos para a Igreja, v. 4, 2013c. Disponível em: <http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Testemunhos%20para%20a%20Igreja%204.pdf>. Acesso em: ago. 2017.

_________. Testemunhos Seletos, v. 1, 2013d. Disponível em: <http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Testemunhos%20Seletos%201.pdf>. Acesso em: ago. 2017

 

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