maio 8, 2024

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Jesus como o único Messias divino

Embora relutasse em tirar proveito desse título em público para descrever Sua missão, Jesus não repreendeu Pedro (Mt 16:16, 17) nem a mulher samaritana (Jo 4:25, 26) quando o utilizaram

Um dos momentos decisivos do ministério de Jesus na Terra foi quando, em resposta à pergunta sobre quem Ele era, Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16). A palavra “Cristo” (christos, em grego; em hebraico, mashiyach) significa “ungido”, o “Messias”. O termo vem da raiz “ungir”, tendo sido utilizado em diversos contextos do Antigo Testamento. Foi usado até mesmo para designar um rei pagão, Ciro (veja Is 45:1). Portanto, quando Pedro chamou Jesus de “o Cristo”, estava expressando um ideal derivado do Antigo Testamento.

1. Leia os seguintes textos do Antigo Testamento que empregam a palavra “Messias” ou “ungido”. O que o contexto revela sobre seu significado? Ao chamar Jesus de “Messias”, como Pedro entendeu seu sentido?

Sl 2:2 ___________________________

Sl 18:50 _________________________

Dn 9:25 _________________________

1Sm 24:6 ________________________

Is 45:1 __________________________

Embora Pedro tenha sido inspirado pelo Senhor quando declarou que Jesus era o Messias (Mt 16:16, 17), com certeza ele não havia entendido plenamente o que isso significava. Ele não compreendia exatamente quem era o Messias, qual era Sua obra e, talvez o mais importante, como Ele a realizaria.

Pedro não estava sozinho em sua falta de compreensão a respeito desse assunto. Havia muitas concepções diferentes acerca do Messias em Israel. Por mais que o uso das palavras “Messias” ou “ungido” nos textos acima prenunciasse o que Ele finalmente seria e faria, isso não apresentava um panorama completo.

João 7:40 revela um pouco do que os judeus esperavam do Messias. Ele seria descendente de Davi, da cidade de Belém (Is 11:1-16; Mq 5:2). Essa parte eles entenderam corretamente. Contudo, no imaginário popular, o Messias da linhagem de Davi faria o que Davi fez, isto é, derrotaria os inimigos dos judeus. Ninguém esperava um Messias crucificado pelos romanos.

Evidentemente, quando escreveu suas epístolas, Pedro tinha uma compreensão mais clara acerca de Jesus como o Messias e sobre tudo o que Ele faria pela humanidade, visto que ele O chamou de “Jesus Cristo” 15 vezes em suas duas cartas.

Pedro sabia que Jesus não era apenas o Messias, mas também o próprio Senhor. Ou seja, ao escrever suas epístolas, ele tinha conhecimento de que o Messias era o próprio Deus. Embora a palavra “Senhor” [Lord, em inglês] possa ter um significado secular, o termo também pode ser uma clara referência à divindade. Em 1 Pedro 1:3 e 2 Pedro 1:8, 14, 16, o apóstolo se referiu a Jesus como o Messias, o Cristo, o Senhor, o próprio Deus.

Assim como outros escritores do Novo Testamento, Pedro descreveu a relação entre Deus e Jesus empregando as palavras Pai e Filho. Por exemplo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Pe 1:3; compare com 2Pe 1:17). Jesus é retratado como o Filho amado (2Pe 1:17), e parte de Sua autoridade como Senhor e de Seu status celestial vem desse relacionamento especial que Ele tem com Deus, o Pai.

2. Leia 2 Pedro 1:1; João 1:1 e João 20:28. O que esses textos revelam sobre a divindade de Jesus? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Ele é Filho de Deus, mas não é Deus.

B.( ) Ele é uma criatura assim como os anjos.

C.( ) Ele é o próprio Deus encarnado, o Senhor.

Em 2 Pedro 1:1, o apóstolo diz: “Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”. No original grego, o mesmo artigo definido (“o”) é usado para Deus e para Salvador. Gramaticalmente, isso significa que tanto “Deus” quanto “Salvador” se referem a Jesus. Portanto, essa passagem é uma das indicações muito claras da plena divindade de Cristo no Novo Testamento.

À medida que os primeiros cristãos se esforçavam para compreender quem era Jesus, eles colocaram gradualmente as evidências da Sua divindade no Novo Testamento. Nos escritos de Pedro, assim como nos textos de outros autores, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são distintos (por exemplo, Pai/Filho: 1Pe 1:3; 2Pe 1:17; Espírito Santo: 1Pe 1:12; 2Pe 1:21). Contudo, ao mesmo tempo, Cristo é retratado como plenamente divino, assim como o Espírito Santo. Com o passar dos anos, e depois de muita discussão, a igreja desenvolveu a doutrina da Trindade a fim de explicar o mistério da divindade da melhor maneira possível. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem a doutrina da Trindade como uma de suas 28 crenças fundamentais. Portanto, vemos em Pedro uma representação clara de Jesus não apenas como o Messias, mas como o próprio Deus.

Ao falar dos títulos de Jesus, “parece lógico começar com ‘Messias’, visto que a igreja cristã deve seu nome ao equivalente grego Christos, o ‘Ungido’. A palavra hebraica designa a figura do libertador a quem os judeus aguardavam e que seria o agente divino na inauguração de uma nova era para o povo de Deus. Tanto o termo grego como o hebraico derivam de raízes que significam ‘ungir’. É evidente que, ao chamar Jesus de ‘Cristo’, os escritores do Novo Testamento viam-O como alguém especialmente separado para uma tarefa específica.

“O título Christos ocorre mais de 500 vezes no Novo Testamento. Embora houvesse entre os contemporâneos de Jesus mais de um conceito de messianidade, geralmente se admite que, por volta do primeiro século, os judeus concebiam o Messias como alguém que possuía especial relacionamento com Deus. Ele surgiria no fim do tempo, quando o reino de Deus seria estabelecido. Era alguém por meio de quem Deus interviria na História para o livramento do Seu povo. Jesus aceitava o título de “Messias”, mas não encorajava seu uso, pois o termo encerrava conotações políticas que dificultavam o seu emprego. Embora relutasse em tirar proveito desse título em público para descrever Sua missão, Jesus não repreendeu Pedro (Mt 16:16, 17) nem a mulher samaritana (Jo 4:25, 26) quando o utilizaram. Ele sabia que era o Messias, conforme se deduz do relato de Marcos, onde Jesus afirma que receberia galardão quem desse de beber um copo de água a um de Seus seguidores, porque eles eram discípulos de Cristo (Mc 9:41)” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 186).

Fonte: Robert MclIver via LES (17-19/5/2017) da CPB.

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