O monte Santa Helena e a teoria do Catastrofismo
[Texto escrito com o português de Portugal]
Por Steven A. Austin, Ph.D.
A erupção do Monte de Santa Helena no dia 18 de Maio de 1980, Washington State, certamente que é lembrado como um dos eventos geológicos mais importantes nos Estados Unidos durante o século 20. A explosão que ocorreu no dia 18 de Maio foi iniciada por um tremor de terra e um derramamento de terra que envolveu 2,4 quilómetros cúbicos de rocha.
À medida que o cume e o declive voltado para o Norte deslizavam sobre o vulcão durante essa manhã, foi libertada pressão do interior do vulcão, onde água super quente imediatamente jorrou para fora em forma de vapor. A explosão do vapor libertou energia equivalente a 20 milhões de toneladas de TNT, que derrubou cerca de 388 quilómetros quadrados de floresta em cerca de 6 minutos.
No “Spirit Lake”, a norte do vulcão, uma enorme onda de água, iniciada por um oitavo de milha cúbica de resto de deslizamento de rochas, arrancou as árvores, algumas estando a 260 metros acima do nível da água antes da erupção.
A energia total produzida no dia 18 de Maio foi o equivalente a 400 milhões de TNT – aproximadamente 20,000 bombas com o tamanho da bomba de Hiroshima.
Também no dia 18 de Maio, e também durante erupções posteriores, limites energéticos críticos foram excedidos por parte de processos geológicos potentes que foram capazes de levar a cabo mudanças significativas num curto espaço de tempo. Estes processos geológicos colocam em causa o uniformitarianismo tradicional em torno da forma como a Terra funciona, e serve como um laboratório em miniatura para o catastrofismo.
Cientistas afiliados ao Institute for Creation Research passaram três Verões a investigar as mudanças geológicas que ocorreram no vulcão. Eis aqui dois pontos importantes por eles salientados:
1. Estratificação formada rapidamente
Mais de 120 metros de estrato espesso foi formado no Monte de Santa Helena desde 1980. Inicialmente, estes depósitos acumularam-se através de jactos aéreos, deslizamento de terra, ondas sobre o lago, fluxo piroclástico, fluxo de lama, queda de detritos, e correntes de água.
Provavelmente a acumulação mais surpreendente são os depósitos de fluxo piroclástico amontoados a partir de turbulentas lamas de detritos vulcânicos fluidizados, que se moveram rapidamente a partir dos flancos do vulcão à medida que a camada de detritos sobre o vulcão entrou em colapso.
Entre esses depósitos encontravam-se cinzas de pedra-pomes e camadas cujas espessuras iam de milímetros para mais de 1 metro, cada uma representando entre alguns segundos até vários minutos de acumulações. Um depósito que se acumulou em menos de um dia, no dia 1 de Junho de 1980, tem a espessura de 7,62 metros e contém muitas camadas finas.
Está convencionado assumir-se que as camadas e os leitos [rochosos] representam variações sazonais mais alongadas (ou alterações anuais) à medida que as camadas se vão lentamente acumulando.
No entanto, o Monte de Santa Helena ensina-nos que as camadas estratificadas que normalmente caracterizam as formações geológicas podem-se formar rapidamente através de processos de fluxo rápidos e poderosos (semelhantes aos que ocorreram durante o Dilúvio de Noé).
Tais estruturas têm-se formado rapidamente em ambiente sub-aquático em tanques de sedimentação instalados em laboratório, e como tal, não nos pode surpreender quando o mesmo ocorre em catástrofes naturais.
2. Rápida Erosão
A erosão que ocorreu durante as erupções vulcânicas no Monte de Santa Helena foi levada pela correnteza resultante de explosões de vapor, deslizamento de terra [“landslide”], ondas de água, fluxos de cinza de pumício quente (fluxos piroclásticos), e deslocação de lama.
Desde que as erupções ocorreram que os processos de erosão têm sido dominados por inundações estratificadas, e por fluxo aquático canalizado (e também, ocasionalmente, por lama em movimento).
Cerca de 5,95 metros quadrados de North Fork, em “Toutle River Valley”, foram obstruídos por dois terços duma milha cúbica e por detrito piroclástico (que tem estado em rápida erosão desde 1980).
Jactos de vapor provenientes da água e do gelo enterrados sob vapor de pumício quente causaram poços explosivos associados a processos de perda de massa nas margens dos poços, produzindo montes e barrancos com profundidades que vão para além dos 38 metros.
Documentação fotográfica reunida por cientistas associados ao Institute for Creation Research demonstra que ranchos e barrancos bem visíveis formaram-se junto às margens dos explosivos poços de vapor antes do dia 23 de Maio – menos de 5 dias depois do pumício ter sido depositado. Os ranchos e barrancos assemelham-se a ermos topográficos, que, segundo os geólogos, demoram “muitas centenas” ou mesmo “milhares de anos” a serem formados.
O deslizamento de lama proveniente do Monte de Santa Helena foi responsável pela maior parte da erosão. Um deles, que ocorreu no dia 19 de Março de 1982, causou a erosão dum sistema de desfiladeiro nas nascentes de North Fork do “Toutle River Valley” com profundidade que vai para além dos 42,6 metros, criando um novo padrão dentrítico de drenagem.
À medida que os cientistas do ICR investigavam este novo terreno, eles começaram a contemplar os processos que podem ter formado o “Grand Canyon” no Colorado River.
Os pequenos riachos que actualmente fluem através das nascentes do “Toutle River” podem parecer ter esculpido estes desfiladeiros de modo gradual e lento, e durante “um longo período de tempo” apenas e só se ignorarmos o facto dessas erosões terem sido observadas a ocorrer nos dias de hoje.
Os geólogos têm que aprender que, uma vez que a escala dos mitológicos “milhões de anos” (que eles foram treinados a atribuir ao desenvolvimento dos traços naturais da superfície terrestre) os iria levar a dar datas erradas a certas estruturas causadas pela erupção que ocorreu no Monte de Santa Helena, essa interpretação geológica pode muito bem ser totalmente inútil ou enganadora quando usada para atribuir “idades” a outras estruturas geológicas.
CONCLUSÃO
O Monte de Santa Helena disponibiliza-nos uma oportunidade rara para estudar os transientes processos geológicos que, no espaço de alguns meses, geraram mudanças que, se não tivessem sido empiricamente observadas, poderiam levar os geólogos a assumir erradamente que estas mudanças ocorreram durante “milhões de anos”.
Devido a isto, o vulcão coloca em causa a interpretação baseada nos “milhões de anos” relativa à funcionalidade dos processos geológicos terrestres, bem como a forma como eles variam, e também coloca em causa a escala temporal que é comum associar às formações e às estruturas geológicas. Estes processos, bem como os seus efeitos, servem de laboratório em miniatura para o catastrofismo.
Fonte: Institute for Creation Research via Darwinismo.