maio 9, 2024

Blog do Prof. H

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Hinduísmo

Thaipusam, festa indiana da religião hindu: “Devotos envolvidos nessa cerimônia são uma terrível demonstração de até que ponto estão dispostos a ir a fim de obter o favor do seu deus. […] É surpreendente ver que a carne não rasga  e o fluxo de sangue, quando ocorre, é mínimo. Cada devoto está em transe. […] A marca de cinza na testa no final do dia é cinza de esterco de vaca queimado e ‘purificado’. Tudo isso é para conquistar a bênção daquele que o devoto adora na ‘santidade’ do templo, o lugar de encontro co seu deus, e para ser abençoado pelas mãos do sacerdote. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 112, 113)

Em sua essência e em seus objetivos, o hinduísmo nos ensina que devemos buscar união com o divino. Por que união? Porque o hindu reivindica que somos parte integrante desse universo divino. O objetivo da pessoa é, porntat, descobrir essa divindade e vivenciá-la. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 144)

Ouça de novo as palavras de Deepak Chopra sobre esse propósito de vida. Ele faz esta afirmação no início de seu livro: ‘Na realidade, nós somos divindades disfarçada, e os deuses e deusas embrionários dentro de nós procuram se materializar de modo pleno. O verdadeiro sucesso é, portanto, a experiência do miraculoso. É o desabrochar da divindade dentro de nós’ (Deepak Chopra, The seven spiritual laws of sucess, p. 3, citado por Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 144, 145)

Essa é a essência do hinduísmo filosófico: autodeificação. Um dos principais filósofos da Índia declarou com a maior clareza possível: ‘O homem é Deus em um estado temporário de autoesquecimento’. Como é possível sermos resultado do mundo quântico, mas ao mesmo tempo deuses? Será que é isso que uns poucos milhares de anos de história humana nos ensinaram? Será que somos deuses solitários e confusos que perdemos o caminho? Esse é o motivo pelo qual no hinduísmo o ‘tu’ desaparece e o processo mediativo é prescrito, para que, como pessoas , possamos nos fundir com o absoluto impessoal — o ‘eu’ essencial, porque não há qualquer outro ser com significado. […] Devo acrescentar que essa é também a exata razão pela qual houve uma reviravolta no pensamento hindu. Filósofos posteriores repudiaram essa noção de Deus ser impessoal, e uma enxurrada de ensinos surgiu no pensamento hindu subsequente que levou à adoração de deuses pessoais. O Gita constitui a mais popular das escrituras hindus e está repleto de canções de adoração e louvor dirigidas a um deus pessoal. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 146)

A união com o absoluto impessoal desafia a língua, a razão e as realidades existenciais. Ela não satisfaz o anseio por comunhão. Por mais que alguém respeite o objetivo desse ensino, nós nos enganamos caso acreditemo que é filosoficamente coerente. Não é. É por isso que alguns dos mais respeitados filósofos e pensadores hindus o têm mencionado como um dos mais contraditórios sistemas de propósito de vida já defendidos. (Veja Radhakrishnan em seu livro Hindu view of life). Não apenas isso, mas o hinduísmo não conseguiria sobreviver à esterilidade desse tipo de autodeificação. Divindades pessoais surgem aos milhões, e os templos estão lotados de pessoas que procuram adorar. Não, a sugestão de divindade interior é aprisionadora da psique e a pessoa se desvencilha para encontrar outra divindade. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 146, 147)

Há uma passagem clássica no Bhagavad-Gita na qual Krishna aconselha o jovem Arjuna, que está no campo de batalha e enfrenta a possibilidade de matar seus próprios meios-irmãos. Ele se debate e não tem coragem de fazer isso. Krishna, que vem como seu condutor de carruagem, fala com ele sobre seu dever. Este era seu dever: desincumbir-se, na condição de guerreiro, da responsabilidade de sua casta. É assim que a vida anda. Mas ele disse a Arjuna para não ter medo de cumprir seu dever, pois todo o bem e todo o mal se fundem na derradeira realidade, Brahman. No Brahman, diz Krishna, a distinção se desfaz. Aquilo que parece mau é apenas a realidade menor. No final, a totalidade da vida, do bem e do mau, flui de Deus e retorna para ele ou para isso. “Vá a guerra e faça seu trabalho.” Essa convergência de tudo em uma realidade única e absoluta constitui o eixo da resposta para a pergunta por trás da pergunta [cf. a pergunta feita em João 9.2]. Pode-se ver como um sentimento de fatalismo predomina, quando toda a realidade está inexorável e inevitavelmente se desenrolando.

Há uma história engraçada sobre Shankara, o principal filósofo da Índia. Ele havia acabado de fazer uma preleção para o rei acerca do engano da mente e da ilusão mental da realidade material. No dia seguinte, o rei soltou um elefante, o qual causou uma grande destruição, e Shankara subiu em uma árvore para se proteger. Quando o rei lhe perguntou por que ele correra, uma vez que o elefante não era real, Shankara, para não ficar atrás, disse:

— O que o rei viu era o meu eu irreal subindo em uma árvore irreal!

Alguém poderia acrescentar: ‘Essa é uma resposta irreal’.

Embora essas histórias sejam vistas como fábulas, o hinduísmo clássico não tem nenhuma maneira de lidar com o problema do mal. Negar que o mal seja real não diminui a perversidade nem intimida o desejo do coração de buscar pureza. Grande parte da adoração hindu está imersa em rituais de purificação. É por isso que o corpus inteiro do hinduísmo popular está repleto de formas de adoração, medo de castigo, meios de alcançar o favor de Deus etc.

Mas por que são essas fomes elas próprias vistas como reais? Aliás, uma das críticas mais fortes do hinduísmo ao cristianismo e a razão apresentada para recusar sua validade é a referência hindu à época do raj (isto é ao domínio britânico) e ao mal da exploração dos subjugados. Não dá para ficar com as duas opções; o mal não pode ser ao mesmo tempo ilusório e concreto.

O hinduísmo explica que essa percepção do mal é induzida pela ignorância. Mas isso só empurra a questão mais para a frente. Se tudo é uma única coisa e se a pluralidade é uma ilusão nascida da ignorância, então quem é a fonte da ignorância senão essa única coisa? E, se a única coisa é a fonte da ignorância, então o absoluto impessoal naquela única coisa é um absoluto que carece de verdadeiro conhecimento. Mas aqui deparamos com a verdadeira resposta do hinduísmo à pergunta do homem que era cego de nascença [João 9.2].

A reencarnação é um aspecto central da filosofia hindu. Aliás, alguns pensadores orientais têm acorrido a essa passagem em particular sobre o cego como prova de que a Bíblia ensina a reencarnação. De que outra forma o homem poderia ter pecado antes de nascer? Estejamos certos de que isso é tanto uma deturpação da passagem quanto uma forma de esquiva de enfrentar o que a doutrina da reencarnação de fato advoga.

Em primeiro lugar, é improvável que esse trecho “ensine” a reencarnação. É apenas uma pergunta feita. O ensino da Bíblia é que “… está designado aos homens morrerem uma única vez, vindo depois disso o juízo” (Hb 9.27, KJV; grifo do autor). Aliás, nesse exato contexto Jesus declara que não houve nenhuma relação direta entre qualquer ato anterior e a situação do homem e que a oportunidade de escolher acreditar em Deus é breve, depois da qual não há nenhum remédio. Em contraste e por definição, a reencarnação é um ciclo repetitivo de causa e efeito, até que todas as transgressões tenham sido pagas e o absoluto tenha sido alcançado. Jesus nega essa possibilidade de forma clara. “… Está vindo a noite quando ninguém poderá trabalhar”, disse ele. A oportunidade acaba.

Em vez de levar em conta meus pensamentos sobre o que a reencarnação significa no hinduísmo, observe, em vez disso, as palavras dos Upanixades sobre o assunto:

Dessa maneira, aqueles que têm uma conduta agradável aqui — a perspectiva é, de fato, que entrarão em um ventre agradável, seja o ventre de uma brâmane [alguém da classe dos sacerdotes], seja o ventre de uma kshatriya [alguém da classe dos guerreiros ou reis], seja ainda o ventre de uma vaisya [alguém da classe dos trabalhadores ou especialistas]. Mas aqueles que têm uma conduta fétida aqui — a perspectiva é, de fato, que entrarão no ventre fétido de uma cadela, ou no ventre de uma porca, ou no ventre de uma pária (Chandogya Upanishad, 5.10.8).

Existem outras passagens com descrições mais detalhadas, ideias impossíveis de serem lidas com indiferença. Aqui o hinduísmo transmite uma sensação de erro herdado, o qual é vivido na vida seguinte em forma vegetal, animal ou humana. Essa doutrina é inegociável na filosofia hindu. Nas Upanixades existem passagens cuja leitura é bem chocante. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 176, 177, 178)

Mas essa religiões têm de fato uma diferença. O hinduísmo sustenta que por trás do mundo transitório ou irreal se encontra aquilo que é um última instância real. O budismo inverteu isso, dizendo que por trás do mundo real existe, na verdade, a impermanência. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 179)

Estamos vivendo em uma época em que vozes iradas pleiteiam com insistência cada vez maior que não propaguemos o evangelho, que não devemos considerar ninguém “perdido” apenas porque não é “cristão”. “Todos nascemos em crenças diferentes e, portanto, devemos deixar as coisas como estão” — é o que diz a “sabedoria” tolerante de nossa época. Mahatma Gandhi, por exemplo, se pronunciou contra a ideia de conversão com vigor. Quando fazem essas declarações, as pessoas esquecem ou não sabem que ninguém nasce cristão. Todos os cristãos são cristãos em consequência da conversão. Pedir ai cristão que não tente comunicar sua fé a alguém de outra religião é pedir ao cristão que negue sua própria fé.

Conta-se que Sri Ramakrishna, um dos principais “santos” da Índia, foi muçulmano por um breve período, foi cristão também por um breve período e, então, por fim voltou a ser hindu, porque chegou à conclusão de que todas essas religiões são iguais. Se são todas iguais, por que ele voltou ao hinduísmo? de fato não é verdade que todas as religiões sejam iguais. Nem mesmo o hinduísmo é igual em seu interior. dessa maneira, negar ao cristão o privilégio de propagar sua fé é propagar a ele as crenças fundamentais de outra religião. 

Se a conversão é pessoal e não decorre de nascimento, isso nos leva à questão seguinte, a questão da compulsão. O ensino de Jesus é claro. ninguém deve ser forçado a se tornar cristão. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 228)

“Seria muito estranho que um Deus criasse esses seres pensantes e não lhes deixasse algum tipo de comunicação de Sua parte, de modo que saio em busca dessa comunicação. Para mim, a Bíblia parece ser a melhor candidata para tanto, não só por causa de seu significado e franqueza, mas porque o tipo de Deus racional, que vai da causa para o efeito, encontrado nela combina com o efeito racional de causa e efeito que a ciência encontrou no Universo. […] a razão por que a ciência moderna se desenvolveu no mundo ocidental se deve à lógica racional da tradição judaico-cristã, oriunda do tipo de Deus descrito na Bíblia. Podemos considerar outras grandes religiões, como hinduísmo, budismo, confucionismo ou xintoísmo, e descobrir o misticismo, mas não Deus; muitos deuses, ás vezes em conflito uns com os outros, mas não o Deus coerente da Bíblia. Esse tipo de Deus é congruente com a racionalidade que encontramos no Universo e com a ciência; em particular, com as leis da ciência que funcionam ao nosso redor.” (Ariel A. Roth, A Ciência Descobre Deus, p. 253)

O movimento Nova Era está presente em todas as áreas de nossa cultura e sociedade: escolas públicas, livros, desenhos animados e filmes, brinquedos e jogos, videogames, e música rock. Robert Lindsey escreveu no New York Times: ”Representantes de algumas das maiores corporações da nação, incluindo a IBM, AT&T e a General Motors, encontraram-se no Novo México neste verão (1986) para discutirem como a metafísica, o misticismo oculto hindu pode ajudar os executivos a competirem no mercado mundial […] Os líderes desse movimento afirmam que eles estão entrando no que eles chamam de a Nova Era de entendimento e agitação intelectual tão importante quanto a era do Renascimento” (Dave Hunt, T.A. McMahon, America: The Sorcerer’s New Apprentice, p. 10).

A última vez que ocorreu essa corrida da razão para o misticismo foi por volta de 1920 e 1930. Foi isso que ajudou particularmente a Alemanha a aceitar o nazismo. Alguns historiadores tem se referido a Hitler como o “Messias Oculto” (Dave Hunt, T.A. McMahon, America: The Sorcerer’s New Apprentice, p. 10).

O nazismo estava intimamente relacionado ao hinduísmo (arianismo, o triunfo da raça ariana) bem como ao moderno movimento da Nova Era. Os nazistas também criam em evolução, karma, reencarnação, e estavam envolvidos com magia negra e bruxaria (Joseph J. Carr, The Twisted Cross). O nome de Hitler ainda hoje é muito respeitado nos círculos de influência na Índia. A atitude hindu em relação a Hitler pode ser resumida na declaração feita por Swami Svatantrananda: “Não importa o que você diga contra Hitler, ele foi um mahatma, quase um avatar. Ele foi a encarnação visível da política ariana” (Dave Hunt, America: The Sorcerer’s New Apprentice, p. 100). Muitos líderes hindus louvam os ideais do nazismo alemão porque correspondem ao hinduísmo, de onde Hitler tomou emprestado a Suástica. O princípio bíblico da “compaixão” é contrário à religião hindu e a ausência da “compaixão” foi o elemento chave no nazismo.

Aqueles que hoje adotam a mesma religião da natureza certamente vão também adotar o pragmatismo de Hitler de eliminar os “elementos indesejáveis”. Friederich Nietzsche (1844 – 1900) filósofo e filólogo alemão no seu livro O Anticristo (1895) diz que o que é mais prejudicial do que qualquer vício é a simpatia ativa pelo mal constituído e fraco, isto é, o cristianismo. Nietzsche tinha admiração pelo evolucionismo de Darwin e pela sobrevivência do mais apto, ele desprezava, assim como Hitler, e o hinduísmo, todas as formas de fraqueza, e em seu lugar sonhava com o surgimento de um superhomem e uma super raça governante audaz. Foi daí e do hinduísmo que Hitler tirou a idéia de uma raça pura. Para Nietzsche nada era mais decadente do que o cristianismo que tem tomado o partido de tudo o que é fraco, baixo, mal constituído. O cristianismo por ser a religião da misericórdia, dizia Nietzsche, preserva o que está maduro para a destruição, e desta forma distorce a lei da evolução. (Samuel Ramos, As Revelações do Apocalipse, v. 2, p. 233 e 2344)

(Esta pesquisa está em construção por Hendrickson Rogers).

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