maio 9, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

A guerra de narrativas sobre a Inquisição católica

A época em que vivemos aqui no Brasil, 2018-2019, salienta uma verdade absoluta, observável, mensurável e diagnosticável: nem mesmo o passado da humanidade está protegido das corrupções e ignorâncias, passivas e proativas, dos homens. Quando eu cito o passado, refiro-me, obviamente, aos registros deste, à História. Há uma maldosa disputa entre fatos e opiniões, onde estas últimas, quando vindas de mentes pouco criteriosas ou muito enviesadas, disputam a vitória sobre a Verdade. De fato, a Verdade é excludente, não é democrática e nem suscetível às inclinações humanas. Ela é imutável e, embora parcialmente construída pelas criaturas, ela possui uma realidade atemporal, eterna e, portanto, divina. A questão é: como não se iludir com as opiniões erradas (sistema de crenças falsas)? Como alcançar os fatos (Matemática e História)?

Essas perguntas são sinônimas destas: como virar um jogo que, desde seu início, apresentou um oponente sobre-humano e pai da mentira? Como o que se vê pode se proteger de inteligências malignas invisíveis?

Talvez não precisemos nos ocupar com as respostas destas questões. Sério mesmo! Não quero dizer que a metodologia científica* e os estudos acadêmicos devam ser desprezados (*na verdade, a metodologia matemática, pois a “científica” atual, está mais para um argumento logicamente válido, mas destituído de causa e efeito como a realidade exige). Jamais! O que pretendo é sugerir outro foco. Talvez essas perguntas nos façam priorizar o que é secundário. Se despir de nossas próprias crenças (religiosas, políticas e “científicas”) talvez seja secundário (e impossível). Apreender a Verdade é secundário. Virar o jogo é secundário. Se proteger daquilo que nossos sentidos não têm acesso, de fato, é secundário.

Uma vida relevante e uma existência virtuosa estão mais associadas ao uso otimizado do livre-arbítrio (acredito que somos minimamente livres e não fantoches completos). E usar a liberdade para o bem, para a saúde e a longevidade é algo que não é subjetivo.

Posso ter crenças falsas, mas não me acomodar com essa situação e desejar (me esforçar na direção da) a Verdade. Posso ter opiniões em lugar de fatos, e continuar aprendendo, estudando e comparando. Posso até mesmo já ter nascido com algumas derrotas. Mas também posso querer marcar alguns gols/pontos antes de a morte chegar e terminar o jogo, mesmo que o placar seja irreversível! Enfim, posso ser vítima de abusos invisíveis, mas eu não preciso ser vítima nem vitimador de abusos visíveis. Além de ser abusado por um mal mais forte do que eu, posso me recusar a tornar-me o próprio mal, por meio de ódios e desonestidades.

A guerra de narrativas parece ocorrer em torno de todos os temas. Na Matemática, embora em menor intensidade e quantidade (devido aos poucos seres humanos envolvidos com Matemática), também existiram (e possivelmente existem) erros advindos de falhas humanas, mas também mentiras arquitetadas.

Ao pesquisar sobre a Inquisição Católica me deparei com essa realidade supracitada. Deixo logo abaixo alguns links de livros, pesquisas acadêmicas e vídeos que tentam contrapor a investida contra a História por parte de algumas pessoas que optam por amenizar a monstruosidade da Inquisição, sobretudo por ter sido instituída por aqueles que se diziam seguidores de Jesus Cristo.

A mentira também é excludente. Mas, diferentemente da Verdade, ela persegue e mata. A crença falsa também não é democrática. No entanto, ela odeia e não ama os que dela divergem. O erro está muito associado às inclinações humanas. Mas ainda é possível nos inclinarmos em favor da Verdade. Não posso impedir que a mentira reine. Mas, me recuso a ser súdito dela. Boa pesquisa pra você! (Hendrickson Rogers)

1. Inquisição, religiosidade e transformações culturais: a sinagoga das mulheres e a sobrevivência do judaísmo feminino no Brasil colonial — Nordeste, séculos XVI-XVII. Rev. bras. Hist. vol.22 no.43, São Paulo, 2002.

2. Inquisição no Brasil: uma abordagem da atuação do Santo Ofício na literatura didática do ensino de História. XXVII Simpósio Nacional de História, Natal, jul. 2013.

3. Museu da História da Inquisição.

4. SIQUEIRA, Sônia. O momento da Inquisição. Métis: História e Cultura, 2013.

5. Morrer pela fé? Uma cristã-nova da Paraíba relaxada pela Inquisição. XXVII Simpósio Nacional de História, Natal, jul. 2013.

6. A santa Inquisição, parte 1 e parte 2.

7. A Inquisição. Documentário History Channel Brasil.

8. A Idade das Trevas. Evidências, Novo Tempo.

9. A história do Papado. Evidências, Novo Tempo.

10. O Grande Conflito. Ellen G. White, 2013.

11. Apocalipse – Possibilidades. Hendrickson Rogers, 2016.

Lista atualizada em 19/10/2019.

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