abril 27, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

Babilônia “tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” (Apocalipse 14:8)

Os profetas bíblicos afirmam que o sistema religioso conhecido como “Babilônia” – a pseudo religião, a falsa revelação e o cristianismo pervertido –, permeia todas as sociedades das “nações” do planeta. O que são Babilônia e seu vinho? Como evitar participar dessa orgia/prostituição espiritual do mal, achando que se está adorando a Deus e mantendo uma vida correta diante Dele, mas vivendo exatamente o oposto disso?

Qual a causa dessa ilusão louca?

“A Babilônia era um copo de ouro na mão do Senhor, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso, enlouqueceram” (Jr 51.7, grifo acrescentado).

“A Babilônia mística tem um cálice de ouro na mão (Apocalipse 17:4). A antiga Babilônia foi comparada a um copo de ouro (Jeremias 51:7). Em 1825, por ocasião do jubileu, o papa Leão XII cunhou uma medalha onde, de um lado, estava a sua própria imagem e, do outro, a imagem da igreja de Roma simbolizada por uma mulher segurando uma cruz em sua mão esquerda e um cálice na direita. Uma inscrição em volta dela dizia: ‘Sedet super universum’ (o Universo inteiro é o seu trono) (Alexander Hislop, The Two Babylons, pág. 6.).

“Multidões têm bebido o vinho de suas falsas doutrinas. Quando as professas igrejas protestantes repudiaram o princípio fundamental do protestantismo, colocando de lado a autoridade da Bíblia e aceitando a tradição, a especulação e as leis feitas por homens, elas adotaram os princípios da Babilônia moderna, e podem ser consideradas como filhas de Babilônia, escolhendo deliberadamente beber do seu cálice.

“A posição católica romana com respeito à Bíblia não é compatível com os princípios de a Bíblia somente (sola Scriptura) da Reforma protestante. A igreja diz: ‘Embora estas duas vertentes (a Bíblia e a tradição), no que tange à sua origem divina, sejam igualmente sagradas, e ambas plenas de verdades reveladas, mesmo assim, das duas, a tradição é mais clara e segura’ (Joseph Faa Di Bruno, Catholic Belief, pág. 45). Isso contradiz a Bíblia, que nos alerta contra a tradição” (FEYERABEND, 2005, p. 127).

“Babilônia significa a igreja mundana universal” (SMITH, 1979, p. 264), e não somente o papado.

Abaixo estão alguns tópicos que podem elucidar esse tema escatológico vital.

I. Seguir uma instituição religiosa acreditando que ela é a solução

Apocalipse 13.3 informa que “[…] toda a terra se maravilhou, seguindo a besta”. No verso seguinte: “[…] adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?”

Em vez de exaltar a Palavra, conhecendo-a e pregando-a/vivendo-a, algumas pessoas vivenciam o comportamento de manada exaltando uma instituição humana que professa resolver os problemas dessa coletividade. Elas desconhecem a Palavra e se tornam presas do dragão – o ventríloquo da besta do mar. Assim, essas pessoas dão as costas para Deus e Sua solução, e escolhem a contrafação elaborada pelo pai da mentira. Tudo isso sob o verniz de uma aparente religião de amor e caridade, revelação divina e/ou cristianismo.

II. Conversão/Evolução é estar matriculado numa denominação religiosa ou não-religiosa

Apocalipse 13.16 e 17 prediz: “A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome”.

Ser membro de uma instituição, ter a sensação de pertencimento que o número da matrícula ou o ritual de iniciação traz deveria ser mais importante do que pesquisar a Verdade, persegui-la num contexto de comunhão com Deus em oração e estudo de Sua revelação autorizada? Ter compaixão ou fobia à divergência? O que a mentira faz ou as crenças falsas fazem no caráter humano?

Por exemplo, para o papado, ser cristão não é ser nova criatura, ter o Senhor Espírito, conhecer a Deus através da Bíblia e semeá-la. Não, pois tudo isso é supostamente abstrato para aquela instituição humana. É preciso ter a marca visível da conversão: ser católico romano!

Mello (1959, p. 382) cita um jornal do século 19 com as seguintes palavras de um papa:

“Vejamos o que dissera o papa Leão XIII aos católicos dos Estados Unidos em uma pastoral de 7 de novembro de 1885: ‘Se os católicos dão prova de indolência as rendas [rédeas] do govêrno cairão em mãos de pessoas cujas idéias são pouco favoráveis ao bem estar (da igreja). Suficiente motivo têm os católicos para intervir na vida política, para que o sangue vivo da ciência e da virtude católicas penetre em todo o organismo dos Estados. Todos os católicos que se prezam sê-lo hão de ter sempre em mente êste fim e hão de trabalhar e influir até que cada um dos Estados se torne transformado conforme a imagem descrita por nós’ (Gazeta de Colônia, 13 de julho de 1896”.

As filhas de Babilônia herdaram de sua mãe essa mesma ideologia de modo que quem se recusar ser membro de Babilônia, quem não tiver a marca visível da autoridade fraudulenta desse sistema, além de ser considerado herege, perigoso para a sociedade, também perderá direitos humanos básicos, incluindo a vida:

“e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta” (Ap 13.15).

A pandemia/fraudemia do coronavírus de 2020 apresenta um protótipo bem ensaiado do que a serpente/o dragão fará por meio de Babilônia e do Estado, da união medieval entre o falso cristianismo e o poder civil: controle social absoluto e disseminação do terror pelo falso jornalismo à serviço dessa tirania (confira o tópico IX).

III. Confundir autoridade com despotismo

Apocalipse 13.2b revela: “deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade”. A quem? A união entre Igreja e Estado, entre o romanismo e as monarquias medievais. Essa união, representada por um animal selvagem, um predador (ou uma besta) recebe da serpente a habilidade de exercer controle sobre “assuntos políticos e religiosos, e sobre a consciência dos homens” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 223 e 224).

Observe que essa pseudo autoridade (direito ou poder de ordenar, decidir, atuar, de se fazer obedecer) dado por Satanás é, em realidade, o despotismo escancarado em seu caráter de anjo rebelde e derrotado, cujo desejo mimado e antinatural de querer ser Deus, nunca foi atendido menos ainda conquistado.

Portanto, assim como o anjo pai da mentira não possui autoridade legítima, mas usurpada e tirânica, o catolicismo romano vai na mesma direção, bem como todas as demais instituições humanas que se utilizam de uma falsa autoridade que se manifesta em perseguição violenta e assassinatos disfarçados de condenações jurídicas justas e necessárias para a coletividade!

E todo indivíduo ou instituição que revela esse caráter despótico convenientemente oculto sob uma autoridade constituída, é parte de Babilônia e fantoche da serpente. Deus põe na conta de Babilônia (e seu “rei”) todas as injustiças e assassinatos ocorridos desde o início da humanidade:

“E nela se achou sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra” (Ap 18.24).

Assim como Satanás não deve receber a submissão de um filho de Deus, da mesma forma o romanismo tirânico e todo sujeito ou organização que, por meio de fraude e/ou leis malévolas alastra seu autoritarismo com fachada de autoridade.

Essa influência/crendice romanista parece dar à luz outras duas:

a) respeitar uma pseudo autoridade (um déspota disfarçado) é sinônimo de obedecê-la e não criticá-la;

b) criticá-la é deliberado e acintoso desrespeito, o que permite ao déspota velado todo tipo de censura/pena legal cujo critério de justiça é definido pelo próprio tirano que se diz vítima caluniada!

Algo no mínimo monstruoso, bestial como descrito no Apocalipse revelado por Jesus Cristo a João.

Dizer o que é proibido nas redes sociais por pura ideologia do censurador, desrespeitando a liberdade de expressão exarada na Constituição, é a moderna nihil obstat, ou seja a listinha medieval de literaturas permitidas pela liderança católica e sua moral fabricada. Assim como quem lia algo fora dessa lista era considerado “herege” e “não agradava a Deus”, quem publica nas redes sociais algo contrário aos donos da caneta dos juristocratas, tem seu conteúdo bloqueado e/ou é banido do YouTube, Metaverso/Facebook, Instagram, não por ter cometido algum crime, mas por ter ido contra à ideologia dos que usurparam sobre si o poder de editar a moral da nação.

É o autoritarismo que tolhe a Verdade e a inibe.

Isso também explica a pedofilia sistêmica no catolicismo romano: as vítimas pensavam que era um homem santo, fidedigno, o próprio Deus humanizado! Até se darem conta do diabo possuindo o corpo do padre, e o padre usando de autoritarismo para possuir o corpo da vítima.

IV. Seletividade em demonizar alguns pecados e exaltar alguns mandamentos morais

Os que praticam determinados “pecados”, de acordo com o sistema de valores da Babilônia, são hereges passíveis até da pena de morte. Já a própria injusta seletividade, juntamente com a perseguição, difamação, denunciação caluniosa, violência, tortura e homicídio são crimes deliberadamente ignorados pelos “cristãos” seletivos.

Algo semelhante acontece com os mandamentos morais divinos revelados na Bíblia: alguns são estimados, outros são alterados e abolidos. Os Dez Mandamentos de Êxodo 20 foram astutamente modificados pela igreja romana, beneficiando seus pecados ao ponto de normalizá-los e normatizar esses pecados em detrimento da legislação divina!

O profeta Daniel previu essa corrupção sacrílega travestida de autoridade auto proclamada e o martírio daqueles filhos de Deus genuínos que denunciariam essa usurpação das competências e atributos de Deus por parte de Babilônia e seus tentáculos.

“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Dn 7.25).

V. Rituais eclesiásticos e/ou esotéricos amortecendo a necessidade do permanente testemunho/estilo de vida reto

Assim como o sistema sacrifical legislado por Deus no Antigo Testamento foi vítima do desinteresse e da corrupção dos que dele participavam, ao ponto de o povo de Israel não receber mais os benefícios do Santuário, embora cressem no contrário por causa do sistema supersticioso e ilegítimo que estabeleceram paralelamente ao de Deus, a religião, em particular o cristianismo, tem se tornado um sistema paralelo, uma vez que se encontra totalmente (ou ainda quase totalmente) fora da legislação divina!

Nessa religiosidade a la Caim, as obras que não são o efeito de uma fé relacional com Deus, ocupam o tempo e a mente dos adoradores. E eles passam a justificar deslizes e até uma vida de pecado apontando para os “sacrifícios” ilegítimos, as numerosas obras que realizam para Deus.

Por exemplo, após um sábado “bem guardado”, o sabatista pensa e/ou age: “Ah! Já passei o sábado todo pregando, cantando, em reuniões, etc. Agora vou relaxar um pouco. Vou assistir aquele filme (leia-se: algo que não edifica!), vou comer aquele hamburguer (ou qualquer outra coisa que não beneficia o templo do Espírito Santo)”, e por aí vai.

Após as obras mortas que cansam, vem o relaxar que é sinônimo de mundanizar, o qual revela de qual caráter vieram aqueles “sacrifícios para Deus”.

O ritual só é autêntico se, além de ser uma prescrição/legislação do Criador, for praticado por alguém que ama o Criador e Lhe obedece em santificação e retidão contínuas, sem os “intervalos” mundanos.

Ramos (2006, p. 301) nos adverte::

“Muitos cristãos, embora digam que não creem nesta doutrina, deleitam-se nos desenhos, filmes e novelas que exaltam essa doutrina. Dedicar tempo para assistir filmes que ensinam a reencarnação e a comunicação com os mortos (Ghost, Tocados por um Anjo, Exorcismo, Harry Potter, etc.) é se expor às influências satânicas presentes numa sessão espírita. As crianças que crescem vendo esses tipos de desenhos que promovem a imortalidade da alma, a bruxaria e a reencarnação desenvolverão uma mente pagã”.

VI. Feriados católicos

O que o filho de Deus realiza neles? O mandamento de Deus é “seis dias trabalharás”, Êxodo 20.9. Quem tem a primazia: uma instituição humana que adultera as leis de Deus ou Deus?

Trabalhos dos seis dias sobre os quais não existem feriados: trabalhos domésticos, planejamento familiar/profissional, educação física, estudo dos filhos.

No entanto, o vinho de Babilônia embriaga a humanidade ao ponto de pais/mães/filhos passarem o feriado no sofá assistindo e comendo/bebendo outros derivados de babilônia!

“O Natal, e a Páscoa […] da forma como são comemorados hoje são ‘vinho de Babilônia’. […] O dia 25 de dezembro é uma festa pagã de adoração ao deus sol Tamuz (Ezeq. 8:14-17); essa festa se originou em Babilônia e foi introduzida nas igrejas cristãs por Constantino no quarto século juntamente com a santificação do domingo, o dia do sol. A páscoa, na forma e na data em que é comemorada hoje pelas igrejas cristãs, não reflete a verdadeira páscoa da Bíblia, é também uma festa pagã à deusa da fertilidade, Ishtar, ou Ísis” (RAMOS, 2006, p. 302).

VII. Domingos

O romanismo é cultuado quando se cultua o domingo. Aquele que tem o conhecimento do sábado da Criação de Deus, do quarto mandamento da lei moral divina, trabalha durante seis dias e descansa no sábado, o qual foi estabelecido pelo Criador com essa função.

“A observância do domingo ou simplesmente o hábito de curtir mais o domingo do que o sábado. Qual é o dia da semana que você mais aprecia? O gosto inconsciente pelo domingo se resume numa frase que pode não estar sendo verbalizada muitas vezes mas está na mente: o sábado é o dia do Senhor, mas o domingo é o meu dia!

“Infelizmente muitos se deleitam mais no domingo do que no sábado, porque no domingo vão fazer aquilo que realmente gostam, passear, brincar, jogar e ir à praia. Há um risco de o domingo se tornar mais deleitoso do que o sábado, e Satanás torce para que isso aconteça. Os verdadeiros filhos de Deus esperarão com ansiedade pelo sábado por ser ele um dia deleitoso: ‘se chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos… então te deleitarás no Senhor’ (Isa. 58:13, 14)” (RAMOS, 2006, p. 301 e 302).

VIII. Cultura romana de definir o que é civilizado e o que é bárbaro

Os romanos definiam como bárbaro ou sub-humano aquele que não estava inserido em sua cultura (SILVA, 2019, p. 50). Essa característica romana e católica foi ubíqua durante os 1260 anos de supremacia papal, de 538 a 1798.

Em nossos dias, esse traço romano proveniente da Babilônia espiritual maligna, pode ser observado cristalinamente no esquerdismo “progressista” e na direita “cristã”. Basta ler algo sobre a atual composição do Supremo Tribunal Federal aqui no Brasil, ou sobre o Superior Tribunal Eleitoral, bem como todo o conteúdo produzido pelos partidos políticos brasileiros de viés canhoto. Nos EUA, os objetivos do movimento político evangélico ou católico também são o de tomar o poder e decidir por uma nação inteira; não pelo voto da maioria, mas pela caneta de alguns auto iluminados que anseiam pelo controle social para impor aquilo que consideram “civilizado” e o que consideram como sendo “bárbaro”.

Por certo, o remanescente anunciado pelo Apocalipse não faz parte de nada disso e por isso oportuniza a manifestação do ódio da serpente e de seus fantoches contra ele:

“Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap 12.17).

IX. Arautos/jornalistas a serviço da mentira

Em Apocalipse 13.12-14 lemos:

“Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu”.

Esses “sinais” dos versos 13 e 14, realizados pela besta da terra em função do protagonismo da besta do mar (“primeira besta”), deverão ser divulgados globalmente. O jornalismo de opinião ou falso jornalismo parece ter um papel a desempenhar nesse sentido – noticiar a toda a humanidade as mentiras e a sobrenaturalidade maligna (atribuída a Deus), ou seja, as fraudes do falso cristianismo como endo verdades indiscutíveis e imprescindíveis à resolução dos problemas locais e globais.

O ateísmo, aliado inseparável da falsa ciência, será unido à falsa religião por esse derivado de Babilônia, o qual não divulga fatos, mas narrativas redigidas pela ótica unilateral daqueles que, desonestamente, impõem sua interpretação dos fatos, algo bastante conhecido pelos filhos de Deus que estudam a Bíblia: o jornal da serpente ou a versão pervertida da realidade, o ofício número um do pai do falso jornalismo.

X. Um exército de ignorantes militantes

Manter as pessoas sem a Bíblia e doutriná-las com superstições e práticas pagãs; mantê-las na pobreza e opressão de ameaças religiosas/políticas e espirituais; tentar criar um partido único ou uma igreja única. Tudo isso cria um exército de ignorantes que persegue os que têm a Bíblia e os que enxergam a tentativa de supressão da verdade e divulgação ostensiva da mentira. Isso também gera a divisão de classes sociais, bem como a disputa/guerra eterna entre elas, além de perpetuar vícios, crimes e tantas violências dentro de algumas dessas classes, garantindo que os ignorantes escravos retornem sempre aos líderes da mentira (religiosa ou política) para obter deles o “perdão divino”, ou a “esperança” de dias melhores nas próximas eleições, reiniciando o ciclo trevoso.

XI. A contrafação das atividades do Senhor Jesus pelo Caluniador mor

“A reconciliação completa realizada por Jesus possui três fases:

• A primeira é a expiação feita na cruz, quando Jesus trouxe redenção para o pecador; corresponde à morte do cordeiro no pátio do santuário terrestre;

• A segunda é o ministério sacerdotal de Jesus realizado no lugar santo do Santuário Celestial, (31-1844) corresponde à intercessão diária e contínua realizada pelo sacerdócio levítico no lugar santo do santuário terrestre;

• A terceira fase é o Juízo Celestial de 1844 para frente; corresponde ao Dia da Expiação, realizada uma vez por ano no santíssimo do santuário terrestre, no dia dez do sétimo mês” (RAMOS, 2006, p. 321 e 322).

O dragão ou a serpente, através de Babilônia, tenta desviar a humanidade dessas verdades por meio de contrafações dessas verdades. E aqueles que têm dado crédito à pregação do pai da mentira, também têm bebido desse vinho.

Primeiro, Jesus Cristo Se sacrificou pela humanidade para dar-nos a oportunidade de escolher entre uma vida saudável e uma vida pecaminosa.

Babilônia, em uma de suas facetas, imita Jesus. Ela entrega o papado à França, num autossacrifício, pois tanto o papado quanto a Revolução Francesa são fantoches do rei de Babilônia (cf. Is 14), dando a oportunidade às gerações seguintes para escolherem entre o despotismo iluminista ou o despotismo papal. Ou seja, uma encenação “besta”, pois a besta que “surge do abismo” (Ap 11.7) – a Revolução Francesa e seus desdobramentos negativos –, golpeia a besta que surge “do mar” exatamente na cabeça papal.

Segundo, o tamid ou sacrifício/mediação contínuo do Sumo sacerdote Jesus, de 31 até 1844, lá no Santuário celestial é anuviado e obscurecido pelo sistema de sacramentos católicos. Jesus ganha “reforços” não autorizados por Ele, isto é, são concorrentes e distrações que desviam a mente humana da fonte de perdão, justificação, santificação, transformação e salvação.

Terceiro, o julgamento pré-advento que o Sumo sacerdote e Juiz Jesus Cristo iniciou em 22 de outubro de 1844, para expiar culpas ou mantê-las sobre cada pecador que professou aceitar Sua oferta, purificando o Santuário simbolicamente ao apagar as culpas dos pecadores arrependidos bem como os nomes dos não arrependidos do “livro da vida” (cf. Ap 3.5), resultando no selamento dos salvos vivos num futuro próximo quando o julgamento for encerrado e Cristo vier colher o trigo; tudo isso é imitado e contrafeito pela marca da besta e a sentença de morte àqueles que não possuírem essa marca.

“Babilônia experimenta esta queda espiritual porque ‘a todas as nações deu a beber do vinho da ira [não ira, mas intensa paixão] da sua prostituição’. Há apenas uma causa a que isto pode referir-se – as falsas doutrinas. Ela corrompeu as verdades puras da Palavra de Deus e embriagou as nações com fábulas agradáveis.

“Sob a forma do papado suplantou o Evangelho e o substituiu por um falso sistema de salvação:

“Pela doutrina da Imaculada Conceição nega que em Cristo Deus habitou em carne humana.

“Procurou deixar de lado a mediação de Cristo e, em seu lugar, pôs outro sistema de mediação.

“Tentou tirar o sacerdócio de Jesus e substituí-lo por um sacerdócio terreno.

“Fez a salvação depender da confissão a um homem mortal e assim separou o pecador de Jesus, o único meio pelo qual os seus pecados podem ser perdoados.

“Rejeita a salvação pela fé como ‘heresia condenável’, e a substitui pela doutrina da salvação pelas obras.

“Sua blasfêmia culminante é a doutrina da transubstanciação, o sacrifício idólatra da missa, dando-lhe o mesmo valor ‘que ao da cruz’ e declara que, em alguns sentidos, ‘tem vantagens sobre o Calvário’, porque por ele ‘realiza-se a obra de nossa redenção’.

“Entre as doutrinas contrárias à Palavra de Deus, ensinadas por ela, podem mencionar-se as seguintes:

“A substituição da Bíblia pela tradição e a voz da igreja como guia infalível.

“A mudança do sábado do quarto mandamento, o sétimo dia, para a celebração do domingo como dia de repouso do Senhor e memorial da Sua ressurreição, instituição que nunca foi ordenada por Deus, e que de maneira alguma pode comemorar apropriadamente esse acontecimento. Instituído pelo paganismo como ‘o selvagem dia santo solar de todos os tempos pagãos’, o domingo foi levado à pia batismal pelo papa e cristianizado como instituição da igreja evangélica. Fez-se, assim, uma tentativa de destruir o monumento comemorativo que o grande Deus havia instituído para comemorar a Sua magnificente obra criadora, e se procurou erigir outro em seu lugar para comemorar a ressurreição de Cristo, sem motivo, visto que o próprio Senhor já havia dado um memorial com essa finalidade no batismo por imersão.

“A doutrina da imortalidade natural da alma. Esta também se derivou do mundo pagão, e foram os “pais da igreja” que introduziram esta perniciosa doutrina como parte da verdade divina. Este erro anula duas grandes doutrinas bíblicas: a ressurreição e o juízo geral, e abre uma porta para o espiritismo moderno. Deste erro se originaram outras doutrinas funestas, como o estado consciente dos mortos, o culto dos santos, a mariolatria, o purgatório, as recompensas dadas ao morrer, as orações e batismos pelos mortos, o tormento eterno e a salvação universal.

“A doutrina de que os santos, como espíritos desincorporados, encontram sua herança eterna em regiões longínquas e indefinidas, ‘para além dos limites do tempo e do espaço’. Ela desviou multidões do ensino bíblico de que esta Terra há de ser destruída pelo fogo no dia do juízo e da perdição dos homens ímpios, e que das suas cinzas a voz do Onipotente fará surgir uma nova Terra, que será o futuro reino eterno de glória, que os santos possuirão como sua herança eterna.

“O batismo por aspersão em vez de imersão, sendo que este é o único modo bíblico do batismo, e um memorial apropriado do sepultamento e ressurreição de nosso Senhor, para cujo fim foi designado. Ao corromper este rito e ao destruí-lo como memorial da ressurreição de Cristo, estava preparado o caminho para a sua substituição por alguma outra coisa, a saber o descanso dominical.

“O ensino de que a vinda de Cristo é um acontecimento espiritual e não literal, que foi cumprido por ocasião da destruição de Jerusalém, ou se realiza na conversão, ou na morte, ou por meio do espiritismo. Milhões por tal ensino têm sido para sempre fechadas à doutrina bíblica de que a segunda vinda de Cristo é um acontecimento futuro, definido, literal, pessoal e visível, que resultará na destruição de todos os Seus inimigos, mas trará a vida eterna para todo o Seu povo!

“A doutrina de um milênio temporal, ou mil anos de paz, prosperidade e justiça sobre toda a Terra antes da segunda vinda de Cristo. Esta doutrina destina-se especialmente a fechar os ouvidos do povo contra as evidência da proximidade do segundo advento, e provavelmente adormecerá tantas almas num estado de segurança carnal, que as levará à sua final ruína, como jamais o fez nenhuma heresia arquitetada pelo grande inimigo da verdade” (SMITH, 1979, p. 267 – 269).

XII. Catolização do protestantismo – o vinho prepara caminho para a imagem da besta do mar

O distanciamento da Bíblia e de suas histórias e seus ensinamentos, propicia a desfiguração do cristianismo. Evangélicos e ex protestantes que estão nesse estado espiritual, estão se embriagando do vinho de Babilônia e, em breve, se tornarão à imagem do romanismo medieval perseguindo e matando os que deles divergirem, do mesmo jeito que Roma fez nos 1 260 anos de hegemonia papal.

“‘Sim, o protestantismo deixou de andar na gloriosa luz do trono de Deus. E como resultado reina em seu meio a confusão setária e doutrinária, a dissenção e a decomposição. O mundanismo e o orgulho estão aniquilando tôda a planta de crescimento celestial em suas fileiras. A negação e rejeição das mais evidentes mensagens bíblicas destinadas a esta época estão sempre na ordem do dia em seu meio. É êste o espírito do romanismo que o acompanha já desde muito. E a culminância desta triste condição voluntária será logo a união amistosa com Roma, como testifica a profecia do capítulo treze [do Apocalipse]’.

“Disse o Dr. Harnack: ‘O Protestantismo ameaça converter-se em eco servil e miserável do catolicismo. A catolização das igrejas evangélicas, com que se pretende fazer delas igrejas legalistas, doutrinárias e formalistas é portanto um perigo tão grande, por colaborar nesta obra três poderosas potências para assegurar êste processo de desenvolvimento, a saber a indiferença das massas, a religião natural e o Estado’ (Los Videntes y lo Porvenir, L. R. Conradi, p. 650).

“Ressurgirá então o espírito de violência e desembainhará a espada contra os que não hão de tolerar a sua apostasia. Será um reavivamento diabolesco daquele espírito que no passado queimou Miguel Serveto em Genebra sob as ordens de Calvino; que perseguiu os dissidentes pela espada anglicana; que enforcou os quaquers e açoitou os batistas em Nova Inglaterra pelos puritanos fanáticos. E a profecia citada atesta a volta dêste estado de coisas por parte do protestantismo apóstata” (MELLO, 1959, p. 432 e 433).

XIII. Catolização do cristianismo – paganização semelhante à religião babilônica

“Doutrinas da antiga Babilônia: A religião da igreja de Roma é um reavivamento da religião da antiga Babilônia. Uma comparação cuidadosa do ritual da antiga e da moderna Babilônia mostra que uma é cópia da outra, e é fácil estabelecer a conexão histórica através do paganismo da Roma política.

“Ela reclama um sacerdócio com poderes e privilégios excepcionais, exatamente como fazia a antiga Babilônia.

“Através do dogma da imaculada conceição da Virgem Maria, ela nega que Deus, em Cristo, tenha habitado na mesma carne que o ser humano caído, exatamente como fazia a antiga Babilônia (Daniel 2:11).

“Ela reclama jurisdição espiritual universal e exige submissão sob pena de sofrer dores e castigos, exatamente como fazia a antiga Babilônia (Daniel 3).

“Ela repudia a verdade básica evangélica da justificação pelo fé, e jacta-se de suas obras, exatamente como fazia a antiga Babilônia” (FEYRABEND, 2005, p. 126 e 127).

E assim, Babilônia “tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” (Apocalipse 14:8).

XIV. Ideologias humanas substituindo “a fé de Jesus” (cf. Ap 14.12), ou seja, os ensinamentos de Jesus e de Seus profetas, as crenças e doutrinas bíblicas

“A Babilônia do tempo do fim é uma prostituta que faz com que as pessoas na Terra se embriaguem com o vinho da sua imoralidade (veja Ap 17:2). O vinho de Babilônia se refere aos falsos ensinos e ao falso evangelho. Hoje, à medida que muitas igrejas protestantes, em cumprimento da profecia bíblica, rapidamente apagam as diferenças que no passado as separavam da Igreja Católica Romana e abandonam a verdade bíblica, testemunhamos a influência corruptora do vinho de Babilônia em meio ao professo corpo de Cristo: a evolução teísta, que é implicitamente contrastada com a referência à Criação na primeira mensagem angélica; tradições teológicas substituindo o sola Scriptura; uma ética revisada que abandona as definições bíblicas de sexo, casamento e assim por diante.

“Pessoas embriagadas não pensam com clareza. À medida que elas se tornam espiritualmente embriagadas com o vinho de Babilônia, são seduzidas a adorar a besta do mar e a receber sua marca, o sinal da autoridade da besta do mar imposto pela besta semelhante ao cordeiro” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 79).

XV. A censura (cancelamento de contas nas redes sociais, desmonetização de canais no YouTube, retirada de vídeos à queima-roupa), prisão e tortura (ainda que apenas psicológica) de pessoas opositoras à tirania babilônica, sem o devido processo legal, e a sentença de “terrorista”, “golpe contra o Estado Democrático de Direito”, como propaganda do totalitário sobre o que ocorrerá se mais alguém tentar se unir a elas

Isso tem acontecido rotineiramente desde a pandemia/fraudemia da covid-19. Os motivos e os carcereiros são inúmeros:

–> andar na rua sem máscara

–> ir à praia

–> não se vacinar

–> apoiar o presoidente Jair M. Bolsonaro

–> pedir auxílio ao Exército

–> invadir a Praça dos Três Poderes e os prédios públicos sem vandalismo

–> usar as redes para denunciar o envolvimento dos tiranos com traficantes e/ou o nepotismo ou benefício ilegal de parentes em causas na justiça

–> xingar um tirano (veja, você pode xingar o inimigo do tirano e nada lhe acontece, pois você estará exercendo sua liberdade de expressão; mas, se você xingar um juiz/jornalista/político/artista corrupto e totalitário, então você não está sendo responsável com a liberdade de expressão e se torna um perigo para a democracia…)

–> exigir transparência nas eleições, e denunciar a vulnerabilidade do sistema coletor de votos e a parcialidade do Tribunal Superior Eleitoral

Esse comportamento de Babilônia é avultado quando, além de pessoas inocentes (ou que deveriam ser julgadas na primeira instância) serem sumariamente encarceradas e impediddas de se comunicar como seu público, bandidos e corruptos serem simultaneamente absolvidos de seus crimes, e ainda eleitos, sem a devida transparência, como representantes do povo!

A virtuosa coragem de toda uma maioria é solapada e sabotada diante do autoritarismo daqueles que deveriam seguir a Constituição do país. Quando o lobo se torna o pastor das ovelhas, não há a quem pedir socorro. Essa é uma estratégia medieval, dos 1260 anos de totalitarismo papal, usada pelo império católico romano, e que está de volta no século 21 com as mesmas narrativas mentirosas e os mesmos discursos de que é para proteger o povo da mentira! Como a mentira vai proteger alguém? Babilônia luta contra a Verdade, mas acusa os que estão ao lado dela de perturbadores do Estado Democrático de Direito!

Imagine, agora, os sabatistas e sua oposição ao Decreto Dominical…

 

Esta pesquisa está em contínua construção.

(Hendrickson Rogers)

 

Referências:

FEYERABEND, Henry. Apocalipse, Verso por Verso: Como entender os segredos do último livro da Bíblia. 1. ed. Tradução de Delmar F. Freire. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005.

MELLO, Araceli S. A Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse, 1959. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/264320586/Araceli-S-Mello-A-Verdade-Sobre-As-Profecias-Do-Apocalipse-pdf>. Acesso em: abr. 2020.

NICHOL, Francis D. (Ed.). Comentários sobre Apocalipse: the seventh-day Adventist bible commentary. Tradução de Valério Silva Fortes; Revisão de Rosângela Rocha. 5 ed., v. 2. São Paulo: Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia – IAE, 1988.

RAMOS, Samuel. As Revelações do Apocalipse, v. 2, 2006.

SILVA, Rodrigo Pereira da. Enciclopédia da vida de Jesus. São Paulo: Pae Editora, 2019.

SMITH, Urias. As profecias de Daniel e Apocalipse, vol. 2. O livro de Apocalipse, 1979.

STEFANOVIC, Ranko; MODZEIESKI, Carla N. O Livro do Apocalipse. Lição da Escola Sabatina. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n° 495, jan., fev., mar., 2019. Adultos, Aluno.


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