“Estando Moisés no caminho, numa estalagem, o Senhor o encontrou e quis matá-lo”
(Êxodo 4) 24 Estando Moisés no caminho, numa estalagem, o Senhor o encontrou e quis matá-lo. 25 Então Zípora pegou uma pedra afiada, cortou o prepúcio de seu filho e com ele tocou os pés de Moisés. E lhe disse: — Sem dúvida, você é para mim um marido de sangue. 26 Assim, o Senhor o deixou. Ela disse “marido de sangue” por causa da circuncisão. (Nova Almeida Atualizada)
Moisés voltou a seu sogro, e exprimiu o desejo de visitar seus irmãos no Egito. Jetro deu-lhe consentimento, com a bênção: “Vai em paz”. Êxodo 4:18. Com a esposa e os filhos, Moisés pôs-se em caminho. Não ousara dar a conhecer o objetivo de sua missão, receando não fosse permitido que o acompanhassem. Antes de chegar ao Egito, entretanto, ele mesmo achou melhor, para segurança deles, mandá-los voltar para casa, em Midiã.
Um temor secreto de Faraó e dos egípcios, cuja ira se acendera contra ele quarenta anos antes, tornara Moisés ainda mais relutante em voltar ao Egito; mas, depois que se dispusera a obedecer à ordem divina, o Senhor lhe revelou que seus inimigos eram mortos.
Em caminho, quando vinha de Midiã, Moisés recebeu uma advertência assustadora e terrível, a respeito do desagrado do Senhor. Um anjo apareceu-lhe de maneira ameaçadora, como se o fosse imediatamente destruir. Explicação alguma se dera; Moisés, porém, lembrou-se de que havia desatendido um dos mandos de Deus; cedendo à persuasão de sua esposa, negligenciara efetuar o rito da circuncisão em seu filho mais moço.
Deixara de satisfazer a condição pela qual seu filho poderia ter direito às bênçãos do concerto de Deus com Israel; e tal negligência por parte do dirigente escolhido de Israel não poderia senão diminuir a força dos preceitos divinos sobre o povo. Zípora, temendo que seu marido fosse morto, efetuou ela mesma o rito, e o anjo então permitiu a Moisés que prosseguisse com a jornada.
Em sua missão junto a Faraó, devia Moisés ser colocado em posição de grande perigo; sua vida unicamente podia preservar-se pela proteção de santos anjos. Enquanto vivesse, porém, na negligência de um dever conhecido, não estaria livre de perigo; pois que não poderia estar protegido pelos anjos de Deus.
No tempo de angústia, precisamente antes da vinda de Cristo, os justos serão preservados pelo ministério de anjos celestiais; não haverá segurança para o transgressor da lei de Deus. Os anjos não poderão proteger, então, aqueles que estão a desrespeitar um dos preceitos divinos.
Fonte: Patriarcas e Profetas, p. 219 e 220.
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(Hendrickson Rogers)