maio 9, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

A Origem do Mal – o Começo do Fim

– Mas, por que você não confessou, Lúcifer? Por que você insistiu em encobrir a verdade, ainda mais na presença de Deus? – perguntou o anjo caído cujo nome é Dissimulado.

Dissimulado buscava entender de Lúcifer a razão, o porquê, a causa de ele ter feito o que fez lá no Céu, há alguns milhares de anos solares atrás. Após ter sido enganado por Lúcifer, quando este escolheu usar seu livre-arbítrio para trair vergonhosamente seu juramento de lealdade ao Criador, Dissimulado teve a chance de checar as informações sutilmente espalhadas pelo pai da mentira. No entanto, por algum motivo, o anjo enganado optou pelo engano em vez de abandoná-lo e caminhar na direção do esclarecimento e da transparência.

Após uma forte respiração, Lúcifer lhe respondeu:

– Você não sabe o que é ser oprimido e se sentir desvalorizado. Eu tentei ao máximo dar o meu melhor nesse relacionamento. Quantas vezes eu engoli meu choro ou saí da presença de Deus para chorar desolado! Não é fácil, nem mesmo para um querubim da guarda ungido, ter seus sonhos depreciados e sua vontade secundarizada. Chega uma hora que a gente cansa de fazer o certo, pois, sem reconhecimento e só cobrança, puxa, ninguém é de ferro…

Dissimulado, ao perceber as contradições, contra-argumentou:

– Oxe, parceiro, como assim? Se você já era querubim da guarda ungido; se você já estava na presença de Deus, como poderia sentir-se oprimido, desvalorizado e desolado? Qual sonho, que aspiração, qual desejo seu foi depreciado pelo Criador ou por Ele desvalorizado? Que tipo de reconhecimento você gostaria de ter recebido além da posição que lhe foi outorgada pelo Altíssimo? Você se sentia cobrado, mas suas funções não eram o anseio de toda criatura pensante do universo de Deus?

Nesse momento, aparece Murmurador, outro anjo caído:

– Chefe – ele interpela Lúcifer – estou cansado de suas mentiras! Quando é que tomaremos o reino de Miguel e sairemos de uma vez por todas dessa vida de foragidos, mascarados e dissimulados?

Dissimulado se incomoda com o tom de Murmurador e retruca:

– Ora, nobre colega, eu não entendo o motivo de sua murmuração. Se você está insatisfeito com esta vida, por que não ficou lá no Céu, quando teve a oportunidade?

– Olha só quem está bancando o moralista! –, Murmurador ralha quase empurrando Dissimulado.

Lúcifer evita o início da discussão acalorada:

“Se alguém tem ouvidos, ouça”! Eu não minto. Miguel tornou o relacionamento impossível. Ele é o verdadeiro mentiroso ao me rotular de “Diabo” (caluniador). Como você acha que fica o emocional de um anjo ao ser acusado dessa maneira? É muita opressão! São palavras muito duras e impalatáveis. É muito desrespeito ao meu caráter e completa falta de compaixão e amor.

– Mas, sempre foi assim, desde o início do relacionamento? –, Dissimulado pergunta e Murmurador balança a cabeça consentindo.

– Desde o início! Tudo o que eu fazia não era suficiente, pois eu me sentia pisando em ovos na presença de Deus. Sabe o que é você não se sentir livre, sempre com aquele peso do senso de dever e da cobrança? Após 10 unidades de tempo vivendo esse relacionamento abusivo e tóxico, eu não via solução e comecei a ser dissimulado.

– O quê? –, Dissimulado não acredita no que acabou de ouvir. – Quer dizer que eu fui manipulado por sua dissimulação, Lúcifer?!

– Você está distorcendo as minhas palavras, Dissimulado! –, Lúcifer exclama, demonstrando impaciência por ser interrompido. – O que eu estou querendo dizer é que houve um dia, após 10 unidades de tempo, a partir do qual eu comecei a encenar. Mas, não que eu estivesse sendo falso ou mentiroso, e sim pelo fato de estar cansado daquele relacionamento abusivo onde o padrão estabelecido por Deus, as funções de cada ser, a ordem, enfim, tudo me parecia uma eterna mesmice! Então, meu desejo de modificar essa ordem e ter a liberdade genuína, onde Miguel não tivesse a hegemonia, mas qualquer um de nós pudesse ir e vir livremente sem qualquer peso de consciência, esse meu sonho desprezado pela grosseria de Miguel foi reivindicado naquele dia. Eu não queria que fosse daquele jeito, mas não tive opção. Era muita cobrança e nenhum elogio!

– Por que você simplesmente não pediu demissão? Por que você teve que trair o pacto de lealdade, a aliança sagrada que você mesmo quis no início de seu relacionamento com Deus? –, pergunta Murmurador, sentindo-se estranho por, em vez de reclamar e murmurar, fazer uma colocação importante.

– E você acha que eu iria sair de mãos abanando? Após tantos anos de dedicação em minhas atribuições, simplesmente cair fora? Eu ainda não tinha uma estabilidade. E se eu confessasse minha duplicidade necessária, então todo o meu sofrimento, todo abuso que eu recebi ficariam por isso mesmo e eu sairia como o vilão da história, e Miguel, como sempre, seria o mocinho, o herói!

Dissimulado e Murmurador, coçam a cabeça, franzem as testas, se entreolham e praticamente fazem o mesmo comentário:

– Ora, Lúcifer, mas foi exatamente isso que aconteceu! Você não conseguiu impedir a vitória de Miguel…

Calmamente, o inimigo de Deus empurra a mesa, se levanta da cadeira onde estava assentado, dá uma gargalhada como quem havia escondido uma carta na manga, e prossegue:

– Depende do ponto de vista! Olhem para vocês. Seus nomes originais eram, respectivamente, Verdadeiro e Contente. No entanto, após minha resistência à tirania de Deus, a quebra da aliança em sigilo, e meu “comércio” entre os anjos Dele, aquilo que Miguel impôs e que Ele chamava de “perfeito”, “muito bom”, eu dei a oportunidade a todos de criarem uma realidade alternativa e relativizarem as verdades absolutas do totalitarismo divino. Vocês dois não são anjos caídos, mas criaturas independentes!

Olhem para a humanidade. Miguel impôs o padrão Dele, o qual Ele minimiza chamando de saúde e harmonia, mas eu dei a cada um o verdadeiro livre-arbítrio! De que adianta ter saúde, e não ser feliz? Pra quê a imposição de uma suposta harmonia (esse reino de Miguel não passa de uma escravidão com padrões estabelecidos por Ele, sem qualquer democracia!), em vez da grandeza do pensamento original e do controle de cada um.

“EU SOU” o criador disso! Eu não fui submisso aos padrões estabelecidos pelo Ditador disfarçado de herói e, portanto, naqueles que eu semeei a independência, Miguel não venceu.

– E de que adianta essa sua vitória, se no fim iremos ser destruídos? –, murmura Murmurador?

– Eu ainda acho que, se você tivesse confessado sua duplicidade, você ainda estaria no Céu… –, lamenta Dissimulado.

O pai da mentira, então, encolerizado pela falta de “fé” de seus correligionários, alça voo, fica entre o céu e a terra, e “exclama com potente voz”:

– De que adianta viver para sempre com o cabresto de Deus? De que me serviria reconhecer minha traição? Se eu reconhecer minha infidelidade, terei de reconhecer a fidelidade de Deus. Se eu confessar minha duplicidade, também terei de confessar a minha manipulação sobre a opinião de todos aqueles com quem eu já conversei, pois só falei o que me era conveniente, aquilo que me dava crédito e angariava a afeição, e ocultava minha traição! Muitos anjos e homens já foram alcançados por minha “sedução”. Meu “comércio” garantiu meu apoio! E meus apoiadores garantem que o reino de Miguel não contará com todos os que Ele criou!

Por tanto, minha estratégia continua de pé. Eu não preciso destruir a todos. É suficiente que eu impeça Deus de salvar a todos.

Eu não preciso impedir a pregação do evangelho eterno. É suficiente que eu coloque entre os pregadores os Dissimulados e os Murmuradores.

Eu não preciso destruir a Bíblia. Já tentei isso por 1 260 anos, de 538 a 1 798 d. C. É suficiente que os Dissimulados e os Murmuradores a leiam e sejam seletivos naquilo que vão praticar e ensinar. (Mas, não nego que eu gostaria de arrancar as páginas da Bíblia que apresentam casais como Nabal e Abigail, pois isso refuta as minhas terapias mundanas sobre relacionamentos tóxicos, e leva esperança e sobriedade às vítimas. Eu não quero que minhas terapeutas se aproximem desse poder opressor divino capaz de gerar Abigails. Elas são pagas apenas para falar sobre os supostos Nabals).

Eu não preciso destruir os dons que o Espírito Santo distribui no corpo de Miguel. É suficiente que os Dissimulados continuem escondendo seus pecados e fazendo questão de permanecerem como líderes ou, pelo menos, membros/matriculados nas congregações; e os Murmuradores, mesmo às vezes enxergando os Dissimulados e criticando-os, mantenham o corporativismo “ninguém olha para o pecado de ninguém, ninguém solta a mão de ninguém, pois todos somos pecadores e Deus é amor e compaixão”. Isso deverá garantir a mornidão laodiceana, a qual será transmitida geneticamente para as gerações vindouras, e manterá acesa a perseguição contra os que possuem os dons do Espírito nessas congregações. Esses que usam os dons (não são dissimulados nem murmuradores) geram “unidade de fé e conhecimento” e, por isso, precisam ser perseguidos, rotulados de soberbos pelo seu conhecimento da Palavra, fanáticos, abusivos e tóxicos. Afinal, Deus disse “porei inimizade entre ti e a mulher”, e eu estou fazendo a minha parte, levantando Dissimulados e Murmuradores contra os que usam os dons do Espírito…

Por fim, confessar é para os fracos, os que querem o cabresto de Deus. Eu já consegui dissimular por tanto tempo, angariar tantos apoiadores, que tenho certeza com mais alguns tempos e meu engano será invencível e à prova de qualquer investigação.

Se nem Deus impediu minha independência, dissimulação e murmuração, qual anjo ou homem impedirá? Aliás, é muita intolerância chamar minhas características e meu estilo de vida com um tom tão depreciativo. Não sou independente. EU SOU O QUE SOU. Não sou dissimulado. EU SOU O QUE SOU. Não sou murmurador. EU SOU O QUE SOU. Se Deus pode Se definir assim, por que eu não posso?

Eu não quero tomar o lugar de Deus. Apenas me recuso a confessar a Ele ou a qualquer outro a minha traição. Aliás, traição não. Minha reação aos abusos que eu sofri no Céu.

Quero um relacionamento leve e livre das amarras divinas.

E você? Concorda comigo? Acabei de me levantar da cadeira de mais um lar destruído; de ter esse papo com dois de meus principais auxiliares ao redor da mesa de mais uma família destruída. E quer você concorde comigo ou não, saiba que eu também “ando ao redor de sua casa” e, a menos que você, seu cônjuge e seus filhos confessem seus pecados e os abandonem, em breve estarei deixando minha marca registrada ali: ou eu destruo de vez ou eu ajudo pelo menos um de vocês a dissimular, ocultar sua traição contra Deus e a família, e ainda terceirizar a culpa. Aliás, não é que eu destruo lares. Pra quê usar essa expressão tão opressora! O termo correto, empático, tão antigo quanto novo (pois eu o usei no Céu contra Miguel) é relacionamentos abusivos não têm que continuar, não é mesmo?

Lembre-se, eu lhe concedo a liberdade para editar a Lei de Deus e relativizar o abuso. A traição não precisa ser encarada como abuso. Já a retidão exigida por Deus, nossa, que abuso!

Enfim, agradeço a vocês dois, queridos e preciosos companheiros de luta – Dissimulado e Murmurador!

Agradeço demais aos cônjuges dissimulados e adúlteros, os quais difamam suas vítimas falando sobre os supostos abusos por elas cometidos, mas ocultam acintosamente seu adultério como se isto não fosse o cúmulo dos abusos. Vocês são atores talentosos!

Agradeço também aos apoiadores desses cônjuges dissimulados, os queridos conselheiros partidários que contribuem para a manutenção do crime, e pela agradável murmuração que fazem contra os supostos abusadores, reverberando a difamação iniciada pelos ardilosos cônjuges adúlteros. Sem vocês, não haveria ocultação de crimes e meu ministério correria o risco de fracassar, pois não haveria seletividade e ambos os cônjuges seriam ouvidos e ajudados, e o casamento restaurado. Ufa! Que risco terrível eu passaria sem esses sábios conselheiros. Obrigado por evitarem essa ameaça aos meus propósitos satânicos, digo, empáticos.

Saibam que juntos libertaremos mais e mais famílias dos abusos e casamentos tóxicos, e afetaremos desgraçadamente o reino de Miguel, como eu sempre quis.

EU SOU Lúcifer, a origem do (seu) MAL, o começo do (seu) FIM.

Fonte: Hendrickson Rogers via Instagram.

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(Hendrickson Rogers)

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