maio 8, 2024

Blog do Prof. H

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Apocalipse – Possibilidades (capítulo 12)

Capítulo 12

1 Eu, João, vi imagens no telão do céu acima de minha cabeça: vi a igreja de Cristo, Seu povo que O aguardava desde Eva até Maria, em Sua primeira vinda, e Seu povo que Lhe seguiria os passos desde Maria até Sua segunda vinda. Esse pessoal compunha a igreja que ilumina o mundo, o corpo cuja cabeça é o Senhor da luz e, portanto, um corpo iluminado por Seu conhecimento, Sua justificação e Seu caráter incontaminado! Seus pés estão firmemente postos sobre a revelação profética dada aos profetas de Adão até João, o batizador, em especial no conhecimento adquirido pelo plano da redenção em miniatura exposto nas atividades do Santuário mosaico. Eles são filhos de Deus, herdeiros coroados de Seu reino por estarem vencendo na batalha contra o pecado e seguindo Sua liderança na Terra, aprendendo de Sua revelação às antigas doze tribos de Israel e à igreja dos doze apóstolos, vivendo-as e compartilhando-as.

2 Esse povo há muito aguardava o Messias. Cada mãe ansiava que seu bebê fosse o Salvador, desde Eva ao conceber Caim! A igreja de Deus sabia que somente o Ungido a salvaria de seus pecados e traria justiça ao mundo, e cessaria todo sofrimento.

3 Depois dessas cenas do filme profético, eu, João, assisti ao desenrolar de Daniel 7. Meu conservo, o profeta Daniel, anteviu o levantar de um novo reino, posterior ao leopardo grego: o “espantoso” dragão vermelho de Roma. No entanto, o adversário de Deus, o usurpador do governo deste planeta e maior estelionatário do universo – o anjo pai da mentira –, manipula os políticos que não temem a Deus. Ele está na liderança desses impérios de tal modo que tais poderes humanos são apenas uma fachada usada por Satanás para esconder seus propósitos anti-humanos dos homens que lhe servem como marionetes. O império romano é a quarta cabeça no planejamento dos anjos maus cuja coroa foi herdada do império grego, mas as culturas pagãs dos derrotados seriam mantidas! Depois dessa quarta cabeça (e simultaneamente) viriam as dez tribos não romanas, bárbaras, que tomariam a coroa romana pela força (cf. 13.1), fariam os romanos sucumbirem e a Europa levantar-se.

4 Satanás e suas cabeças elaboram culturas suficientemente letais ao ponto de fazerem apagar a boa influência de homens e anjos de Deus. Por meio de seus enganos e da violência, anjos e homens deixaram de brilhar e cooperar com Deus, no Céu e na Terra. A experiência do anjo pai da mentira e seu êxito por milênios foram usados concentradamente na época do nascimento de Jesus, através de Roma e seus representantes. Como um predador, ele viu a vulnerabilidade do Deus-Homem enquanto bebê, creu que poderia derrotá-Lo como fez com uma fração de Seus representantes e esse foi seu foco supremo!

5 O Messias veio de Sua igreja na Terra. Jesus, o ungido, conduziu a história dela e dela nasceu como Seu salvador e juiz da História humana. Após 33 anos e meio como Ser humano, o Senhor retornou vitorioso ao Seu posto administrativo como Deus eterno, agora Deus-Homem, ao lado de Deus o Pai.

6 Enquanto isso, aqui na Terra, a história do grande conflito continuou: a igreja de Deus como único alvo do predador mal sucedido, foi por ele perseguida através do pseudocristianismo romano, sua cabeça predileta, desde o ano em que Vitiges – líder ostrogodo do terceiro e último “chifre” ariano – foi derrotado e expulso de Roma, em 538, até a ferida mortal infligida pela Revolução Francesa ao papa Pio VI, em 1798. A Igreja de Deus fugiu dos centros urbanos, e durante todo esse período de 1260 anos foi conduzida e sustentada por Ele em regiões despovoadas e através de uma teologia não hegemônica, genuinamente bíblica!

7 Eu, João, vi como o mal começou no universo. Antes de Satanás perseguir a Igreja aqui em nosso planeta, antes da própria existência dela, ele espalhou no Céu muitas mentiras contra Deus, o Pai, e o Anjo Javé, Miguel – Aquele ser divino que Se tornaria também o eterno Emanuel. Foi ali que o anjo perfeito se tornou pai da mentira, o caluniador, o adversário; e o universo perfeito começou a conviver com a transgressão das leis de Deus e a consequente desordem! Uma guerra de narrativas começou e outros anjos perfeitos escolheram dar ouvidos àquele que se tornaria a serpente, o dragão aqui na Terra. Deus foi caluniado. Sua Lei, Seu caráter e Sua gestão foram denunciados caluniosamente! Diante disso, o Anjo Javé – o Deus que Se tornara anjo para ser uma eterna ponte entre Deus e os anjos –, após um período de tempo enorme e de muitas chances de reconhecimento e arrependimento, houve um ponto de inflexão. O pai da mentira cometera o pecado contra o Espírito Santo, crime eterno. Então, houve uma última guerra de narrativas no Céu, seguida de um enfrentamento militar entre os exércitos liderados pelo Anjo Javé e pelo pai da mentira;

8 no entanto, mesmo após essa primeira batalha, o caráter do pai da mentira não ficou claro para todas as criaturas perfeitas de Deus. Suas calúnias não foram de todo percebidas. Somente após o infinito sacrifício de Deus na cruz isso ocorreu, e um novo enfrentamento foi necessário, pois, com o sacrifício de Jesus, Ele teve o direito explicitado de reassumir o governo da Terra, mas o leviano usurpador desse título reagiu com uma nova batalha, nalguma região próxima do Céu! Nenhum anjo perfeito, nenhuma outra criatura não-caída tiveram mais dúvidas sobre a escolha obstinada e irreversível do originador da deformação. Sua intenção e estratégias antiDeus foram expostas, e o adversário de Deus e seus seguidores perderam completamente a credibilidade perante seus ex congêneres.

9 Sim, o pai da mentira foi expulso do Céu mais de uma vez e definitivamente! Ele e seus seguidores teimosos, avessos à Verdade. A partir da primeira expulsão eles inauguraram sua história como desertores e iniciaram seu governo paralelo à administração cósmica de Deus, agora fora do Céu, tentando alistar outras criaturas perfeitas no universo, por meio da fraude, da mentira e de toda sorte de sedução infame. Onde houvesse uma criatura perfeita, aquela tribo revolucionária tentaria torná-la imperfeita, maculada pelo engano e o pensamento de insurreição contra o governo de Deus. E quando a criação na Terra foi inaugurada, Deus permitiu a presença de Satanás ali como a mais clara evidência de que Ele não criou robôs, mas seres humanos à Sua imagem e semelhança, com perfeita liberdade e caráter divino, com absoluta ausência do mal, e que poderiam perder tudo isso caso quisessem e manifestassem interesse pela deformação. Então, a partir do sexto dia da criação aqui na Terra, a serpente ficou de frente à mulher elaborando um estratagema para dar-lhe o bote e ganhar para suas fileiras toda a humanidade! Ali começou o conflito entre a Igreja de Deus na Terra e o dragão, mas com este último já tendo sido derrotado uma vez na primeira guerra celestial, e prestes a ser derrotado definitivamente após a morte substitutiva de Jesus na cruz e o consequente engrandecimento da Lei de Deus.

10 Quando finalmente a serpente seduziu nossos primeiros pais, então seu partido começou a governar um planeta do universo de Deus. Por alguns milhares de anos, até o nascimento do Emanuel, anjos de Deus observaram a filosofia desse partido, seu modo de operação e as alegações dos anjos ex perfeitos que optaram pelo partido de oposição. Mas na cruz do calvário, o altar do pátio terrestre do tribunal celeste, quando anjos perfeitos presenciaram os verdadeiros motivos da revolta do pai da mentira contra o Criador – inveja, orgulho e egolatria –, eles expulsaram os anjos maus do Céu outra vez! Os demônios não mais conseguiriam esconder deles seu ódio e sua crueldade contra Jesus e Suas criaturas. Para sempre estava rompida qualquer simpatia entre os anjos divinos e os anjos diabólicos. Eu, João, ouvi alguém proclamando em alta voz: “Através do sacrifício do Cordeiro de Deus no altar da cruz, todas as criaturas perfeitas, as quais não se deixaram enganar pelos anjos maus, reconhecem o direito que Deus tem legitimamente em salvar a humanidade caída, salvá-la da atuação dos anjos caídos! Todas elas enxergam como Deus tem usado seu ilimitado poder nesse plano de redenção. Todas elas concordam que este planeta e tudo o que nele há pertencem a Deus e que só Ele possui autoridade legal sobre a Terra, Ele e o Seu Ungido! Definitivamente nós expulsamos o tirano impostor que usurpou o governo da Terra, nós o expulsamos do Céu e não queremos mais contato com suas narrativas desonestas e traiçoeiras! Sua denunciação caluniosa contra a Lei de Deus, Seu caráter e Sua gestão foi refutada de uma vez por todas, e ele arcará com o crime doloso cometido, e todas as demais transgressões. O que ele tem feito desde que assumiu a administração do planeta caído foi o que ele fazia quando habitava no Céu: calúnias disfarçadas de apresentação sincera das faltas cometidas por aqueles que, na verdade, são suas próprias vítimas, nossos queridos irmãos caçulas terráqueos! Não permitiremos mais a vinda do pai da mentira aqui no Céu para tentar disfarçar sua tirania diabólica contra Deus e nossos irmãos. Chega!

11 “Aí na Terra também o dragão tem sido derrotado por nossos irmãos, através da aceitação deles do sacrifício de Jesus em lugar da destruição da humanidade, e por seu estilo de vida obediente à revelação profética, pois mesmo sendo perseguidos e mortos por Satanás e suas cabeças político-religiosas, imitaram o Cordeiro e entregaram voluntariamente suas vidas por amor a Ele assim como Jesus voluntariamente entregou a Sua!

12 Todas as criaturas perfeitas de Deus, as que habitam no Céu e as demais espalhadas pelo universo, devem comemorar a beleza infinita do amor e da sabedoria divinos em Sua administração do universo – em particular, mas também sobretudo, Seu sacrifício em prol da restauração da humanidade, o qual revela o que Deus teria feito por qualquer um dos outros mundos habitados! Comemorem também a beleza dos frutos das ações divinas – vidas sendo libertas das garras do dragão! No entanto, as criaturas do planeta Terra ainda não podem comemorar, pois ao perceber sua derrota na cruz e que sua máscara caiu diante do universo de Deus, o maior estelionatário percebeu que sua profissão e obra estariam limitadas à Terra, e que, após a morte expiatória de Cristo na cruz, seu tempo até a segunda vinda de Jesus é muito pequeno. Seu ódio e sua crueldade só aumentaram contra a Criação de Deus na Terra, suas únicas e últimas vítimas”.

13 De fato, o dragão com suas cabeças, ao reconhecer que não mais poderia estabelecer filiais de sua tirania em outros planetas, pois seria facilmente desmascarado pelas criaturas perfeitas devido seu histórico anticristão, antiDeus e anti-Criação na História da humanidade, concentrou sua maldade contra a Igreja que Deus considera genuinamente Sua;

14 e do mesmo modo que Ele procurou conduzir, proteger e sustentar o povo de Israel nas regiões desabitadas, após libertá-lo velozmente do Egito, Deus fez exatamente o mesmo com a Igreja perseguida pela cabeça do dragão chamada romanismo papal. Ao conduzir Sua Igreja rapidamente para o abrigo dos montes, nas florestas e em vários outros territórios despovoados, Deus sustentou Seu povo com a teologia bíblica durante os 1260 anos da supremacia papal, de modo que a serpente não conseguiu destruir o cristianismo genuíno.

15 Satanás e os demais demônios usaram inúmeras artimanhas para destruir a Igreja genuína nesse período, entre os anos 538 e 1798: encarceramento da Bíblia, enxurrada de crenças antibíblicas fabricadas pela usurpação papal da autoridade de Deus e outras superstições irracionais; alteração dos 10 mandamentos e outros revisionismos; globalização e aculturação sob o ubíquo mantra de pretensa autoridade divina e ameaças de castigos eternos; censuras e sanções econômico-político-religiosas; linchamento da reputação, humilhações e outras violências; torturas psicológicas e físicas e pena de morte.

16 No entanto, a Igreja encontrou refúgio e alívio em: territórios desabitados; conflitos políticos mundanos nos quais a falsa Igreja papal se envolvia, os quais distraíam o pseudocristianismo perseguidor; a racionalidade e coerência da Reforma protestante; e a perda da popularidade decorrente dos irracionalismos em nome de Deus efetuados pelo catolicismo contra as nações. Tudo isso impediu a destruição da Igreja genuína a despeito das inúmeras tentativas satânicas.

17 A perseverança da Igreja de Deus só aumentou o ódio do pai da mentira, o qual, após o fim do período da tirania católica romana, depois de 1798, continuou guerreando abertamente contra os poucos cristãos persistentes, indivíduos espalhados pertencentes àquela Igreja! Nessa época eles serão caracterizados como estando a obedecer aos Dez Mandamentos de Deus, manter-se fiéis à revelação profética bíblica e receber o dom de profecia em seus dias também. Então eu vi a serpente bem perto das multidões, para continuar agindo entre elas.

(Hendrickson Rogers)


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(Hendrickson Rogers)

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