maio 8, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

Noés e canitas: quem se submeterá à necessária intervenção?

Cam, o que deu em você?

Jafé pergunta ao irmão caçula, enquanto Sem, provavelmente o mais velho, pega um lençol para cobrir Noé, o pai dos três.

Você, certamente, já ouviu essa história. Cam viu o pai bêbado e nu (ou seminu) e não agiu de forma correta, ao ponto de ele ser tido como digno de repreensão, tanto pela atitude totalmente diferente de Sem e Jafé, quanto pela profecia negativa que, mais tarde, Noé proferiria sobre a posteridade de Cam.

Embora os descendentes de Cam tenham povoado a África, nada há nessa história ou em qualquer outra história bíblica que sugira a escravidão dos negros. Os “estudiosos” do passado que ensinaram essa falsa teologia, são como os “cientistas” do presente que aprovam o consumo de cafeína. Em ambos os casos, o lucro do negócio garantiu a “validade teológica/científica” da mentira, se é que você me entende. Caso não conheça, essa história verídica, como todas as prosas narrativas do Gênesis, está no capítulo 9, a partir do verso 20. Não se trata de conto ou poesia fabulosa, mas de eventos literais.

Os quatro ancestrais da humanidade que participaram dessa confusão, eram gigantes, longevos, que ainda não precisavam da escrita para registrar acontecimentos, dada sua capacidade de memória colossal. A escrita também viria pela descendência da Cam, os pré-babilônicos ou sumérios.

Veja como desde sua matriz (o filho mais novo de Noé), Babilônia já criava stories no Instagram da época, cujo conteúdo era repugnante: fofoca, indecência e falta de lealdade. Repugnante para os que não estavam bêbados e para Noé, pós-ressaca. Cam não estava bêbado da uva fermentada, mas já estava aprendendo a fórmula do vinho de Babilônia (cf. Ap 14.8).

Sim, Cam apresentou essa trindade demoníaca em seu caráter, mas muito bem domesticada e disfarçada por muitos de seus descendentes biológicos e/ou espirituais.

Não vou passar pano em Noé! Reconheço seu mérito espiritual, naval e agrário. Posso até chamá-lo de primeiro cientista das uvas. Mas, ficar bêbado nunca é virtuoso, em nenhum contexto.

No entanto, a fofoca de Cam sobre a nudez de seu próprio pai, enquanto seus dois irmãos sequer ousaram olhar para o pai naquela situação ridícula, evidencia como as virtudes de caráter distinguem um filho de Deus de uma cria de Babilônia.

O filho de Deus pode até se comportar como ébrio em alguma cena de sua vida. Mas, caso não volte a sobriedade, certamente, morrerá em seu pecado e terá impedido o Juiz Jesus de apagar suas faltas, o que lhe acarretará eterna condenação.

Mas, os três pecados canitas – a dissimulação profissional com que são cometidos e sua tentativa de justificativa –, nos fazem entender como os que permanecem em Babilônia, após certo prazo, não terão mais solução.

O pai tá bêbado e você vem pegar no meu pé, Jafé?

A indecência canita, quando é descoberta, tenta se justificar apontando para o erro do outro. E, para os que desenvolvem esse tipo de caráter, pouco importa sobre quem eles irão terceirizar sua culpa. Nem mesmo Noé, aquele que foi chamado para a não extinção da humanidade, esteve livre de tamanha deslealdade. Canitas, literalmente, só existem por causa dos Noés…

Há uma expressão latina, a maiori, ad minus, usada no Direito que significa algo como “quem pode mais, pode menos”. Se nem Noé escapou de tamanha ingratidão, quem escapará?

A mentalidade de Cam é sempre mais ébria do que um Noé bêbado.

Noés erram. E merecem sofrer as consequências de seus desvios. Mas, seus erros estão bem longe de fofocas, indecência e falta de lealdade. Ocorre que, na psicologia de Babilônia (esse tema já foi bem estabelecido noutro texto), a falta de sobriedade dos Noés são a causa da perversidade dos canitas. Poderia até ser verdade se um Noé bêbado fosse tão pervertido como um Cam “sóbrio”.

Babilônia disfarça bem seu torpor mental e seu comportamento dissimulado. Infelizmente, a disposição mental e comportamental de Cam foi imitada por parte de sua prole. Por isso o apelo divino: “Sai dela [de Babilônia], povo Meu”, Ap 18.4, ARC.

Que o chamado de Deus seja mais poderoso em nossas vidas, caro leitor, do que a biologia e a espiritualidade entorpecidas que recebemos de nossos antepassados. Deus é poderoso! Se nós fracassamos, não é por falta de poder à nossa disposição. E os filhos de Deus também não são escravos da má teologia nem da má ciência.

Que os bêbados se arrependam e retornem à lucidez.

Que os descendentes de Sem e Jafé se mantenham firmes pelo que é reto, pois são filhos de Deus e não apenas de Noé!

E que a confusão iniciada pelo genitor humano de Babilônia, Cam, em vez de culminar com a condenação eterna dele e de seus descendentes, dê lugar ao apelo divino, saindo completamente da loucura que edificaram.

Aparentar sobriedade, mas continuar disseminando o vinho de Babilônia, não é evidência de arrependimento. E o vinho de Babilônia sempre conterá os três ingredientes do caráter de seu precursor. Dar desculpas, não assumir a culpa e prejudicar sua própria prole é a ladeira mais inclinada para o ponto de inflexão, o qual o pai angélico de Babilônia já cruzou e perdeu a chance de perdão e redenção. Ele não pode mais abandonar aquela trindade que ele mesmo deu à luz em seu caráter.

Para os demais babilonizados, o chamado de Deus ainda ecoa. Que os canitas arrependidos abandonem Babilônia, urgentemente. É o primeiro passo para a produção das virtudes divinas que distinguem os Noés dos canitas, muito embora seus laços sanguíneos possam ser muito próximos.

Ser filho de Deus será sempre um milagre da intervenção divina no curso decadente da história humana. Intervenção que demanda submissão.

Os Noés, mesmo tronchos e acusados de embriaguez, se submetem.

Fonte: Hendrickson Rogers via Instagram.


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(Hendrickson Rogers)

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