maio 8, 2024

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O que é a “lei do Espírito da vida” a que Paulo se referiu em Romanos 8:22?

O contexto de Romanos 8:1-4 tem que ver com o fluxo da argumentação de Paulo sobre a ligação entre a lei, o pecado e a morte. Ao que parece, esse trecho específico desenvolve a ideia de Romanos 7:6, em que a libertação da lei, do pecado e da morte está relacionada com a nova vida em Cristo (Rm 6:1-14). Vejamos:

1. O texto. Paulo começou a discussão com uma declaração resumida (v. 1) sobre a vida dos fiéis, desenvolvida nos versos seguintes. No verso 2, ele combinou a libertação por meio da “lei do Espírito de vida” (experiência individual do cristão) com a morte de Jesus (fonte dessa nova vida). Portanto, o que Cristo fez mudou a vida dos crentes, algo que a lei não podia fazer (v. 3).

2. A declaração. A sentença resumida com a qual Paulo começou esse trecho indica que algo novo (“agora”) havia chegado: o sacrifício de Jesus. Essa intervenção divina havia resolvido o problema da condenação da lei, a qual Paulo associou com a transgressão de Adão (Rm 5:12, 17). Aqueles que estão em Cristo são libertados dessa herança de pecado, que conduz à morte eterna, e passam a viver uma nova vida. Paulo explicou como isso acontece.

3. A lei do Espírito. No verso 2, Paulo explicou o primeiro verso: a lei do Espírito nos liberta da lei do pecado e da morte. Na verdade, essas duas leis são a mesma, porém observadas de perspectivas diferentes: a lei sob o poder da carne produz morte, enquanto a lei sob o poder do Espírito produz nova vida. Assim, Cristo nos liberta do poder cósmico do pecado e da morte (justificação) e o Espírito nos liberta do poder escravizador do pecado em nossa vida diária (santificação). Segundo Paulo, a lei sem o Espírito é a lei da carne, ou seja, a tentativa humana de ser aceito por Deus com base nas próprias obras (Rm 7:7-12).

4. Lei, Cristo e Espírito. Paulo escreveu que o problema não é a lei em si (Rm 7:12), mas a relação que mantemos com ela. É a debilidade da carne que enfraquece a lei (Rm 8:3). Quando confrontada com o pecado e a morte, a lei não tinha poder, porque a carne é hostil a Deus e não pode submeter-se a Ele (v. 7). A solução foi a morte sacrifical do Filho de Deus, que condenou o pecado na carne, libertando-nos da condenação da lei (v. 3) e capacitando-nos a viver em obediência à vontade de Deus, por meio do Espírito. Logo, na vida cristã, existe um lugar específico para a lei de Deus. Ela é restaurada à sua função. Cristo morreu por nós “a fim de que as justas exigências da lei [a lei do Espírito de vida] fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne [buscando a aceitação de Deus por meio das obras da lei], mas segundo o Espírito” (v. 4). A mensagem de Paulo é que a debilidade da carne é superada e o Espírito nos capacita a obedecer aos justos requisitos da lei de Deus.

Fonte: Ángel Manoel Rodrígues, Revista Adventista, Mar./2019, p. 36.


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