novembro 21, 2024

Blog do Prof. H

Adaptando conhecimento útil às necessidades da humanidade

Apocalipse – Possibilidades (capítulo 15)

Apocalipse 15

ApTexto (ARA, 3ª ed)Leitura com a fundamentação das possibilidades que tentam alcançar a intenção do profeta João e a intenção do Revelador Jesus Cristo
15.1Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus.Eu, João, assisti a novas cenas do filme profético: antes da colheita da videira da terra – os falsos filhos de Deus, humanos ingratos e usados pelo pai da mentira, os quais estão quase maduros para a destruição no lagar da cólera de Deus –, ela seria chacoalhada com força! Eu vi no telão do céu algo extraordinário: sete anjos literais com a função de chacoalhar a videira da terra por meio de pragas e destruições de todo tipo! E somente após o derramamento desses desastres sobre os falsos filhos de Deus, Ele sentirá que a justiça terá sido feita completamente, e eles poderão ser destruídos e deixar de existir para sempre.

Outro. Isto é, em relação ao sinal de Apocalipse 12:1” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 927).

“Em Apocalipse 11:18, são resumidos os eventos que ocorrerão na Terra pouco antes da batalha final do Armagedom são resumidos: ‘As nações se enfureceram.’ Essa situação na Terra coincide [com a previsão] que Jesus fez dos últimos dias (Lc 21:25), e é sucedida pela ira de Deus, que são Seus juízos na forma das sete últimas pragas sobre os impenitentes (Ap 15:1). O capítulo 15 de Apocalipse começa com a imagem de sete anjos segurando sete taças cheias dessa ira divina. Mas antes de ocorrer o derramamento dessa ira, temos um vislumbre do povo de Deus no futuro (Ap 15:1-4). Os fiéis foram descritos como os vencedores ‘da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome’ (Ap 15:2), achando-se em pé em algo semelhante a um mar de vidro e cantando o Cântico de Moisés do Cordeiro – todas essas imagens nos fazem lembrar dos hebreus nas margens do Mar Vermelho, celebrando a vitória de Deus sobre os egípcios (Ex 15). Esses santos vencedores são os mesmos referidos como os 144 mil em Apocalipse 14:1 a 5. Tendo recusado a marca da besta, eles serão protegidos das sete últimas pragas. Em seguida, no segundo advento de Cristo, seus corpos mortais serão transformados e revestidos de imortalidade (1Co 15:51-54), e eles se juntarão aos santos ressuscitados quando Jesus vier em poder e glória (ITs 4:17)” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 82).

“Com as sete últimas pragas, começa a segunda parte do Apocalipse. A partir desse ponto, as profecias focalizam eventos que logo ocorrerão, no fim do tempo. […] Uma decidida mudança de ênfase faz com que as cenas das trombetas e do grande conflito tratem mais profundamente dos eventos dos últimos dias do que o haviam feito as sete igrejas e os sete selos. […] as pragas, a queda de Babilônia, o milênio e a Nova Jerusalém, focalizam exclusivamente eventos dos dias finais” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 438).

“Este capítulo introduz as sete últimas pragas, manifestação da não misturada ira do Céu, e a plenitude da sua medida, para a última geração dos ímpios. Nessa altura a obra da graça terminou para sempre” (SMITH, 1979, p. 295).

“Êste capítulo encerra dois grandes fatos estreitamente ligados ao plano da salvação de Deus. O primeiro é uma introdução às sete pragas vindouras da ira de Deus, que assinalam o fim da graça divina. O segundo é uma grandiosa visão dos salvos vitoriosos, vistos num glorioso lugar denominado de ‘mar de vidro’. Embora tão pequenino seja êste capítulo, adverte-nos solenemente quanto ao não distante derramamento dos juízos de Deus, para cujo tempo devemos nos precaver, com a devida urgência. Do outro lado, anima-nos com a maravilhosa esperança da vitória triunfal, em Cristo, sôbre os Seus e nossos inimigos perseguidores e opositores” (MELLO, 1959, p. 457).

“O capítulo 15 nos informa sobre a natureza geral das pragas, quem as derrama e de onde elas provêm. É dada a certeza de que nem todos sofrerão essas pragas. […] Os acontecimentos de Apocalipse 15 e 16 ocorrerão pouco antes da ceifa [de Apoc. 14]. […]. Estes capítulos descrevem a tribulação que ocorrerá entre o fim do tempo da graça (Apoc. 22:11) e a segunda vinda de nosso Senhor. O ‘fim do tempo da graça’ será a ocasião em que Cristo deixará de interceder no santuário celestial. […] Ao estudar [Apoc. 15 e 16] […] note as alusões que são feitas ao cuidado de Deus pelos justos. O Senhor revelou não somente que Seu povo fiel será amparado no sentido físico e espiritual durante esse tempo muito difícil, mas também que suas aflições os ajudarão a eliminar todo apego às coisas terrenas” (COFFMAN, 1989, p.122 e 123).

“Um novo grupo de sete anjos surge ante seus olhos videntes. O primeiro grupo, o das sete trombetas, representa os vitoriosos guerreiros de Deus contra Seus inimigos desde Roma até ao fim. O segundo grupo, que é o que agora apreciamos, representa os mensageiros da ira de Deus sôbre Seus inimigos vencidos” (MELLO, 1959, p. 457).

“São as últimas no que se refere ao tipo; não haverá mais pragas como estas, embora a destruição final de Satanás e dos pecadores ainda seja posterior (Ap 20:11-15)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 927).

“Juízos, punições e ‘pragas’ ocorreram antes na história da raça humana. Essas pragas serão as últimas; não haverá outras. Mas os perdidos de todas as épocas terão ainda de enfrentar a punição final no fim dos 1.000 anos de Apocalipse 20. As pragas terão efeitos de longo alcance. Cairão sobre os pecadores ao redor do mundo e terminarão na gloriosa vinda de Cristo, a qual será fogo consumidor para os ímpios. (Ver II Tess. 2:8; II S. Ped. 3:7, 10 e 12)” (COFFMAN, 1989, p.124).

“Esta expressão torna claro que já outras pragas foram no passado derramadas na terra. Evidentemente o antigo Egito recebeu o impacto direto de dez juízos especiais de Deus — dez tremendas pragas. De modo assombroso relata-nos o livro do Êxodo o décuplo cataclisma sôbre os obstinados egípcios, especialmente Faraó e seus grandes (Êx 7 ao 12)” (MELLO, 1959, p. 457 e 458).

“Um Deus irado? Para entendermos essa questão, é necessário lembrarmos novamente o episódio das dez pragas que caíram sobre o Egito (Êxodo 7-12). O povo de Israel permaneceu longas décadas servindo como escravo nas mãos dos egípcios. Deus escolheu Moisés como libertador do Seu povo que, mediante apelos insistentes, tentou convencer a Faraó que deixasse o povo ir. Porém, o coração do líder egípcio apenas endurecia diante dos convincentes apelos de Moisés. As pragas vieram, então, como uma forma divina de subjugar e eliminar o opressor do povo de Deus, servindo ao mesmo tempo como agentes de libertação dos fiéis filhos de Deus.

“A ira de Deus não é como a ira humana, que muitas vezes é carregada de ódio, egoísmo e outros sentimentos pecaminosos. A ira de Deus é a Sua santa oposição ao mal. Ela revela quão tremendamente ofensivo é o pecado aos olhos de Deus (Isaías 59:2). E não duvide, ela é tão real quanto o Seu amor. Deus não tolerará para sempre o pecado e aqueles que persistem em permanecer em deliberada rebelião contra a soberania divina. Sua ira serve, portanto, como um instrumento de correção e extirpação do mal, ao mesmo tempo em que trabalha pelo livramento daqueles que obedecem à verdade” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 56).

“A ira de Deus é o amor de Deus transformado em indignação moral contra os que persistentemente calcam aos pés os princípios da ordem espiritual” (COFFMAN, 1989, p. 123).

“As pragas agem como o corante sobre a madeira. Quando o artesão aplica o corante, este realça os veios da madeira e salienta as qualidades naturais que não eram tão evidentes antes disso. […] Sob as sete últimas pragas é claramente manifestado o caráter das pessoas dos dois lados. Os rebeldes contra Deus ficam aferrados em sua rebelião, recusando arrepender-se, continuando a blasfemar, e ansiosos, se possível, de tirar a vida dos seguidores de Deus. O povo do Senhor permanece fiel em sua obediência, preferindo, se necessário, depor a vida a desonrar a Deus” (COFFMAN, 1989, p. 125).

“Consumar implica em terminar. Isto faz-nos crer que os juízos de Deus já desde algum tempo estão caindo na terra, vindo depois as sete pragas para completar a ira de Deus sôbre um mundo endoidecido e perverso. Todas as calamidades geológicas, climatológicas e outras de caráter moral e físico por culpa do próprio homem, são agentes de Deus para açoitar o impenitente, desejando acordá-lo do letárgico sono de sua perversão dos mais altos valores morais e de ingratidão para com o céu. ‘As sete últimas pragas’ são a coroa dos juízos de Deus sôbre um mundo que não desejou corresponder aos reclamos amoráveis do celeste e bondoso Pai. Seus juízos são, portanto, justos. A consumação da ira de Deus nas sete pragas não é uma revelação de ódio de Deus pelos impenitentes pecadores, mas sim a inolvidável manifestação da justiça de Deus sôbre os desprezadores do imenso sacrifício da cruz para remi-los salvando-os para um reino de paz e amor” (MELLO, 1959, p. 458).

“A composição literária do Apocalipse mostra que as pragas ocorrerão após o último chamado ao arrependimento (a proclamação das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12) e depois do selamento dos santos (Apocalipse 7:1-4). O povo de Deus do tempo do fim é chamado a separar-se de ‘Babilônia’ e unir-se a Cristo, ‘’para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos’ (Apocalipse 18:4). Aqui temos um paralelo com o episódio das dez pragas que caíram sobre o Egito. Assim como o Israel da antiguidade foi protegido pelo ‘sinal’ do sangue nos umbrais das portas (Êxodo 12:13), o ‘Israel’ do tempo do fim será protegido por um selo especial de Deus, que os anjos colocarão na fronte de cada um dos escolhidos (Apocalipse 7:3; 14:1)” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 55).

“Apocalipse 15 e 16 elaboram a visão das duas colheitas de Apocalipse 14:14 a 20. Essa visão retrata os santos como o trigo a ser ajuntado no celeiro de Cristo (Ap 14:14-16; cf. Mt 13:30, 31) e os impenitentes como uvas pisadas no lagar de Sua ira (Ap 14:17-20)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 90).

“Os flagelos são especificados como os ‘últimos’ (Ap 15:1) porque aparecem depois das sete pragas das trombetas (Ap 8; 9; 11:15-19). As trombetas foram juízos preliminares, antecipando pragas mais severas, ainda por vir. Embora existam semelhanças de linguagem entre as pragas das trombetas e as últimas pragas, as duas séries não são idênticas. Em primeiro lugar, durante as trombetas, o evangelho está sendo pregado ao mundo inteiro (Ap 10:8, 11; 11-14), e o ministério mediador de Cristo está em andamento no Céu (Ap 8:3-5). Já as últimas pragas são derramadas após o término da pregação do evangelho e da intercessão no santuário celestial (Ap 14:6-13)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 90).

“Em terceiro lugar, as pragas das trombetas são restritas em alcance e efeito. Elas só afetam uma parte do reino de Satanás – a expressão ‘a terça parte’ é repetida constantemente no texto (Ap 87-12; 9:15, 18). Quanto às sete últimas pragas, porém, nenhuma restrição é feita. Fica claro que elas são mais abrangentes. Observe a declaração: ‘E morreu todo ser vivente que havia no mar’ (Ap 16:3). Por fim, as sete trombetas abrangem um longo período da história. desde o 1º século até a segunda vinda de Cristo. Períodos de tempo relativamente duradouros estão ligados a elas (Ap 9.5, 15; 11:2, 11), ao passo que nenhuma estrutura temporal profética é especificada para as sete últimas pragas. Elas afetam a humanidade no fim da história por um período relativamente curto antes da segunda vinda de Cristo e ocorrem dentro da estrutura temporal das sete trombetas” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 91).

Como veremos na fundamentação do verso 8, Anderson e Trezza (1988) afirmam que as sete últimas pragas cairão ao longo de 1 ano, enquanto os autores acima creem que não há uma definição com relação à duração desses desastres.

“As pragas têm natureza redentora. Assim como Deus enviou as pragas para o Egito a fim de livrar Seu povo e levá-lo à Terra Prometida (Ex 7-12), o Senhor derrama as sete últimas pragas para derrotar Seus inimigos e livrar Seu povo daqueles que desejam destruí-lo. Em segundo lugar, as últimas pragas são punitivas (Ap 15:1; 16:2). Em Apocalipse 6:9 a 11, os santos martirizados são retratados clamando a Deus por vindicação. O clamor deles representa todo o povo do Senhor que sofre ao longo da história. Com o derramamento das sete últimas pragas, suas preces finalmente são atendidas, e o povo de Deus é vindicado.

“Terceiro, as sete últimas pragas têm a intenção de fazer a humanidade rebelde reconhecer as consequências de suas escolhas e ações. Em Apocalipse 13, os habitantes do mundo escolhem seguir Babilonia. À medida que Deus retira Sua proteção do planeta, as sete últimas pragas são derramadas sobre a Terra, provocando consequências devastadoras. As pessoas são forçadas então a refletir nas consequências de suas escolhas. No entanto, a resistência contínua ao chamado misericordioso de Deus faz com que elas se tornem impenitentes.

“Assim como as pragas do Egito, as sete últimas pragas tém a intenção de revelar a dureza do coração daqueles que rejeitaram o evangelho (cf. Ex 7:1-5). Por mais severas que sejam as últimas pragas, elas não levam as pessoas a se arrepender. Da mesma forma que cada uma das pragas egípcias somente aumentou a dureza do coração de faraó e de seus oficiais, cada praga que recair sobre os adoradores da trindade satânica endurecerá o coração deles, levando-os a nutrir um ódio ainda maior de Deus e de Seu povo (Ap 16:9-11)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 91 e 92).

“Uma questão importante e difícil a respeito da natureza das pragas é se elas são literais ou simbólicas. Com frequência, a linguagem do Apocalipse é simbólica. Isso parece óbvio ao interpretar os selos e as trombetas, mas a situação se mostra diferente com as sete últimas pragas. O fato de que as cinco primeiras pragas causam dor física e sofrimento intensos, levando as pessoas a maldizer a Deus, mostra que elas são literais (Ap 15:8-11) [sic, o correto é Ap 16]. Isso é afirmado em Apocalipse 7:16. Esse verso declara que os 144 mil não terão mais fome nem sede e que o sol escaldante não os assolará mais. Tudo isso parece se referir a provações literais. No entanto, a sexta praga, que conduz à batalha do Armagedom, contém linguagem simbólica e espiritual. E a praga final, que fala da queda da Babilônia do tempo do fim, parece misturar significado literal e simbólico” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 92).

15.2Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus;Numa outra cena, eu vi os santos, os genuínos filhos de Deus próximos ao Tribunal do Céu, no pátio, local onde, no Santuário terrestre, ficava a pia com água. Lá no Céu, esse lugar eu já o comparei em Ap 4.6 a um mar de cristal; e a glória de Deus refletia nele e o efeito visual era parecido com o fogo! Aqueles filhos estavam diante de Deus por terem vencido a instituição político-religiosa-ocultista representada pelo papado; por também terem vencido o falso profeta da serpente – a igreja evangélica norte-americana; por também terem vencido o número 666, o qual representa a sobreposição da vontade do ser humano criado por Deus no 6º dia da primeira semana, através da supremacia da trindade satânica (cristianismo romanizado, falso protestantismo e espiritualismo) contra o Criador trino que legislou o 7º dia daquela semana como sábado de descanso e memorial de Sua Criação. Por essa vitória conquistada pelo sangue do Cordeiro e pelo testemunho que deram diante de tantas provações, estavam com as harpas dos 144.000 (Ap 14.2) dadas a eles diante do próprio trono de Deus, o qual se encontra no Seu Tribunal/Santuário;

Os v. 2 a 4 são parentéticos” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 927).

“Então, levantando os olhos das cenas terrestres para outras cenas mais maravilhosas, seus pensamentos tornam mais glorioso o ‘mar de vidro misturado com fogo’, onde estão os redimidos agora vitoriosos. E o profeta ouve os sons de cânticos de vitória. Finalmente os santos estão no lar! Insignificantes, sem dúvida, são as provas em comparação com esta cena de esplendor!” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 182).

“O mar de vidro é comparado ‘ao cristal’ (Ap 4:6). Aqui ele tem um tom de fogo, sem dúvida, por refletir a glória de Deus” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 927).

“A visão de Apocalipse 15:2-4 não foi dada para demonstrar que os salvos estarão no Céu durante o derramamento das pragas na Terra. Justos vivos, na Terra, quando Jesus vier em glória ‘são esses os que vêm da grande tribulação’ (Apoc. 7:14). A visão de Apocalipse 15:2-4 descreve as pessoas sobre as quais as pragas não cairão, pois enquanto estiveram na Terra obtiveram a vitória sobre a besta, a sua imagem e sua marca (verso 2). Esses vitoriosos são apresentados em brilhante contraste com os ímpios, que irão sofrer as pragas” (GULLEY, 1996, p. 11).

“O versículo seis do capítulo quatro diz que o mar de vidro está diante do trono de Deus e que é semelhante ao cristal. Ainda nos diz que continha uma mistura de fogo ou que refletia a glória emanante do trono de Deus. Isto dá-nos uma idéia da maravilha dêste lugar diante do trono de Deus. Realmente não há pena humana capaz de descrever o lugar em linguagem da terra e ainda com as poucas informações da revelação. João mesmo também não achou palavras precisas para descrevê-lo em sua grandiosa maravilha. Só ali estando poder-se-á ter uma visão exata do que seja um mar de cristal misturado com fogo, criado por Deus e refletindo Sua glória” (MELLO, 1959, p. 458).

“Assim como se de repente o Sol brilhante atravessasse a nuvem da meia-noite, é apresentada uma cena, ou dada uma promessa aos humildes seguidores do Cordeiro, em toda a hora de tentação, para assegurar-lhes o amor e cuidado de Deus tanto como a certeza da sua recompensa final. O profeta de outrora, Isaías, escreveu: ‘Dizei aos justos que bem lhes irá; ai do ímpio! mal lhe irá.’ (Isa. 3:10, 11)” (SMITH, 1979, p. 296).

“É desnecessário descrever aqui a besta, sua imagem, seu sinal e o número de seu nome, tudo já descrito no capítulo treze. No mar de vidro, porém, estarão aquêles que sairão vitoriosos destes poderes em conflito que ainda está no futuro, quando o sinal da bêsta fôr imposto sob as mais graves ameaças e a imagem da bêsta fôr já uma realidade (Ap 13.14-16). Comparando as primeiras partes dos capítulos sete e quatorze, concluímos que os que estarão no mar de vidro serão os 144.000; pois na verdade eles são os santos que terão de enfrentar a ira da bêsta e de sua imagem, no derradeiro fim, por recusarem o sinal da bêsta e preferirem o sêlo do Deus vivo!” (MELLO, 1959, p. 459).

15.3e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!e esses vencedores louvavam a Deus com suas harpas, cantando um hino de libertação da opressão do falso cristianismo que enfrentaram lá na Terra, assim como o povo de Israel entoou o cântico de Moisés após a libertação do Egito. É o “novo cântico” que eu, João, já tinha mencionado em Ap 14.3. Esse hino de louvor a Deus e a Jesus – o Cordeiro –, é de autoria tanto dos vencedores como de Jesus, pois foi por causa do Seu sangue que eles venceram a serpente e seu sistema político-religioso! Eu ouvi um trecho da música, e ela dizia assim: “Grande e admirável é o Teu plano da redenção, Senhor Deus, e o derramamento dos desastres sobre os perseguidores cruéis, ingratos, teimosos, mentirosos, que o Senhor fez para nos livrar, salientam como o Criador é Todo-poderoso! Em tudo isso, o Senhor foi justo cirurgicamente, e sempre usou os recursos da Verdade, sem qualquer omissão ou exagero, em Sua administração como Rei das nações do planeta Terra!
15.4Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.Quem não atenderá a primeira mensagem angélica de Ap 14.6 e 7? Os vencedores do cristianismo romanizado, do falso protestantismo e do espiritualismo pagão agiram sob o temor do Senhor e honraram Seu Nome sob terrível pressão, assim como Jesus! Foram distintos assim como Jesus é Distinto! Por isso, todas as nações da Terra – mesmo aqueles que escolheram seguir a trindade de fantoches da serpente –, se colocarão diante de Deus e curvarão sua teimosia e ingratidão, reconhecendo que o justo derramamento dos desastres sobre eles foi resultado das escolhas deles; eles tiveram a oportunidade de escolher obedecer aos Mandamentos do Criador, mas preferiram adorar a criatura e sua marca dominical, em lugar do Criador e Seu santo sábado, e reconhecem tardiamente a justiça cirúrgica do Juiz sobre eles.

Justos […] caminhos. No fim, há o reconhecimento de que as ações de Deus estão em plena harmonia com sua lei e seu caráter. Esta é a grande lição do conflito cósmico” (BÍBLIA, 2015, p. 1669).

“Aqui a referência deve ser específica às ‘obras’ de Deus nos sete últimos flagelos. O ‘sinal’ em torno dos flagelos é chamado ‘grande e admirável’ (Ap 15:1)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 927).

“Que cântico será aquele quando forem reunidos os resgatados do Senhor diante das portas da santa cidade, as quais se abrem em suas dobradiças resplandecentes para que os povos que guardaram a Sua Palavra – os Seus mandamentos – entrem na cidade, e a coroa dos vencedores seja colocada na cabeça de cada um e, em suas mãos, uma harpa dourada! Todo o Céu se enche com preciosa música e com cânticos de louvor ao Cordeiro. Salvos, eternamente salvos, no reino da glória! Ter uma vida que se compara com a vida de Deus essa é a recompensa (ViC, 142)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1098).

“Deus é justo e protegerá os que aceitarem o dom de Sua graça, oferecido com todo amor (Apocalipse 12:11). Os redimidos de Cristo que aceitaram o selo de Deus e recusaram a marca do anticristo não serão castigados com as sete últimas pragas (Salmo 12:7; Isaías 32:18, 19; Salmo 91: 10, 11, 15). Os salvos louvarão ao Senhor por Seu livramento (Apocalipse 15:3-6)” (BELVEDERE, 1987, p. 80).

“Que maravilhosos contrastes encontram-se neste livro! Escritos apocalípticos seguem este padrão. Cenas de glória e de vitória são postas em vivo contraste com as cenas de derrota e desolação. João captou os ecos desta poderosa antífona a elevar-se dos lábios daquele que, pela graça, derrotaram o poder do inimigo. Eles cantavam o cântico de Moisés e o do Cordeiro. É o cântico de Moisés, porque expressa o louvor daqueles que, como o antigo Israel no Mar Vermelho, foram miraculosamente libertos de iminente destruição. Mas é também o cântico do Cordeiro, porque fala da vitória do povo de Deus sobre a morte e a sepultura. Será um cântico da experiência, e somente os que passaram por ela estarão aptos a participar desse cântico de louvor. Os anjos não serão capazes de cantar aquele cântico, mas pobres pecadores perdidos, redimidos pela graça, contarão esta história em antífonas jamais ouvidas antes” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 182 e 183).

temerá […] glorificará […] adorarão […] justiça. Lembra as palavras-chave de 14:7. A última mensagem obtém uma resposta positiva de muitos” (BÍBLIA, 2015, p. 1669).

“Em pé no mar de vidro, os remidos entoarão o cântico do livramento da tirania de ‘Babilônia’. […][O cântico do Cordeiro] é o hino de louvor que os remidos cantam a Cristo pelo livramento do pecado efetuado por Ele. Eles exaltam tanto o Filho como o Pai” (COFFMAN, 1989, p. 125).

“Comparar com Jr 10:7. A mensagem do primeiro anjo é: ‘Teimei a Deus e dai-Lhe glória’ (Ap 14:7). Os santos deram ouvidos a esse apelo e, quando sua peregrinação termina, eles se unem nesta bela exaltação de louvor à glória de Deus. Os adoradores da besta tinha clamado: ‘Quem é semelhante à besta’ (Ap 13;4)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 927).

“Apenas Jeová lhes trouxera livramento, e para Ele volveram os corações com gratidão e fé. Sua emoção encontrou expressão em cânticos de louvor. O Espírito de Deus repousou sobre Moisés, que dirigiu o povo em uma antífona triunfante de ações de graças, a primeira e uma das mais sublimes que pelo homem são conhecidas. Semelhante à voz do grande abismo, surgiu das vastas hostes de Israel aquela sublime tributação de louvor. Deram-lhe início as mulheres de Israel, indo à frente Miriã, irmã de Moisés, ao saírem elas com tamboril e danças. Longe, por sobre o deserto e o mar, repercutia o festivo estribilho, e as montanhas ecoavam as palavras de seu louvor: ‘Cantai ao Senhor, porque sumamente Se exaltou’.

“Esse cântico e o grande livramento que ele comemora, produziram uma impressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De século em século era repercutido pelos profetas e cantores de Israel, testificando que Jeová é a força e livramento daqueles que nEle confiam. Aquele cântico não pertence ao povo judeu unicamente. Ele aponta, no futuro, a destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que ‘saíram vitoriosos’, em pé sobre o ‘mar de vidro misturado com fogo’, tendo as ‘harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro’. Apocalipse 15:2, 3” (WHITE, 2007b, p. 247 e 248).

“As obras da criação são postas em evidência primária no glorioso cântico, o que testifica que os que o cantarão terão sido fiéis observadores do Sábado do sétimo dia, por onde Deus é reconhecido como Criador de tôdas as coisas do Seu universo. Numa reivindicação solene e jubilosa dos cantores dêste cântico, serão os caminhos de Deus declarados ‘justos e verdadeiros’, pelo que expressarão com isto ter valido a pena peregrinarem na terra pelos santos caminhos, pois reconhecerão que isto lhes valera o prêmio da eterna salvação de Deus” (MELLO, 1959, p. 459).

Os Teus atos de justiça. Uma referência aos juízos de Deus contra a besta, sua imagem e seus adoradores” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 928).

“É um cântico de infinita grandeza. Quão amplo em seus termos! Quão sublime em seu tema! Evoca as obras de Deus, que são uma manifestação da Sua glória. Com visão imortal os santos poderão compreendê-las como o não podem fazê-lo em sua condição atual” (SMITH, 1979, p. 297).

“Há um dia que está justamente a irromper sobre nós, quando se verão os mistérios de Deus, e todos os Seus caminhos serão vindicados; quando a justiça, a misericórdia e o amor serão os atributos de Seu trono. Quando findar o conflito terreno, e os santos forem recolhidos para o lar, nosso primeiro tema será o cântico de Moisés, o servo de Deus.

“O segundo tema será o cântico do Cordeiro, o hino de graça e redenção. Esse hino será mais alto, mais elevado, e, em mais sublimes acentos, ecoando e reecoando pelas cortes celestes. Assim é entoado o cântico da providência de Deus, ligando as várias dispensações; pois tudo agora é visto sem véu entre o que é legal, o que é profético, e o evangelho. A história da igreja na Terra e a igreja remida no Céu, tudo se centraliza na cruz do Calvário. Eis o tema, eis o cântico — Cristo é tudo em todos — em antífonas de louvor a ressoarem através do Céu, entoadas por milhares e dezenas de milhares, e uma incontável multidão das hostes dos remidos. Todos se unem nesse cântico de Moisés e do Cordeiro. É novo cântico, pois nunca dantes fora cantado no Céu” (WHITE, 2008, p. 361 e 362).

“No dia do juízo final, toda alma perdida compreenderá a natureza de sua rejeição da verdade. A cruz será apresentada, e sua real significação será vista por todo espírito que foi cegado pela transgressão. Ante a visão do Calvário com sua misteriosa Vítima, achar-se-ão condenados os pecadores. Toda falsa desculpa será banida. A apostasia humana aparecerá em seu odioso caráter. Os homens verão o que foi sua escolha. Toda questão de verdade e de erro, na longa controvérsia, terá então sido esclarecida. No juízo do Universo, Deus ficará isento de culpa pela existência ou continuação do mal. Será demonstrado que os decretos divinos não são cúmplices do pecado. Não havia defeito no governo de Deus, nenhum motivo de desafeto. Quando os pensamentos de todos os corações forem revelados, tanto os leais como os rebeldes se unirão em declarar: ‘Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem Te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o Teu nome? […] Porque os Teus juízos são manifestos’. Apocalipse 15:3, 4” (WHITE, 2007a, p. 36).

15.5Depois destas coisas, olhei, e abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testemunho,Após essas cenas, o filme profético me mostrou o Tribunal, não apenas o pátio dele, mas os lugares Santo e Santíssimo,

Tal como ocorre em todas as quatro divisões da primeira parte do livro, a divisão das sete pragas também começa com uma cena introdutória, que apresenta o santuário” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 438).

“O versículo 5 mostra que estas pragas caem depois de terminado o ministério no santuário, porque o templo está aberto antes de serem derramadas” (SMITH, 1979, p. 295).

“[…] a cena introdutória do santuário difere marcadamente das anteriores, pelas seguintes razões: (1) Ela é a última a ser encontrada no livro; (2) nesta cena, o templo abre-se para permitir a saída dos anjos que derramarão as sete pragas, e então fecha-se novamente; (3) e a cena é acompanhada por uma visão dos remidos cantando sobre o mar de vidro” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 439).

Tabernáculo do Testemunho. Ou, ‘tenda do testemunho’. Ao que tudo indica, este nome se aplica ao lugar santíssimo […]. Também pode se referir a toda a estrutura do santuário (At 7:44 […]). Aqui é provável que esteja em mente o segundo significado. O tabernáculo do deserto era um tipo do ‘verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem’ (Hb 8:2)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 928).

santuário […] Testemunho. Referência mista ao templo de Salomão (1Rs 6–8) e ao tabernáculo de Moisés (Êx 25–40). Testemunho faz alusão aos dez mandamentos entregues a Moisés e colocados no tabernáculo (Êx 31:18; 32:15)” (BÍBLIA, 2015, p. 1669).

15.6e os sete anjos que tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos ao peito com cintas de ouro.e vi os sete anjos literais incumbidos de derramar os sete desastres sobre os terráqueos que escolheram obedecer a religião globalista e receber a marca dominical. Esses anjos estavam vestidos como o próprio Sacerdote Jesus, dando a entender que, não apenas concordavam com a sentença do Juiz, como também vestiam Sua farda de participação voluntária e sistemática, indicando que, tanto a salvação dos vencedores como o castigo dos desobedientes, são partes necessárias da administração reta de Deus sobre o planeta.

São dadas a sete anjos, que estão vestidos de linho puro e resplandecente, adequado símbolo da pureza, da retidão e justiça de Deus ao infligir estes juízos” (SMITH, 1979, p. 295 e 296).

“Estes anjos estarão ‘vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos ao peito com cintos de ouro’ (Apocalipse 15:6). Sua aparência é semelhante a de Jesus glorificado (Apocalipse 1:13). Esta ligação sugere que os anjos vêm com a autoridade de Cristo que os encomendou” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 55).

saíram do santuário. As pragas são consequência da violação dos princípios que regem o universo. linho puro e resplandecente. Na maioria das situações, a violência é repugnante, mas, neste caso, é requerida pela justiça pura e imaculada” (BÍBLIA, 2015, p. 1669).

“Todo o procedimento de Deus para com todas as Suas criaturas ficará para sempre vindicado aos olhos dos remidos e à vista de todos os mundos” (SMITH, 1979, p. 297).

“Vestidos com vestes emblemáticas da pureza e da fé, estão preparados para cumprirem a terrível missão a êles confiada. Êstes santos seres, que tantas vêzes procuraram imperceptivelmente auxiliar os mortais na aquisição da gratuita salvação de Deus, são agora novamente enviados a êles, não mais para renovarem os apelos do céu, mas para sôbre êles arrojarem aquilo que seus próprios atos, voluntariamente, demandaram” (MELLO, 1959, p. 460).

Será que são anjos da guarda? Ou anjos que estudaram por 10 000 anos (ou mais ou menos) para estarem prontos para o cumprimento perfeito desta obra?

“Esses seres celestiais ao executarem o mandado de Deus, não fazem perguntas, mas fazem o que lhes é ordenado. Jeová dos Exércitos, o Senhor Deus todo-poderoso, o Justo, o Verdadeiro, e o Santo, dá-lhes uma obra a fazer. Com indeclinável fidelidade saem eles revestidos de linho branco e puro, tendo o peito cingido com cintos de ouro. E uma vez cumprida a sua tarefa, ao ser derramada a última taça da ira de Deus, voltam eles e depositam as taças vazias aos pés do Senhor” (WHITE, 2008, p. 361).

15.7Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus, que vive pelos séculos dos séculos.Então, uma das quatro criaturas que obtinham muita informação da onisciência do Juiz, e dos registros da tecnologia usada lá no Tribunal celestial, deu a cada um dos sete anjos literais a autorização para o derramamento dos sete últimos desastres sobre os falsos filhos de Deus, pois, assim, a justiça cirúrgica de Deus seria realizada completamente antes da destruição eterna do mal e sua cria. Deus é eterno e os efeitos de Sua justiça também.

Taças. Do gr. phialai, ‘tigelas’, como as que eram usadas para ferver líquidos, beber ou derramar libações. Na LXX, a palavra é usada para designar ‘bacia’ (Êx 27:3; Nm 7:13)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 928).

“Eles recebem estas taças de um dos quatro seres viventes. Nos comentários sobre Apocalipse 4 já provamos que estes seres viventes são uma classe de assistentes de Cristo em Sua obra no santuário. É apropriado que sejam eles que entregam aos ministros da vingança as taças da ira para serem derramadas sobre os que desprezaram a misericórdia de Cristo, abusaram da Sua paciência, acumularam injúrias sobre o Seu nome e de novo O crucificaram na pessoa dos Seus discípulos” (SMITH, 1979, p. 296).

“De um dos quatro animais, recebem, em taças de fino ouro transbordantes, a ‘ira de Deus que vive para todo o sempre’, sem a mínima mescla de misericórdia de que era acompanhada em outros tempos. O impenitente pecador terá que sorver, até a última gôta, a ira sem a suavizante esperança de clemência. Mas isto é o quinhão que êle mesmo escolheu. Êle receberá não o que Deus para êle escolheu, porque isto êle decididamente rejeitou, mas aquilo que foi a sua própria escolha em desafio ao amante Pai celeste” (MELLO, 1959, p. 460 e 461).

“À medida que avançamos nesses capítulos que descrevem os mais gloriosos e os mais desastrosos episódios na história do relacionamento do homem com Deus, a dupla cena preparatória estimula-nos com o regozijo daqueles que decidem ser leais a Deus e adverte-nos de que Deus, em Sua bondade, de forma alguma permitirá que os pecadores prossigam para sempre em seus caminhos” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 439).

“Segundo alguns teólogos, parece plausível concluir que as pragas não serão universais, pois, se fosse assim, a Terra estaria praticamente destruída em poucos dias e a vida seria inviável, o que contraria o ensinamento bíblico de que muitos ímpios presenciarão a Volta de Jesus e receberão o juízo divino (Mateus 25:41; 2 Tessalonicenses 2:8). Porém, não cabe a nós ‘suavizar’ ou restringir aquilo que é definido nas Escrituras como ‘vinho da cólera de Deus, preparado sem mistura’. (Apocalipse 14:10; 15:7). A ira de Deus será derramada ‘sem medida’ sobre muitos e seus efeitos serão devastadores” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 56).

15.8O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos.O Tribunal, em seguida, foi encerrado. Deus, o Pai, ficou lá dentro e o Juiz Jesus, em Suas funções de Sumo sacerdote, Mediador e Cordeiro/Salvador, concluiu todas essas atividades, pois Seu julgamento pré-advento chegou ao fim! Esse julgamento, cujo início se deu em 22/10/1844, analisou todos os seres humanos que professaram crer em Deus e obedecer-Lhe, confirmando ou refutando essa profissão. Os demais seres humanos, como Caim e o Faraó da época de Moisés, que declaravam sua incredulidade abertamente, serão julgados somente após o advento de Jesus à Terra como Rei dos reis para executar a sentença, separando trigo e uvas/joio, recolhendo o trigo – aqueles que no caráter e comportamento fizeram jus à existência ofertada pelo Criador à humanidade, e a graça de Seu perdão –, e pisando as uvas. Após o recolhimento dos resgatados até o Céu, do segundo advento de Jesus ao planeta, e o derramamento dos sete últimos desastres, o Tribunal voltará a funcionar e os filhos de Deus julgarão os falsos filhos Dele, confirmando a sentença automática já dada pelo Juiz ao não julgá-los anteriormente. As vítimas dos julgamentos injustos, julgarão com justiça os seus próprios juízes/algozes!

Qual é o marco para o início das pragas? Apocalipse 15:8 nos informa que o Santuário Celestial ‘encheu-se de fumaça’, o que representa o término do tempo de graça para a humanidade, ou seja, Jesus completou a Sua obra de intercessão, no Santo dos Santos, em favor dos pecadores. Portanto, as pragas começam a cair quando terminam as chances de salvação e arrependimento para a humanidade. (Apocalipse 22:11). O fim do tempo de graça, ou o ‘fechamento da porta da graça’ pode identificar-se com o tempo no qual ‘se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo’ (Daniel 12:1)” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 55 e 56).

“Na dedicação do primeiro templo, o rei Salomão subiu numa pequena plataforma de bronze, ajoelhou-se, abriu os braços e fez uma grandiosa oração. Quando terminou, a glória do Senhor encheu o templo. ‘Os sacerdotes não podiam entrar na Casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor’ (II Crônicas 7:2). Aquela antiga manifestação de glória marcou o começo do ministério sacerdotal no templo de Salomão. A glória do tempo do fim, antevista em Apocalipse 15, logo marcará o término do ministério sacerdotal no santuário celestial” (FEYERABEND, 2005, p. 134 e 135).

Ninguém. Sem dúvida, isto significa que o período de intercessão terminou. Ninguém pode entrar e ter acesso ao trono da misericórdia. O tempo do preparo acabou; é chegada a hora do derramamento da ira de Deus sem misericórdia” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 928).

“Um templo vazio indica o fim da intercessão celestial, sinalizando o encerramento do tempo da graça para seres humanos na Terra” (BÍBLIA, 2015, p. 1669).

Vazio de Intercessão, não de Pessoas. Deus continuará lá, pois a fumaça é efeito da presença da glória Dele! Até quando Deus o Pai continuará lá? Certamente, por breve momento, pois Ele e Jesus virão à Terra juntos, após o desfecho das 7 últimas pragas (cf. Ap 6.16 e 17; Mt 26.64).

“A Santa Bíblia diz que ‘aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo’ (Hebreus 9:27). Apocalipse 15:7, 8 diz que quando os sete anjos receberam às ‘sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus’, o santuário onde Jesus intercede durante o juízo ‘se encheu de fumaça, procedente da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos”, o que nos sugere que então haverá passado o tempo de graça e preparação; já não haverá acesso ao trono da graça” (BELVEDERE, 1987, p. 80).

“Enquanto os sete anjos estão cumprindo a sua terrível missão, o templo enche-se com a glória de Deus, e ninguém (oudeís, nenhum ser) pode ali entrar. Isto demonstra que terminou a obra da graça, pois não há ministério no santuário durante o derramamento das pragas. Por isso são manifestações da ira de Deus sem qualquer mistura de misericórdia” (SMITH, 1979, p. 296).

“Durante o tempo de provação a ira de Deus é sempre temperada, ou misturada, com misericórdia. Assim o profeta Habacuque ora: ‘Na ira lembra-Te da misericórdia.’ Hab. 8:2. A ira de Deus sem ser acompanhada de misericórdia só é derramada quando a misericórdia houver cumprido sua obra, e o mal atingido o limite, não havendo mais remédio. Ver Gên. 6:3; 15:16; 19:12 e 18; II Crôn. 36:16; S. Mat. 23:37 e 38; S. Luc. 19:42-44; II S. Ped. 2:60; S. Jud. 7” (ESTUDOS BÍBLICOS, 1984, p. 259).

“Alguns comentaristas procuram interpretar esta profecia das pragas como paralela com a dos selos e das trombetas, etc. Isto não pode ser, pois as pragas são derramadas sobre os que receberam o sinal da besta, e este sinal não terá sido recebido até pouco antes do aparecimento de Cristo em glória. Esses juízos cairão depois de haver Cristo terminado o Seu ministério em favor dos pecadores. E mais as Escrituras declaram que as pragas virão num dia, “a morte, o pranto, a fome’. Apoc. 18:8. Temos mencionado já que um dia em profecia equivale a um ano, e é evidente que aqui não se pode tratar de um dia literal de vinte e quatro horas, pois nenhuma fome poderia resultar em tão curto espaço de tempo, por piores que sejam as condições. Mais ainda, as Escrituras indicam que alguns desses mesmos homens que sofrem sob a primeira praga também sofrem sob as outras pragas. É, portanto, evidente que esses juízos caem sobre a mesma geração, e durarão um dia profético, ou ano literal” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 183 e 184).

Referências:

ANDERSON, Roy A; TREZZA, Carlos A. Revelações do apocalipse. Tradução de Carlos A. Trezza. 1ª edição revisada. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1988.

BELVEDERE, Daniel. Seminário: As Revelações do Apocalipse. Edição do Professor, Casa Publicadora Brasi-leira, Tatuí, SP, 2ª ed., 1987. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/ 14s7DWbxGGSvt5h81TkGtG2mfcwW7wPZk/view>. Acesso em: abr., 2020.

BÍBLIA. Bíblia de Estudos Andrews. Tatuí, SP. Casa Publicadora Brasileira, 2015.

COFFMAN, Carl. Triunfo no Presente e Glória no Futuro. Lição da Escola Sabatina, 3º Trimestre de 1989, nº 375, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.

ESTUDOS BÍBLICOS. Doutrinas Fundamentais das Escrituras Sagradas. Casa Publicadora Brasileira, SP, 1984.

FEYERABEND, Henry. Apocalipse, Verso por Verso: Como entender os segredos do último livro da Bíblia. 1. ed. Tradução de Delmar F. Freire. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005.

GULLEY, Norman R. Preparação para o Tempo do fim. Lição da Escola Sabatina. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n° 404, 3° trimestre, 1996. Adultos, Aluno.

MAXWELL, C. Mervyn; GRELLMANN, Hélio Luiz. Uma nova era segundo as profecias do Apocalipse. Casa Publicadora Brasileira, 2004.

MELLO, Araceli S. A Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse, 1959. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/264320586/Araceli-S-Mello-A-Verdade-Sobre-As-Profecias-Do-Apocalipse-pdf >. Acesso em: abr. 2020.

NICHOL, Francis D.; DORNELES, Vanderlei (Ed.). Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Série Logos, v. 7. – 1. Ed. – Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2014.

OLIVEIRA, Arilton; BRANCO, Frederico; SOUZA; Jairo; QUEIROZ, Manassés; ANDRADE, Milton; IRAÍDES, Tár-sis. Apocalipse. Escola Bíblica, Novo Tempo. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2015.

SMITH, Urias. As profecias de Daniel e Apocalipse, vol. 2. O livro de Apocalipse, 1979.

STEFANOVIC, Ranko; MODZEIESKI, Carla N. O Livro do Apocalipse. Lição da Escola Sabatina. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n° 495, jan., fev., mar., 2019. Adultos, Aluno.

STEFANOVIC, Ranko; NASCIMENTO, Cecília Eller. O Apocalipse de João: desvendando o último livro da Bíblia. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2018.

WHITE, Ellen G. O Desejado de Todas as Nações, 2007a. Disponível em: <https://cdn.centrowhite.org.br/home/uploads/2022/11/O-Desejado-de-Todas-as-Nacoes.pdf>. Acesso em: jan. 2024.

______. Patriarcas e Profetas, 2007b. Disponível em: <https://cdn.centrowhite.org.br/home/uploads/2022/11/Patriarcas-e-Profetas.pdf>. Acesso em: jan. 2024.

______. Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 2008. Disponível em: <https://cdn.centrowhite.org.br/home/uploads/2022/11/Testemunhos-para-Ministros-e-Obreiros-Evangelicos.pdf>. Acesso em: jan. 2024.

 

Fonte: Hendrickson Rogers.


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