Islamismo
Os muçulmanos jamais permitirão que em seu país uma igreja tenha um campanário mais alto do que uma mesquita. Aliás, não é incomum que, onde já exista uma igreja, muçulmanos construam ao lado uma mesquita mais alta. O islamismo ridiculariza o cristianismo por profanar o nome de Deus, dizendo que a encarnação de Jesus é blasfêmia. Mas em sua encarnação Jesus exalta o corpo, em primeiro lugar ao ser concebido no ventre de uma virgem e em seguida ao assumir a forma humana e dar-lhe a gloriosa expressão de Deus em carne. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 113)
A história da cristandade não está livre de perversões. Mas Jesus mandou uma mensagem clara e distinta. Nós somos o seu templo. Nós não nos viramos para determinada direção para orar. Não estamos obrigados a ir a um edifício para poder ter comunhão com Deus. Não existem posturas, horas e limitações específicas que restrinjam nosso acesso a Deus. Meu relacionamento com Deus é íntimo e pessoal. O cristão não vai ao templo para cultuar. O cristão leva o templo consigo. Jesus nos ergue acima do edifício e presta ao corpo humano o sublime elogio ao torná-lo sua habitação, o lugar onde ele se encontra conosco. Mesmo hoje ele derrubaria as mesas daqueles que transformam o templo em mercado para a sua própria luxúria, ganância e riqueza. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 113, 114)
Enquanto o hinduísmo vai para um extremo — a deificação do eu –, o islamismo está no extremo oposto. No islamismo a distância entre Deus e a humanidade é tão imensa que o ‘eu’ nunca se aproxima do ‘ele’ em Deus. E porque é impossível transpor essa distância entre os dois, a adoração assume a forma de um incrível amontoado de atividades, cujo propósito é aproximar o adorar. A repetição e a submissão substituem o calor de um relacionamento. Basta dar uma rápida olhada em um muçulmano adorando par ver a diferença. Apesar de tudo o que observa e de todas as regras que guarda, para a pessoa comum no islamismo nunca há certeza de céu. Tudo está na ‘vontade de Deus’, eles dizem. O destino é deixado mercê de uma vontade desconhecida. Quando o relacionamento é devorado por regras, o poder político e a imposição tornam-se o meio de contenção. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 147)
Certa ocasião eu e um amigo muçulmano saímos para passar o dia juntos. Eu havia esquecido que o jejum do Ramadã tinha acabado de começar e sugeri que entrássemos em um restaurante para um cafezinho.
— Vou passar anos na cadeia por aquela xícara de café — ele disse, de modo que pedi desculpas pela sugestão.
Então, falando em voz baixa, ele admitiu que seu jejum era apenas em público e que, quando estava a sós, ele não o praticava.
— Não consigo trabalhar dez horas por dia sem comer — ele disse.
Houve um silêncio constrangedor, e ele murmurou estas palavras:
— Não acho que seja Deus quem impõe essas regras. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 147)
Como é do conhecimento de qualquer um que já perguntou a um muçulmano, eles admitirão com um sorriso no rosto que durante o mês do Jejum de Ramadã vende-se mais comida do que em qualquer outro mês do ano. Mas seu consumo ocorre do anoitecer ao amanhecer, e não do amanhecer ao anoitecer. O legalismo sempre gera conformidade em detrimento do propósito. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 148)
Estamos vivendo em uma época em que vozes iradas pleiteiam com insistência cada vez maior que não propaguemos o evangelho, que não devemos considerar ninguém “perdido” apenas porque não é “cristão”. “Todos nascemos em crenças diferentes e, portanto, devemos deixar as coisas como estão” — é o que diz a “sabedoria” tolerante de nossa época. Mahatma Gandhi, por exemplo, se pronunciou contra a ideia de conversão com vigor. Quando fazem essas declarações, as pessoas esquecem ou não sabem que ninguém nasce cristão. Todos os cristãos são cristãos em consequência da conversão. Pedir ai cristão que não tente comunicar sua fé a alguém de outra religião é pedir ao cristão que negue sua própria fé.
Conta-se que Sri Ramakrishna, um dos principais “santos” da Índia, foi muçulmano por um breve período, foi cristão também por um breve período e, então, por fim voltou a ser hindu, porque chegou à conclusão de que todas essas religiões são iguais. Se são todas iguais, por que ele voltou ao hinduísmo? de fato não é verdade que todas as religiões sejam iguais. Nem mesmo o hinduísmo é igual em seu interior. dessa maneira, negar ao cristão o privilégio de propagar sua fé é propagar a ele as crenças fundamentais de outra religião. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 228)
Se a conversão é pessoal e não decorre de nascimento, isso nos leva à questão seguinte, a questão da compulsão. O ensino de Jesus é claro. ninguém deve ser forçado a se tornar cristão. Isso distingue do islamismo de forma radical. (Ravi Zacharias, Jesus entre outros deuses, p. 228, 229)
Recentemente li que a McAfee, fabricante de softwares para proteger empresas de ataques pela Internet, recrutou uma equipe de hackers “white hat” ou os hackers do bem, para justamente invadir seu sistema de segurança, revelando os pontos vulneráveis do programa. Assim eles poderão descobrir as falhas e corrigi-las, tornando seu sistema mais eficiente. A soberba de achar que não existem erros ou tornar as falhas um assunto proibido não ajudaria nada neste sentido. Só tornaria a rede mais vulnerável. Assim, proponho fazer o mesmo com a fé que sigo, descobrir vulnerabilidades e ver como posso honestamente lidar com elas.
Disto posto, aqui vai mais um caso para a coleção de fatalidades sociais com tempero de religião: a história de Ayaan Hirsi Ali, uma mulher que nasceu numa família altamente religiosa e se tornou ateia, justamente por causa das brutalidades que testemunhou em nome de Deus. Para falar dela, preciso primeiro reportar um incidente ocorrido em novembro de 2004 quando o cineasta Theo van Gogh foi morto a tiros em Amsterdã por um fanático religioso, que, em seguida, o degolou e lhe cravou no peito uma carta em que anunciava sua próxima vítima: a então deputada Ayaan Hirsi Ali, que, por causa disso, teve de abandonar a Holanda e se refugiar nos Estados Unidos. Mas quem era essa mulher? Por que tanto ódio em relação a ela? Ayaan Hirsi Ali nasceu na Somália em 1969 e, desde cedo, presenciou o horror baseado em ensinamentos religiosos.
Aos cinco anos ela e sua irmã de quatro anos sofreram uma mutilação cruel que vitima milhares de meninas todos os anos em várias partes do mundo. Trata-se da infibulação, que é a amputação do clitóris e dos pequenos lábios vaginais. Depois dessa tortura – guiada por sua própria avó –, seus grandes lábios foram seccionados, aproximados e suturados com espinhos de acácia, sendo deixada uma minúscula abertura necessária ao escoamento da urina e da menstruação. Esse orifício geralmente é mantido aberto por um filete de madeira, que é, em geral, um palito de fósforo. Em casos assim, as perninhas da criança devem ficar amarradas durante várias semanas até a total cicatrização.
O desaparecimento da vulva é a primeira consequência. Em seu lugar fica apenas uma dura cicatriz, que será “aberta” no dia do casamento pelo marido ou por uma “matrona” designada para o ofício. O rompimento traz uma dor igual ou pior que a do dia da castração. Mais tarde, quando se tem o primeiro filho, essa abertura é aumentada e, em algumas vezes, após cada parto, a mulher é novamente infibulada. Imagine a criança passando por um horror assim e ouvindo que “deus se alegra disso”. Fugindo de um casamento forçado, Ayaan foi parar na Europa, onde passou fome, humilhação, mas conseguiu vencer, graduando-se em política na universidade de Leiden, Holanda, e se tornando, posteriormente, representante de Estado.
Ali ela descobriu muitos novos conceitos. A primeira vez que conheceu uma colega vinda de Israel, ela admitiu que em toda sua infância a única coisa que sabia de judeus e ocidentais era que estes eram infiéis que deveriam morrer como animais peçonhentos. Ativista dos direitos femininos e de outros grupos menores, Ayaan também passou por muitos questionamentos existenciais ao longo do processo e, ao final deles, já não conseguia mais acreditar em Deus. A imagem divina era traumática demais e quem a convenceu de que ele não existe não foi Richard Dawkins nem Sam Harris, paladinos da causa ateísta. Foram religiosos radicais que de um modo perverso fizeram-na crer que se Deus existe e é como a apresentaram, seria então uma questão de honra não ficar ao lado dele. Apesar de o exemplo anterior envolver o islamismo, os filiados de outros seguimentos não deveriam ficar muito confortáveis pensando que isso só acontece no mundo de Allah. A situação é mais generalizada do que parece. (Rodrigo P. Silva. O Ceticismo da Fé, p. 27 – 29)
(Esta pesquisa está em construção por Hendrickson Rogers.)
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