novembro 21, 2024

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Apocalipse – Possibilidades (capítulo 13)

Apocalipse 13

ApTexto (ARA, 3ª ed)Leitura com a fundamentação das possibilidades que tentam alcançar a intenção do profeta João e a intenção do Revelador Jesus Cristo
13.1Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.Eu, João, também vi uma instituição político-religiosa-ocultista surgindo com imensa popularidade. Ela veio antes das monarquias europeias e influenciou fortemente o surgimento delas, as quais vieram após o declínio do império romano. Essa instituição poderosa desde o seu início é o catolicismo romano – a continuidade do império pagão disfarçado de cristianismo. Essa igreja, assim como o império do qual ela herdou o sobrenome, possuía uma sede em Roma, a cidade das 7 colinas, um território em expansão e tentáculos funcionais que permeiam toda ela, onde o papado é um deles. E o pai da mentira usou os cristãos nominais desde a origem desse sincretismo religioso-pagão-ocultista para seduzir mentes descuidadas com a mistura de Bíblia com a filosofia grega, idólatra e espiritualista (além da herança babilônica anterior aos gregos e suas vertentes posteriores: cabalismo, gnosticismo, templários, rosacrucianismo, jesuitismo e maçonaria), de onde vieram as crendices blasfemas romanistas tais como: pecadores concedem ou vendem indulgências (simonia) – o perdão divino para pecadores; pecadores podem substituir o trabalho sumo sacerdotal divino inerrante de Jesus Cristo lá no Céu, aqui na Terra; mariolatria/mariologia panteística, blasfema e idolátrica; um pedaço de pão se torna literalmente o corpo de Jesus; e criaturas podem editar os 10 Mandamentos do Criador! E isso é só um breve resumo da leviana e soberba atuação blasfema do cristianismo romanista.

“O capítulo 12 de Apocalipse descreve os ataques de Satanás contra o povo de Deus, incluindo a perseguição empreendida por Roma pagã e posteriormente por Roma papal durante os 1.260 dias/anos (538 d.C. a 1798 d.C.; veja Ap 12:6, 13, 14 […]). O capítulo 13 descreve detalhadamente os ataques de Satanás ao longo da história, com a ajuda de dois aliados, retratados como bestas. Sob a direção de Satanás, o dragão e essas duas bestas se unirão no fim para se oporem às ações redentivas de Deus e buscar conquistar a lealdade do mundo.

“Uma advertência é necessária. É mais fácil interpretar profecias que já foram cumpridas. Quando analisamos as profecias que ainda se cumprirão, como no caso do estudo de terça-feira [Ap 13.11-18], precisamos ser cautelosos. Deus nos mostra o que acontecerá no tempo do fim para que não nos surpreendamos, mas Ele não revela todos os detalhes que gostaríamos de saber. No entanto, sempre devemos lembrar que, embora essas profecias nos revelem o que acontecerá no fim, elas não nos informam quando nem como os eventos se desenrolarão. Devemos ter cuidado para não especular além do que a profecia ensina. Lembremos que as profecias têm propósitos práticos: ensinar-nos como viver hoje e estar preparados para o futuro” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 68).

“Esta passagem [13:1-18] acrescenta detalhes ao cap. 12, sobretudo em relação à guerra do tempo do fim (de 12:17). Neste capítulo, o dragão reúne dois de seus aliados para o conflito final. Com o dragão, a besta do mar (uma aparente paródia de Cristo) e a besta da terra (uma aparente paródia do Espirito Santo) sugerem uma falsa trindade (16:13, 14) em conspiração para enganar o mundo (13:13, 14)” (BÍBLIA, 2015, p. 1666).

“O capítulo sete de Daniel descreve o mar agitado pelo vento. Um enorme leão sai do mar seguido de um urso. Um leopardo com quatro asas logo se juntou ao urso. Então, um monstro terrível, com dez chifres, dominou a cena. No meio dos dez chifres, um décimo-primeiro chifre se esforçava para sair até que três dos dez chifres foram arrancados para dar lugar a ele. Agora, seis séculos depois, João, na ilha de Patmos, teve uma revelação semelhante.

“[…] O mar: Falou-me ainda: As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas (Apocalipse 17:15). Uma besta: Estes grandes animais , que são quatro, são quatro reis que se levantarão da terra (Daniel 7:17). A areia do mar: [Ap 12.18] É ali que a terra e o mar se encontram. Este capítulo descreve duas bestas, uma que vem do mar e outra que vem da terra” (FEYERABEND, 2005, p. 109).

“Apocalipse 13 fala de forças satânicas que estão tentando obter a adesão de todo ser vivente. A decisão de cada pessoa determinará o seu destino eterno. Cristo assegura a Seu povo o vigilante cuidado e a aprovação divina. A fidelidade dos seguidores de Cristo em resistir à tirania de Satanás será reconhecida e recompensada pelo Céu. O Apocalipse deixa claro que há dois poderes no Planeta, cada um com um plano específico para unir a raça humana. Esses dois planos globais ou projetos são essencialmente incompatíveis um em relação ao outro, de tal forma que um tem de eliminar o outro” (COFFMAN, 1989b, p. 5A).

“A. Surge do Mar. Apoc. 13:1 comp. Dan. 7:2,3; Ap. 10:2; 17:1,15.

B. Natureza complexa, composta.

1. Sete cabeças: Ap. 13:1 comp. Apoc. 12:3, 17:3.

2. Dez Chifres: Ap. 13:1 comp. Apoc. 12:3, 17:3; Dan. 7:7.

3. Dez coroas: Ap. 13:1.

4. Nomes de Blasfêmias: Apoc. 13:1 comp. Apoc. 17:3” (THIELE; BERG, 1960, p. 253).

Na página 254 se encontra uma antecipação oportuna do versículo Ap 17.3.

“A razão por que o dragão ‘se pôs em pé sobre a areia do mar’ (Apocalipse 12:18), parece ser que a areia assinala o lugar onde terra e mar se encontram. Das duas bestas que aparecem durante as cenas do grande conflito, a primeira ergue-se do ‘mar’ (13:1), ao passo que a segunda emerge da ‘terra’ (13:11). Diante dos olhos de João, a besta procedente do mar fê-lo recordar vivamente o grande dragão vermelho. À semelhança deste, ela também possuía ‘dez chifres e sete cabeças’. Havia uma diferença, porém. Enquanto o dragão apresentava coroas reais ou ‘diademas’ sobre as suas sete cabeças, esta nova besta possuía diademas sobre os seus dez chifres” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 332 e 333).

“Em Apocalipse 13, a visão de João passa a se concentrar em uma besta monstruosa que surge do mar. Na Bíblia, a figura de uma besta é símbolo de um poder político; já o mar representa as condições sociais e políticas tempestuosas, da qual emergem os poderes malignos que atacam o povo de Deus (cf. Dn 7:2, 3)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 75).

“Múltiplos chifres num animal denotam nações ou governantes sucessivos (ver Dn 7.7-14; 8.3-22; Ap 17.3-16)” (BÍBLIA, 2013, p. 2062).

“Em Apocalipse 13:1 retrocedemos ao tempo em que a besta semelhante ao leopardo, sucessora do dragão, começa a sua carreira. […] Quem ou que é que persegue a verdadeira igreja? É uma igreja falsa ou apóstata. Que é que guerreia sempre contra a verdadeira religião? É uma religião falsa. Quem jamais ouviu que o simples poder civil de qualquer nação tenha perseguido o povo de Deus por sua iniciativa própria? Os governos podem guerrear contra outros governos para vingar alguma afronta real ou imaginária, ou para adquirir território e estender o seu poder. Mas os governos não perseguem (note-se a palavra, não perseguem) ninguém por causa da sua religião, a menos que estejam sob algum sistema religioso oposto ou hostil.

“[…] Chegamos agora à besta semelhante ao leopardo de Apocalipse 13 [verso 2]. Que simboliza? A resposta continua sendo: o Império Romano. Mas o dragão simbolizava o Império Romano. Por que não é ainda representado pelo mesmo símbolo? Porque houve uma mudança no caráter religioso do império. Esta besta simboliza Roma na sua fase pretensamente cristã, e é esta mudança de religião, e isso apenas, que torna necessária uma mudança de símbolo. Esta besta apenas difere do dragão por apresentar um aspecto religioso diferente. Daí seria errado afirmar que representa apenas o poder civil romano” (SMITH, 1979, p. 191).

“As sete cabeças e os dez chifres são sinais identificadores tanto do dragão, como da besta. O propósito da profecia é mostrar a íntima ligação entre o dragão e o papado, isto é, a origem do trono e poderio papal, a verdadeira origem da Cidade do Vaticano” (RAMOS, 2006, p. 158).

“João descreve a besta ao vê-la emergir da água. Primeiro vem à tona os dez chifres e, sobre eles, as coroas de autoridade política. Esses dez chifres encontram correspondência nos dez chifres de Daniel 7, a divisão do Império Romano e as nações que surgiram após sua queda que simbolizam (Dn 7:24). Em seguida, aparecem sete cabeças com nomes de blasfêmias sobre elas. As cabeças da besta são os poderes usados por Satanás para perseguir o povo de Deus no decorrer da história (Ap 17:9-11).

“[…] O fato de que os dez chifres da besta do mar têm uma coroa real mostra que o poder representado pela besta do mar aparece após a queda do Império Romano, um período em que as nações resultantes surgiram e exerceram autoridade política” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 75 e 76).

“No Capítulo 13:1-10, descreve-se a besta ‘semelhante ao leopardo’, à qual o dragão deu ‘o seu poder, o seu trono, e grande poderio.’ Este símbolo, como a maioria dos protestantes tem crido, representa o papado, que se sucedeu no poder, trono e poderio uma vez mantidos pelo antigo Império Romano” (WHITE, 2013, p. 383).

“Há uma íntima relação entre Apocalipse 13 e Daniel 7. Daniel viu quatro animais que surgiram do grande mar. O primeiro parecia um leão, seguido um urso, depois um leopardo e, finalmente, um quarto animal, chamado apenas ‘terrível e espantoso’ (Daniel 7:3-7). Estes quatro animais representam quatro reinos que assumiriam o poder político na história e estão em paralelo com os metais da estátua do capítulo dois de Daniel, ouro, prata, bronze e ferro.

“Eles representam respectivamente os impérios da Babilônia, Grécia, Medo-pérsia e Roma. Quando sai de cena o imperador a figura que assumirá o controle político e eclesiástico é o papa. A expressão latina pontifex maximus (literalmente ‘máximo construtor de pontes’ ou ‘supremo construtor de pontes’) designava o sacerdote supremo do colégio dos sacerdotes, a mais alta dignidade na religião romana. Este título foi incorporado pelos imperadores romanos, a partir de Augusto (27 a.C. até 14. a.D.). Com a queda do Império Romano, no século V, esse título passou a ser usado pelos bispos e, após o século XI, apenas para os papas” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 43 e 44).

“João observou uma besta emergindo do mar. Embora uma besta represente um poder político, a descrição da besta do mar indica um poder político cuja característica dominante é a religião. O mar simboliza a região amplamente povoada da Europa, de onde a besta do mar sobe ao poder após a queda do Império Romano (veja Ap 17:15).

“A besta tinha sete cabeças e dez chifres, assim como o dragão (Ap 12:3, 4), o que mostra a íntima conexão com Roma pagã. Sobre as cabeças da besta estava um nome de blasfêmia, e sobre os chifres estavam diademas reais. As cabeças da besta são os reinos que Satanás utilizou para perseguir o povo de Deus ao longo da História (veja Ap 17:9-11). O nome de blasfêmia aponta para o título divino que a besta reivindica. Os dez chifres apontam para Daniel 7:24, simbolizando as nações que surgiram depois da queda do Império Romano. Essas características da besta do mar indicam o papado, que surgiu do Império Romano” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 69).

“Os comentários católicos das Bíblias do Pontifício Instituto Bíblico de Roma e a de Jerusalém sobre Apocalipse 13:1, 2; 17:1, 3 informam que os sete montes identificam a cidade de Roma” (ROSSI; BARBOSA, 2012, p. 18).

“As sete cabeças vemo-las referidas como cabeças do dragão do capítulo doze. Agora, no capítulo treze, as temos como cabeças da bêsta representativa de Roma-papal, tendo cada uma, não mais diademas ou função política, mas um nome de blasfêmia.

“Quanto aos dez chifres, vemo-los primeiramente no quarto animal emblemático de Roma-pagã do capítulo sete do livro de Daniel; nas cabeças do dragão vermelho do Apocalipse, sem diademas ou função política paralela com Roma-pagã; nas cabeças da bêsta ‘semelhante a um leopardo’; e nas cabeças da ‘bêsta côr de escarlata’.

“Mas, ao terem êles diademas somente nas cabeças da bêsta que consideramos, indica isto que se constituiriam em reinos ao constituir-se a bêsta-papal um poder temporal e que com ela reinariam paralelamente, ao passo que as cabeças referentes ao dragão, ou Roma-pagã, perderiam seus diademas ou sua ação política governativa na fase de Roma-papal. No capítulo dezessete temos bem definidos os dez chifres e as sete cabeças e suas relações para com a bêsta ‘semelhante ao leopardo’ e dela para com êles” (MELLO, 1959, p. 337).

“A besta que surge do mar possui sete cabeças. Já vimos que essa besta se assemelha aos animais do capítulo sete de Daniel (leopardo, urso e leão). O leão possuía uma cabeça, o urso também, e o leopardo possuía quatro. Se somarmos estas seis cabeças com a cabeça do animal terrível e espantoso, Roma, chegamos às sete cabeças. Interessante notar ainda o que diz Daniel com relação aos três primeiros animais: ‘Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foi-lhes dada prolongação de vida por um prazo e um tempo’ (Daniel 7:12). Parece-nos que estes animais ainda sobrevivem junto com o quarto, por isso a semelhança entre eles.

“O quarto animal de Daniel 7, ‘terrível e espantoso’, representa Roma na profecia. O que precisamos notar é que, após o surgimento das dez tribos, Daniel fala do surgimento de um chifre pequeno, o décimo primeiro (Daniel 7:8). Este chifre pequeno representa Roma Papal, que assumiu o controle após a queda do Império Romano em 476 a.D. Logo, o quarto animal (Roma Imperial) e o chifre pequeno (Roma Papal) estão em paralelo com o besta de Apocalipse 13, portanto trata do mesmo poder. Veja o paralelo abaixo:

QUARTO ANIMAL + CHIFRE PEQUENO

(DANIEL 7)

BESTA DO MAR

(APOCALIPSE 13)

Olhos como de homem

7:8

Número de homem

13:18

Boca que falava insolências

7:8

Boca que proferia arrogâncias e blasfêmias

13:5

Tirar o domínio e destruir

7:26

Ferida mortal

13:3

Fazia guerra aos santos

7:21

Pelejaria contra os santos

13:7

Palavras contra o Altíssimo

7:25

Blasfêmias contra Deus

13:6

Magoaria os santos

7:25

Pelejaria contra os santos

13:7

Mudaria os tempos e a lei

7:25

Difamar o tabernáculo

13:6

Perseguiria por 1.260 anos

7:25

Autoridade para agir 42 meses

13:5

“Logo, podemos concluir que a besta que sobe do mar representa Roma em suas duas fases, pagã e papal. Estas sete cabeças podem então representar os sete poderes que, ao longo da história, perseguiram o povo de Deus: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-pérsia, Grécia, Roma pagã e Roma Papal” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 44).

Acima vemos o entendimento desses autores divergindo da sequência de nações de Maxwell e Grellmann (2004, p. 491), na tabela da página 250: logo acima, Egito e Assíria são vistos como duas das cabeças da besta, enquanto que para os últimos autores, a besta ferida e a besta curada são vistas como duas das cabeças.

“Pouco a pouco, a princípio furtiva e silenciosamente, e depois mais às claras, à medida em que crescia em força e conquistava o domínio da mente das pessoas, o mistério da iniqüidade levou avante sua obra de engano e blasfêmia. Quase imperceptivelmente os costumes do paganismo tiveram ingresso na igreja cristã. O espírito de transigência e conformidade fora restringido durante algum tempo pelas terríveis perseguições que a igreja suportou sob o paganismo. Mas, em cessando a perseguição e entrando o cristianismo nas cortes e palácios dos reis, pôs ela de lado a humilde simplicidade de Cristo e Seus apóstolos, em troca da pompa e orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos; e em lugar das ordenanças de Deus colocou teorias e tradições humanas.

“A conversão nominal de Constantino, na primeira parte do século IV, causou grande regozijo; e o mundo, sob o manto de justiça aparente, introduziu-se na igreja. Progredia rapidamente a obra de corrupção. O paganismo, conquanto parecesse suplantado, tornou-se o vencedor. Seu espírito dominava a igreja. Suas doutrinas, cerimônias e superstições incorporaram-se à fé e culto dos professos seguidores de Cristo. Esta mútua transigência entre o paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do ‘homem do pecado’, predito na profecia como se opondo a Deus e exaltando-se sobre Ele.

“Aquele gigantesco sistema de religião falsa é a obra-prima do poder de Satanás — monumento de seus esforços para sentar-se sobre o trono e governar a Terra segundo a sua vontade. Uma vez Satanás se esforçou por estabelecer um compromisso mútuo com Cristo. Chegando-se ao Filho de Deus no deserto da tentação, e mostrando-Lhe todos os reinos do mundo e a glória dos mesmos, ofereceu-se a entregar tudo em Suas mãos se tão-somente reconhecesse a supremacia do príncipe das trevas. Cristo repreendeu o pretensioso tentador e obrigou-o a retirar-se. Mas Satanás obtém maior êxito em apresentar ao homem as mesmas tentações.

“Para conseguir proveitos e honras humanas, a igreja foi levada a buscar o favor e apoio dos grandes homens da Terra; e, havendo assim rejeitado a Cristo, foi induzida a prestar obediência ao representante de Satanás — o bispo de Roma. Uma das principais doutrinas do romanismo é que o papa é a cabeça visível da igreja universal de Cristo, investido de autoridade suprema sobre os bispos e pastores em todas as partes do mundo. Mais do que isto, tem-se dado ao papa os próprios títulos da Divindade. Tem sido intitulado: ‘Senhor Deus, o Papa’, e foi declarado infalível. Exige ele a homenagem de todos os homens. A mesma pretensão em que insistia Satanás no deserto da tentação, ele ainda a encarece mediante a igreja de Roma, e enorme número de pessoas estão prontas para render-lhe homenagem” (WHITE, 2013, p. 41 e 42).

“Constantino tornou-se o defensor e o protetor do cristianismo. […] A cruz, que até então fora o maior sinal de ignomínia, tornou-se agora um sinal de honra e vitória. Ela reluzia sobre a coroa imperial de Constantino, e foi exposta em Roma – até então o principal trono do paganismo – sobre o pináculo do templo de Júpiter, o Capitólio […] . Em pouco tempo o paganismo foi completamente dominado através de todo o Império Romano, e a religiã o Cristã estava permanentemente estabelecida. […] A Igreja Católica tinha agora novas vitórias a ganhar sobre outro rei – nomeadamente, sobre seus inimigos internos, os hereges.’ – Joseph Deharbe, A Full Catechism of The Catholic Religion, pp. 28-30” (THIELE; BERG, 1960, p. 254).

“Deixemos que a Bíblia explique a Bíblia. Apoc. 13:1-2 fala na realidade de duas bestas: a que subiu do mar (o papado) e a que subiu do abismo (o dragão). As duas têm sete cabeças que são explicadas em Apocalipse 17: ‘as sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está assentada; e são também sete reis’ (Apoc. 17:9- 10). Essa é a interpretação dada pelo próprio anjo: as sete cabeças do dragão são os sete montes de Roma e as sete cabeças da besta que subiu do mar são sete reis […].

“Dave Hunt fala sobre os sete montes: ‘Aqui não existe linguagem mística ou alegórica mas uma declaração não ambígua, em palavras claras: ‘A mulher… é aquela grande cidade’. Não há justificativa para procura algum outro significado escondido… ela é a cidade construída sobre sete montes. Esta especificação elimina a antiga Babilônia. Somente uma cidade tem sido, por mais de dois mil anos, conhecida como a cidade dos sete montes. Esta é a cidade de Roma’ (Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, Eugene, Oregon: Harvest House Publishers, 1994, 67. O nome dos sete montes de Roma são: Palatine, Capitoline, Quirinal, Viminal, Esquiline, Caelain, e Evantine).

“A própria Enciclopédia Católica declara: ‘É dentro da cidade de Roma, chamada a cidade dos sete montes, que está agora confinada a inteira área do Estado do Vaticano’ (ibidem). Aqui a profecia identifica claramente Roma, a sede papal, o Vaticano, como a cidade dos sete montes. Também os ‘escritores clássicos com frequência se referem a Roma como a Cidade dos Sete Montes (Horácio, Virgílio, Marcial, Cícero, Propertius)’ (Seventh Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, 855)” (RAMOS, 2006, p. 159 e 160).

“BLASFÊMIA. Gr. Blasphēmia, significando ‘insulto’, ‘calúnia’, quando dirigido contra homens, e linguagem ímpia quando dirigido contra Deus. O último sentido é sem dúvida predominante aqui. O nome, ou nomes, representados como estando sobre as cabeças. Sem dúvida representam os títulos blasfemos assumidos pela besta” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 222).

“Os comentários católicos das Bíblias do Pontifício Instituto Bíblico de Roma e a de Jerusalém sobre Apocalipse 13:1, 2; 17:1, 3 informam que os sete montes identificam a cidade de Roma” (ROSSI; BARBOSA, 2012, p. 18).

De fato A Bíblia de Jerusalém (2002, p. 2159), na nota de rodapé i, de Ap 17.3, afirma que “as sete cabeças são as sete colinas de Roma”. “As sete cabeças são interpretadas de duas formas porque são duas bestas com sete cabeças: os sete montes identificam historicamente a cidade de Roma, e os sete reis, obviamente, reis de Roma, uma aplicação direta aos soberanos chefes papais de Roma. O fato de Apocalipse 13:1 revelar que nas sete cabeças existia um nome de blasfêmia, descarta a possibilidade desses sete reis não serem os Pontífices Máximos de Roma, soberanos dos Estados papais por mais de mil anos (754 -1870), direito esse que foi recuperado em 1929.

“O termo blasfêmia sempre diz respeito a alguém que assume prerrogativas divinas. Os oponentes de Jesus acusaram-No de blasfêmia quando Ele Se fez Deus (João 10:33); acusaram-No de blasfêmia quando Ele disse ao paralítico: ‘homem os teus pecados te são perdoados’ (Lucas 5:20-21). Biblicamente, proclamar-se Deus, ou usar prerrogativas divinas, como a de perdoar pecados, é blasfêmia. No caso de Jesus não era blasfêmia porque Jesus é de fato o Deus encarnado.

“A profecia de Apocalipse 13:1 identifica as sete cabeças como um poder blasfemo; a profecia fala de um poder que se proclama Deus na terra, e reivindica o direito de perdoar pecados, e ser adorado. Os anjos de Deus não aceitam adoração e não permitem que alguém se ajoelhe diante deles. João diz: ‘e eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: olha não faças tal, sou teu conservo, e de teus irmãos… adora a Deus’ (Apoc. 19:10). Novamente em Apocalipse 22:8-9 João fala: ‘e havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E disse- me: olha não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus’.

“O próprio apóstolo Pedro não aceitou que Cornélio se ajoelhasse diante dele (Atos 10:25-26). Porém, a besta que surgiu do mar é um poder blasfemo porque toma para si atributos divinos e aceita ser adorado. Em Daniel 7:8, 20, 25 esse mesmo poder é mencionado como falando coisas grandiosas contra Deus, isto é, falando blasfêmias” (RAMOS, 2006, p. 160 e 161).

“Os nomes de blasfêmias apontam para os títulos divinos que a besta reivindica. Embora as coroas estejam nos chifres e não nas cabeças, essa descrição da besta espelha a caracterização do dragão em Apocalipse 12:3, mostrando que esse poder é um representante legítimo do dragão” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 75).

Para aprofundar-se nas blasfêmias citadas neste verso, um artigo interessante é “Vi emergir do mar uma besta que tinha […] sete cabeças […] e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia” (Ap. 13.1) disponível em: https://blogdoprofh.com/2021/01/14/vi-emergir-do-mar-uma-besta-que-tinha-sete-cabecas-e-sobre-as-cabecas-nomes-de-blasfemia-ap-13-1/. Acesso em dez. 2021.

13.2A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.De fato, assim como meu conservo, o profeta Daniel viu, essa nova religião pseudocristã carregava a cultura grega em seus dogmas, pois passou a ensinar e impor espiritualismos como a imortalidade da alma, e o panteão grego disfarçado pelas imagens de esculturas com nomes de personagens bíblicos. Essa religião emergente, totalmente politizada desde o seu início, carregava semelhanças com os medo-persas no sentido da violência com a qual impunha seu credo em Nome de Deus. E claramente a arrogância da Babilônia, a qual cria que seria o único império mundial levantado pelos deuses, essa seria uma constante na existência das narrativas humanamente inventadas ou mesmo sobrenaturalmente criadas do catolicismo romano, pois Satanás, o vigarista universal, deu sua autoridade usurpada sobre a Terra para essa instituição, assim como Constantino deu ao bispo católico de Roma, quando deixou essa cidade nas mãos dele e foi para Constantinopla. O Vaticano é uma herança romana pagã esotérica que representa falsamente o cristianismo bíblico. É uma fachada com verniz cristão para disfarçar a origem pagã romana, a mistura de crenças espiritualistas pagãs antigas, e as histórias, superstições e fraudes das ações satânicas.

“B. Natureza complexa, composta. […]

5. Semelhante ao Leopardo: Apoc. 13:2 comp. Dan. 7:6.

6. Pés como de Urso: Apoc. 13:2 comp. Dan. 7:5.

7. Boca como de Leão: Ap. 13:2 comp. Dan. 7:4” (THIELE; BERG, 1960, p. 253).

“A aparência da besta do mar era como a de um leopardo, com os pés de um urso e a boca de um leão. A besta reunia as características dos quatro animais (símbolos de impérios mundiais) de Daniel 7:2 a 7: Babilônia, Media-Pérsia, Grécia e Roma (Dn 7:17). João as listou em ordem inversa, o que, a partir de sua perspectiva do primeiro século, mostra que a besta do mar está relacionada ao quarto animal de Daniel 7, o Império Romano” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 69).

“Pelo dragão do capítulo anterior e a primeira besta deste capítulo nos é apresentado o poder romano como um todo em suas duas fases, pagã e papal. Daí que, estes símbolos, tanto um como outro, têm sete cabeças e dez chifres. (Ver os comentários do capítulo 17:10). Como leopardo. – A besta de sete cabeças e dez chifres, semelhante a leopardo, aqui apresentada, simboliza um poder que exerce tanto a autoridade eclesiástica como a civil.

“[…] A cadeia profética a que se prende este símbolo começa com Apocalipse 12. Os símbolos de governos terrenos abrangidos na profecia são: o dragão do capítulo 12, a besta semelhante a leopardo e a besta de dois chifres do capítulo 13. A mesma cadeia profética continua evidente até o capítulo 14. De Apocalipse 12:1 até Apocalipse 14:5, temos, pois, uma cadeia profética distinta e completa em si mesma. Cada um dos poderes aqui introduzidos é representado como feras perseguidoras da igreja de Deus” (SMITH, 1979, p. 189, 190).

“A medida que a besta finalmente sai da água, João vê que as partes do corpo daquele estranho animal se assemelham ao leopardo, ao urso e ao leão. Logo, essa besta combina as características dos quatro animais que vêm do mar em Daniel 7:2 a 8, representando quatro reinos mundiais: Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma (v. 17). Contudo, João os cita na ordem contrária, mostrando que a besta do mar corresponde ao quarto animal de Daniel 7, que apareceu como sucessor dos trés reinos que vieram antes dele (Dn 7:7)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 75).

“Roma, em suas duas fases, pagã e papal, copiaria elementos dos impérios que vieram antes dela. De Babilônia, Roma copiou a pretensão e o orgulho (Isaías 14:10-14; Daniel 4:30; Jeremias 50:29), o pecado e a transgressão à Lei de Deus (Isaías 13:11, 14:13-14). Da Medo-pérsia, Roma copiou o culto de adoração no dia do Sol, o domingo. O antigo culto persa, chamado mitraísmo, dedicava o primeiro dia de semana à adoração ao deus Mitra, o deus Sol. Da Grécia, Roma copiou o sistema de imagens e invocação de santos (os gregos davam formas humanas às suas divindades)” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 44).

“E é importante que ela tem uma única bôca ‘de leão’, embora tenha sete cabeças. ‘E a sua bôca’, reza a profecia, falando de uma só, era ‘de leão’. Esta é a bôca da sétima cabeça que é propriamente a cabeça da bêsta. E’ isto assim porque as suas primeiras cabeças dizem respeito à primitiva fase de Roma, à fase pagã, que não podem por isso mesmo ter ação na sua segunda fase — a papal, visto que nesta fase é exercida a monarquia-hierárquica e não a democracia eletiva da fase anterior. As bôcas de tais cabeças que não são de leão, estão como que fechadas, e apenas existem na bêsta para identificá-la com Roma e demonstrar suas pretensões romanas. […]

“Analisando mais concretamente o poder-papal representado nos emblemas dos três quadrúpedes, temos que êle é inteiramente contrário à natureza do meio em que exerce o seu poder. No símbolo de um leopardo, deparamos sua sagacidade e presteza na consecução de seus fins; na figura dos pés de urso, vemos a sua fôrça e o seu poder subjugador sôbre os seus oponentes; e, na bôca simbólica de leão, vemos o seu orgulho e as suas arrogantes pretensões expressas em suas declarações de supremacia mundial. Tudo isto parece ter a bêsta herdado dos animais representativos dos grandes impérios opressores e arrogantes da história, que no passado arruinaram o mundo com suas pretensões, suas conquistas e suas destruições desumanas. Em outras palavras, a bêsta traz na bôca de leão, o orgulho de Babilônia; nos pés de urso, os horrores da Medo-Persa; no corpo de leopardo, o sistema filosófico humano inútil da antiga Grécia; e, podemos dizer, nas suas cabeças simbólicas, o poder implacável da férrea Roma dos altivos Césares (Dn 7.1-8). Tal é o simbolismo de Roma na sua fase papal, cujo cumprimento encontramos nas páginas da história até nos seus mínimos detalhes” (MELLO, 1959, p. 336 e 337).

“O grande fato que se destaca e reconhecido por todos, é que a seguinte importante fase do Império Romano depois da sua forma pagã foi a papal. Não seria correto, portanto, afirmar que Roma pagã deu seu poder e seu trono a uma forma de governo meramente civil, sem nenhum elemento religioso. Nenhum esforço de imaginação pode conceber semelhante transação. Mas duas fases do império são aqui reconhecidas, e, na profecia, Roma é pagã até que chega a ser papal. A afirmação de que o dragão deu à besta semelhante ao leopardo seu poder e seu trono é mais uma prova de que o dragão de Apocalipse 12:3 simboliza Roma é pagã; mas atrás de ambos os poderes está Satanás que os dirige em sua obra de impiedade” (SMITH, 1979, p. 192).

“O dragão (o Império Romano pagão que recebeu poder de Satanás) deu à besta seu poder, trono e grande autoridade. Assim como o Pai concedeu a Cristo Seu trono e autoridade (Ap 2:26, 27), também Satanás investiu a besta como sua corregente e representante na Terra” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 69).

“Historicamente há um só poder que recebeu a sede e a autoridade da Roma dos Césares, tal como havia sido profetizado, e este é Roma papal” (BELVEDERE, 1987, p. 54).

O chifre pequeno é realmente o papado? O chifre pequeno de Daniel 7 cresceu na cabeça do quarto animal, que representa o Império Romano. Portanto, é necessário estudar mais atentamente esse animal. Eis a forma como Daniel descreveu sua visão:

“Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres. Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência (Dn 7:7, 8).

“De acordo com o texto, estes eram os primeiros três animais da visão de Daniel: leão, urso e leopardo. Contudo, a quarta besta era tão incomum, tão diferente de qualquer coisa que ele já havia visto, que não conseguiu dar nome a ela; só pôde descrevê-la. Podemos chamá-la de dragão. A forma poderosa desse animal torna-o um símbolo adequado do Império Romano. Por isso estamos interessados nos dez chifres do dragão, especialmente em seu chifre pequeno.

“Os dez chifres representam as tribos bárbaras que invadiram o Império Romano entre os anos 300 e 500 d.C. Daniel disse que um chifre pequeno surgiria entre os dez, arrancando três deles nesse processo. A descrição detalhada do chifre pequeno revela seu significado: ‘Os dez chifres [da cabeça do dragão] correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo’ (Dn 7:24, 25). Esses versos fornecem sete especificações do chifre pequeno que dizem respeito ao papado:

1. “Depois deles, se levantará outro.” As tribos bárbaras estavam bem estabelecidas no Império Romano na metade do 5º século (do ano 401 ao 500 d.C.). O Império Romano Ocidental caiu diante das tribos bárbaras em 476 d.C., e o poder político do papado começou em 538, como veremos no próximo capítulo. Portanto, o papado se encaixa perfeitamente na profecia de Daniel, uma vez que “depois deles [após o estabelecimento das tribos bárbaras no Império Romano], se levantará outro” reino. De fato, o papado se ergueu com poderosa força política na Europa após a conquista do Império Romano pelas dez tribos.

2. “Será diferente dos primeiros.” O papado se diferencia dos dez chifres por deter tanto o poder religioso quanto o político. As nações da Europa que não estiveram sob a jurisdição do clero eram organizações estritamente políticas.

3. “E abaterá a três reis.” Todas as tribos bárbaras que venceram Roma acabaram se convertendo ao cristianismo, mas três delas – os visigodos, os vândalos e os ostrogodos – adotaram o arianismo*, uma posição teológica sobre Cristo condenada pelo Concílio de Niceia (325 d.C.) e por outros concílios subsequentes da igreja. Clóvis, rei dos francos, venceu os visigodos em 508. (*Os arianos negavam a plena igualdade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, bem como a natureza divina do Filho e do Espírito Santo. Eles criam que Jesus é um ser criado e, assim, por natureza, inferior a Deus, o Pai. Os antitrinitarianos ainda são às vezes chamados de arianos). A pedido dos papas, o imperador romano Justiniano enviou seus exércitos para eliminar as duas outras tribos heréticas: os vândalos, que desapareceram em 534, e os ostrogodos, extintos em 538 (Ver William Shea, Daniel: A Reader’s Guide (Nampa: Pacific Press, 2005), p. 116, 117). Em virtude disso, podemos afirmar que o papado eliminou essas tribos bárbaras.

4. “Proferirá palavras contra o Altíssimo.” Os intérpretes historicistas da profecia bíblica apontam para várias reivindicações do papado que cumprem a predição de Daniel de que o chifre pequeno proferiria “palavras contra o Altíssimo”. Uma delas é a de que os papas são vigários de Cristo. A palavra vigário, que significa “substituto”, tem a mesma raiz da palavra vice, como em vice-presidente, vocábulo esse que remete ao substituto do presidente. Ao afirmar ser vigário de Cristo, o papa está dizendo que ele é o representante pessoal do Filho de Deus na Terra durante o tempo em que Cristo está no Céu. Contudo, Jesus disse especificamente que enviaria o Espírito Santo para representá-Lo na Terra em Sua ausência (Jo 16:7, 8). Portanto, esse tipo de reivindicação faz com que o papa ocupe o lugar que pertence ao Espírito Santo. A análise de dois outros ensinos do papado bastará para mostrar que ele cumpre a predição de Daniel, no sentido de pronunciar “palavras contra o Altíssimo”. O primeiro diz respeito à afirmação de que, por meio da confissão, os sacerdotes católicos têm o poder de perdoar pecados – uma prerrogativa que pertence somente a Deus. O segundo refere-se à doutrina de que o sacerdote sacrifica o corpo e o sangue literais de Cristo no altar durante o serviço da missa. Esse ensino não apenas contradiz a verdade de que Cristo Se ofereceu uma vez para sempre (Hb 9:25, 26), mas também dá ao sacerdote católico autoridade para trazer Cristo do Céu a fim de sacrificá-Lo.

5. “Magoará os santos do Altíssimo.” O poder representado pelo chifre pequeno iria perseguir o povo de Deus. De fato, o papado cumpriu amplamente essa predição ao se utilizar do poder do Estado para perseguir e, em muitos casos, executar supostos hereges. A maioria desses “hereges” simplesmente criticava os erros doutrinários do papado e as práticas imorais dos papas. A Inquisição Espanhola é provavelmente o exemplo mais conhecido dessa perseguição.

6. “Cuidará em mudar os tempos e a lei.” A reivindicação católica de que a igreja tem autoridade para mudar a lei de Deus ratifica essa afirmação da profecia. Vale notar que a igreja removeu o segundo mandamento (que condena o uso de imagens de escultura) inteiramente de seu catecismo, e, ao substituir o sábado do quarto mandamento pelo primeiro dia da semana, o domingo, cumpriu a predição de Daniel cujo foco é a mudança dos tempos (Ver William Shea, Daniel: A Reader’s Guide (Nampa: Pacific Press, 2005), p. 120-122. Shea provê documentação significativa quanto à reivindicação do papado de ter autoridade para mudar o dia de descanso do sábado, o sétimo dia da semana, para o domingo, o primeiro dia).

7. “Os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.” A palavra aramaica para “tempo”, nesse verso, é iddan, que significa ‘um ano’. Um ‘tempo’ equivale a um ano, ‘dois tempos’, a dois anos, e ‘metade de um tempo’, a seis meses. De acordo com esse cálculo profético, um ano tem 360 dias. Nas profecias apocalípticas, um dia representa um ano; portanto, um ano simbólico representa 360 anos. Veja:

1 ano = 360 dias simbólicos, ou 360 anos literais

2 anos = 730 dias simbólicos, ou 720 anos literais

½ ano = 180 dias simbólicos, ou 180 anos literais

Total = 1.260 dias simbólicos ou 1.260 anos literais

“Veremos essa questão de forma mais detalhada no próximo capítulo. Por enquanto, basta dizer que os 1.260 anos começaram em 538 d.C., quando entrou em vigor o decreto do imperador romano Justiniano declarando o bispo de Roma, o papa, como o chefe de todas as igrejas espalhadas por todo o império. O período terminou 1.260 anos mais tarde, em 1798, quando o general de Napoleão, Berthier, aprisionou o papa Pio VI.

“A informação de que o chifre pequeno de Daniel surge e estabelece seu poder em um momento determinado ajuda a confirmar o fato de que esse chifre representa o papado. Observe que ele surge na cabeça do quarto animal, constituindo-se numa parte deste. Essa é uma boa representação de como se originou o papado. Enquanto Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma conquistaram, cada qual, o império que a precedeu, o papado nasceu em Roma, tornando-se uma extensão do império exatamente como o chifre pequeno, que passou a ser parte constituinte da cabeça do animal.

“Quando Roma caiu, o papado preencheu o vácuo político existente. Muitos estudiosos protestantes afirmam que o chifre pequeno representa um anticristo que aparecerá no futuro, embora essa interpretação deixe uma lacuna de mais de 1.500 anos entre a queda do Império Romano Ocidental, em 476, e os eventos finais da história da Terra. No entanto, não houve lacunas históricas no tocante a quaisquer das nações representadas pelos animais anteriores. Cada um deles substituiu imediatamente o predecessor. Da mesma forma, o papado substituiu imediatamente o Império Romano; não houve nenhum vácuo histórico entre seu surgimento e a queda do império.

“Em resumo, o chifre pequeno de Daniel 7 é claramente um poder político-religioso, e o papado é o único poder político-religioso que surgiu após a vitória das tribos bárbaras sobre o Império Romano Ocidental. Uma vez que o papado insere-se no contexto das especificações do chifre pequeno registradas nos versos 24 e 25, é natural ver esse chifre como símbolo do poder papal” (MOORE; LIRA, 2013, 33-36).

“A bêsta não exerce propriamente o seu poder. Em primeiro plano informa a revelação que o dragão lhe deu o seu próprio poder. Assim, o poder que ela exerce é o poder do dragão. Isto mesmo escrevera S. Paulo antes de S. João sôbre a bêsta: ‘Aquele cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás…’ (2ª Ts 2.9). Em segundo plano, o dragão deu-lhe o seu poder através de Roma-pagã. […]

“Vimos já que o Império Romano, em virtude da invencibilidade do cristianismo, abjurou o paganismo e tornou-se um Império Cristão, aliás, formalmente cristão. Os imperadores, desde Constantino até o último deles, não só abraçaram o cristianismo-papal-romano como promoveram o seu avanço dentro das fronteiras do Império. E depois da queda de Roma-Imperial cristianizada, os dez reinos, considerados na profecia como romanos pelo fato de serem parte integrante do quarto animal de Daniel sete representativo de Roma-pagã e terem dividido esta entre si, também abraçaram o cristianismo papal.

“Em virtude de tudo isto, somos forçados a concordar que, em verdade, houve uma mudança no caráter do Império Romano, e que esta mudança foi religiosa: Assim, sendo que o dragão era representativo da primeira fase de Roma — a pagã — e por isso mesmo não podia representar a segunda fase de Roma — a papal — no mesmo emblema de dragão, a revelação proveu um outro emblema de Roma, aliás, a ‘bêsta semelhante a um leopardo’.

“Todavia o poder encerrado no símbolo da bêsta, continuou sendo ainda romano, disto testificando as sete cabeças e os dez chifres do dragão que lhe foram transferidos. Assim deparamos, evidentemente, a transferência do poder do dragão — de Roma-pagã para Roma-papal. Quer dizer que o poder continuou o mesmo em essência — o Império Romano —havendo tão somente sofrido uma metamorfose — do paganismo declarado para o paganismo cristianizado.

“O dragão não só deu à bêsta o seu poder como também o seu próprio trono no mundo. Lembramo-nos de que Satanás uma vez dissera que ia estabelecer o seu trono (Is 14.13 e 14); que a Jesus disse ser senhor do mundo (Lc 4.5-7); e que o próprio Senhor Jesus dissera que Satanás era o príncipe deste mundo (Jo 14.30). Disto tudo inferimos que Satanás, ao tempo de Cristo e da revelação do Apocalipse, tinha o seu trono no mundo. E, apresentando-se naquele tempo a Jesus como dominador do mundo, é evidente que o seu poder era exercido através do Império Romano que impunha seu cetro sôbre as nações.

“Diante disso, onde estaria mais o seu trono mundial senão em Roma? E quem duvidará que seu trono ainda está na cidade chamada eterna? Assim, no trono de Roma-pagã foi Roma-papal empossada pelo dragão, e isto desde o tempo de Constantino e reconhecida como soberana, no mesmo trono, por Justiniano, Imperador do Oriente, e pelas nações européias depois da conquista de Roma-Imperial-Ocidental, que governaram segundo os seus ditames. Isto prova sobejamente ter o dragão dado à bêsta o seu trono e o seu poder representado nas sete cabeças romanas, e o seu grande poderio ou domínio representado nos dez chifres ou a Europa.

“Agora estamos prontos para afirmar mais uma vez que Roma-papal é o mesmo Império Romano, pois traz suas características em caráter e obras, diferindo apenas na mudança de nome. No livro — O Vaticano Potência Mundial — lemos esta frase: ‘Uma coisa é certa: que a antiga Roma subsiste na Roma cristã’ (O Vaticano Potência Mundial, Joseph Bernhart, 195). E em verdade êste poder mesmo testifica que seu nome é romano, e, ainda mais, tem sua sede e seu trono em Roma, seu idioma é romano, suas pretensões são romanas e seu soberano absoluto pretende deificação como pretendiam os soberanos da velha Roma.

“Deste modo o símbolo da bêsta, ‘como a maioria dos protestantes tem crido, representa o papado, que se sucedeu no poder, trono e poderio uma vez mantidos pelo antigo Império Romano’ (O Conflito dos Séculos, E. G. White, 438)” (MELLO, 1959, p. 338 e 339).

“DEU-LHE O SEU PODER. Apesar de representar Satanás primariamente, o dragão, num sentido secundário, representa o Império Romano (ver o com. ao 12: 3). O poderio que sucede ao Império Romano, qual recebeu do dragão ‘seu poder, seu trono e grande autoridade’, é claramente Roma Papal. ‘Das ruínas da Roma política, elevou-se o grande Império moral na ‘forma gigante’ da Igreja Romana’ (A. C. Flick, The Rise of the Medieval Church 1.900, pag. 150). Esta identificação é confirmada nas especificações dadas nos versos seguintes.

“Atrás dessa atividade achava-se Satanás, procurando exterminar a igreja. Quando constatou que os seus esforços para aniquilar os seguidores de Cristo mediante a perseguição resultaram ineficazes, alterou suas táticas e procurou afastar a igreja para longe de Cristo, mediante o estabelecimento dum vasto sistema religioso de contrafação. Ao invés de trabalhar diretamente mediante o paganismo, o dragão agora operava atrás da fachada de uma organização professamente cristã, esperando por esse meio dissimular a sua identidade.

“TRONO. Gr. Thronos, ‘trono”. Os papas ascenderam ao trono dos Césares. A capital do sistema papal era a mesma ocupada pelo Império Romano no seu auge.

“GRANDE AUTORIDADE. O papado exerceu controle em assuntos políticos e religiosos, e sobre a consciência dos homens” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 223 e 224).

“Três passagens bíblicas retratam o mesmo poder: o anticristo. São as que tratam da ‘ponta pequena’ (Daniel 7:25), da ‘besta semelhante a leopardo’ (Apoc. 13:1-10) e do ‘homem do pecado’ (II Tess. 2:1-8). Um ponto no simbolismo de cada uma dessas profecias é muito importante para o estudo desta lição a saber: a alteração dos Dez mandamentos e a instituição da observância do domingo.

“Note o seguinte: 1. A ponta pequena: ‘Cuidará em mudar os tempos e a lei.’ Dan. 7:25. 2. O homem do pecado (ou da iniqüidade): assenta-se no templo de Deus, ‘ostentando-se como se fosse o próprio Deus’ (II Tess. 2:4). 3. A besta semelhante a leopardo: Impõe a marca ou sinal da besta (Apoc. 13:17; 16:12).

“‘Foi o papado que cuidou em mudar os Dez Mandamentos introduzindo a observância do domingo em lugar do sábado do sétimo dia. Este ato exalta o papado acima de Deus e o coloca no lugar que pertence ao Senhor’ (ver O Grande Conflito, pág. 445)” (COFFMAN, 1989b, p. 44).

“Satanás delega poder e autoridade à besta: ‘E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade’ (Ap 13:2). Essa cena copia a entronização de Cristo em Apocalipse 5. Assim como o Pai deu Seu trono e autoridade a Cristo (cf. Ap 2:27; 3:21), o dragão concede seu trono e autoridade à besta, investindo-a como sua corregente e representante na Terra. Isso confirma que a besta do mar desempenha a função de segundo membro da falsa trindade. Essa aliada de Satanás quer tomar o lugar de Jesus Cristo na mente e no coração do povo” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 76).

“A Igreja Católica é confessadamente romana. Seu nome oficial nos dias de hoje — e que foi o mesmo durante a maior parte de sua longa história — é ‘Santa Igreja Católica Apostólica Romana’. O professor John L. McKenzie, da Universidade de Notre Dame, explica que ‘os católicos romanos crêem que o seu romanismo é um reflexo da autenticidade do cristianismo de sua igreja’. (John L. McKenzie, S. J., The Roman Catholic Church, ed. E. O. James, History of Religion Series (New York: Holt, Rinehart and Winston, 1969), pág. xii. O reconhecimento franco de McKenzie quanto ao romanismo de sua igreja, se acha em contraste com outras tentativas, por parte de alguns católicos americanos, para abafar esse romanismo. Ver, e.g., o amplamente distribuído The Faith of Millions, ed. rev. (Huntington, Indl: Our Sunday Visitor, Inc., 1963, 1974), por John O’Brien, que juntamente com McKenzie, também é da Universidade de Notre Dame).

“Mas… como chegou a Igreja Católica a esse ponto de singular romanismo? O dragão concedeu o seu poder e trono à igreja. Lemos na quarta cena introdutória que o dragão (nesse caso, o Império Romano) concedeu à besta semelhante a leopardo (a Igreja Romana) ‘o seu poder, o seu trono e grande autoridade’. Verso 2. Trono é símbolo de autoridade. Entretanto, pelo fato de também aparecerem no texto as palavras ‘poder’ e ‘autoridade’, é lícito supor que, no presente caso, ao termo ‘trono’ deva ser atribuído um significado mais literal.

“Basicamente, o trono é um lugar no qual se assentam pessoas importantes. Outros vocábulos para ‘trono’ são cathedra, do grego, e sedes, do latim. A palavra ‘sé’, em português, provém de sedes. Na Igreja Católica, o edifício no qual se localiza o trono (ou cathedra) de um bispo, é chamado ‘catedral’. A cidade na qual se localiza o referido trono, chama-se ‘sé’. A ‘sé’ de mais alto nível dentro do catolicismo é a Santa Sé, a cidade onde se localiza o trono do papa. Esta cidade é Roma. (Especificamente, desde o Tratado de Latrão celebrado cm 1929 com a Itália, a Santa Sé converteu-se na Cidade do Vaticano, uma área de 44 hectares situada na Colina do Vaticano, inteiramente encravada na cidade de Roma).

“E de que modo o dragão, ou Império Romano, deu o seu poder, sua autoridade e o espaço físico de seu domínio (seu ‘trono’, ou cidade, ou sé) à Igreja Romana? O próprio nome do Império derivava da cidade de Roma. Dizia um provérbio que ‘todos os caminhos conduzem a Roma’. Roma era, de longe, a maior cidade do Ocidente. Reverenciada como a Cidade Eterna, pulsava com tremendo poder e mistério. A maior parte de seu formidável prestígio secular foi herdada pelo papa romano. O simples fato de ser o papa de Roma, provia-lhe enorme influência.

“Adicionalmente, o imperador Constantino contribuiu vigorosamente para o prestígio papal ao deixar a Itália em 330 e fundar Constantinopla (hoje Istambul), estabelecendo-a como a nova capital do Império. Constantinopla distava cerca de 1.300 quilômetros a leste, mais que um mês de marcha para um exército da época. Segundo a expressão frequentemente mencionada de Henry Edward Manning — o exuberante cardeal britânico do século dezenove — o abandono de Roma representou a ‘liberação’ dos pontífices. Acrescenta o Cardeal Manning que, com o passar do tempo, ‘os pontífices encontravam-se sozinhos; eram a única fonte de ordem, paz, lei e segurança’ na Europa Ocidental (Henry Edward Mauning, The Temporal Power ofl he Vicar of Jesus Christ, 2ª ed. com prefácio (London: Burns & Lambert, 1862), págs. xxvii, xxix).

“Muitos outros imperadores, além de Constantino, também concederam ou ofereceram poder ao papado. Passo a passo, o Império Romano (o dragão) efetivamente deu o seu poder, trono e grande autoridade à Igreja Católica (a besta semelhante a leopardo)” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 335, 336 e 433).

O artigo “Do chifre pequeno à besta do mar – as origens do império católico globalista romano” oferece uma cronologia detalhada que auxilia o pesquisador a entender a escalada geográfica e autoritária da ICAR: https://blogdoprofh.com/2021/01/03/do-chifre-pequeno-a-besta-do-mar-as-origens-do-imperio-catolico-globalista-romano/.

“Constantino realmente deu o seu trono para o papa. O trono dos Césares foi deixado vago. Foi nessa vaga que o papado se assentou. Aqui estão as palavras de um escritor católico: ‘E piedosamente subindo ao trono de César, o vicário de Cristo tomou o cetro diante do qual imperadores e reis da Europa se curvariam em reverência por muitas eras’ (American Catholic Quartcrly Review, abril de 1911). Outros imperadores também outorgaram poder ao papado. Passo a passo, o Império Romano (o grande dragão vermelho) deu grande autoridade à igreja (a besta com corpo de leopardo), com o clímax ocorrendo em 538, quando os exércitos do império expulsaram os arianos ostrogodos de Roma, o que iniciou o período de 1.260 anos.

“Para tornar o cristianismo mais atraente para os gentios, os sacerdotes adotaram as vestimentas exteriores e os ornamentos utilizados no culto pagão. O papa Gregório teria instruído Agostinho: ‘Destrua os ídolos, nunca os templos. Borrife-os com água benta, ponha neles relíquias, e deixe as nações adorarem nos lugares onde estão acostumadas’ (ver Roy A. Anderson, Revelações do Apocalipse, págs. 142-143)” (FEYERABEND, 2005, p. 111).

“Muitos pensam que a palavra Vaticano seja derivada de vaetes, antigo adivinho ou profeta. Cícero, Tácito e outros dizem que o bairro conhecido como Vaticano era famoso na antiguidade pela sua atmosfera insalubre. Marcial escreveu: ‘Quem bebe água do Vaticano está bebendo veneno’ (Don Sharkey, Pio XII e o Vaticano, Rio de Janeiro, Irmãos Di Giorgio & Cia, 1945, p. 88).

“O primeiro edifício a ser construído no bairro foi um circo construído pelo imperador Calígula poucos anos depois da morte de Jesus. Muitas disputas esportivas aí se realizaram. Mais tarde o imperador Nero introduziu certas reformas, pelo que o circo passou a ser conhecido como o circo de Nero. Foi nesse circo que se efetuou o primeiro massacre dos cristãos. Nero contemplava satisfeito os cristãos queimados como tochas em postes, ou feitos em pedaços pelos leões, ou mortos por milhares de outros meios, cada qual mais terrível.

“Nesse circo foi o apóstolo Pedro crucificado, nos jardins de Nero. Foi sepultado, segundo a tradição, numa catacumba, perto do lugar da execução. Santo Anacleto, considerado o terceiro papa, mandou construir uma pequenina capela sobre o túmulo. Diz-se que esta capela foi o início do Vaticano (Don Sharkey, Pio XII e o Vaticano, Rio de Janeiro, Irmãos Di Giorgio & Cia, 1945, p. 89).

“Os séculos de perseguição de Roma pagã terminaram no reinado de Constantino. A pedido do papa Silvestre, Constantino começou a construção de uma grande Igreja no ponto em que estava o túmulo de São Pedro, no circo de Nero. O trabalho começou em 306. Uma parte das paredes do velho circo foi aproveitada na construção da igreja. O papa Silvestre fez a consagração da Basílica, em 18 de novembro de 324, e durou até 1506.

“Durante séculos os papas não residiam no Vaticano, moravam no palácio de Latrão, que Constantino mandara edificar para eles do outro lado de Roma. Pouco a pouco foram construindo os edifícios no Vaticano, e em 752 já havia no local quatro mosteiros e numerosas capelas mortuárias. O palácio de Latrão, a antiga residência papal desde o tempo de Constantino, foi destruído por um incêndio. No reinado do papa Urbano V iniciaram-se as reformas no Vaticano, reformas que se estenderam pelo reinado de vários papas que sucederam a Urbano V. Nicolau V, que foi papa em meio do século XV, é considerado o pai do moderno Vaticano. Ele transferiu para o Vaticano toda a administração da Igreja. No século XVI, o Vaticano tornou-se oficialmente a residência papal e assim continua até hoje.

“A história do Vaticano, contada pela própria Igreja Católica, revela as origens do Vaticano de hoje: uma mistura do paganismo com o cristianismo, uma aliança feita entre Roma Imperial e Roma papal. No centro da grande praça da Basílica de São Pedro está o grande obelisco que foi trazido do antigo circo de Nero em 1586 e colocado no ponto em que se acha atualmente. Na sua extremidade superior está fixada uma cruz de bronze. Esse monumento do paganismo foi, pois, convertido ao cristianismo (Don Sharkey, Pio XII e o Vaticano, Rio de Janeiro, Irmãos Di Giorgio & Cia, 1945, p. 145).

“Vemos assim que quase tudo no Vaticano tem um cheiro de paganismo, e como escreveu Marcial ‘quem bebe água do Vaticano está bebendo veneno’. A profecia diz que a Igreja de Roma deu a beber a todas as nações ‘do vinho da ira da sua prostituição’ (Apoc. 18:3)” (RAMOS, 2006, p. 163–165).

“O cardeal Baronio, segundo se afirma, fez esta declaração: ‘À santa igreja foi permitido apropriar-se dos ritos e cerimônias dos pagãos em seu culto idólatra, desde que ela (a igreja) os expiasse mediante consagração’ (Roy Allan Anderson, O Apocalipse Revelado, p. 141). Peter de Rosa escrevendo sobre a maneira em que foi realizada a transição de Roma pagã para Roma papal, cita a forjada ‘Doação de Constantino’ como sendo a base das pretensões papais: ‘A partir da doação, é evidente que o Bispo de Roma seria como Constantino, viveria como ele, vestir-se-ia como ele, habitaria seus palácios, governaria sobre suas terras, teria exatamente a mesma perspectiva imperial. O papa, também queria ter o domínio sobre a igreja e o estado. Somente setecentos anos depois da morte de Pedro, os papas tinham se tornado obcecados com as possessões e o poder. Os [pretensos] sucessores de Pedro [tornaram-se] não os servos mas os senhores do mundo. Eles […] se vestem em púrpura como Nero e chamam a si mesmos de Pontífice Máximo’ (Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, p. 141)” (RAMOS, 2006, p. 168 e 169).

“Na igreja dos primeiros séculos, a infalibilidade não era atribuída ao bispo de Roma, mas ao seu superior, o imperador de Roma. O papa Leão I (440-461), por exemplo, atribuiu ao imperador a própria infalibilidade, a qual, o papa Pio IX reivindicaria para si em 1870, persuadindo os membros do Vaticano I com o argumento de que, essa infalibilidade, sempre pertencera, exclusivamente, aos papas. Veja o texto do papa Leão I: ‘Pela inspiração do Espírito Santo o imperador não necessita de nenhuma instrução humana e é incapaz de cometer erros doutrinários’ (H. Chadwick, The Early Church, p. 245. Citado por Dave Hunt em seu livro A Woman Rides the Beast, p. 156.). Hoje os papas que ostentam os títulos de Constantino e suas insígnias são sucessores do imperador de Roma e não do apóstolo Pedro.

“Peter de Rosa comenta que: ‘Mesmo o bispo de Roma, que não foi chamado de ‘papa’ por muitos séculos, era, em comparação [a Constantino], uma entidade não existente. Em termos civis ele era o vassalo do imperador; em termos espirituais, ele era comparado com Constantino, um bispo de segunda classe. Não o papa mas ele [Constantino] […] era a cabeça da igreja, sua fonte de unidade, diante de quem o bispo de Roma tinha que se prostrar e prometer lealdade. Todos os bispos concordam que ele [o imperador] era ‘o oráculo inspirado, o sábio apóstolo da igreja’. Era, portanto, Constantino, não o bispo de Roma, que ditava o tempo e o lugar dos sínodos da igreja e até mesmo como deveria ser realizada a votação. Sem sua aprovação, eles não poderiam aprovar a lei; ele era o único legislador do Império” (Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, p. 157).

“A própria idéia dos concílios da igreja, foi inventada por Constantino, que a despeito de sua professa conversão a Cristo, permaneceu sendo um pagão até o fim de sua vida. Ele nunca renunciou sua lealdade aos deuses pagãos, e nas moedas imperiais foi mantida a homenagem ao deus sol. Constantino adiou o seu batismo o quanto pôde, e só concordou em ser batizado um pouco antes de sua morte. Ele foi batizado por Eusébio, um sacerdote herético e ariano.

“O historiador católico, Philip Hughes, menciona que Constantino em seus hábitos, no final de sua vida, permaneceu sendo muito mais pagão do que antes. Seu temperamento furioso, a crueldade, a qual uma vez suscitada, não poupava a vida nem mesmo da sua esposa e filho Crispus, um sobrinho e um cunhado. Todos eles são testemunhas não agradáveis da imperfeição da conversão de Constantino (Philip Hughes, A History of the Church, vol. 1, p. 198, citado por Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, p. 158)” (RAMOS, 2006, p. 170 e 171).

“As próprias cores de púrpura e escarlata (Apoc. 17:4) identificam os elos da Igreja Romana com Roma pagã. Estas eram as cores usadas pelo Império Romano, com as quais os soldados romanos, zombeteiramente, vestiram Jesus como Rei (Mateus 27:28; João 19:2, 5)). O Vaticano herdou e se apossou não só do trono e poder, mas até mesmo das cores do romanismo pagão. As cores mencionadas em Apocalipse 17:4, púrpura e escarlata, são ainda hoje, literalmente, as cores do clero católico. ‘A cor para os bispos e outros prelados é púrpura, e para os cardeais escarlata’ (Dave Hunt, cita aqui Our Sunday Visitor’s Catholic Encyclopedia, p. 175, 178).

“O senado romano que governou a cidade de Roma nos tempos dos Césares, era conhecido como a cúria romana. De acordo com o Dicionário Católico de Bolso, este nome é agora a designação do ‘conjunto inteiro de escritórios administrativos e judiciais através dos quais o papa dirige as operações da Igreja Católica’ (Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, p. 72)” (RAMOS, 2006, p. 171).

Já vimos no período representado pela igreja de Pérgamo no qual estaria o “trono de Satanás” e “onde Satanás habita” (Ap 2.13) que os sacerdotes da religião babilônica pagã, após o império babilônico dar lugar ao império medo-persa e o império grego, foi assimilada pelos romanos. Títulos como Pontífice Máximo (o maior fabricante de pontes, ou coletor de pontes no sentido de cobrador de pedágio ou impostos) veio diretamente daquela religião idólatra, passou pelo culto aos imperadores romanos, foi usado por Constantino e posteriormente pelo papado. O papado cumpre com exatidão a Apocalipse 2.13 em sua tentativa de roubar de Deus algumas de Suas prerrogativas e envolver-se na autoidolatria satânica, como ali foi mencionado, e agora repetimos:

“Essa contrafação religiosa pretendia ser uma ponte entre o céu e a terra. O monarca era o cabeça do sistema. Ele tinha muitos títulos, um dos quais, Pontífice Máximo. Como imperador pagão, Constantino já estava investido do poder e honras do paganismo. Ao vir para o cristianismo ele não renunciou estas honras, mas trouxe-as para dentro da igreja cristã.

“Enquanto ele liderava a igreja cristã, era ao mesmo tempo o chefe do sacerdócio pagão, oficiando celebrações pagãs, e fundando templos pagãos, mesmo após ter começado a construir igrejas cristãs. Como cabeça do sacerdócio pagão ele era o Pontífice Máximo, e precisava do mesmo título como cabeça da igreja cristã (Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, p. 46).

“Os cristãos honraram-no como Bispo dos Bispos, enquanto Constantino chamava a si mesmo em latim Vicarius Christi, que, em português, quer dizer Vigário de Cristo, mas em grego o equivalente é anticristo. O termo em latim Vicarius equivale ao termo grego anti e tem dois significados: contra, e no lugar de, ou substituto. Traduzindo para o grego, esse título latino Vicarius Christi significa literalmente anticristo (Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, p. 45.)

“Em 375, Graciano, um imperador cristão, recusou as vestimentas pagãs e o título pagão de Pontífice Máximo, que significa: o maior fabricante de pontes, ou coletor de pontes, no sentido de cobrador de pedágio. Mas o bispo de Roma viu aí uma oportunidade de exaltar sua dignidade, e assumiu o título e as vestimentas de Pontífice Máximo. Este histórico título do sumo sacerdote do paganismo, foi perpetuado na igreja juntamente com as vestes do sumo sacerdote pagão, mas sempre sob o disfarce do cristianismo (Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, p. 45).

“O papado, durante a Idade Média tomou para si os três títulos de Constantino: Pontífice Máximo, Vigário de Cristo (ou anticristo), e Bispo dos Bispos. Todos os reformadores, sem exceção, falaram desta igreja apóstata como o anticristo (Roy Allan Anderson, O Apocalipse Revelado, p. 155)” (RAMOS, 2006, p. 172 e 173).

13.3Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;Séculos se passaram até que o tentáculo “papado” do catolicismo romano foi ferido pela Revolução Francesa, outra marionete satânica para desviar mentes incautas da salvação oferecida por Deus à humanidade. Mas esse evento logo ficaria na História, pois a religião globalista romana, ungida pelo pai da mentira e por ele conduzida, seguiria seu curso até voltar a sua hegemonia de outrora, pois os habitantes da Terra que ignoram a genuína revelação profética e a própria História, voltariam a tornar o falso cristianismo tão popular quanto antes, obedecendo-lhe em suas mentiras;
13.4e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?e os que assim procedem, adoram a Satanás, pois ele é quem está conduzindo a religião globalista romana desde suas origens; e esses cristãos nominais, os quais não seguem a Jesus Cristo, mas a ideologia católica romana, também adoram a essa instituição, uma vez que a colocam acima dos ensinamentos de Deus revelados pelos profetas que Ele enviou, e não os falsos mestres católicos com suas crenças inventadas e reveladas pelos próprios anjos caídos, as quais contradizem a Bíblia. Esses seguidores fanáticos exaltam a própria arapuca na qual vivem e creem que a religião globalista romana é o plano de Deus para a restauração do planeta Terra, é invencível e que todos devem se tornar romanistas como eles para que o planeta não seja destruído. É uma religião humanista, totalmente secularizada, sem a preocupação com a genuína santidade que o Criador tem e concede aos Seus filhos obedientes! A única preocupação de seus líderes é dominar o planeta não importando os meios utilizados, assim como seu líder sobre-humano.
13.5Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses;Assim como o profeta Daniel viu por meio da inspiração divina, um chifre pequeno que falava “com insolência” (Dn 7.8), eu, João também vi que desde sua origem a instituição católica romana foi arrogante e blasfema em suas invencionices e mentiras em Nome de Deus: crê que o apóstolo Pedro é a “rocha” sobre a qual Jesus fundou o cristianismo papal; crê que seu líder maior, o papa, é o substituto do Filho de Deus na Terra e, com base nessa mentira, crê noutra: que ele é inerrante! Crê que as indulgências papais são reais e que o comércio delas, que enriquece os cofres dessa falsa religião, é apoiado por Deus! Crê que a Bíblia pode ser pisada por supostas novas revelações, gerando uma bipolaridade divina explícita! Crê que os 10 Mandamentos de Êxodo 20, escritos pelo próprio dedo de Deus, são descartáveis, editáveis pela suposta autoridade que Ele deu a essa instituição! Crê que o ser humano para ser salvo tem de se tornar matriculado nessa instituição, usurpando outro atributo divino, o de salvar o pecador! Usar todas essas mentiras e outras tantas para usurpar poderes políticos e impor essas mentiras para que se proliferem ao ponto de dominar indivíduos, realezas, senados, nações e o planeta inteiro – isso ocorrerá por 42 meses de 30 dias, ou seja, 1260 anos, de 538 até 1798 (cf. Ap 11.2 e 3, 12.6 e 14), como uma amostra do êxito satânico em sua sanha de tornar a Terra seu feudo disfarçado de deus do pseudo cristianismo! Satanás deu sua autoridade como pai da mentira para a igreja globalista “apostólica” romana e por meio desse embuste ele planeja sequestrar toda a Criação de Deus na Terra.
13.6e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.Durante todo esse período, as crenças e práticas católicas desonrarão o verdadeiro Deus e obscurecerão os ensinamentos dos profetas bíblicos sobre o Santuário mosaico, o qual aponta para o Santuário celestial e os serviços em prol da salvação dos homens que são realizados ali, por Jesus Cristo e Seus ministros. Em vez de ensinar sobre esse ministério contínuo de Jesus e o dia das expiações que Ele cumprirá após os 1260 anos, julgando a humanidade, retirando a culpa, concedendo o perdão, dando a cada um segundo as suas obras, não, esse cristianismo espúrio embaçou e até retirou de Cristo o ministério sumo sacerdotal e o trabalho de Seus ministros lá no Santuário celestial, através de apropriação indevida da função sacerdotal por meio de narrativas fabricadas como a Eucaristia, o confessionário e demais tradicionalismos blasfemos.
13.7Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação;De 538 até 1798 se cumprirão as profecias de Daniel do massacre católico romano sobre os santos, os filhos de Deus cuja vida em harmonia com Sua Palavra causará inveja e ódio demoníaco dos bastardos. Todo o globo terá sido fermentado pelas invencionices romanistas, desde a antiga Europa até as ilhas e os continentes que ainda serão descobertos pelas navegações;
13.8e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.e através dessa militância jesuíta mundial, o pai da mentira contaminará o imaginário e a sinceridade de toda humanidade. Muitos irão adorar o demônio crendo que estarão fazendo a vontade de Deus, e entre esses estão aqueles que terão seus nomes riscados do Livro da Vida do Salvador Jesus Cristo durante o julgamento pré-advento, pois mesmo sendo ensinados e advertidos, estarão com a mente embotada pelo veneno da serpente que também seduziu Eva e Adão, e por quem Jesus havia decido morrer mesmo antes da criação do planeta Terra.
13.9Se alguém tem ouvidos, ouça.Se alguém tem a mente ainda acessível à Palavra de Deus, se esforce para entendê-La e atendê-La.
13.10Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos.Toda esta profecia sobre esse fantoche do ventríloquo Satanás, e sua perseguição contra os filhos de Jesus não deve desanimar os santos, os filhos legítimos de Deus, pois Ele fez, faz e fará justiça: os cardeais inescrupulosos que julgarão sumária e desonestamente aqueles que rotularão como hereges e os farão agonizar à pão, água, escuridão, fezes e urina; aqueles juízes iníquos que sentenciam à tortura e morte os inocentes de Deus; reis e outros políticos que se prostituem com o papado, fazendo vista grossa às atrocidades e genocídios, crendo em vantagens espirituais ilusórias – todos eles receberão seu salário das mãos do próprio Juiz de toda a Terra! Mantenham-se firmes e constantes em vossa obediência aos Mandamentos do Senhor, pois Ele julga e condena as sentenças ímpias dos que violam vidas humanas em Seu Nome!

“FERIDA. Gr. Plēgē, ‘uma pancada’, ‘um golpe’, também uma ferida causada por uma pancada. Um ou outro significado pode ser adotado neste texto. A ‘ferida mortal’ poderia ser ou a pancada que produz morte, ou a ferida que produz morte” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 224). 

“João prossegue dizendo que, em determinado momento da história, uma das cabeças da besta recebe uma ferida mortal que causa sua morte. Mas a ferida mortal é curada e a besta é trazida de volta à vida (Ap 13:3). Isso espelha a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. No grego, a mesma palavra usada para se referir à morte da besta é utilizada para se referir à morte de Cristo, o Cordeiro (Ap 5:6). Essas três fases da existência da besta do mar são definidas em Apocalipse 17:8 em termos da besta que ‘era e não é’ e ‘está para emergir’. Essa descrição consiste em uma antítese do título divino: ‘Aquele que era, que é e que há de vir’ (Ap 4:8; cf. 1:4)” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 76). 

“Existe uma união entre o dragão e a besta que surge do mar, porque ambos possuem sete cabeças e dez chifres (comparar Apocalipse 12:3 com 13:1). No fato do dragão delegar seu poder, seu trono e grande autoridade a primeira besta é isto uma imitação deliberada de como Deus tem dado seu poder e seu trono ao filho, Jesus Cristo (Apocalipse 5:12-13). Por isso esta primeira besta se caracteriza como sendo o anticristo, porque procura ocupar o lugar deste. Da mesma maneira procura descrever a morte e a ressurreição do Messias pela própria morte e ressurreição da besta, após a ferida mortal. Por isso a besta opera como uma falsificação do cordeiro, um falso cristo. Além de tudo isso, busca para si a adoração que é devida apenas ao Criador (Apocalipse 14:7)” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 46). 

O artigo “Do auge do império globalista católico romano até a ‘ferida mortal’”, disponível em https://blogdoprofh.com/2021/01/23/do-auge-do-imperio-globalista-catolico-romano-ate-a-ferida-mortal/, (acesso em dez. 2021) apresenta uma cronologia bastante completa sobre o golpe mortal que a Revolução Francesa e outras “revoluções” acometeram sobre a hegemonia romanista. 

“[Essa besta] É idêntica ao chifre pequeno. – Para mostrar isto melhor [e novamente], basta-nos estabelecer um paralelo entre o chifre pequeno de Daniel 7:8, 20, 24, 25 e este poder. Esta comparação torna claro que o chifre pequeno e a besta semelhante ao leopardo simbolizam o mesmo poder. O chifre pequeno é reconhecido como um símbolo do papado. Podemos dar seis pontos que estabelecem sua identidade: 

  1. O chifre pequeno era um poder blasfemo. ‘Proferirá palavras contra o Altíssimo.’ (Daniel 7:25). A besta semelhante ao leopardo de Apocalipse 13:6 faz o mesmo: ‘Abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus’.
  2. O chifre pequeno fazia guerra contra os santos e os vencia (Daniel 7:21). Tambémestabesta (Apoc. 13:7) faz guerra aos santos e os vence. 
  3. O chifre pequeno tinha uma boca que falava grandiosamente (Daniel 7:8, 20). E desta besta lemos: ‘E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias.’ (Apoc. 13:5).
  4. O chifre pequeno levantou-se ao cessar a forma pagã do Império Romano. A besta de Apocalipse 13:2 surge no mesmo tempo, porque o dragão, Roma pagã, dá-lhe o seu poder, seu trono e grande autoridade.
  5. Foi dado poder ao chifre pequeno para continuar por um tempo e tempos e metade de um tempo (Dan. 7:25). A esta besta também foi dado poder por quarenta e dois meses, ou 1.260 anos (Apoc. 13:5).
  6. No fim daquele período especificado de 1.260 anos, os ‘santos’, ‘os tempos’ e a ‘lei’ iam ser libertos da ‘mão’ do chifre pequeno (Dan. 7:25). No fim do mesmo período a própria besta semelhante ao leopardo havia de ser levada ‘em cativeiro’ (Apoc. 13:10). Ambas estas especificações se cumpriram no cativeiro e exílio do papa, e na derrocada temporária do papado pela França, em 1798.

“[…] Ora, Roma é representada por dois símbolos, o dragão e a besta semelhante ao leopardo, porque apresentou duas fases: a pagã e a papal. E o que se diz do dragão só se aplica a Roma na sua forma pagã, e o que se diz da besta semelhante ao leopardo só se aplica a Roma na sua forma pretensamente cristã de Roma. João diz que uma das cabeças desta última besta semelhante ao leopardo foi a que recebeu a ferida de morte. Em outras palavras, esta ferida foi infligida à forma de governo que existia no Império Romano depois da mudança do paganismo ao cristianismo. É então evidente que a cabeça papal foi a que resultou ferida de morte e cuja ferida mortal foi curada.  

“O ser assim ferida é o mesmo que ir em cativeiro (Apoc. 13:10). Foi infligida a ferida quando o papa foi levado prisioneiro pelo general francês Berthier, e o governo papal foi temporariamente abolido, em 1798. Despojado do seu poder, tanto civil como eclesiástico, o cativo papa Pio VI morreu no exílio, em Valença, na França, em 29 de agosto de 1799. Mas a ferida mortal foi curada quando o papado foi restabelecido, embora com uma diminuição do seu antigo poder, pela eleição de um novo papa, em 14 de março de 1800. (Ver Bower, History of Popes, págs. 404-428; George Croly, The Apocalypse of St. John, pág. 251)” (SMITH, 1979, p. 193 e 194). 

“‘Deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses.’ E, diz o profeta, ‘vi uma de suas cabeças como ferida de morte.’ E, mais, ‘se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto.’ Os quarenta e dois meses são o mesmo que ‘tempo, tempos, e metade de um tempo’, três anos e meio, ou 1.260 dias, de Daniel 7, tempo durante o qual o poder papal deveria oprimir o povo de Deus. Este período, conforme se declara nos capítulos precedentes, começou com a supremacia do papado, no ano 538 de nossa era, e terminou em 1798. Nesta ocasião o papa foi aprisionado pelo exército francês, e o poder papal recebeu a chaga mortal, cumprindo-se a predição: ‘Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá’” (WHITE, 2013, p. 383). 

“Todavia esse incidente marcou apenas o clímax duma longa série de eventos. O declínio do poder papal começara muitos anos antes […] O arrebentar da Reforma Protestante foi um evento significativo na longa série” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 224). 

“‘E vi uma de suas cabeças como ferida de morte’. — A chaga mortal foi vibrada indubitavelmente sôbre a sétima cabeça que, segundo o capítulo dezessete e estas considerações, é a própria bêsta ‘semelhante ao leopardo’ — o papado. E como a sétima cabeça ou Roma-papal recebeu a ferida mortal, diz-nos enfaticamente a história ligada às conquistas francesas de Napoleão, na Europa. Um dos objetivos de Napoleão era acabar com o papado. 

“O papa não quis abdicar e a 18 de fevereiro Haller voltou ao Vaticano. Sem se descobrir entrou na sala onde o papa estava a almoçar e exigiu-lhe a entrega das suas jóias. Tirou-lhe dos dedos dois anéis preciosos e intimou-o a preparar-se para deixar o palácio e a cidade de Roma. Como o papa pedisse que o deixassem morrer na capital do mundo cristão, foi-lhe respondido: ‘podeis ir morrer em qualquer outro sítio. Ou partis espontaneamente ou ireis à força. Escolhei’. Na manhã de 20 de fevereiro foram buscá-lo ao Vaticano, metendo-o à pressa numa carruagem, que o levou a Siena, onde ficou provisoriamente alojado no convento dos Agostinhos’ (Hist. Univ., G. Oncken, Vol. XIX, 804-805). Posteriormente Pio VI foi levado a Florença e daí para o convento dos Cartuxos. No ano seguinte transportaram-no numa padiola através de Turim, por cima dos Alpes, para Grenobla, e afinal para a cidadela de Valence, no Delfinado, França, onde morreu a 29 de agosto de 1799” (MELLO, 1959, p. 339 e 340). 

“Em 1798, o exército de Napoleão provocou uma ferida mortal na besta do mar ao capturar o papa Pio VI, marcando a queda do papado e a conclusão do período profético de 1.260 dias. A religião instituída pelo Estado e a teologia teocêntrica que dominaram o mundo ocidental por séculos foram substituídas pela perspectiva materialista e antropocêntrica do mundo moderno. No entanto, Apocalipse 13 prossegue dizendo que o poder político religioso usado por Satanás durante a Idade Média, gravemente ferido pela Revolução Francesa, se levantaria de novo e exerceria seu poder opressor sobre o mundo.  

“A cura da ferida mortal da besta encheria os habitantes do mundo de respeito e admiração: ‘E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13:8). E o que causará a cura da ferida mortal da besta? A resposta está na descrição do outro poder terreno que surge no cenário mundial – um poder que desempenhará um papel-chave no reavivamento da autoridade medieval opressora e forçará sua aceitação por parte dos habitantes da Terra” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 78). 

“Durante dois anos, o mundo não teve papa. Porém, a República francesa, na Itália, caiu dois anos após seu estabelecimento, e os cardeais dispersos, reuniram-se em Veneza, em número de 35, e elegeram, a 14 de março de 1800, um novo papa, o cardeal Barnabé Luiz Gregório Chiaramonti, que tomou o nome de Pio VII. Êste foi o primeiro passo para a cura da chaga mortal que sofrera o papado e para a sua restauração ao antigo poder temporal. A própria França reatou relações com o papado e Napoleão convidou Pio VII para ir a Paris sagrá-lo imperador dos franceses, cerimônia esta que se realizou a 2 de dezembro de 1804, na catedral de Notre Dame. […] 

“Na manhã de 12 de fevereiro, ao assomar Pio XI a um dos mais altos balcões da igreja de São Pedro, uma multidão de 200.000 pessoas concentradas na praça São Pedro, exclamou vibrante de entusiasmo: ‘Viva o papa-rei! Viva o papa-rei!’ Sim, estava restaurado mais uma vez o poder temporal do papado, e a ferida mortal de 1798 já mais cicatrizada” (MELLO, 1959, p. 342 e 343). 

A cronologia Da “ferida mortal” infligida ao império papal (Ap 13) até sua completa cura e novo auge, onde ele receberá adoração por parte de “toda a terra”, disponível em: https://blogdoprofh.com/2021/02/12/da-ferida-mortal-infligida-ao-imperio-papal-ap-13-ate-sua-completa-cura-e-novo-auge-onde-ele-recebera-adoracao-por-parte-de-toda-a-terra/, acessom em: dez. 2021, oferece, pormenorizadamente, a cicatrização do golpe fatal recebido pelo império católico globalista romano, e mais evidências de que a profecia joanina a respeito de seu completo domínio sobre o planeta está se cumprindo ano após ano. 

“FOI CURADA. Houve um gradual reavivamento na vida papal nos anos seguintes à Revolução Francesa. O papado sofreu um novo revés quando em 1870 os Estados papais lhe foram tirados. Um evento significativo ocorreu em 1929, quando o Tratado de Latrão restaurou o poderio temporal ao papa, sendo-lhe dado o governo da Cidade do Vaticano, uma seção da cidade de Roma, com cerca de 108,7 acres de extensão.  

“Contudo, o profeta anteviu uma restauração muito maior. Viu a ferida completamente curada, segundo implica o grego. Após a cura, viu ‘todos os que habitam sobre a terra’, exceto uns poucos fiéis, adorando a besta (v. 8) […]. Isto ainda se acha no futuro. Embora o papado receba homenagens de certos grupos, vastas populações não lhe mostram deferência. Porém isto devera mudar. A besta do v. 11, ‘faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal foi curada’ (v. 12)” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 224 e 225). 

“Em 1929 Benito Mussolini assinou a célebre concordata com o papado, dando-lhe os 44 hectares que hoje constituem o Estado do Vaticano, recuperando-se assim o poder temporal dos papas. Desde aquela época voltaram a mostrar-se em público com poder e popularidade crescentes, fazendo viagens e sendo aclamados por multidões, inclusive em países protestantes como os E.U.A, em outros do bloco comunista e mesmo das Nações Unidas” (BELVEDERE, 1987, p. 74). 

Figura 1 – Os 42 meses antes da ferida curada. Fonte: Belvedere (1987, p. 74).

“Dessa ocasião em diante, o papado se transformou num poder internacional, reconhecido em toda parte como a preeminente força moral na sociedade moderna. Em 1984 os Estado Unidos reconheceram o papa como chefe de Estado e designaram um embaixador oficial para a Santa Sé. Em 1987 o presidente dos Estados Unidos deu as boas-vindas ao papa para pregar ao povo norte-americano. 27 dirigentes protestantes e ortodoxos orientais se encontraram com o papa em Colúmbia, Carolina do Sul.  

“Poucos dias depois isso, em Los Angeles, ele encontrou-se com representantes do islamismo, hinduísmo, budismo e judaísmo. No ano precedente (1986) centenas de líderes de todas as principais religiões do mundo juntaram-se ao papa, na Itália, a pedido dele, numa cerimônia de oração especial pela paz mundial. ‘O papa está sendo hoje admiravelmente bem-sucedido, obtendo ampla aceitação como o Papa urbis et orbis, o Pai espiritual de Roma e do mundo’ – Samuele Bachiochi, Signs of the Times dezembro de 1987)” (COFFMAN, 1989, p. 21). 

“Aquêles que se maravilham ‘após a bêsta’, adoram o dragão que lhe deu o poder. Em outras palavras, os adoradores da bêsta são adoradores do dragão. Não podendo receber Satanás uma adoração direta do mundo, recebe-a indiretamente por intermédio da bêsta. Satanás não poderia ter empregado sortilégio mais enganatório do que êste de receber homenagens de adoração do mundo através de um poder denominado cristão. […] Adorar um poder que recebeu autoridade do dragão significa cometer grave pecado contra Deus e o céu. No entanto o papado, na pessoa de seus pontífices, não só pretende adoração como a tem recebido de milhões de grandes e pequenos. No passado não foram poucos os soberanos e príncipes que o adoraram a ponto de lhe beijarem os pés” (MELLO, 1959, p. 344). 

“Adorar a besta é de fato adorar o dragão, pois a besta não é senão o agente visível do dragão, que executa o programa do dragão. A era do papado redivivo sera também caracterizada por um período em que o espiritismo se acha especialmente ativo. Atrás do espiritismo acha-se Satanás operando ‘com todo engano de injustiça’ (II Tes. 2:10). Através do Catolicismo Romano, Espiritismo e Protestantismo apóstata, Satanás pretende fazer o mundo adorá-lo. Ele será bem sucedido, com excesso de um nobre remanescente que recusa inclinar-se ante suas exigências (Apoc. 12: 17; 13: 8). 

“[…] QUEM É SEMELHANTE? Talvez uma paródia a expressões similares acerca de Deus (veja-se Êx. 15: 11; Sal. 35: 10; 113: 5)” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 225 e 226). 

“Quem […] besta? O contraste deliberado com Cristo é notável, pois o nome Miguel (Cristo, 12:7) significa ‘Quem é como Deus?’” (BÍBLIA, 2015, p. 1666). 

“Uma boca falando blasfêmias. Apoc. 13:5, 6; Dan. 7:25; 11:36; II Tess. 2:4” (THIELE; BERG, 1960, p. 255). 

“As atividades da besta são descritas como uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias durante o período profético de 42 meses. Essas atitudes da besta ecoam a atividade do poder antidivino do chifre pequeno, proveniente da quarta besta em Daniel 7. Os paralelos entre as duas visões mostram que Daniel 7 e Apocalipse 13 lidam com o mesmo poder terreno. Em primeiro lugar, as blasfêmias da besta do mar envolvem o nome de Deus (Ap 13:5, 6). No Novo Testamento, blasfêmia denota reivindicar igualdade com Deus (Jo 10:33; Mt 26:63-65) ou prerrogativas divinas (Mc 2:7).   

“A besta do mar de Apocalipse 13 reivindica os títulos de Deus e prerrogativas que pertencem somente a Ele. Segundo, as blasfêmias da besta do mar são dirigidas contra o tabernáculo de Deus e aqueles que habitam nele. A morada do Senhor é o santuário no Céu onde Cristo ministra em favor de Seu povo. A besta do mar nega a obra mediadora de Cristo no santuário celestial e tenta substituí-la por um sistema humano de salvação e perdão de pecados” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 76 e 77). 

“Há algumas ‘arrogâncias’ do papado que para Deus são blasfêmias. Por exemplo: sua pretensão de perdoar pecados. Depois da ascensão de nosso Senhor Jesus Cristo, São Pedro deixou bem claro que ele (Pedro) não tinha poder para perdoar pecados, que essa é atribuição de Deus (Atos 8:20-23). Evidentemente ele conhecia o princípio bíblico de que só Deus tem poder de perdoar pecados e que, quem pretende fazê-lo, blasfema (São Marcos 2:7).  

“Outros exemplos: ao fazer-se chamar ‘Santo Pai’ adotou um nome que corresponde a Deus. Jesus: ‘A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, Aquele que está no Céu’ (São Mateus 23:9). Proclama ser cabeça da igreja, usurpando assim a função de Cristo, que é o cabeça do corpo da Igreja (Efésios 5:23). Também aceita homenagens que na Santa Bíblia são um ato de adoração que corresponde só a Deus. Referimo-nos à prática de ajoelhar-se ante o papa. São Pedro proibiu a Cornélio que o fizesse por considerar-se (Pedro) um mero ser humano (Atos 10:25, 26). Note que o santo anjo de Deus, apesar de ser superior a um santo apóstolo, proibiu a João que se ajoelhasse diante dele, explicando-lhe que isso era um ato de adoração que só corresponde praticar perante Deus (Apocalipse 19:10; 22:8, 9).  

“Agora entendemos melhor o que quis dizer São Paulo quando escreveu na Santa Bíblia que ‘o homem da iniqüidade, o filho da perdição, … a ponto de sentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus’ (II Tessalonicenses 2:3, 4). Por isto é ele o anticristo (ANTICRISTO, quer dizer que se põe no lugar de Cristo, e também se opõe a Cristo)” (BELVEDERE, 1987, p. 73). 

“BLASFEMAR O SEU NOME. (ARA ‘difamar’). Por assumir títulos divinos. […] SEU TABERNÁCULO. (ARA – ‘o tabernáculo’). Este é o segundo objeto da blasfêmia. Esse poder presume estabelecer seu templo na terra, e desvia assim a atenção do povo do santuário celeste, o ‘verdadeiro tabernáculo’ onde Jesus ministra como Sumo Sacerdote (Heb. 8: 1 e 2). Mas este poder procura lançar por terra a obra desse santuário […] O ministério celeste do sacrifício de Cristo é diminuído, e o sacrifício da missa na terra o substitui” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 227). 

“Esta besta abre a sua boca ‘em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.’ Já se mencionou, nos comentários sobre o livro de Daniel, o significado da expressão: ‘Falará palavras contra o Altíssimo.’ (Dan. 7:25) No verso 5 deste capítulo, são usadas palavras semelhantes, pois tinha ‘boca que proferia arrogâncias’. Mas é acrescentado ‘blasfêmias’, o que indica evidentemente que as ‘arrogâncias’ seriam declarações blasfemas contra o Deus do céu. 

“Nos Evangelhos encontramos duas indicações do que constitui uma blasfêmia. Em João 10:33 lemos que os judeus acusaram falsamente a Jesus de blasfemar porque disseram: ‘sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo’. A acusação no caso do Salvador era falsa, porque Ele era o Filho de Deus, era ‘Emanuel, Deus conosco’. Mas quando um homem assume as prerrogativas de Deus e os títulos da Divindade, isto constitui uma blasfêmia. Em Lucas 5:21 os fariseus procurando surpreender a Jesus em Suas palavras, perguntam: ‘Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?’ Jesus podia perdoar pecados porque Ele era o divino Salvador. Mas quando um homem mortal declara ter tal autoridade, ele certamente blasfema. Poderíamos perguntar se o poder apresentado por este símbolo cumpriu esta parte da profecia. Nos comentários sobre Daniel 7:25 vimos claramente que tinha falado ‘palavras contra o Altíssimo’. Observemos agora o que é dito acerca de como o sacerdócio pretende perdoar pecados: 

“O sacerdote ocupa o lugar do próprio Salvador, pois ao dizer: ‘Ego te absolvo’ [Eu te absolvo], absolve do pecado. […] Para perdoar um só pecado se requer toda a Onipotência de Dias [sic, Deus]. […] Mas o que unicamente Deus pode fazer por sua Onipotência, o sacerdote pode fazê-lo também dizendo: ‘Ego te absolvo a peccatis tuis’ […] Inocêncio III escreveu: ‘Na verdade, não é exagerado dizer que em vista do caráter sublime de seu cargo, os sacerdotes são outros tantos deuses.’ – Alfonso de Ligório, Dignity and Duties of the Priest, págs. 34-36. 

“Notemos ainda outras declarações blasfemas daquele poder: 

“Mas nossa admiração deve ser muito maior quando encontramos que em obediência às palavras de seus sacerdotes: HOC EST CORPUS MEUM [Este é o meu corpo], Deus mesmo desce ao altar, acode aonde quer que o chamem, e se coloca em suas mãos, mesmo que sejam seus inimigos. E tendo acudido, fica, completamente a seu dispor; eles o transladam como querem de um lugar a outro; podem, se assim o desejam, encerrá-lo no tabernáculo, ou expô-lo sobre o altar, e levá-lo fora da igreja; podem, se quiserem, comer sua carne e dá-lo para alimentar a outros. ‘Oh, quão grande é seu poder’ – diz São Lorenzo Justiniano, falando dos sacerdotes. – ‘Cai uma palavra de seus lábios, e o corpo de Cristo está aqui substancialmente formado com a matéria do pão, e o Verbo Encarnado descendo do céu se acha realmente presente sobre a mesa do altar!’ – Idem, págs. 26, 27.  

“Assim pode o sacerdote, em certa maneira, ser chamado criador de seu Criador […] ‘O poder do sacerdote’ – diz São Bernardino de Siena – ‘é o poder da pessoa divina; porque a transubstanciação do pão requer tanto poder como a criação do mundo.’ – Idem, págs. 32, 33.  

“Assim é como esta potência representada pela besta blasfema contra o templo do Céu, chama a atenção de seus súditos para seu próprio trono e palácio em vez de ao tabernáculo de Deus, desviando sua atenção do sacrifício do Filho de Deus ao sacrifício da missa. Blasfema contra os que moram no Céu, assumindo o poder de perdoar os pecados, e assim desvia aos homens da obra mediadora de Cristo e Seus assistentes celestiais no santuário do alto” (SMITH, 1979, p. 195 e 196). 

“[…] tabernáculo. O santuário celestial. Quaisquer que sejam as vanglórias do poder da besta, Deus monitora e controla a história terrestre a partir da localização vantajosa do santuário celestial/da sala do trono [ver o capítulo 4]” (BÍBLIA, 2015, p. 1666). 

“Jesus disse: ‘A. ninguém sobre a Terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos Céus’ (Mateus 23:9). Até mesmo Jesus, como ser humano, objetou scr chamado Bom Mestre (Mateus 19:17). No Quinto Concílio de Latrão, em 1512, foi dito do papa Júlio II: ‘Tu es o Pastor, Tu és o Médico, Tu és o Governador, Tu és o Esposo e, finalmente, Tu és outro Deus na Terra’.  

“Aqui estão palavras de um escritor católico, Alphonsus de Liguori, explicando a visão católica sobre o sacerdócio: O sacerdote assume o lugar o próprio Salvador quando, ao dizer: ‘Ego te absolvo’ (Eu te absolvo), ele absolve o pecado. Perdoar um simples pecado requer toda a onipotência de Deus. Por isso, o sacerdote pode, de uma certa maneira, ser chamado o criador do Criador (Alphonsus de Liguori, Dignity and Duties of the Priests, pág. 32 e 33)” (FEYERABEND, 2005, p. 112 e 113). 

“As pretensões históricas dos papas e dos concílios católicos romanos são consideradas oficiais. O Papa Leão XIII escreveu em 20 de junho de 1894: ‘Nós [o papa] ocupamos na Terra o lugar do Deus Onipotente.’ – ‘A Reunião da Cristandade’, The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII (Nova Iorque: Benzinger, 1903), pág. 304; citado em das bible Student’s Source Book, p. 684.  

“O Concílio do Vaticano (1869-1870) decidiu o seguinte: ‘Se alguém falar, portanto, que o Pontífice Romano tem apenas a função de inspeção ou direção, mas não o pleno e supremo poder de jurisdição sobre a Igreja universal, não somente nas coisas que dizem respeito à fé e à moral, mas também nas que se referem à disciplina e ao governo da Igreja espalhada pelo mundo todo; ou, que ele só possui as partes mais importantes, mas não toda a plenitude desse supremo poder; ou que esse seu poder não é ordinário e imediato, ou sobre as igrejas em conjunto e individualmente, e sobre os pastores e os fiéis em conjunto e individualmente; que ele seja anátema [maldito].’ – Henry Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, tradução da 30ª edição de Enchiridion Symbolorum (St. Louis: Herder, 1957), pág. 455. 

“O mesmo Concílio do Vaticano decretou: ‘E assim Nós … ensinamos e explicamos que o dogma foi revelado divinamente: que o Pontífice Romano, quando fala ex-cathedra, isto é, quando desempenha o dever de pastor e mestre de todos os cristãos, de acordo com a sua suprema autoridade apostólica, explica uma doutrina de fé ou de moral que deve ser mantida pela Igreja universal, por meio da ajuda divina que lhe foi prometida na bênção de Pedro, atua com essa infalibilidade com a qual o Redentor divino queria que Sua Igreja fosse instruída ao definir alguma matéria de ´fé e de moral; e assim, tais definições do Pontífice Romano, por si mesmo, mas não pelo consenso da Igreja, são inalteráveis.’ – Henry Denzinger, The Sources os Catholic Dogma, pág. 457.  

“O Concílio de Trento (1545-1563) decidiu: ‘Nosso Senhor Jesus Cristo, quando estava para ascender da Terra ao Céu, deixou os sacerdotes como Seus próprios vigários …, como governantes e juízes, a quem deviam ser trazidos todos os pecados mortais em que tenham caído os fiéis de Cristo, para que eles, em virtude do poder das chaves, possam pronunciar a sentença de remissão ou retenção dos pecados… Ele também ensina que mesmo os sacerdotes envolvidos em pecado mortal exercem como ministros de Cristo a função de perdoar pecados, em virtude do Espírito Santo concedido na ordenação, e que a opinião de que esse poder não existe nos maus sacerdotes é errônea’ – Idem, págs. 275 e 277. 

“[…] Essencialmente, a blasfêmia envolve a usurpação de poderes divinos. O papado efetua isso por meio de suas afirmações audaciosas de que exerce na terra a autoridade de Deus, como Sua voz infalível, e por intermédio de seu sacerdócio e sacramentos” (COFFMAN, 1989, p. 33–35). 

“Poderá haver maior blasfêmia do que a pretensão de fazer do amante Salvador um verdadeiro joguete? Em milhares de igrejas em tôda a terra e diariamente, os sacerdotes do papado pretendem fazer de Cristo aquilo que acima diz Alfonso Ligorio [e demais], porta-voz do romanismo. E’ assim que a bêsta romana desvia a atenção dos homens do santuário de Deus e do sacrifício realizado pelo Filho de Deus, volvendo-os a seus templos terrestres e ao sacrifício da missa que não tem lugar no plano de Deus. Jesus morreu uma vez só, diz São Paulo, pelo pecador. Mas a igreja romana, segundo ensina, arroga-se repetir na missa o sacrifício da cruz milhares de vêzes diariamente (9:24-26). Isto é grande blasfêmia” (MELLO, 1959, 350 e 351).  

“Mas as blasfêmias vão além. Atingem também os ‘que habitam no céu’. No santuário celestial, Jesus, como Sumo-sacerdote, é assistido por um grupo de vinte e quatro anciãos, segundo lemos nos capítulos quatro e cinco. Quando a igreja de Roma se arroga fazer de Cristo, na missa e na eucaristia o que bem entende — repetir o sacrifício do Calvário; tornar carne e ossos o Senhor dos céus; perdoar pecados de vivos e mortos, em desacordo com o ritual do templo celestial onde somente são os pecados perdoados pelo Filho de Deus — então isto é também blasfêmia contra os ‘que habitam no céu’ e assistem o Sumo-sacerdote verdadeiro em seu serviço.  

“Esta atitude da igreja católica desmantela a obra mediadora de Jesus no santuário e a dos que O assistem. Tôdas as pretensões do papado e todo o ritual romano não são mais que ‘blasfêmias contra Deus’, contra o ‘Seu tabernáculo’ e contra os ‘que habitam no céu’, pois já as sete cabeças da bêsta estão cheios de nomes de blasfêmias” (MELLO, 1959, 350 e 351). 

“OS QUE HABITAM NO CÉU. Este, o terceiro aspecto da blasfêmia do poderio papal, diz respeito aos habitantes do reino celeste. A referência é provavelmente aos membros da trindade e aos que a eles estão associados no serviço em favor a raça humana. Isto tem sido cumprido em parte na pretensão católica de ter poder para perdoar pecados, e também em atribuir poderes e virtudes à Virgem Maria que se aplicam somente a Cristo. Desta sorte as mentes dos homens estão desviadas da obra mediatória de Jesus no Céu para o confessionário na terra.  

“A cabeça papal tem também pretendido poder sobre os anjos de Deus. ‘Na verdade, a excelência e o poder do pontífice romano, não é somente na esfera das coisas terrestres, coisas celestes, e as das regiões inferiores, mas mesmo acima dos anjos, de quem ele próprio é maior’ (traduzido para o inglês, por Lucius Ferraris,’Papa II’, Prompta Bibliotheca, Vol. VI, pág. 27” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 227 e 228). 

“Tendo em mente que é parte da arrogância de Roma de que ela nunca muda, enumeraremos alguns dos dogmas básicos da Igreja de Roma delineados no Syllabus of Errors do Papa Pio XI e que ainda estão em vigor:  

  • Ninguém é livre para seguir e professar aquela religião que, guiado pela luz da razão, ele deve considerar verdadeira.
  • Nenhum indivíduo fora da Igreja Católica tem qualquer esperança de salvação.
  • A igreja não pode ser separada do Estado, nem o Estado da igreja.
  • No tempo presente é ainda a convicção de que a religião Católica deve ser mantida como a única religião do Estado, com a exclusão de todas as outras formas de culto.
  • A igreja tem o direito de usar a força e fruir o poder temporal, direta ou indiretamente (S. A. Kaplan, Surge Uma Perseguição Religiosa nos EstadosUnidos?,p. 119-120). 
  • Quando desafiada pela heresia, ela (a igreja) não se satisfaz com a persuasão; […] ela recorre à força, ao castigo corporal, à tortura. Ela cria tribunais semelhantes aos da Inquisição, ela busca as leis do Estado para seu auxílio; se necessário, ela promove cruzadas ou a guerra religiosa (AlfredBaudrillart,The Catholic Church, the Renaissance and Protestantism, p. 182, 183. Citado por S. A. Kaplan no livro Surge uma Perseguição Religiosa nos Estados Unidos?, p. 120).  
  • O papa Paulo VI em sua alocução por ocasião do fechamento da terceira seção do Concílio Vaticano II, declarou: ‘Nada realmente mudou na doutrina da Igreja […]. Aquilo que a igreja ensinou por séculos, nós ainda ensinamos’ (S. A. Kaplan,Surgeuma Perseguição Religiosa nos Estados Unidos?, p. 120)” (RAMOS, 2006, p. 199 e 200). 

“O escritor Jesuíta Dr. E. Boyd Barrett escreveu em 1935: ‘Todos sabem que a Igreja de Roma afirma ser inerrante e sem defeito e que ela não muda seus conceitos. Seu lema é ‘ontem, hoje e para sempre’. O que os Pais da igreja ensinaram e aquilo que St. Tomás de Aquino ensinava, a Igreja Católica Romana ainda mantém e ensina. Sua linguagem tem se tornado um pouco mais moderada, mais civilizada, mas por detrás dessa linguagem o pensamento permanece o mesmo […]. Roma se curva para conquistar, ela procura tanto quanto possível crescer na estima pública revelando uma falsa pretensão de Interdenominacionalismo’ (E. Boyd Barrett, Rome Stoops to Conquer, p. 123)” (RAMOS, 2006, p. 200). 

“Que poder terreno a besta do mar representa? O texto revela que este poder é o sucessor do Império Romano e exerce sua autoridade e domínio durante o período profético de 42 meses ou 1.260 dias – o mesmo período de atuação do chifre pequeno em Daniel 7. O único período que se encaixa corretamente dentro dessa estrutura temporal é a Idade Média. Naquele período, a igreja romana exercia opressão política e religiosa. Portanto, Apocalipse 13 consiste na profecia da maior apostasia da história da igreja crista. A ascensão da igreja medieval ao poder foi gradual. Em 538 d.C., a igreja Católica Romana havia se estabelecido como um poder eclesiástico e continuou a dominar o mundo ocidental ao longo de toda a Idade Média. que simbolizam anos.  

“A igreja estatal da Europa ocidental alegava que o papa era seu cabeça, com posição e prerrogativas divinas. Essas afirmações foram reiteradas em tempos modernos pela declaração do papa Leão XIII: ‘Nós [papas] ocupamos nesta Terra o lugar do Deus Todo-Poderoso’ (Papa Leão XIII, Praeclara Gratulationis Publicae (The Reunion of Christendom), 20 de junho de 1894, citado por: Don F. Neufeld; Julia Neuffer (eds.), Seventh-Day Adventist Bible Students’ Source Book, Commentary Reference Series (Washington, DC: Review and Herald, 1962), v. 9, p. 684).  

“Além disso, o ministério expiatório de Cristo no santuário celestial foi substituído pela pretensão do sacerdócio de perdoar pecados. Todos que insistiam em viver de acordo com a Bíblia, em vez de seguir a religião instituída, sofriam perseguição ou martírio. Os historiadores creem que milhões de cristãos foram martirizados por sua fidelidade aos ensinos bíblicos. Embora nos tempos modernos, marcados pelo ecumenismo e pela tolerância religiosa, essas declarações sejam consideradas duras e injustas, o presente não pode apagar realidades e fatos históricos” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 77). 

“Os 42 meses da dominação do papado são encontrados também no capítulo onze. O mês profético compreende 30 dias, pelo que os 42 meses perfazem um total de 1260 dias. Entretanto os 1260 dias ou 42 meses são proféticos, isto é, um dia equivale a um ano (Ez 4.6). [Confira o embasamento dessa contagem em Ap 11.3]. Dêste modo o período conta 1260 anos literais preditos como tempo da supremacia temporal do papado, antes de receber a ferida mortal de França. E o ponto inicial dos 1260 anos é marcado pela derrota dos ostrogodos e levantamento do cêrco de Roma por êstes inimigos mortais do papado, no ano 538.  

“Nesta data ou ‘no século sexto tornou-se o papado firmemente estabelecido. Fixou-se a séde de seu poderio na cidade imperial e declarou-se o bispo de Roma a cabeça de todas as igrejas. O paganismo cedera lugar ao papado. O dragão dera à besta ‘o seu poder, e o seu trono, e grande poderio’. E começaram então os 1260 anos da opressão papal preditos nas profecias de Daniel e do Apocalipse’ (O Conflito dos Séculos, E. G. White, 54)” (MELLO, 1959, p. 347). 

“O conde Hoensbroech diz-nos ainda dos recursos de que se valeu Roma nesta tremenda guerra contra os santos: ‘À direita e à esquerda o caminho seguido pela igreja romana acha-se bordado por milhares de fogueiras e por sangrentos cadafalsos. As chamas chispotearam até o céu; nosso pé tem que passar por cima de arroios de sangue humano; corpos humanos se retorcem no avermelhado resplandor, cabeças humanas rolam pelo caminho.  

“Para nós se arrastam aparições queixosas; seus olhos foram apagados na grande escuridão do cárcere; seus membros são esquartejados e despedaçados pelo tormento. Suas almas são abatidas, aviltadas, cobertas de opróbrio… Que caminho! E êste caminho não tem fim! Em voltas e revoltas sem fim, recorre todos os países do ocidente’. ‘Tormento, fogueira e espada têm sido convertidos em apóstolos da religião de Jesus Cristo!’.  

“‘O auto de fé da inquisição é a manifestação mais tremenda e sangrenta que se haja apresentado como sistema sob o manto da religião no mundo cristão. O sangue que por causa dela foi derramado em rios pode ser exclusivamente imputado ao papado’ (El Papado, 588-591, 17, citado em Los Videntes y lo Porvenir, 581-582). Basta! A história está regada de sangue de dezenas de milhões de santos esmagados pelo tacão de Roma-papal. Os governos europeus, os quais se aliaram ao papado e estiveram sob seus pés por 1260 anos, consentiram e ajudaram-no a massacrar os seus súditos em favor de Roma.  

“É verdadeiramente deprimente uma nação atender as sugestões dum poder estrangeiro para voltar sua espada contra seus próprios súditos em seu favor! Mas as perseguições do papado não se limitaram apenas à Europa. O misérrimo tribunal da inquisição estendeu seus estranguladores tentáculos à América, fazendo vítimas nas repúblicas de idioma espanhol, bem como noutros setores do glôbo” (MELLO, 1959, p. 351 e 352). 

“A Nova Enciclopédia Católica diz: Vista pelos padrões contemporâneos, a Inquisição, especialmente da maneira como ela ocorreu na Espanha, já no final da Idade Média, pode ser classificada somente como um dos mais negros capítulos da história da igreja. Sob a influência dos costumes e conceitos germânicos, a tortura foi pouco usada do século 9 até o século 12, mas, com o ressurgimento da lei romana, a prática foi restabelecida no século 12. […] Em 1252, o papa Inocência IV sancionou a aplicação de tortura por autoridades civis a hereges, e a tortura veio a ter um lugar reconhecido nos procedimentos das cortes inquisidoras. Ela reconhece que a Inquisição matou dois mil protestantes em 50 anos na Holanda e admite a morte de três a quatro mil huguenotes franceses no Massacre de São Bartolomeu, que começou na noite de 23 de agosto de 1572” (FEYERABEND, 2005, p. 113). 

“Embora os versos 5 e 6 indiquem que a obra blasfema da besta continuaria por 42 meses (ou 1.260 anos), os versos 3 e 4 demonstram que, após a cura da ferida mortal, seria avivado esse processo blasfemador” (COFFMAN, 1989, p. 37). 

“‘Deu-se-lhe [à besta do mar] ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação’ (v. 7). Isso significa que o papa exercerá influência política sobre o mundo todo. ‘E toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; […] também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?’ (v. 3, 4). Em outras palavras, isso quer dizer que o mundo reconhecerá a liderança espiritual do papado e lhe prestará homenagem. ‘Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse’ (v. 7). Esse texto remete ao fato de que o poder papal perseguirá os que se opuserem à sua autoridade” (MOORE; LIRA, 2013, p. 70 e 71). 

“SOBRE TODA (ARA – ‘cada’) TRIBO. Isto se refere à esfera das suas operações, e se aplica aos dias prósperos do papado, talvez durante a Idade Media, quando exerceu domínio quase indisputável sobre a Europa […] mas especialmente quando, no futuro, o poder do papado será plenamente revivescido (veja-se o com. a Apoc. 13: 3; 17: 8). ADORÁ-LA-ÃO TODOS. Isto é especialmente aplicável ao período em que o papado reviveu (ver o com. ao v. 3). A maneira pela qual tal adoração universal será realizada é descrita nos vs. 11-18” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 228). 

“Já salientamos que Satanás deu à besta ‘o seu poder, e o seu trono, e grande poderio’. O mesmo poder que exerceu em todo o mundo, ‘sôbre tôda a tribo, e língua e nação’ [v. 7b], transferiu êle ao papado. A declaração profética alude especialmente aos dias da supremacia temporal do papado — 538 a 1798 — e também a um futuro próximo quando mesmo o poder civil das nações se tornar dependente do papado; pois em grande parte já domina suas consciências” (MELLO, 1959, p. 352). 

“[…] autoridade […] nação. A área de controle da besta é alvo da proclamação final do evangelho (14:6)” (BÍBLIA, 2015, p. 1666). 

“A história da intolerância e supremacia papal vai se repetir, e por quanto tempo? O anticristo sempre procura, pretensiosamente, agir como se fosse Cristo. Em Seu ministério terrestre Cristo perdoava pecados, aceitava adoração, tinha poder sobre a vida humana, declarou-Se o Senhor do sábado, e o Seu ministério teve uma duração de três anos e meio. Quais são as pretensões do anticristo? Ele também reivindica para si o poder de perdoar pecados, aceita a adoração, pretende ter poder para mandar para o céu ou para o inferno quem ele quiser, e age como sendo o senhor da Lei de Deus, substituindo e mudando a Lei e o sábado. Tendo tudo isso em mente, não é difícil imaginar que o anticristo em seu ‘último grande conflito será breve, mas terrível’ (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 419). Mas quanto tempo durará? A profecia bíblica sugere três anos e meio, ou 42 meses, o mesmo período de tempo que durou o ministério de Cristo na terra. Se o anticristo é uma contrafação do verdadeiro Cristo é razoável pensar que será assim. A história vai se repetir!” (RAMOS, 2006, p. 200 e 201). 

“‘A Palavra de Deus ensina que estas cenas devem repetir-se, quando os católicos romanos e protestantes se unirem para a exaltação do domingo’ (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 577, 578). ‘E, convém lembrar, Roma jacta-se de que nunca muda. Os princípios de Gregório VII e Inocêncio III ainda são os princípios da Igreja Católica Romana. E tivesse ela tão-somente o poder, pô-los-ia em prática com tanto vigor agora como nos séculos passados’ (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 581)” (RAMOS, 2006, p. 198 e 199). 

“O profeta previu, porém, uma restauração muito maior. Ele viu a ferida completamente curada. Depois dessa cura, ele viu ‘todos os que habitam sobre a terra’, exceto poucos fiéis, adorando a besta (Apoc. 13:8). Enquanto eu escrevia essas páginas, faleceu o papa João Paulo II, e a profecia de Apoc. 13:8 ‘e adoraram-na todos os que habitam sobre a terra’ começou a se cumprir diante dos nossos olhos. Reis, rainhas, primeiros ministros e presidentes de mais de 100 nações estiveram presentes no funeral do papa. O Príncipe Charles adiou seu casamento para poder assistir o funeral.  

“Pela primeira vez na história um presidente e dois ex-presidentes dos Estados Unidos estiveram presentes no funeral do papa. Por questão de segurança e espaço o papado limitou a delegação dos Estados Unidos a 5 pessoas. Os cinco eram o Presidente George W Bush, a primeira dama Laura Bush, os ex-presidentes George H. W. Bush, Bill Clinton e a Secretária de Estado Condoleezza Rice. Quando a delegação americana, um dia antes do funeral, foi à Basílica de São Pedro para ver o corpo do papa, eles se ajoelharam diante do corpo do papa em atitude de oração tendo as mãos juntas e a cabeça inclinada.  

“Olhando esse quadro da delegação americana ajoelhada diante do corpo do papa João Paulo II percebemos quão real e relevante é a profecia de Apocalipse 13. O mundo todo, através dos seus representantes, veio dar o último adeus e prestar suas homenagens ao papa. Cerca de 4 milhões de pessoas visitaram Roma durante o funeral. Este quadro é somente um prelúdio do que está por vir logo mais na imposição do Decreto Dominical. A história vai se repetir! O papado voltará com um poder muito maior do que aquele que exerceu durante a Idade Média, porque envolverá todos os que habitam sobre a terra” (RAMOS, 2006, p. 179). 

“Jesus e Seus apóstolos profetizaram a vinda de um tempo de aparente paz que conduziria ao Armagedom, e também profetizaram o reavivamento religioso que inclui o engano que preparará o mundo para o anticristo. ‘O mais surpreendente é a convergência de todos esses eventos ao mesmo tempo [o fim da Guerra fria, a queda do comunismo soviético nas décadas 1980 e 1990 e a explosão da espiritualidade], criando assim o palco para o cumprimento do profetizado reavivamento do Império Romano em nossos dias. Se este realmente é o caso, então nós estamos testemunhando um dos mais importantes eventos de todos os tempos, evento este que precipitará tanto o surgimento do anticristo como também a segunda vinda (de Jesus)” (Dave Hunt, Global Peace, and the Rise of Antichrist, p. 99). 

“O reavivamento do Império Romano implica a restauração da Igreja de Roma ao seu status anterior. O que está profetizado não é somente um reavivamento religioso mas um reavivamento da antiga religião do Império Romano, uma teocracia sediada em Roma. Em 1987 o papa João Paulo II declarou aos repórteres em Miami que a democracia não é a forma de governo preferida da Igreja Católica, e sim ‘uma instituição governada por Jesus Cristo, uma teocracia’” (RAMOS, 2006, p. 184 e 185). 

“O líder do comunismo e ateísmo mundial [Mikhail Gorbachev] cuja função era destruir todas as religiões, agora proclama que a União Soviética é um país cristão e está encorajando o crescimento do cristianismo, restaurando assim as relações diplomáticas entre a Santa Sé e o Kremlin que foram rompidas durante a Revolução de 1917. Robert Muller, ex-Secretário Geral Assistente das Nações Unidas, declarou: ‘Eu creio firmemente hoje que o cumprimento da nossa futura paz, justiça, felicidade e harmonia neste planeta não dependerá de um governo mundial mas de um governo divino ou cósmico […] meu grande sonho pessoal é conseguir uma grande aliança entre todas as grandes religiões e as Nações Unidas’ (Dave Hunt, Global Peace, and the Rise of Antichrist, p. 104).  

“De repente, os líderes seculares do mundo estão declarando que não é simplesmente a religião, mas o cristianismo, a chave que unirá a Europa. Dave Hunt pergunta: ‘Por que tem que ser assim? Desde que o anticristo pretende ser Cristo, seus seguidores precisam ser ‘cristãos’ e a religião mundial deles precisa ser uma forma pervertida do ‘cristianismo’ (Dave Hunt, Global Peace, and the Rise of Antichrist, p. 104). Ao mesmo tempo que o papa e os líderes mundiais exaltam o cristianismo como elo de união de todos os povos, ao mesmo tempo em que o papa João Paulo II encoraja o diálogo aberto com budistas, maometanos, hindus, ele condena abertamente os protestantes fundamentalistas. De fato, tanto o papa como Gorbachev, ao exaltarem o cristianismo, estão se referindo ao catolicismo romano, ao cristianismo paganizado. A revista Time de 24 de fevereiro de 1992 estampava na capa a fotografia de Ronald Reagan e o papa João Paulo II juntos com os dizeres: ‘Santa Aliança’. Ronald Reagan disse que um dos mais urgentes alvos do seu governo era reconhecer o Vaticano como estado e fazer dele um aliado. Essa aliança resultou na queda dos muros de Berlim, pôs um fim à Guerra Fria, e acabou com o comunismo soviético” (RAMOS, 2006, P. 186 e 187). 

“‘Tanto no Velho como no Novo Mundo o papado receberá homenagem pela honra prestada à instituição do domingo, que repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma’ […]. ‘Ela (Roma) está silenciosamente crescendo em poder. Suas doutrinas estão a exercer influência nas assembléias legislativas, nas igrejas e no coração dos homens. Está a erguer suas altaneiras e maciças estruturas, em cujos secretos recessos se repetirão as anteriores perseguições. Sorrateiramente, e sem despertar suspeitas, está aumentando suas forças para realizar seus objetivos ao chegar o tempo de dar o golpe. Tudo que deseja (Roma) é a oportunidade, e esta já lhe está sendo dada. Logo veremos e sentiremos qual é o propósito do romanismo. Quem quer que creia na Palavra de Deus e a ela obedeça, incorrerá por esse motivo em censura e perseguição’ (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 581)” (RAMOS, 2006, p. 197 e 198). 

“Falando desta besta que sobe do mar, o poder papal, Apocalipse 13:8 afirma que ‘adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra’. É evidente que esse ‘todos’ tem sentido relativo, pois os verdadeiros cristãos não adorarão este poder” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 46). 

“DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO. Esta frase pode ser ligada ou com ‘escritos’, ou com ‘morto’. Ambas as idéias são apoiadas pela Bíblia. O ponto de vista de que nomes sejam registrados desde a fundação do mundo, é fundamentado no cap. 17: 8, e aplicado em afirmações tais como: ‘Entrai na posse do reino que vos está prepara dor desde a fundação do mundo’ (Mat. 25: 34), e ‘nos escolheu nEle antes da fundação do mundo’ ([…] Efé. 1: 4).  

“Por outro lado, a ideia de que o Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo está intimamente ligada à afirmação de Pedro, ‘… como de cordeiro sem defeito… conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo’ (I Ped. 1: 19 e 20). Visto que a decisão de que Cristo morreria pela raça culpada foi tomada antes deste mundo ser criado, e confirmada quando da queda do homem […] Ele pode ser, neste sentido, considerado como se morto desde mundo” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 228 e 229). 

“Quem irá adorar este poder? Somente aqueles que NÃO têm seus nomes no livro da vida. A Bíblia faz várias menções a este livro. Moisés, colocando-se como intercessor entre o povo de Israel e Deus, disse: ‘Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êxodo 32:32). Davi também fez menção a este livro: ‘Sejam riscados do Livro dos Vivos e não tenham registro com os justos’ (Salmo 69:28). O próprio Cristo disse aos discípulos: ‘Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus’ (Lucas 10:20). E o Apocalipse, falando sobre quem poderá ter acesso à cidade santa, afirma: ‘Nele, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro’ (Apocalipse 21:27)” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 46). 

Sobre o Livro da Vida do Cordeiro, leia “O Juízo”, disponível em https://blogdoprofh.com/2018/11/03/livro-o-juizo/, acesso em: dez. 2021.  

Se alguém tem ouvidos, ouça. Esta frase já tem sido apresentada muitas vezes nas cartas às sete igrejas, como uma advertência. E, agora, depois da profecia sobre a origem, obra e destino do papado, a mesma frase adverte os que dela são notificados. Noutras palavras, quem tem ainda consciência, ouça com ela a advertência, abandone Roma e ponha-se sem temor ao lado da divina verdade para salvar-se” (MELLO, 1959, p. 353). 

“LEVA PARA CATIVEIRO. A evidência textual favorece a omissão da palavra ‘leva’. Sem ela a frase pode ser traduzida da seguinte maneira: ‘Se um homem for destinado para [ou ‘vai para’] o cativeiro…’ A ideia pode ser encarada como semelhante à expressa em Jer. 15: 2, ‘o que é para a morte, para a morte…’ A tradução da KJV, que tem algum apoio textual, assegura aos perseguidos filhos de Deus que aqueles que os perseguirem e os condenarem ao exílio e à morte, terão eles mesmos um destino semelhante.  

“Um cumprimento parcial disto pode ser visto na captura e exílio do papa, em 1798 […] Alguns comentaristas interpretam o v. 10 como advertência aos cristãos para que não usem de violência contra o poderio anticristão.  

“À ESPADA. Tendo usado a espada, a besta perecerá, no fim, pela espada da justiça divina. Compare-se com a afirmação do Salvador: ‘Todos os que lançam mão da espada, à espada perecerão’ (Mat. 26: 52).  

“PACIÊNCIA. (ARA ‘perseverança’). Gr. Hupomonē, ‘perseverança’, ‘fortidão’, ‘paciência imutável’. Hupomonē é derivado de hupo, ‘sob’ e menō, ‘permanecer’. A palavra grega implica em mais que uma resignação passiva; indica uma paciência ativa […] Durante a contenda da besta os santos perseveram firmemente.  

“FÉ. Gr. Pistis, ‘crença’, ‘confiança’, ‘fé’, ‘fidelidade’. […] tanto o sentido ativo de ‘fé’, como o passivo de ‘fidelidade’, se adaptam ao contexto ainda que a frase estreitamente paralela em Apoc. 14: 12 pareça requerer o sentido ativo (ver o comentário ali)” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 229 e 230). 

“‘Aqui está a paciência e a fé dos santos’ [ARC]: — Esta proposição da profecia prova que Deus não deixara sem consolo os seus fiéis perseguidos de morte e caçados pelas cruzadas e tribunais da inquisição para serem chacinados. O heroísmo dos miríades de miríades de mártires na hora do suplício, bem pode ser que fôsse resultante do conforto dêste consolo profético de Deus e de Jesus. Paciência e fé são indispensáveis nas tribulações mesmo as mais dramáticas. A paciência para o devido testemunho em prol da verdade pura e de Seu Autor e a fé para a permanência na mesma verdade, aos pés do Salvador” (MELLO, 1959, p. 354). 

“Um cumprimento parcial dessa profecia já ocorreu no aprisionamento e exílio papal em 1798, porém, algo muito pior está sendo reservado para o papado no futuro. A história vai se repetir! Assim como no passado houve um período de supremacia papal de 1260 anos (538 -1798) vindo depois a ferida mortal, assim também no futuro o papado voltará a reinar sobre o mundo inteiro, ‘mas virá o seu fim, e não haverá que o socorra’ (Dan. 11:45). ‘Aborrecerão a prostituta, e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo’ (Apoc. 17:16)” (RAMOS, 2006, p. 202). 

“Desde os tempos mais antigos, os cristãos têm considerado o poder perseguidor de Daniel 7:25, a besta semelhante a leopardo de Apocalipse 13:1-10 e ‘o homem do pecado’ de II Tessalonicenses 2:1-4 como símbolos do mesmo poder: o anticristo. […] A versão corrente, mantida pela maioria dos protestantes conservadores, espera que o anticristo apareça como figura política isolada. […] Em contraste com isso, já mesmo no século doze, na Europa medieval, vozes começaram a defender um conceito mais amplo e bíblico dessas passagens sobre o anticristo. Salientou-se que essas passagens retratam o anticristo como um sistema de apostasia religiosa então presente na cristandade.  

“Os reformadores protestantes viram o cumprimento dessas profecias no sistema do papado. Ao examinarmos as profecias certamente chegaremos à mesma conclusão. Convém notar, portanto, que a Bíblia não está tratando de personalidades. Deus tem crentes leais e sinceros em todas as comunidades religiosas. Nosso propósito não é atacar igrejas ou outros cristãos, mas precisamos dar atenção ao que Deus diz nas Escrituras sobre certos sistemas que Ele não pode aprovar” (COFFMAN, 1989, p. 32).

13.11Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.Outra cena do filme profético figurado me foi dada e vi o nascimento de outro fantoche da serpente. Diferentemente da origem popular da religião política globalista romana, os Estados Unidos da América surgirão em território ermo e despovoado através de alguns cristãos europeus perseguidos pelo romanismo. Cristãos perseguidos pelo romanismo aparentemente construirão, do zero, uma nação cristã livre. E exatamente por causa dessa origem, o início da história dessa nação será marcado pelo protestantismo e o republicanismo, onde alguns princípios de Jesus Cristo estarão presentes no desenvolvimento desse país. No entanto, não apenas o verdadeiro cristianismo será importado para aquela nação, mas ocultismo, espiritismo e romanismo, e num futuro próximo se verá como Satanás usará a religião e a política dos EUA também em sua perseguição aos descendentes da Igreja de Cristo (cf. Ap 12.17).

“A segunda metade de Apocalipse 13 prediz os enganos e a perseguição que o povo de Deus enfrentará nos últimos dias. Poder-se-ia esperar que a besta semelhante a leopardo realizasse tal coisa, mas não uma besta ‘parecendo cordeiro’. Isto é surpreendente” (COFFMAN, 1989, p. 43).  

“Esta segunda besta, a serviço da primeira será designada como Falso Profeta (cf. Ap 16,13; 19,20 e 20,10). Este Falso Profeta evoca os falsos profetas e falsos messias cuja vinda é anunciado em Mt 24,11.24, como sinal precursor da volta do verdadeiro Messias” (ECUMÊNICA, 1994, p. 2441). 

“[…] a primeira besta […] surge do mar (mesmo sentido de ‘água’ em Apocalipse 17:1-2)” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 47).  

Emerge da terra. A besta com chifres de cordeiro ergueu-se da terra. As quatro bestas de Daniel 7 surgiram do mar, e de um mar tempestuoso. A besta semelhante a leopardo, que era composta pelas quatro bestas de Daniel, também surgiu do mar. A falsa mãe (prostituta), de Apocalipse 17:3 e 15, assenta-se sobre uma besta postada sobre o mar. Mas a besta com chifres de cordeiro emergiu da terra. A diferença deve ser importante.  

“‘As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas.’ Apocalipse 17:15. Quando, em profecias intimamente relacionadas, ‘terra’ é colocada em contraste com ‘mar’ (ou ‘águas’), e este representa vastas populações, somos levados a perceber que ‘terra’ está representando uma área escassamente povoada.  

“Os chifres desse novo animal se parecem com os de um cordeiro. Vinte e nove vezes, no Apocalipse, o termo ‘cordeiro’ é aplicado a Jesus Cristo. Chifres são usados repetidamente em Daniel e Apocalipse como símbolos de autoridade governamental. Portanto, a besta que subiu da terra, no momento em que João a contemplou pela primeira vez, estava usando a sua autoridade governamental de uma forma gentil, quase crista. Contudo, ela ‘falava como dragão’” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 351). 

Moore e Lira (2013, p. 102) diferem do autor supracitado cm relação à quantidade de vezes em que o termo cordeiro se refere ao Senhor Jesus: “A palavra cordeiro ocorre trinta e uma vezes no Apocalipse e, com exceção de uma, é símbolo de Cristo. A única exceção é Apocalipse 13:11, que descreve a besta da terra como tendo ‘dois chifres, parecendo cordeiro’. A besta da terra não é Jesus Cristo – nem poderia ser, pela maneira que persegue os verdadeiros adoradores de Cristo. Contudo, ela é descrita como ‘parecendo cordeiro’. Aplicando-se isso a uma nação, podemos dizer que a nação representada pela besta da terra é alegadamente uma nação cristã 

“[…] este versículo conta a curta história da besta que emerge da terra para sua atividade no fim do tempo. De início, parodia a obra do Espírito Santo e, mais tarde, se torna o falso profeta de 16:13. A linguagem simbólica positiva no início (parecendo cordeiro) e a clara ligação com 12:16 (‘a terra abriu a boca’) sugerem a muitos intérpretes que a descrição desta besta é uma referência aos Estados Unidos da América, nação protestante com influência religiosa. As outras 28 referências a ‘cordeiro’ no Apocalipse aludem a Cristo. como dragão. As ações posteriores desta besta não são positivas, contrastando com as qualidades anteriores, de semelhança com um cordeiro” (BÍBLIA, 2015, p. 1666).  

“João viu o surgimento de outra besta. Diferentemente da primeira, a segunda surge da terra. Ela é um poder mundial, cuja influência é da mesma dimensão que a da primeira besta. Mas, em contraste com a besta do mar, que tinha aparência terrível, a besta da terra parece inofensiva, ao menos no início. Ela ‘possuía dois chifres, parecendo cordeiro’ (Ap 13:11), o que é um símbolo de Cristo. Portanto, esse poder do tempo do fim tem semelhanças com Cristo. Esse poder surge no território que protegeu a mulher, símbolo da igreja de Deus, do rio perseguidor do dragão, no término dos 1.260 dias/anos proféticos (Ap 12:14-16). Essa besta da terra é um novo participante na cena, tendo surgido como uma potência mundial depois que a besta do mar recebeu a ferida mortal durante a Revolução Francesa, o que significa que besta da terra atuaria exclusivamente no tempo do fim” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 71). 

“Sobre a besta que sobe da terra, em Apocalipse 13:11, convém notar: Essa é a única besta das visões apocalípticas que sobe da terra. Temos interpretado a palavra terra nesse texto como região pouco povoada. Isso é verdade, mas observando melhor essa imagem usada por João e procurando um paralelo na Bíblia pode-se chegar a Gênesis 1:24, onde diz que Deus criou bestas e animais fazendo-os sair da terra, pela Sua Palavra. Uma besta que brota da terra sugere um ato divino de criação. Foi Deus quem criou essa besta. Lamentavelmente, entretanto, quando ela começou a falar, falou como um dragão. Essa besta se apostatou e se transformou no falso profeta a serviço da besta que surgiu do mar e a serviço do dragão (Apoc. 16:13). O símbolo representa apropriadamente os Estados Unidos como nação protestante, que surgiu como se fosse por Deus. Desafortunadamente, essa nação protestante se tornou parte de Babilônia, traindo o propósito de sua existência” (COFFMAN, 1989, p. 5A).  

“A besta da terra também representa um poder político, e os Estados Unidos são um poder político. Contudo, alguém poderia argumentar que a besta da terra representava o Império Romano nos dias de João ou qualquer poder político importante que tenha se seguido nos 2 mil anos desde então. Precisamos de evidências adicionais para concluir que ela representa os Estados Unidos” (MOORE; LIRA, 2013, p. 101). 

“O grande dragão vermelho = Roma pagã.  

“A besta-leopardo = Roma papal.  

“Ambos representam um grande poder religioso. O terceiro poder deve também simbolizar uma nação que representa um grande sistema religioso. O paganismo abrange todas as nações não cristãs, o que compreende mais da metade da população do globo. O catolicismo pertence a nações que compõem uma grande parte da cristandade. O outro grande poder religioso é o protestantismo” (FEYERABEND, 2005, p. 114). 

“Outra consideração que indica o local deste poder é extraída do fato de que João viu a besta subir da terra. Se o mar, donde a besta semelhante ao leopardo sobe (Apoc. 13:1), representa povos, nações e multidões (Apoc. 17:15), a terra deve sugerir, por contraste, um território novo e anteriormente desocupado. Se excluímos os continentes orientais e buscamos um território anteriormente desconhecido para a civilização, voltamo-nos necessariamente para o hemisfério ocidental. […] A maneira como subiu a besta de dois chifres prova, juntamente com a sua localização, sua idade e sua cronologia, que se trata de um símbolo dos Estados Unidos. João viu a besta subir ‘da terra’. Esta expressão deve ter sido usada de propósito para estabelecer o contraste entre o surgimento desta besta e o de outros símbolos proféticos nacionais.  

“As quatro bestas de Daniel 7 e a besta semelhante ao leopardo de Apocalipse 13 subiram todas do mar. As novas nações levantam-se geralmente pela extinção de outras nações e ocupam o seu lugar. Mas nenhuma outra nação foi abatida para dar lugar aos Estados Unidos, e a luta pela independência já estava quinze anos no passado quando entrou no campo da profecia. O profeta viu só um quadro de paz. 

“A palavra usada no versículo 11 para descrever o modo como esta besta sobe é muito expressiva. É anabainon, e uma de suas definições é: ‘Crescer ou brotar como uma planta’. E é um fato notável que esta mesma figura foi escolhida por escritores políticos, sem referência à profecia, como sugerindo a melhor idéia do modo como nasceram os Estados Unidos. George Alfred Townsend, diz:  

“‘―Nessa teia de ilhas, as Antilhas, começou a vida de ambas as Américas [do Norte e do Sul]. Ali viu Colombo a terra. Ali começou a Espanha seu brilhante império ocidental. Dali partiu Cortez para o México, de Soto para o Mississipi, Balboa para o Pacífico, e Pizarro para o Peru. A história dos Estados Unidos foi separada por uma benéfica providência desta selvagem e cruel história do resto do continente, e como silenciosa semente crescemos até chegar a ser um império.’ […] – George Alfred Townsend, The New World Compared With the Old, pág. 635” (SMITH, 1979, p. 201 e 202). 

“Edward Everett, em um extrato do discurso sobre os exilados ingleses que fundaram este governo, ele diz:  

“‘―Procuravam um local retirado, inofensivo pela sua obscuridade, seguro no seu afastamento, onde a pequena igreja de Leyden pudesse gozar liberdade de consciência? Eis as poderosas regiões sobre as quais, em conquista pacífica – victoria sine clade [vitória sem luta] – hastearam os estandartes da cruz.’ – Edward Everett, Oration Delivered at Plymouth, December 22, 1824. Orations and Speeches, pág. 42. 

“Pouco antes da grande reforma dos dias de Martinho Lutero, há mais de quatrocentos anos, foi descoberto este hemisfério ocidental. A Reforma despertou as nações, agrilhoadas sob as pesadas cadeias da superstição, para o fato de que todo homem tem o divino direito de adorar a Deus segundo os ditames da sua própria consciência. Mas os governantes não queriam perder a sua força, e a intolerância religiosa ainda oprimia o povo. Em tais circunstâncias um corpo de heróis religiosos determinou por fim procurar nas selvas americanas aquela medida de liberdade civil e religiosa que tanto almejavam. Na busca do seu nobre intento cem desses exilados voluntários desembarcaram do Mayflower nas costas de Nova Inglaterra, em 21 de dezembro de 1620. ‘Ali’, diz Martyn, ‘nasceu a Nova Inglaterra’, e este foi ‘o seu primeiro balbuciar de criança uma oração e ações de graças a Deus’” (SMITH, 1979, p. 203). 

“Outra colônia inglesa permanente foi estabelecida em Jamestown, Virgínia, em 1607 [deve ser um erro de digitação; acredito que seja 1627]. Com o decurso do tempo outras bases se estabeleceram, organizando-se colônias, todas elas sujeitas à coroa inglesa, até a Declaração da Independência, em 4 de julho de 1776. A população destas colônias, eleva-se em 1701 a 262.000; em 1749, a 1.406.000; em 1775, a 2.803.000 (United States Magazine, vol. 2, agosto, 1855, pág. 71). Então começou a luta pela independência, o estabelecimento de um governo unido e a proclamação ao mundo de que todos ali podiam encontrar asilo da opressão e intolerância” (SMITH, 1979, p. 204). 

“Diz o profeta: ‘Vi subir da Terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro’. Apocalipse 13:11. Tanto a aparência desta besta como a maneira por que surgiu, indicam que a nação por ela representada é diferente das que são mostradas sob os símbolos precedentes. Os grandes reinos que têm governado o mundo foram apresentados ao profeta Daniel como feras rapinantes, que surgiam quando ‘os quatro ventos do céu combatiam no mar grande’. Daniel 7:2. Em Apocalipse 17, um anjo explicou que águas representam ‘povos, e multidões, e nações, e línguas’. Verso 15. Ventos são símbolos de contendas. Os quatro ventos do céu a combaterem no mar grande, representam as terríveis cenas de conquista e revolução, pelas quais os reinos têm atingido o poder. Mas a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro foi vista a ‘subir da terra’. Em vez de subverter outras potências para estabelecer-se, a nação assim representada deve surgir em território anteriormente desocupado, crescendo gradual e pacificamente.  

“Não poderia, pois, surgir entre as nacionalidades populosas e agitadas do Velho Mundo — esse mar turbulento de ‘povos, e multidões, e nações, e línguas’. Deve ser procurada no Ocidente. Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte.  

“Reiteradas vezes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores têm emitido inconscientemente o mesmo pensamento e quase que empregado as mesmas palavras do escritor sagrado. A besta foi vista a ‘subir da terra’; e, segundo os tradutores, a palavra aqui traduzida ‘subir’ significa literalmente ‘crescer ou brotar como uma planta’. E, como vimos, a nação deveria surgir em território previamente desocupado. Escritor preeminente, descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do “mistério de sua procedência do nada’ (G. A. Towsend, O Novo Mundo Comparado com o Velho), e diz: ‘Semelhando a semente silenciosa, desenvolvemo-nos em império’” (WHITE, 2013, p. 383 e 384). 

“O Cordeiro representa a Cristo (Apoc. 5:6 e 9). Por causa de sua aceitação do evangelho, os primitivos colonos americanos chegaram a refletir a pureza de Cristo. ‘Seu pequeno Estado [de Roger Williams] – Rhode Island – tornou-se o refúgio dos oprimidos, e cresceu e prosperou até que seus princípios básicos – a liberdade civil e religiosa – se tornaram as pedras angulares da República Americana.’ – Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 295” (COFFMAN, 1989, p. 6).  

“Então, ‘chifres como de cordeiro’ simboliza um poder governamental gentil, quase ‘cristão’” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 47 e 48). 

“Ao descrever este poder João diz que ele tinha ‘dois chifres semelhantes aos de um cordeiro’. Os chifres de um cordeiro indicam, juventude, inocência e amabilidade. Como poder recém criado, os Estados Unidos correspondem admiravelmente ao símbolo no que respeita à idade, porquanto nenhuma outra nação, se encontra nessas condições. Se considerarmos como índice de poder e caráter, é fácil descobrir o que constitui os dois chifres do governo, se conseguirmos certificar-nos do segredo da sua força e poder, e do que revela seu caráter aparente ou constitui sua profissão externa.  

“O honorável J. A. Bingham dá-nos a chave de todo o assunto quando afirma que o objetivo de todos os que primeiro buscaram estas praias da América do Norte era fundar ‘o que o mundo não tinha visto durante séculos, a saber, uma igreja sem papa e um estado sem rei’. Ou em outras palavras, um governo em que o poder eclesiástico devia estar separado do civil; quer dizer, um governo caracterizado pela liberdade civil e religiosa.  

“Não é preciso argumentos para demonstrar que isto é precisamente o que professa o governo norte-americano. O artigo IV, seção 4 da Constituição dos Estados Unidos diz: ‘Os Estados Unidos garantirão a cada estado desta União uma forma republicana de governo’. O artigo VI: ‘Nenhuma prova religiosa será jamais requerida como qualificação para qualquer ofício ou cargo público nos Estados Unidos’. A primeira emenda feita na Constituição começa assim: ‘O Congresso não fará nenhuma lei acerca do estabelecimento de religião, ou proibindo o livre exercício dela’. Estes artigos professam a mais ampla garantia de liberdade civil e religiosa, a completa e perpétua separação da Igreja e do Estado. Que melhores símbolos disso podiam ser dados do que ‘dois chifres semelhantes aos de um cordeiro’? Em que outro país se pode encontrar uma condição de coisas que corresponda tão completamente a este aspecto do símbolo de Apocalipse 13?” (SMITH, 1979, p. 204 e 205). 

“Os chifres não têm coroas como o grande dragão vermelho e a bes­ta com corpo de leopardo. Isso indica que não haverá nem papa, nem rei, mas uma república ou um poder democrático. O fato de ter dois chifres pode ser uma alusão à liberdade civil e religiosa” (FEYERABEND, 2005, p. 115). 

Republicano em sua forma. – A besta de dois chifres carece de coroas tanto na cabeça como nos chifres, pois simboliza uma nação com uma forma republicana de governo. A coroa é um símbolo apropriado de uma forma de governo monárquico ou ditatorial, e a ausência de coroas neste caso sugere um governo em que o poder não reside em um único membro governante, porém nas mãos do povo. Mas esta não é a prova mais concludente de que a nação aqui simbolizada é republicana em sua forma de governo. O versículo 14 nos indica que é feito um apelo ao povo quando se realiza qualquer ação nacional: “Dizendo aos que habitam na Terra, que fizessem uma imagem à besta.” Este é enfaticamente o caso nos Estados Unidos. A Constituição sobre a qual estão fundados garante “uma forma republicana de governo”, como já demonstramos. Este é outro forte elo na cadeia de evidências de que este símbolo deve aplicar-se aos Estados Unidos da América. Não existe outro governo ao qual possamos aplicar razoavelmente este símbolo.  

Uma nação protestante. – A besta de dois chifres simboliza uma nação não pertencente à religião católica. O papado é fundamentalmente uma união da Igreja e o Estado. A Constituição dos Estados Unidos da América do Norte (artigo VI) declara: “Nenhuma prova religiosa será jamais requerida como qualificação para qualquer ofício ou cargo público nos Estados Unidos.” Com isso estabelece uma eterna separação da Igreja e o Estado. A liberdade civil e religiosa é um princípio fundamental do protestantismo. Os fundadores do grande país que chegou a ser os Estados Unidos, por terem vivido em tempos que lhes permitiram presenciar os resultados da união da Igreja com o Estado, mostraram-se zelosos pelas liberdades que consideram e declaram direitos de todos, e denunciavam a união da Igreja e o Estado. Portanto, do ponto de vista religioso Os Estados Unidos são uma nação protestante e cumprem admiravelmente os requisitos da profecia a este respeito” (SMITH, 1979, p. 205 e 206). 

“Nas Escrituras, chifres ou cornos são muitas vezes símbolo de força (ver Deut. 33:17; I Sam. 2:1). Em Daniel e no Apocalipse, os chifres às vezes se referem a nações que emergiram de outras nações (ver Dan. 7:8; Apoc. 12:3; 17:3). Evidentemente, em Apocalipse 13:11 eles são usados para representar os dois meios pelos quais é manifestada a força da besta semelhante a um cordeiro (comparar com os chifres do Cordeiro em Apocalipse 5:6). Esses dois chifres não são nações separadas que precederam da besta, mas importantes características da própria besta que a tornam uma nação diferente das outras. Como os chifres são semelhantes aos de um cordeiro, podemos deduzir que representam a força que advém da liberdade civil e religiosa” (COFFMAN, 1989, p. 45). 

“O poder simbolizado pela besta de dois chifres deve ser uma nação distinta dos poderes civis ou eclesiásticos do Velho Mundo. Deve surgir no hemisfério ocidental. Deve assumir preeminência e influência por volta do ano 1798. Deve surgir de um modo pacífico e sossegado, não aumentando o seu poder com guerras agressivas e prósperas conquistas, como tem sucedido com outras nações. O seu progresso deve ser tão evidente que maravilhará tanto quem o observa como o faria o perceptível crescimento de um animal perante seus olhos. Deve ser republicano em sua forma de governo. Deve ser protestante em sua religião. Devem apresentar ao mundo, como um índice de seu caráter e dos elementos do seu governo, dois grandes princípios que são em si mesmos perfeitamente justos, inocentes e com o caráter de cordeiro. Deve realizar a sua obra depois de 1798” (SMITH, 1979, p. 206 e 207). 

“Os Estados Unidos, a segunda bêsta desta profecia, devia subir da terra ou serem reconhecidos como potência independente no mundo, quando a primeira bêsta, o papado, recebesse a ferida mortal, que ocorreu em 1798 pela espada de França. João Wesley, em suas notas sôbre o Apocalipse treze, escritas em 1754, diz acêrca da bêsta de dois chifres: ‘Todavia não apareceu ainda, ainda que não pode estar longe. Porque deve aparecer no fim dos quarenta e dois meses da primeira bêsta’ (Las Profecias de Daniel y el Apocalipsis, U. Smith, Vol. II, 210).  

“Os 42 meses a que se referira Wesley, são os 1260 anos da supremacia temporal do papado, findos em 1798. Dentro de nove anos, desde que a Constituição norte-americana entrou em vigor até 1798, os Estados unidos foram reconhecidos no mundo como nação soberana e o papado, a primeira bêsta, estava ferido de morte. Estava cumprida a profecia. A bêsta de dois chifres levantou-se ‘da terra’ deserta do ‘novo mundo’ tornando-se soberana no tempo indicado pela inspiração” (MELLO, 1959, p. 360). 

“Os comentaristas adventistas têm visto nesta segunda besta um símbolo dos Estados Unidos da América. Este poderio preenche acuradamente as especificações da profecia. Quando a primeira besta foi a cativeiro em 1799 […] os Estados Unidos estavam crescendo em preeminência e poderio. A nação elevou-se, não no Velho Mundo, com suas abundantes multidões, mas no Novo Mundo, com os seus relativamente poucos habitantes” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 231). 

“J. N. Andrews foi o primeiro adventista do sétimo dia a sugerir que essa profecia está sendo cumprida pelos Estados Unidos. Desenvolvendo-se como nação na América do Norte, que então era pouco povoada, os Estados Unidos começaram a ser regidos pela Constituição em 1789 e aceitaram sua Declaração de Direitos em 1791. De governo republicano, sua autoridade está na mão do povo, é um país em que a maioria dos habitantes não adota a religião católica, e sua fonte de poder se encontra na prática da liberdade civil e religiosa – um Estado sem rei; uma Igreja sem papa” (COFFMAN, 1989, p. 46). 

“Segundo já pudemos ver, os Estados Unidos constituem uma nação essencialmente protestante. Esta nação é filha legítima da Reforma protestante do século dezesseis. Aludindo a isto, diz Bancroft: ‘‘Filha da Reforma’ estreitamente unida com os séculos passados e com os maiores combates espirituais da humanidade, foi colonizada Nova Inglaterra por gente entusiasta que não temia a outro senhor que a Deus’.  

“E diz mais: ‘A Reforma, à qual se devem os choques entre dissidentes ingleses e a hierarquia anglicana, foi a que colonizou Norte América; a Reforma que emancipou os Países Baixos unidos conduziu ao estabelecimento dos europeus nas margens do Hudson’. Observa também sôbre os colonos de Nova York: ‘Os colonos eram os restos dos primeiros frutos da Reforma procedentes das províncias belgas e da Inglaterra, da França e da Boêmia, da Alemanha e da Suíça, do Piemonte e dos Alpes italianos’” (Los Videntes y lo Porvenir, p. 589). 

“Agora que identificamos os Estados Unidos da América do Norte como o poder simbolizado pela besta de dois chifres, podemos, sem temor nem preconceito, rastrear o curso que esta nação segue segundo o que a própria profecia traçou. Ao fazê-lo, observemos de novo que o dragão, o primeiro elo nesta cadeia profética, foi incansável perseguidor da igreja de Deus. A besta semelhante ao leopardo, que o seguia, foi igualmente um poder perseguidor, ceifando durante 1.260 anos milhões de vidas de seguidores de Cristo. Ao chegarmos à terceira besta, com dois chifres semelhantes ao do cordeiro, é dito que ‘falava como dragão’. Isto não pode senão significar que em algum momento mudará sua natureza de cordeiro para dragão, de modo a falar como dragão e agir como teria agido o dragão anteriormente” (SMITH, 1979, p. 207). 

“O dragão foi um perseguidor implacável da igreja. O leopardo, que veio a seguir, também foi um poder perseguidor que ceifou a vida de milhões de cristãos durante os 1.260 anos. Quando esta besta fala como um dragão, isso quer dizer que sua natureza muda de cordeiro para dragão, e que ela faz o mesmo tipo de obras do dragão que veio antes dela” (FEYERABEND, 2005, p. 115). 

“Uma nação ‘fala’ por meio de suas leis. Nesse país que ama a liberdade serão promulgadas leis perseguidoras. A opressão não parece ser possível numa nação protegida por um documento como a Constituição dos Estados Unidos, com sua Declaração de Direitos. O contraste entre os característicos semelhantes aos de um cordeiro e os semelhantes aos de um dragão é impressionante. A erosão de liberdades civis e religiosas, acompanhada de modificações repentinas, poderá resultar na supressão de liberdades da minoria, por ordem da maioria. A profecia indica que leis opressivas não advirão necessariamente de pressões políticas e militares, mas de pressões religiosas, para causar a destruição dos fiéis seguidores de Deus (Apoc. 12:17; 13:11-17)” (COFFMAN, 1989, p. 47). 

“‘A profecia apresenta o protestantismo como tendo chifres semelhantes ao cordeiro, mas falando como um dragão’. – E.G. White. The Review and Herald, 1 de janeiro de 1889” (THIELE; BERG, 1960, p. 257). 

“Ao falar no futuro ‘como o dragão’, a bêsta de ‘dois chifres semelhantes aos de um cordeiro’, ou os Estados Unidos, demonstrará o mesmo caráter de intolerância e perseguição religiosa que o dragão demonstrou através de Roma-pagã e de Roma-papal. Os Estados Unidos protestantes virão futuramente a adotar princípios que serão perfeita negação daqueles que o caracterizaram originalmente. Pouco a pouco cederá lugar a um caráter diametralmente oposto e imitará os poderes que séculos atrás ergueram a espada contra os verdadeiros adoradores de Deus fiéis a Seus mandamentos” (MELLO, 1959, p. 367). 

“‘Os chifres semelhantes aos do cordeiro e a voz de dragão deste símbolo indicam contradição flagrante entre o que professa e pratica a nação assim representada. A ‘fala’ da nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. Por esses atos desmentirá os princípios liberais e pacíficos que estabeleceu como fundamento de sua política’. – GC., 442.  

“‘As igrejas, representadas por Babilônia, são representadas como tendo caído de sua condição espiritual para tornar-se um poder perseguidor daqueles que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. A João este poder perseguidor é apresentado como tendo chifres semelhantes ao cordeiro, mas falando como dragão’. T.M., p. 117. 

“‘O movimento dominical está agora preparando o caminho na sombra […] Os intuitos professados são de índole branda e aparência cristã, mas sua fala há de revelar o espírito do dragão’. 2 TS., 2 p. 152. ‘Poderes religiosos, aliados ao Céu por profissão, e declarando ter as características de um cordeiro, por seus atos mostrarão que tem coração de dragão, e são instigados e dominados por Satanás’. – Idem, vol. 3, p. 395” (THIELE; BERG, 1960, p. 257). 

“[…] os Estados Unidos são sede de cinco cardinalatos em cidades religiosamente estratégicas da nação: Washington, Nova York, Chicago, Detroit e São Luís. E o pensamento de grandes vultos do protestantismo é — estender as mãos a Roma. Um jornal protestante brasileiro publicou em 1935 um artigo em que se lia estas palavras: ‘O protestantismo caminha certo para um dêstes dois fins: Ou a formação de um papismo protestante ou a inteira reconciliação com Roma’ (O Batista Paulistano, 13 de Março de 1935)” (MELO, 1959, p. 369). 

“A besta semelhante ao cordeiro (Apoc. 13:11-18) representa o protestantismo apostatado, o qual, em cooperação com o papado, irá provocar o governo dos Estados Unidos para aprovar leis religiosas em oposição às verdades bíblicas” (COFFMAN, 1989, p. 2). 

“Existe uma notória contradição entre a aparência e as ações da besta. Em aparência é gentil e aparentemente inofensiva, mas em ação, perseguidora e cruel, como o revelam os vs. 12-18. Quando a profecia é aplicada aos Estados Unidos, torna-se imediatamente aparente que o cumprimento da predição está no futuro. Os Estados Unidos continuam hoje [1988] mantendo os princípios de liberdade garantidos pela Constituição. A maneira pela qual a mudança de política será feita, acha-se esboçada na presente profecia. A mudança vem em conexão com a crise final imediatamente precedente ao tempo em que ‘os reinos’ (ARA ‘reino’) do mundo se tornarem de nosso Senhor e do Seu Cristo’ (Apoc. 11: 15; cf. Sal. 2: 2; Dan. 7: 14 e 27)” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 232). 

“Como pode ser possível tamanha mudança? Note a maneira como a América mudou sua atitude com relação ao catolicismo: Em outubro de 1951, o presidente Harry Truman pediu ao Sena do que aprovasse a indicação que fizera de um embaixador para o Estado do Vaticano. Houve uma onda de protestos. Dificilmente um grupo de igrejas protestantes no país deixa de expressar sua oposição. O presidente retirou sua proposta.  

“Março de 1984. O presidente Ronald Reagan indicou William A. Wilson como embaixador para o Estado do Vaticano. A indicação foi aprovada pelo Senado por 81 votos a 13. Poucas objeções foram ouvidas.  

“Nunca antes houve tanta pressão sobre o governo para que imponha leis religiosas. Os protestantes fundamentalistas costumavam insistir na separação entre Igreja e Estado. Agora, organizações como a Maioria Moral estão exigindo regulamentações morais patrocinadas pelo governo. Em cumprimento à profecia, vemos os Estados Unidos começando a exercer o seu poder político para impor uma religião que se oponha aos Dez Mandamentos” (FEYERABEND, 2005, p. 116). 

“O dito de que os Estados Unidos da América foram fundados sobre a religião cristã, é tido como verdadeiro tomando-se em conta os cristãos peregrinos que no século XVII vieram para o Novo Mundo. Jim Walker, escritor especialista em história da religião, diz que, embora muitos líderes da América colonial fossem cristãos, a maioria dos mais influentes líderes políticos pioneiros não praticava a religião cristã: 

“‘Eles eram fortemente guiados pelas idéias do grande iluminismo da Europa […] Líderes do pensamento iluminista tais como Locke, Rousseau, e Voltaire influenciaram grandemente nossos fundadores; e os fundamentos matemáticos e mecânicos de Isaac Newton lhes serviram de base para o raciocínio científico. Eles raramente praticavam o que hoje nós podemos chamar the ortodoxia cristã. Embora eles defendessem o livre exercício de qualquer religião, eles entendiam os perigos da religião. A maioria deles cria no deísmo, e muitos frequentavam lojas maçônicas’ (Jim Walker, Liberty, julho/agosto, 2002, p. 10). 

“O Tratado de Trípoli explicitamente revela a natureza secular dos Estados Unidos da América. O artigo 11 declara: ‘Como o governo dos Estados Unidos da América não está em nenhum sentido fundado na religião Cristã […]’ 

“O tratado foi feito no final da última gestão do presidente George Washington, 04 de novembro de 1796. O Senado aprovou-o em 07 de junho de 1797, e foi oficialmente ratificado pelos Estados Unidos com a assinatura do presidente John Adams no dia 10 de junho de 1797. Durante todo esse processo, as palavras do Artigo 11 nunca despertaram a mais leve preocupação. O tratado tornou-se público pela sua publicação na Gazette de Filadélfia no dia 17 de junho de 1797 (Jim Walker, Liberty, julho/agosto, 2002, p. 10). 

“[…] Apesar de muitos líderes cristãos falarem dos Estados Unidos como uma nação cristã, e da fé que os fundadores da nação tinham em Deus, parte disso é errôneo. Muitos dos fundadores e primeiros heróis dos Estados Unidos eram maçons: George Washington; Benjamin Franklin; Thomas Jefferson; John Paul Jones; Paul Revere, e Benedict Arnold (William Schnoebelen, Maçonaria: Do Outro Lado da Luz, p. 258). 

“Benjamin Franklin, por exemplo, pertenceu ao Clube do Inferno, uma sociedade satânica e infame de Londres. Benjamin Franklin revelou sua perspectiva em assuntos de fé na sua autobiografia, quando depois de mencionar sua rejeição à sua primeira instrução religiosa, escreveu: ‘alguns livros combatendo o deísmo caíram em minhas mãos […] e em pouco tempo eu me tornei um profundo deísta’. Dr. Priestley, um amigo íntimo de Franklin escreveu dele: ‘é para se lamentar que um homem como Franklin, um bom caráter e uma grande influência, tivesse sido um descrente no cristianismo, e tenha feito tanto no sentido de tornar os outros também incrédulos’ (Jim Walker, Liberty, julho/agosto, 2002, p. 11). 

“Afirma-se que Thomas Jefferson foi também rosacruz. Apesar de ser um homem brilhante, Jefferson recortou passagens da Bíblia até criar a celebrada Bíblia de Jefferson, na qual removeu todas as referências ao pecado, à expiação e à divindade de Jesus Cristo (Jim Walker, Liberty, julho/agosto, 2002, p. 11). 

“Thomas Jefferson cria no materialismo, na razão e na ciência. Ele nunca admitiu qualquer religião exceto a sua própria. Numa carta a Ezra Stiles Ely, dia 25 de junho de 1819, ele escreveu: ‘você diz ser um Calvinista. Eu não sou. Tanto quanto eu saiba eu sou da minha própria seita’ (Jim Walker, Liberty, julho/agosto, 2002, p. 10). 

“Quando o Novo Mundo foi descoberto, os Europeus chegaram para as colônias com duas visões diferentes para essa nova terra:  

  • Os puritanos e outros vieram buscando a liberdade religiosa e visavam uma chance de estabelecer uma civilização baseada na Bíblia. 
  • Mas outros viram a América como um lugar onde o ocultismo poderia prosperar sem que o cristianismo pudesse inibi-lo. Muito antes de 1776, foi fundada uma colônia derosacruzesem Ephrata, Pensilvânia! A América colonial estava cheia de grupos ocultistas, e tanto a bruxaria quanto a maçonaria chegaram bem cedo com os navios (William Schnoebelen, Maçonaria: Do Outro Lado da Luz, p. 259)” (RAMOS, 2006, p. 206 – 210).  

“Os britânicos colonizaram a região da costa atlântica (América do Norte), onde foram fundadas um total de Treze Colônias. Estas colônias, inicialmente muito diferentes e afastadas política e culturalmente entre si, uniram-se e declararam sua independência em 4 de julho de 1776, tendo esta independência sido reconhecida pelo Reino Unido após o fim da Revolução Americana de 1776 e, em 1783, sob os termos do Tratado de Paris. Desde então, os Estados Unidos gradualmente evoluiriam em uma superpotência, passando a exercer crescente influência política, econômica, militar e cultural no panorama mundial” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 48). 

“‘Quase como no nascimento de Esaú e Jacó, desde o nascimento da América tem havido uma luta entre duas forças, desde o útero. A América nasceu do difícil acordo entre o cristianismo, por um lado, e o ocultismo, pelo outro. Essa tensão existe até hoje’ (William Schnoebelen, Maçonaria: Do Outro Lado da Luz, p. 259). A segunda besta tinha aparência de cordeiro; no Apocalipse o cordeiro tipifica a Cristo, mas a voz era de dragão, e o dragão simboliza Satanás!” (RAMOS, 2006, p. 206 – 210). 

13.12Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.O protestantismo e o republicanismo da nação norte-americana serão substituídos pela ideologia romanista e políticas marxistas, onde as liberdades individuais serão tolhidas em nome da segurança e do progresso da coletividade, e se aliará ao império da religião política globalista romana a tal ponto de ser anexado a ela, e falar em nome dela! Aquele país que nasceu com objetivos e aparência tão nobres e bíblicos se tornará a patrulha do romanismo em todo o planeta, impondo as crenças católicas romanas e evangélicas (pseudo protestantismo) a todas as nações, sobretudo o mandamento dominical – o domingo verde, o domingo da família, “o dia do Senhor” –, a pretexto de se cuidar do meio ambiente e para seduzir os conservadores que enfatizam a família em suas pautas sócio-políticas. Muçulmanos serão seduzidos por essa ideia, budistas, hinduístas, ateus e ativistas de todas as ideologias; todos os habitantes do planeta que negligenciaram a revelação profética bíblica. A patrulha americano-evangélico-romanista imporá a lei dominical e fiscalizará se as populações de todos os países estarão cumprindo-a à risca! Quem obedecer à falsa religião global declarará voluntariamente sua rebeldia contra o Criador do universo e da vida, e sua adoração à criatura – Satanás, por enquanto disfarçado de papa e líderes globalistas –, em lugar do Criador que ordenou a santificação do sétimo dia do ininterrupto ciclo semanal, o sábado da Criação de Deus. E isso será como um sinal de que a sanha imperialista papal estará curada dos golpes recebidos na Revolução Francesa.

“A besta do mar é reativada para os eventos finais, mas a besta da terra, um aparente terceiro elemento na falsa trindade do tempo do fim, assume um papel de liderança em seu lugar (ver 16:13, 14)” (BÍBLIA, 2015, p. 1666).  

“Essa é uma simulação do Espírito Santo, que age no coração do homem levando à adoração verdadeira e à santificação. Da mesma forma, os Estados Unidos, como representante do protestantismo apostatado, trabalharão para que se estabeleça a autoridade dos ideais do Catolicismo Romano em todo o mundo” (ROSSI; BARBOSA, 2012, p. 19).  

“Esse poder terreno do tempo do fim é uma verdadeira paródia do Espirito Santo. De acordo com o evangelho de João, o propósito do Espírito Santo é exercer a autoridade de Cristo, conduzindo as pessoas a Jesus (Jo 15:26; 16:13, 14). Da mesma forma, a besta da terra exerce toda a autoridade da besta do mar, conduzindo as pessoas a ela (Ap 13:12). A ‘autoridade da primeira besta’ (v. 12) se refere ao poder coercitivo que a igreja medieval exerceu durante o período profético de 42 meses (v. 5-8), impondo doutrinas e práticas contrárias aos ensinos bíblicos. Quem não aceitava os ensinos da igreja instituída sofria perseguição e martírio. Ao exercer essa autoridade medieval, a besta da terra faz com que as pessoas do mundo ‘adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada’ (v. 12), contrafazendo dessa maneira o papel do Espírito Santo de dirigir adoração a Cristo.  

“Como a besta da terra consegue fazer isso? Conforme revelado no texto, na fase inicial de sua atuação, ela realiza sinais milagrosos para convencer as pessoas (v. 13, 14; cf. 2Ts 2:8-10), ao passo que recorre à coerção na etapa final (Ap 13:15-17). Assim como o Espírito Santo realizava sinais milagrosos para convencer as pessoas a aceitar Jesus Cristo e adorá-Lo, essa contrafação tenta enganar as pessoas por meio de sinais e milagres enganosos, persuadindo-as a adorar a besta do mar” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 79). 

“Tentativas realizadas durante a Idade Média com a intenção de compreender a besta de dois chifres, foram fadadas ao fracasso. De fato, teria sido extremamente difícil às pessoas a compreensão do significado dessa besta, até que a outra — semelhante a leopardo — recebesse a sua chaga mortal. A profecia é melhor interpretada após seu cumprimento. ‘Disse-vos agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais’, falou Jesus durante a Última Ceia, numa conversação que focalizava eventos futuros. S. João 14:29.  

“A ferida mortal chegou a ser corretamente compreendida durante a Revolução Francesa, ao longo do próprio processo em que a chaga foi infligida. A Revolução ocorreu nos anos que vieram após 1789. O papa foi aprisionado em 1798. Uma vez que a besta de chifres de cordeiro levaria as pessoas a adorar a primeira besta, ‘cuja ferida mortal fora curada’, sabemos que a profecia acerca da besta-cordeiro focaliza eventos que ocorreriam depois de feita a ferida mortal, isto é, após 1798” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 350 e 351). 

“PODER. (ARA – ‘autoridade’). Gr. Exousia, ‘autoridade’. Este verso é uma amplificação da frase, ‘falava como dragão’. O cumprimento está no futuro […]. Durante o clímax do seu poderio, a primeira besta, o papado […], exerceu autoridade sobre vasta área, tanto em matéria religiosa como política […]. Para a segunda besta exercer a autoridade da primeira, ela terá de entrar no campo da religião, e procurar dominar o culto religioso. Para os Estados Unidos, o dar esse passo significará uma completa revogação da sua presente política [do ano 1988] de garantir aos seus cidadãos plena liberdade de culto. Tal passo é aqui predito” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 232).  

“A predição de falar ‘como o dragão’, e exercer ‘todo o poder da primeira besta’, claramente anuncia o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que manifestaram as nações representadas pelo dragão e pela besta semelhante ao leopardo. E a declaração de que a besta de dois chifres faz com ‘que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta’, indica que a autoridade desta nação deve ser exercida impondo ela alguma observância que constituirá ato de homenagem ao papado” (WHITE, 2013, p. 385). 

“Esta nação, não apenas fala como dragão, mas também se declara que “exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença”. Se lançamos um olhar retrospectivo, vamos descobrir que a primeira besta é a besta semelhante ao leopardo, símbolo do papado. A única conclusão que se pode tirar é que uma nação chamada protestante exercerá o poder perseguidor do papado e, portanto, virá a ser, portanto, pseudo-protestante, quer dizer o ‘falso profeta’ mencionado em Apocalipse 19:20 e explicado assim: Esta nação exerce o poder coagindo o povo sob sua jurisdição a que ‘adorem a primeira besta’, o papado” (SIMITH, 1979, p. 208). 

“Essencialmente, não é católica, porque acabará exercendo a autoridade para levar seu povo a adorar a primeira besta (o poder católico). Não precisaria fazer isso se a nação já pertencesse a essa comunidade religiosa (Apoc. 13:12)” (COFFMAN, 1989, p. 45). 

“Mas o poder opressor do papado que exercerão os Estados Unidos, será exercido em presença do mesmo papado. E’ bem de ver que a profecia anuncia aqui, com insofismável clareza, a união dos Estados Unidos, na qualidade de nação protestante, com o papado romano” (MELLO, 1959, p. 368).  

“NA SUA PRESENÇA. A primeira besta, que fora ferida mortalmente, retornou à vida, e acha-se uma vez mais em atividade nos negócios do mundo. O seu promotor agente é a segunda besta. FAZ COM QUE A TERRA. (ARA – ‘e seus habitantes’). Isto é: os habitantes da terra. O movimento aqui descrito significa mais que um empreendimento nacional; reveste-se de proporções internacionais” (NICHOL; FORTES, 1988, p. 233). 

“Apocalipse 13 mostra claramente que a besta da terra tem autoridade política global:  

  • ‘Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença’(v. 12). Vimos num dos capítulos anteriores que a primeira besta de Apocalipse 13 é um poder político global. Portanto, a besta da terra, que ‘exerce toda a autoridade da primeira besta’, também precisa ser um poder político global.  
  • ‘Faz com que a Terra e os seus habitantes adorem a primeira besta’(v. 12). A besta da terra tem o poder político necessário para impor uma falsa adoração, não só dentro de suas fronteiras, mas também à ‘Terra e seus habitantes’.  
  • ‘Seduz os que habitam sobre a Terra’e diz ‘aos que habitam sobre a Terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu’ (v. 14). A besta da terra tem o poder de ordenar ao mundo inteiro que faça uma imagem à besta do mar. 

“Dito em palavras atuais, a besta da terra é uma superpotência global. Contudo, o fato de que a besta da terra é uma superpotência global ainda não identifica os Estados Unidos, porque no tempo em que João escreveu o Apocalipse, o Império Romano era uma superpotência. Nos últimos séculos, a França e a Inglaterra foram importantes superpotências mundiais. E, no século 20, a União Soviética foi uma superpotência global. Portanto, a besta da terra poderia representar qualquer uma destas superpotências globais: o Império Romano, a França, a Inglaterra e a União Soviética. Precisamos de evidências adicionais para identificar a besta da terra como os Estados Unidos. […] 

“Apocalipse 13:16 e 17 declara que a besta da terra forçará todas as classes de pessoas a receberem ‘certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta’. Em Apocalipse 16, a primeira das sete pragas é dirigida sobre os ‘homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem’ (v. 2). Essas sete pragas são os últimos eventos a acontecer no mundo antes da segunda vinda de Cristo. Assim, a marca da besta claramente é um fenômeno do tempo do fim, e, portanto, a besta da terra que impõe a marca precisa ser uma superpotência do tempo do fim. Além dos Estados Unidos, as nações que mencionei no parágrafo anterior já não são superpotências; portanto, não se encaixam na descrição do Apocalipse sobre a besta da terra. […] 

“Quando reunimos as quatro características da besta da terra, torna-se muito evidente que ela representa os Estados Unidos:  

  • A besta da terra é um poder político no mundo, uma nação. 
  • Tem autoridade global – é uma superpotência global. 
  • É uma superpotência do tempo do fim. 
  • É uma nação cristã. 

“Somente uma nação do mundo se encaixa em todas essas especificações: os Estados Unidos da América. Não há nenhum outro candidato” (MOORE; LIRA, 2013, p. 101 – 103). 

“A palavra grega traduzida aqui por ‘adorar’ é muito significativa, pois vem do verbo kuneo, ‘eu beijo’, com uma proposição que indica que o beijo dirige-se a alguém, neste caso o papado, ou seu titular, o papa. Geralmente é traduzido como ‘render homenagem, prostrar-se diante de’, conforme a versão LXX no decreto de Nabucodonosor a todos os ‘povos, nações e homens de todas as línguas’, que lhes ordenava: ‘vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro’ levantada pelo rei Nabucodonosor no campo de Dura (Dan. 3:4, 5). Esta adoração deve significar a submissão das nações à autoridade e decreto das pessoas a quem tributam homenagem. Tal é o quadro que a profecia apresenta com respeito à adoração tributada ao papado por um povo chamado protestante” (SIMITH, 1979, p. 208). 

“Semelhante atitude seria abertamente contrária aos princípios deste governo, ao espírito de suas instituições livres, às afirmações insofismáveis e solenes da Declaração de Independência, e à Constituição. Os fundadores da nação procuraram sabiamente prevenir o emprego do poder secular por parte da igreja, com seu inevitável resultado — intolerância e perseguição. A Magna Carta estipula que ‘o Congresso não fará lei quanto a oficializar alguma religião, ou proibir o livre exercício da mesma’, e que ‘nenhuma prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos’. Somente em flagrante violação destas garantias à liberdade da nação, poderá qualquer observância religiosa ser imposta pela autoridade civil” (WHITE, 2013, p. 385 e 386). 

“Todavia, a nação americana quebrará logo êsse orgulho no que diz respeito à fé e consciência religiosa, para exaltar o papado e perseguir os verdadeiros seguidores do Senhor Jesus contrários à apostasia de Roma. A declaração: ‘E faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira bêsta’, ressalta o futuro consórcio entre as duas bestas ou entre o papado- romano e o protestantismo-estadunidense. Leis serão promulgadas pelo Congresso americano em exaltação do papado e seus dogmas. E aquêles que pela Reforma saíram da velha igreja mãe apóstata, a ela estenderão suas mãos para exaltá-la, adorá-la e fazer através de leis com que todos a adorem” (MELLO, 1959, p. 369 e 370). 

“A profecia prediz que os Estados Unidos irão finalmente imitar e cooperar com o poder da primeira besta (Apoc. 13:1) para estabelecer uma união entre igreja e Estado que imponha o tipo de culto que caracterizou a igreja medieval da Europa Ocidental. A última frase de Apocalipse 13:12 (‘cuja ferida mortal fora curada’) demonstra que essa segunda besta age depois de 1798, ocasião em que a primeira besta foi mortalmente ferida. A cura maravilhosa ocorre quando a religião papal é restaurada e a união igreja-Estado é restabelecida. Seguramente essa segunda besta vai cumprir o seu papel profético. […] Ao ‘falar com dragão’ (Apoc. 13:11), a besta que já foi parecida com um cordeiro apóia o culto apóstata, realizando milagres para persuadir a todos para que apóiem e ‘adorem a imagem da besta’ (verso 15). As igrejas apóstatas irão convencer o governo a aprovar leis para reforçar o culto não-bíblico” (COFFMAN, 1989, p. 6).  

RELEMBRANDO:  

a) Ferida mortal – No ano 1798, ao terminarem os 1.260 anos de poder perseguidor (538 + 1.260 = 1.798), o general de Napoleão Bonaparte, Berthier, prendeu o papa Pio VI, cumprindo-se assim a profecia de uma “ferida mortal” ao papado (Apocalipse 13:3). O código de Justiniano foi anulado e o papado desapropriado dos cinco Estados que este tinha no centro da Itália. Seus poderes temporais foram tirados. A ferida foi tão profunda que parecia que o papado não se recuperaria mais dela. O papa Pio VI foi levado para o cativeiro (Apocalipse 13:10) e seus sucessores se auto recluíram no cativeiro, negando-se a aparecer em público até que se lhes restituíssem os poderes temporais.  

b) O início da cura da ferida moral – Em 1929, Benito Mussolini assinou a célebre concordata com o papado, dando-lhe os 44 hectares que hoje constituem o Estado do Vaticano, recuperando-se assim o poder temporal dos papas. Desde aquela época voltaram a mostrar-se em público com poder e popularidade crescentes, fazendo viagens pelo mundo e sendo aclamados por multidões, inclusive em países protestantes como os Estados Unidos. Entendemos que com este evento teve início a cura da ferida de morte. Quando ela for totalmente curada, toda a terra se maravilhará seguindo a besta (Apocalipse 13:3)” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 48). 

“A profecia aqui [Apocalipse 13.12] aponta para a promulgação de alguma medida religiosa cuja observância seria encarada como um ato de adoração, em que o adorador ao observá-la, reconhece a autoridade da primeira besta em matéria de religião. Uma alusão quanto à natureza da promulgação é encontrada no cap. 14: 9-12. Esses versos contrastam os santos com os adoradores da besta e sua imagem e fazem notar que uma das características que distinguem os santos é a guarda dos mandamentos de Deus (v. 12).  

“De acordo Daniel o poderio representado como a besta deveria ‘cuidar em mudar os tempos e as leis’ (ARA – ‘e a lei’; cap. 7: 25). A história registra audaciosíssima tentativa de mudar a lei divina – na substituição do sábado do Senhor e colocação do domingo em seu lugar […]. É possível, então, ver-se aqui uma aplicação específica a um decreto civil que requer a observância do domingo. A imposição de tal decreto seria um ato que exigiria que os homens dessem honra a uma instituição do papado. De tal maneira os homens seriam levados a ‘adorar’ a ‘primeira besta’. Considerariam as ordens da besta acima das de Deus em matéria do dia de adoração. […] 

“O assunto do dia de adoração, é, evidentemente, um aspecto da homenagem universal que a ‘besta’ finalmente receberá (ver o com. ao v. 8). O que se acha aqui previsto é um movimento universal sob a liderança de Satanás, que está procurando assegurar para si a obediência dos habitantes da terra. Ele será bem sucedido no seu esforço de unir os vários elementos religiosos, e de assegurar a lealdade dos homens à nova organização modelada segundo a antiga […]. Ele é o poder que está por trás da ‘besta’. É ele, o verdadeiro anticristo, que está operando para fazer-se como Deus (ver II Tes. 2: 9 [….]) (NICHOL; FORTES, 1988, p. 233).  

“O embaixador americano no Vaticano, Raymond Flynn disse: ‘O relacionamento entre o Vaticano e os Estados Unidos é extraordinariamente importante […] é do interesse nacional dos Estados Unidos da América manter fortes relações diplomáticas com o Vaticano” (Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, p. 225 e 226). Gradualmente os dois governos estão se aproximando a ponto de a profecia dizer que os Estados Unidos vão fazer com que todos os habitantes da Terra adorem o papado. A profecia prediz um tempo em que influências religiosas nos Estados Unidos impelirão suas legislaturas a falarem em defesa do papado e promoverem seus interesses. Por muitos anos temos visto gradualmente indicações dessa espécie de cooperação. Quando isso se cumprir plenamente, a América protestante mostrar-se-á infiel ao seu encargo e poderá ser considerada apropriadamente como ‘falso profeta’” (RAMOS, 2006, p. 221 e 222). 

Igreja e mundo em corrupta harmonia. A Palavra de Deus declara positivamente que Sua lei será escarnecida e pisada pelo mundo. Haverá extraordinário predomínio da iniquidade. O professo mundo protestante formará uma confederação com o homem do pecado, e a igreja e o mundo estarão em corrupta harmonia. Eis que a grande crise vem sobre o mundo. As Escrituras ensinam que o papado deverá readquirir sua supremacia perdida, e que os fogos da perseguição serão reatados por meio das concessões oportunistas do chamado mundo protestante (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 367, 368)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1090).  

“A sagacidade e astúcia da Igreja de Roma são surpreendentes. Ela sabe ler o futuro. Aguarda o seu tempo, vendo que as igrejas protestantes lhe estão prestando homenagem com o aceitar do falso sábado, e se preparam para impô-lo pelos mesmos meios que ela própria empregou em tempos passados. Os que rejeitam a luz da verdade procurarão ainda o auxílio deste poder que a si mesmo se intitula infalível, a fim de exaltarem uma instituição que com ele se originou. Quão prontamente virá esse poder em auxílio dos protestantes nesta obra, não é difícil imaginar. Quem compreende melhor do que os dirigentes papais como tratar com os que são desobedientes à igreja? 

 “A Igreja Católica Romana, com todas as suas ramificações pelo mundo inteiro, forma vasta organização, dirigida da sé papal, e destinada a servir aos interesses desta. Seus milhões de adeptos, em todos os países do globo, são instruídos a se manterem sob obrigação de obedecer ao papa. Qualquer que seja a sua nacionalidade ou governo, devem considerar a autoridade da igreja acima de qualquer outra autoridade. Ainda que façam juramento prometendo lealdade ao Estado, por trás disto, todavia, jaz o voto de obediência a Roma, absolvendo-os de toda obrigação contrária aos interesses dela.  

“A História testifica de seus esforços, astutos e persistentes, no sentido de insinuar-se nos negócios das nações; e, havendo conseguido pé firme, nada mais faz que favorecer seus próprios interesses, mesmo com a ruína de príncipes e povo.  

“No ano 1204, o papa Inocêncio III arrancou de Pedro II, rei de Aragão, o seguinte e extraordinário juramento: ‘Eu, Pedro, rei dos aragoneses, declaro e prometo ser sempre fiel e obediente a meu senhor, o Papa Inocêncio, a seus sucessores católicos, e à Igreja Romana, e fielmente preservar meu reino em sua obediência, defendendo a fé católica, e perseguindo a corrupção herética’ — História do Romanismo, de Dowling.  

“Isso está em harmonia com as pretensões relativas ao poder do pontífice romano, de que ‘lhe é lícito depor imperadores’, e de que ‘pode absolver os súditos, de sua fidelidade para com os governantes ímpios’ — História Eclesiástica, de Mosheim.  

“E, convém lembrar, Roma jacta-se de que nunca muda. Os princípios de Gregório VII e Inocêncio III ainda são os princípios da Igreja Católica Romana. E tivesse ela tão-somente o poder, pô-los-ia em prática com tanto vigor agora como nos séculos passados. Pouco sabem os protestantes do que estão fazendo ao se proporem aceitar o auxílio de Roma na obra da exaltação do domingo. Enquanto se aplicam à realização de seu propósito, Roma está visando a restabelecer o seu poder, para recuperar a supremacia perdida.  

“Estabeleça-se nos Estados Unidos o princípio de que a igreja possa empregar ou dirigir o poder do Estado; de que as observâncias religiosas possam ser impostas pelas leis seculares; em suma, que a autoridade da igreja e do Estado devem dominar a consciência, e Roma terá assegurado o triunfo nesse país. A Palavra de Deus deu aviso do perigo iminente; se este for desatendido, o mundo protestante saberá quais são realmente os propósitos de Roma, apenas quando for demasiado tarde para escapar da cilada.  

“Ela está silenciosamente crescendo em poder. Suas doutrinas estão a exercer influência nas assembléias legislativas, nas igrejas e no coração dos homens. Está a erguer suas altaneiras e maciças estruturas, em cujos secretos recessos se repetirão as anteriores perseguições. Sorrateiramente, e sem despertar suspeitas, está aumentando suas forças para realizar seus objetivos ao chegar o tempo de dar o golpe. Tudo que deseja é a oportunidade, e esta já lhe está sendo dada. Logo veremos e sentiremos qual é o propósito do romanismo” (WHITE, 2013, p. 505 – 507). 

13.13Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.O protestantismo americano apostatado se transformará no movimento evangélico cada vez mais próximo da falsa religião política globalista romana e do ocultismo/iluminismo maçônico, e espiritismo E a presença das crenças espiritualistas nas denominações evangélicas, tais como: supostas revelações proféticas que contradizem a Bíblia; o falso dom de línguas (uma contrafação do verdadeiro dom representado pelo sinal das “línguas, como de fogo”, Atos 2.3); a guarda do falso dia de descanso, o domingo; o dispensacionalismo; a imortalidade da alma, entre outras, todos esses pontos de contato com o espiritismo e o romanismo permitirão a Satanás usar as denominações evangélicas americanas como um médium, um falso profeta, por meio do qual ele operará milagres “provando” aos desobedientes e desinformados que ele é o próprio Deus, o que será seguido pelo movimento evangélico em todo o planeta, enganando os cristãos nominais que se indispunham com a Bíblia e a oração, e só viviam na sombra da coletividade dos templos, do frenesi psicológico neopentecostal, e nas fantasias dos exercícios espirituais inacianos, sem o compromisso individual com a Palavra. Assim como Satanás fez descer fogo do céu e queimou ovelhas e homens no passado (cf. Jó 1.16), ele usará explicitamente seu conhecimento da natureza para se passar por Deus diante daqueles aos quais ele arrebanhará e destruirá.

Sinais. Do gr. semeia (ver com. de Ap 12:1). Isto revela de que modo o príncipe das trevas conquistará a lealdade dos habitantes da Terra. Mediante sinais, as pessoas serão enganadas e levadas a crer que a nova em organização, a imagem da besta (ver com. de Ap 13:14), é abençoada por Deus. De maneira que. Fazer fogo descer do céu será uma tentativa de simular o milagre no monte Carmelo (1Rs 18:17-39). Uma vez que o sinal antigo deu evidências do poder do Deus verdadeiro, a besta fará parecer que o Senhor está do seu lado. Esses milagres deverão ocorrer pela ação de forças do espiritismo (ver GC, 588). Pretendendo ser como Deus, Satanás tentará justificar sua reivindicação à divindade por meio de milagres inegáveis (ver 2Ts 2:9, 10; T9, 16)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 909). 

“[…] esta profecia não está cumprida no grande avanço em conhecimento, nas descobertas e invenções, tão notáveis na época presente, porque os sinais e maravilhas a que o profeta se refere são evidentemente operados com o propósito de enganar o povo, como lemos no versículo 14: ‘E engana os que habitam na Terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta’. Devemos agora determinar por que meios são operados os milagres em questão, porque Apocalipse 16:13, 14 fala de ‘espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro’.  

“O Salvador, ao predizer acontecimentos a ocorrer logo antes da Sua segunda vinda, diz: ‘Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos’. (Mat. 24:24). Nesta passagem são preditos sinais, operados com o propósito de enganar, tão poderosos que, se fosse possível, até os próprios escolhidos seriam enganados por eles. Assim, temos uma profecia (e há muitas outras) apresentando o desenvolvimento, nos últimos anos, de um poder operador de prodígios, manifestado num grau espantoso e sem precedentes no interesse de propagar a mentira e o erro.  

“Os ‘espíritos de demônios’ iriam a ‘todo o mundo’, mas a nação com a qual isto estaria especialmente relacionado é em Apocalipse 13 é o mesmo representado pela besta de dois chifres, ou o falso profeta. Devemos concluir, portanto, que a profecia indica que tal obra se realizará nos Estados Unidos. Vemos nós algo semelhante?” (SMITH, 1979, p. 209).  

“No capítulo dezesseis é enfatizado que da bôca do falso profeta, que é a nação norte-americana, protestante, como também da bôca do dragão e da bôca da bêsta ou do papado, vira S. João sair ‘espíritos imundos’ ou ‘espíritos de demônios que fazem prodígios’. No capítulo dezenove é referido que o ‘falso profeta’ — os Estados Unidos — ‘fizera os sinais, com que enganou…’ Temos assim tornado claro, pela própria revelação que os ‘grandes sinais’, incluso ‘até fogo’ descer do céu à terra, ‘à vista dos homens, é obra exclusiva dos demônios através da bêsta que subiu ‘da terra’, cujo objetivo é enganar os seus próprios súditos. Nisto, pois, vemos também que fazer prodígios e mesmo descer fogo do céu, não é natural. Portanto, deve haver nos Estados Unidos um poder sobrenatural que opera sob o controle dos demônios enganadores e que, no futuro, ao tempo da união dessa nação com Roma, fará até cair fogo do céu para mais prontamente enganar e perder a própria nação. E qual é o poder sobrenatural que nos Estados Unidos há? Eis a resposta única: O Espiritismo” (MELLO, 1959, p. 370). 

“O espiritismo corresponde à profecia no fato de ter a sua origem nos Estados Unidos, relacionando assim seus sinais com a obra da besta de dois chifres. Iniciando em Hydesville, estado de Nova York, na família de John D. Fox, na última parte de março de 1848, espalhou-se com incrível rapidez através de todo o mundo. Estas supostas revelações causaram muita agitação, e algumas pessoas eminentes começaram a investigar o ‘engano das batidas’, como eram geralmente chamados os fenômenos espiritualistas. Desde então o espiritismo tem sido uma força crescente no mundo moderno. É difícil determinar o número de seus adeptos, porque muitos dos que crêem e praticam seus ensinos declaram não pertencer a nenhuma denominação; mas por outro lado muitos dos que continuam pertencendo a diferentes organizações religiosas tentam, porém, comunicar-se com os mortos” (SMITH, 1979, p. 210 e 211).  

“O espiritismo corresponde exatamente à profecia na exibição de grandes sinais e prodígios. Entre as suas muitas proezas podem-se mencionar estas: Vários objetos têm sido transportados de um lugar para o outro pelos espíritos; bela música produzida independentemente de qualquer intervenção humana com e sem o auxílio de instrumentos visíveis; numerosos casos comprovados de cura; pessoas transportadas através do espaço pelos espíritos na presença de muitas outras; levitação de mesas, que ficavam suspensas no ar, com várias pessoas nelas; têm-se apresentado espíritos em forma corpórea, falando com voz audível.  

“O poder representado nesta profecia irá fazer fogo descer à terra diante dos homens. Mas isto, como as demais manifestações de seu poder tem por fim enganar ‘os moradores da terra’. Os milagres são realizados pelos ‘espíritos de demônios’ (Apoc. 16:14). E são muitas as admoestações da Palavra de Deus contra o estabelecer relações com os maus espíritos. Na época da igreja primitiva foram dadas solenes advertências à igreja de Deus: ‘Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios’ (1 Tim. 4:1).  

“O conselho que Deus dá a Seu povo nestes últimos dias é: ‘Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva’ (Isa. 8:19, 20)” (SMITH, 1979, p. 212 e 213).  

“O primeiro grande engano do mundo, ocorrido nos dias do seu alvorecer, foi obra do Espiritismo. […] Verificou-se no jardim do Éden a primeira sessão espírita havida na terra. A serpente era o médium e o espírito que por ela atuara era Satanás. Não era possível que um espírito de morto atuasse através do animal porque ninguém ainda havia morrido na terra. Porém, baseados na revelação infalível do evangelho, temos a irrefutável certeza de que o arqui-inimigo do bem foi o agente enganador invisível do homem por cujo engano visou perdê-lo e com êle a sua descendência (Gn 2.15-17). […] Desde após o primeiro engano no jardim do Éden os séculos da história estão permeados de fenômenos que levaram os homens a tecer sôbre êles as mais desencontradas conjeturas.  

“Êsses fenômenos eram cridos como manifestações de forças ocultas sem, porém, darem os homens uma definição razoável da origem de ditas forças. Daí ter nascido, fundamentado em tais fenômenos, o paganismo que encheu a terra tôda dos mais degradantes ritos e pretensões religiosas. Os oráculos dos povos remotos falam ainda, através de numerosos livros, de fenômenos inúmeros que eram em geral cridos como manifestações de espíritos de mortos.  

“Nisto jaz a razão porque os profetas do Velho Testamento contrariavam as teorias de que os espíritos dos mortos se comunicavam com os vivos. Todavia os séculos da era cristã encheram-se ainda mais acentuadamente, dos velhos fenômenos e manifestações atribuídas aos espíritos dos que morreram. Mas, o caráter de tais fenômenos e manifestações, evidencia o fato de que todos êles visavam e visam enganar os homens, pelo que não eram nem são mais nem menos do que as mesmas artimanhas ampliadas daquele que enganou no Éden o primeiro casal da terra e arruinou o mundo.  

“Satanás estêve aperfeiçoando por séculos e milênios, à medida que a humanidade se desenvolvia, o seu primitivo e maior engano — o Espiritismo — para apresentá-lo no século da ciência revestido com brilhante roupagem” (MELLO, 1959, p. 371 e 372).  

“O Espiritismo moderno é filho legítimo dos Estados Unidos da América do Norte. Nesta nação deveria êle surgir segundo os ditames da profecia sôbre a bêsta de dois chifres. E agora, como comprovação disto, ouçamos um dos expoentes máximos do Espiritismo, que foi León Denis, que viveu no século passado: ‘Cêrca do meado dêste século, cujo têrmo se aproxima, o homem iludido por tôdas as teorias contraditórias, por todos os sistemas deficientes com que pretenderam nutrir-lhe o pensamento, se deixava embalar pela dúvida; perdia cada vez mais a noção da vida futura. Foi então que o mundo invisível veio ter com êle e o perseguiu até em sua própria casa. Por diversos meios os mortos se manifestaram aos vivos. As vozes de além-túmulo falaram. Os mistérios dos santuários orientais; os fenômenos ocultos da Idade Média, depois de um longo silêncio, se renovaram; nasceu o espiritismo.  

“‘Foi além dos mares, em um mundo jovem, rico de energia vital, de ardente expansão, menos escravizado do que a velha Europa ao espírito de rotina e aos prejuízos do passado, foi na América do Norte que se produziram as primeiras manifestações do moderno espiritualismo. Foi de lá que elas se espalharam por todo o globo. Essa escolha era profundamente judiciosa. A livre América era justamente o meio propício para uma obra de difusão e de renovação’ (Cristianismo e Espiritismo, p. 139 e 140)” (MELLO, 1959, p. 372).  

“O que deve ficar aqui assentado é o fato de que o espiritismo moderno, filho dos Estados Unidos Protestantes, é o mesmo embuste do jardim do Êden, e, como afirmara León Denis, ‘os mesmos mistérios dos santuários orientais’, os mesmos ‘fenômenos da Idade Média’. Sim, o espiritismo, revestido com uma roupagem de gala. Hoje, diante do adiantamento da humanidade, diante da pujança da ciência e em face da profusão da pregação do evangelho em todo o mundo, se Satanás revelasse o Espiritismo nos mesmos moldes em que o revelou nos séculos passados, seria o engano repelido infalivelmente. Urgia, pois, modernizá-lo, dar-lhe um outro cunho, adatá-lo à moderna civilização para que fôsse aceito.  

“E quando hoje vemos o espiritismo manipulado por médiuns extremamente diferentes dos do passado; quando contemplamos seus hospitais, seus albergues, suas clínicas mediúnicas e suas obras de caridade, vemos em tudo isto e em muito mais ainda, o vestido novo que Satanás lhe conferiu para não ser conhecido como a velha trapaça dos tempos antigos. Quando ouvimos de milagres operados pelo moderno espiritismo, não devemos com isto maravilhar-nos. Somos informados por Jesus Cristo que nos últimos dias milagres, ‘grandes sinais e prodígios’, seriam operados por ‘falsos profetas’, em cujo têrmo se enquadram os médiuns espíritas (Mt 24.24).  

“Basta que os Estados Unidos sejam apontados na profecia do Apocalipse como ‘falso profeta’ que fala como o dragão e do qual procedem ‘espíritos imundos’ e que o espiritismo moderno seja seu filho, para certificarmo-nos de que os milagres dêste grande engano espiritualista são produzidos por Satanás e seus maus anjos, com o fim de ludibriar e fazer crer à humanidade que sua procedência é divina. ‘Através do Espiritismo, Satanás aparece como um benfeitor da raça, curando as enfermidades do povo, e professando apresentar um novo e mais exaltado sistema de fé religiosa’ (Spirit of Prophecy, Vol. V, p. 405 e 406). E no futuro, como reza a profecia, a culminação dos milagres enganosos do espiritismo será ‘fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens’. ‘O poder de Satanás se incrementará, e alguns de seus devotos seguidores terão poder para operar milagres, e mesmo fazer descer fogo do céu à vista dos homens’ (Early Writings, E. G. White, pág. 87)” (MELLO, 1959, p. 373 e 374).  

“O teste do Monte Carmelo será falsificado. Satanás fará parecer que através de um teste bíblico sua divindade fique comprovada” (GULLEY, 1996, p. 5). 

“Sabeis que Satanás virá para enganar, se possível, os próprios escolhidos. Ele alega ser Cristo, e se apresenta, pretendendo ser o grande médico-missionário. Ele fará com que desça fogo do céu à vista dos homens, para provar que é Deus. Devemos estar protegidos pelas verdades da Bíblia. O pálio da verdade é o único sob o qual podemos estar salvaguardados” (WHITE, 2008a, p. 115). 

“Está prestes a chegar o tempo em que Satanás operará milagres para confirmar as pessoas na crença de que ele é Deus. Todo povo de Deus deve agora permanecer firme na plataforma da verdade, como foi ela dada na mensagem do terceiro ano [Ap 14.9-12]. Todos os quadros agradáveis e todos os milagres operados serão apresentados a fim de que, se possível, os próprios eleitos sejam enganados. A única esperança para qualquer pessoa é apegar-se firmemente às evidências que têm confirmado a verdade em justiça (Medicina e Salvação, p. 14, 15).  

Sob a supervisão do inimigo. [Citado Mt 7:21-23]. Estes podem professar ser seguidores de Cristo, mas perderam de vista seu líder. Podem dizer: ‘Senhor, Senhor!’; podem mostrar os doentes que são curados por meio deles e outras obras maravilhosas, e afirmar que têm mais do Espírito e do poder de Deus do que o que é manifestado por aqueles que guardam Sua lei. Mas suas obras são feitas sob a supervisão do inimigo da justiça, cujo alvo é enganar as pessoas, e têm o objetivo de desviar da obediência, da verdade e do dever. Num futuro próximo haverá manifestações ainda mais marcantes desse poder operador de milagres; pois a respeito dele é dito: ‘E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens’ (Signs of the Times, 26/02/1885)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1090).  

“Os Estados Unidos têm sido chamados de terra das maravilhas, terra da ciência, da invenção e da produção em massa, o mundo do aprendizado, da cura, da velocidade e do glamour insuperável. Mas es­tamos vendo maravilhas no mundo religioso, bem aqui. Jesus disse: Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos (Mateus 24:24). […] Por meio do movimento da Nova Era, ele [o espiritismo e suas ‘maravilhas’] vem penetrando o cristianismo, tanto o protestante quanto o católico (ver Living Lies about Death and the Hereafter [Men­tiras Vivas Acerca da Morte e da Existência Pós-vida])” (FEYERABEND, 2005, p. 116 e 117).  

“Os Estados Unidos são o berço do atual movimento pentecostal (línguas, milagres, etc.), uma falsificação do verdadeiro Pentecostes ocorrido em Atos 2. Sua extensa influência espiritual produzirá um falso reavivamento de dimensões mundiais, que reforçará as principais reivindicações do Catolicismo Romano” (ROSSI; BARBOSA, 2012, p. 19).  

“[…] (ver Mt 24:24; 2Ts 2:8-10). sinais. Este poder terreno realiza milagres convincentes que demonstram autoridade […]. fogo do céu. Talvez seja uma semelhança intencional com o papel do Espírito Santo nas línguas de fogo do Pentecostes (At 2), algo tão impressionante e convincente quanto o fogo de Elias no monte Carmelo (1Rs 18)” (BÍBLIA, 2015, p. 1666). 

“O maior sinal realizado pela besta da terra é fazer com que caia fogo do céu (v. 13). Isso lembra a ocasião em que Elias fez descer fogo do céu, a fim de demonstrar que Yahweh era o único Deus verdadeiro (1Rs 18:38). A besta semelhante ao cordeiro imita o papel profético de Elias e é rotulada de falso profeta ao longo de todo o Apocalipse. O fogo que a besta faz descer do céu também falsifica o Pentecostes, no qual línguas de fogo desceram do céu sobre os discípulos (At 2:3). Assim, é possível concluir que o fogo trazido do céu tem o objetivo de imitar o poder de Deus e enganar as pessoas, convencendo-as de que esses sinais milagrosos são manifestações do poder divino.  

“O único poder mundial no período pós-medieval que se adequa à descrição da besta com aparência de cordeiro em Apocalipse 13 é a nação americana protestante. Apocalipse 13 mostra que os Estados Unidos da América, que historicamente foram um refúgio seguro para a igreja, desempenharão um papel central nos eventos finais” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 79). 

Após falar extensamente sobre o espiritismo, Ramos (2006, p. 210 e 211) associa os eventos sobrenaturais deste versículo 13 também ao ocultismo/maçonaria. O autor lista 21 presidentes norte-americanos maçons, de George Washington a George W. Bush, e outros personagens influenciadores. Em seguida, ele vincula a origem protestante-iluminista dos EUA com seu fim romanista-espiritualista, no tempo em que cumprirá a profecia que estamos a estudar. E afirma: 

“John Adams, o segundo presidente dos Estados Unidos, escreveu na Defesa das Constituições dos Governos dos Estados Unidos da América (1787 – 1788): ‘Os Estados Unidos da América tem mostrado, talvez, o primeiro exemplo de governo construído nos simples princípios da natureza […] Nunca se pretenderá que qualquer pessoa envolvida naquele serviço tivesse tido entrevistas com os deuses, ou que foram em qualquer grau influenciados pelo céu […] será para sempre conhecido que estes governos (os 13 estados originais) foram impulsionados meramente pelo uso da razão e dos sentidos’ (Jim Walker, Liberty, julho/agosto, 2002, p. 10 e 11).  

“Todos esses líderes políticos ou foram enganados ou escolheram fazer o pacto com o ‘anjo do abismo, o deus da maçonaria, chamado por eles de ‘Abadom’ (Apoc. 9:11), ou Jabulon. Eles podem ter percebido que poucos políticos podem atingir a proeminência hoje sem dobrar os joelhos para Baal na Loja Maçônica ou na Order of Skull & Bones Society, da qual George Bush, ex-presidente dos Estados Unidos (cf. Texe Marrs, Dark Majesty, p. 15-18) e seu filho George W. Bush, 4 atual presidente dos Estados Unidos (cf. Stephen Mansfield, The Faith of George W. Bush, p. 48 e 49), fazem parte. […] 

“Malachi Martin, autor do bestselling Keys of This Blood, […] descreveu o ex-presidente George Bush como ‘um servo do Concílio dos Homens Sábios’ (cf. Texe Marrs, Dark Majesty, p. 24). O Concílio dos Homens Sábios é um sinônimo para o Illuminati, conhecido também como a Irmandade Secreta. O símbolo do Illuminati é a Pirâmide Egípcia inacabada, coroada pelo Olho-que-Tudo-Vê de Horus o deus Sol (ibidem). […] 

“No país em que se defende a separação de Estado e igreja, a religião da maçonaria domina o governo e os ídolos maçônicos estão espalhados por todo o país. Ao mesmo tempo em que os Dez Mandamentos são retirados de edifícios públicos com a alegação de que ferem a Constituição, os ídolos da maçonaria não causam nenhuma controvérsia. […] 

“A Estátua da Liberdade foi esculpida por Frederic Bartholdi, um membro da Loja Maçônica de Alsace-Lorraine em Paris, França. A estátua é um ídolo esotérico de grande significado para as sociedades secretas que planejam a Nova Ordem Mundial, a mesma frase impressa na nota de um dólar Novus Ordo Seclorum (cf. Texe Marrs, Dark Majesty, p. 211 e 212). Fotografias e pinturas da Deusa da Razão foram espalhadas por toda a Europa e Estados Unidos nos séculos XVIII e XIX. Especialmente durante a Guerra da Revolução Americana, a deusa foi celebrada como um símbolo. Ela se tornou a protetora da rebelião, a Dama Liberdade […] essa estátua tem sido construída em praças e parques por todo o país (ibidem, p. 211). […] 

“Adam Weishaupt, quando fundou o Iluminismo em 1776 [cujo] o objetivo era o estabelecimento de uma nova, secular ordem Novus Ordo Seclorum. À semelhança do sistema de castas do hinduísmo e a teoria da raça ariana de Hitler, ambas baseadas na antiga mitologia maçônica, o ensino Iluminista inclui a teoria de que alguns homens são superiores a outros. Estes seres superiores são aqueles dotados com a ‘Razão’. O Iluminismo ensina que os homens cujo único deus é a Razão tornam-se ‘super-homens’, um tipo de divindade. Foi por causa dessa crença gnóstica de que essa Razão divina é o único sublime guia espiritual e moral para o aperfeiçoamento do homem, que a Deusa da Razão foi entronizada na Revolução Francesa e quadros e pinturas dela foram distribuídos por toda a Europa e Estados Unidos. […] 

“A frase Em Deus Nós Confiamos apareceu nas cédulas de dólar somente após a Guerra Civil, e mesmo assim ninguém pode definir ao certo a que deus estão se referindo. Os livros da maçonaria dizem claramente que o deus que aparece na nota de dólar não é o Deus da Bíblia, e sim o deus da razão (cf. Valton Sergio von Tempski-Silka, Historial da Franco Maçonaria, (Curitiba, PR.: Juruá Editora, 2002), p. 70). Obviamente não é mesmo, pois se os políticos fundadores da nação eram, na sua maioria maçons, o deus que adoravam era o pretenso deus da luz, Lúcifer, o deus do iluminismo. 

“‘Henry Wallace, um místico da Nova Era e seguidor de Nicholas Roerich, o maior ocultista daquela era, estava extasiado com isso (o grande Selo dos Estados Unidos) porque ele percebeu que milhões de americanos e na verdade muitos milhões de pessoas no mundo iriam ser diariamente condicionados por aquele símbolo do ocultismo que Wallace acreditava possuir poderosas propriedades e poderes mágicos’ (Texe Marrs, Dark Majesty, p. 220).  

“O Grande Selo dos Estados Unidos que aparece na nota de um dólar não é desprovido de significado, basta olhar o verso de qualquer nota de um dólar (cf. Valton Sergio von Tempski-Silka, Historial da Franco Maçonaria, (Curitiba, PR.: Juruá Editora, 2002), p. 70). Nota-se que o Olho-Que-Tudo-Vê, que é um símbolo do ocultismo, está colocado no alto da pirâmide incompleta com a data de 1776 A.D. em algarismos romanos na sua base. É bom lembrar que 1776 também é o ano em que Weishaupt fundou o iluminismo! O trapézio, o que a pirâmide inacabada realmente representa, é um dos símbolos mais significativos do satanismo.  

“Ao João contemplar os dois chifres aparentemente cristãos do cordeiro, provavelmente pensou que a segunda besta viria em socorro dos cristãos perseguidos pelo papado, mas em breve o profeta foi chocado ao ouvir a voz daquela besta semelhante ao cordeiro porque era a voz do dragão! A despeito da sua aparência, o cordeiro falou no mesmo tom que Satanás, da mesma forma como a antiga serpente, ou como o velho Império Romano ou o papado! Esta nova besta era um lobo vestido de cordeiro” (RAMOS, 2006, p. 211 – 217).  

“Embora a Constituição Americana separe muito bem a Igreja e o Estado, poucos percebem que a maçonaria é uma religião, uma forte religião profundamente enraizada na própria sede governamental dos Estados Unidos. Albert Mackey, considerado por muitos o maior arquiteto da maçonaria moderna, disse o seguinte: ‘A maçonaria pode corretamente designar-se uma instituição religiosa… Quem pode negar que ela é eminentemente uma instituição religiosa? […] Abrimos e fechamos nossas lojas com oração; invocamos a bênção do Altíssimo sobre todos os nossos trabalhos; exigimos de nossos neófitos uma profissão de fé confiante na existência e no cuidado providencial de Deus’ (J. Scott Horrell, Maçonaria e Fé Cristã, p. 58).  

“Tendo defendido a maçonaria como religião, o próprio Albert Mackey declara em termos enfáticos: ‘A religião da maçonaria não é o cristianismo’ (ibidem, p. 59). Como a maioria das pessoas não considera a maçonaria uma religião, ela ficou completamente livre para se infiltrar e trafegar junto às autoridades do legislativo, judiciário e presidentes.  

“Albert Pike, supremo pontífice da maçonaria universal declarou: ‘A maçonaria [é a religião] em cujos altares hebreus, muçulmanos, hinduístas, seguidores de Confúcio e Zoroastro agrupam-se, une a todos em oração como irmãos’ (Dave Hunt, Global Peace and the Rise of Antichrist, p. 159).  

“A maçonaria tem preparado, claramente, muitos daqueles que hoje são líderes mundiais para desempenharem um papel chave nestes eventos porque eles já têm estado praticando secretamente aquilo que o mundo um dia abraçará abertamente. Considere a seguinte oração feita na cerimônia de abertura do trigésimo primeiro grau do rito Escocês: ‘Ouça-nos com indulgência, Ó infinita Divindade. […] Deixe que o grande dilúvio da luz maçônica flua numa perpétua corrente sobre o mundo inteiro e faça com que o credo maçônico seja o credo de toda a humanidade (ibidem)” (RAMOS, 2006, p. 217 e 218). 

Para mais informações sobre a generalização e ubiquidade do ocultismo nas sociedades atuais e antigas, o artigo “O consumo generalizado de Ocultismo, religião ocultista e a sedução das bestas de Apocalipse 13” pode ser útil. Disponível em: https://blogdoprofh.com/2021/08/04/o-consumo-generalizado-de-ocultismo-religiao-ocultista-e-a-seducao-das-bestas-de-apocalipse-13/. Acesso em:  ago. 2021.  

“Os Estados Unidos têm sido chamados de terra das maravilhas, terra da ciência, da invenção e da produção em massa. O mundo do aprendizado, da cura, da velocidade e do glamour insuperável. Terra da liberdade civil e religiosa. Tais sinais fazem com que as pessoas acreditem que possuem a bênção de Deus e serão guiadas por ele” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 49).

13.14Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;Esses cristãos nominais e outras pessoas serão preparados pelo falso profeta da serpente – igreja evangélica norte-americana – para obedecerem às suas ordens dominicais, através da mesma sedutora feitiçaria que a serpente usou em Eva: eventos sobrenaturais (a serpente falou com Eva) e crenças flagrantemente contrárias aos Mandamentos de Deus. O espiritismo e sua “ciência” mediúnica, os OVNIs e a evolução darwiniana comprovada por essas fraudes satânicas, serão usados como “provas” de que o Gênesis bíblico é mítico, e o espiritualismo e seus fenômenos são factuais. Desse jeito, o falso profeta norte-americano se aliará ao falso cristianismo romanista e obterá uma falsa igreja cristã global com teístas negligentes, ateus ambientalistas e outros credos interesseiros. De fato, a união dessas duas marionetes de Satanás – romanismo e falso protestantismo –, usadas para perseguir “os restantes” de Deus (Ap 12.17) culminará no retorno das igrejas filhas evangélicas à igreja mãe católica romana, no sentido de as primeiras serem à imagem da segunda, ao agirem politicamente, unindo Igreja evangélica e Estado, assim como o catolicismo romano exige e o é. E a partir daí as denominações evangélicas, não apenas o romanismo papal, passarão a perseguir os santos, os genuínos filhos de Deus membros de Sua Igreja. O falso protestantismo estará com a cara do romanismo dos 1260 anos anteriores à Revolução Francesa, pois dominará os Estados Unidos da América com seu sincretismo espiritualista/ocultista de modo idêntico à religião de Roma ao longo de sua história – um claro sinal de que a religião política dos papas estará completamente curada da Revolução Francesa, e terá criado uma imagem sua, conquistando para si revolucionários e conservadores através de doutrinas comuns a ambos, sendo a guarda do domingo a mais unificadora delas;

“Graças as maravilhas que lhe foi concedido realizar em presença da Besta, ela seduz os habitantes da terra, incitando-os a fazerem uma imagem em honra da Besta que tinha sido ferida pela espada, mas voltou à vida. […] A Besta ferida e curada é paródia de Cristo morto e ressuscitado. […] Era o Espírito que realizava prodígios na Igreja a fim de provocar a fé em Cristo; a segunda Besta é uma imitação do Espírito, assim como o Dragão e a primeira Besta eram imitação do Pai e do Filho (13,3). O Dragão, a primeira Besta e a segunda Besta são caricatura da Trindade” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2002, p. 2155 e 2156). 

“Intimamente associada com esta operação de milagres está a criação de uma imagem à besta. O profeta relaciona assim as duas no versículo 14: ‘E engana os que habitam na Terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse na presença da besta, dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia’. O engano levado a efeito pela operação de milagres prepara o caminho para o cumprimento desta cláusula relativa à formação de uma imagem à besta” (SMITH, 1979, p. 213).  

“‘O poder de Satanás aumentaria, e alguns de seus dedicados seguidores teriam poder para operar milagres, e mesmo fazer descer fogo do céu à vista dos homens’. – PE., 59. ‘E Satanás, rodeado de anjos maus, e declarando-se Deus, operará milagres de todas as espécies, para enganar, se possível, os próprios eleitos. O povo de Deus não encontrará sua segurança na operação de milagres; pois Satanás imitará os milagres que forem operados. O provado e experimentado povo de Deus, encontrará seu poder de que fala Êxodo 31:12-18’. – 3 TS, p. 284. […]  

“‘Foi pela operação de um pode sobrenatural, ao fazer da serpente médium, que Satanás provocou a queda de Adão e Eva no Éden. Antes do fim do tempo ele fará ainda maiores sinais. Tanto quanto lhe permita o poder, executará milagres em nossos dias […] Nos últimos dias aparecerá de uma maneira tal que fará com que os homens creiam ser ele Cristo ao vir pela segunda vez ao mundo. Transformar-se-á ele mesmo em realidade num anjo de luz’. – 5 T., p. 698.  

“‘Terríveis cenas de caráter sobrenatural logo se manifestarão nos céus, como indício do poder dos demônios, operadores de prodígios. Os espíritos diabólicos sairão aos reis da Terra e ao mundo inteiro, para segurá-los no engano, e forçá-los a se unirem a Satanás em sua última luta contra o governo do Céu. Mediante estes agentes, serão enganados tanto governantes como súditos. Levantar-se-ão pessoas pretendendo ser o próprio Cristo e reclamando o título e culto que pertencem ao Redentor do mundo. Efetuarão maravilhosos prodígios de cura, afirmando terem recebido do Céu revelações que contradizem o testemunho das Escrituras.  

“‘Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo’. – GC., 624. ‘Satanás… chegará a personificar Jesus Cristo, operando poderosos milagres; e os homens cairão prostrados e o adorarão como se fosse Jesus Cristo. Ser-nos-á ordenado adorar este ser, a quem o mundo glorificará como Cristo’. E.G. White, The Review and Herald, 18 de dezembro de 1888.  

“‘Ao o Espiritualismo assimilar mais solidamente o cristianismo nominal da época, tem um poder maior par enganar e enredar. Satanás mesmo está convertido, segundo a ordem moderna das coisas. Ele aparecerá no caráter de um anjo de luz. Através dos agentes do Espiritualismo, milagres serão operados, os doentes serão curados, e muitas maravilhas inegáveis se executarão… Através do Espiritualismo, Satanás aparece como um benfeitor da raça, curando os doentes do povo, e professando apresentar um sistema novo e mais elevado de fé religiosa’. – Spirit of Prophecy, v. 4, pp. 405, 406” (THIELE; BERG, 1960, p. 258 e 259).  

“Jesus advertiu que ‘falsos cristos e falsos profetas’ surgiriam ‘operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos’ (Mt 24:24). Paulo afirmou que o anticristo trabalharia nos últimos dias ‘com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça’ (2Ts 2:9, 10). No preparo para o Armagedom, ‘espíritos de demônios, operadores de sinais’ se dirigirão ‘aos reis do mundo inteiro’ (Ap 16:14). Em geral, a mente pragmática moderna resiste a acre ditar em milagres. O que algumas pessoas chamam de milagres, os céticos atribuem a mudança de circunstâncias, truques ou fraudes. 

“A ciência não inclui o sobrenatural em sua visão do mundo físico. Satanás se agrada da descrença em relação aos milagres. Ela contribui para seu propósito de enganar. O profeta revela que, quando chegar o tempo, ele usará seu poder sobrenatural para enganar (Ap 13:13, 14). ‘Não se acham aqui preditas meras imposturas’ (GC, 553). As pessoas, incapazes de explicar os milagres de Satanás, atribuirão ao poder de Deus. O mundo inteiro será levado cativo” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 909).  

“Fica evidente que poucas vezes Satanás se apresentará abertamente. Sua estratégia mais bem-sucedida consiste em cobrir-se de um manto de piedade, inclusive milagrosa. Devemos cuidar-nos para que não tenha vantagem sobre nós. (Ver II Coríntios 2:11.) […] Satanás é tão sutil em seus enganos que inclusive é capaz de citar as Santas Escrituras, isolando-as de seu contexto, como fez com Cristo nas tentações do deserto. Porém ali Jesus demonstrou que o correto uso das Escrituras é a arma que nos dará a vitória. Já no Antigo Testamento Deus dizia: ‘À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva’ (Isaías 8:20)” (BELVEDERE, 1987, p. 26).  

“Você se surpreende com a idéia de que Satanás tratará de enganar a respeito da segunda vinda de Cristo? Ele já o fez quando ocorreu o primeiro advento. Apesar de existirem não menos de trezentas profecias do Antigo Testamento sobre a primeira vinda de Cristo, Satanás conseguiu fomentar a ignorância, o erro e o desinteresse, e o povo foi tomado de surpresa, sem se preocupar” (BELVEDERE, 1987, p. 39).  

“Forma republicana de governo. Ela pede que seu povo faça ‘uma imagem à besta’ (Apoc. 13:14.)” (COFFMAN, 1989, p. 46). 

“[…] a ‘imagem da besta’ a ser formada pelos Estados Unidos, deverá ser uma transformação da nação protestante numa semelhança do papado. […] A história profética passada do papado mediou entre 538 e 1798. Alguns poucos anos antes de 538, Justiniano, imperador do Oriente, investiu o papa, ou melhor, o papado, como ‘cabeça da igreja e corretor de hereges’. Mas, para que pudesse ser o ‘corretor de hereges’, deveria o papado ter poder para tal além do poder eclesiástico. Foi então que premeditou e realizou o seu sonho de unir-se ao governo civil e êste com êle.  

“Por essa união com o poder civil, tinha em suas mãos a sua espada para enfrentar os chamados hereges dissidentes, castigá-los, confiscar seus bens, encarcerá-los, torturá-los e sentenciá-los à morte. Foi isto — Igreja e Estado unidos — que constituiu o papado na Europa Medieval, o que o constitui hoje no Estado do Vaticano e o que o constituirá no futuro em tôdas as nações católicas. A união da igreja papal ou do próprio papado com o Estado, foi a mais negra experiência da história humana. Por essa união em que Roma papal dominou o poder civil, o papado tornou-se intolerante, e, pela fôrça do Estado, procurou impor seus dogmas e eliminar os oponentes. Sua história foi regada com o sangue de dezenas de milhões de inocentes santos seguidores de Cristo que recusaram seguir o êrro de Roma como hediondo resultado do consórcio entre Igreja e Estado. […]  

“Uma imagem da bêsta nos Estados Unidos, será uma identificação do papado, como vimos acima. Será a união do protestantismo americano com o Estado Americano. Estado e Igreja num consórcio idêntico ao do papado com o poder civil. E êste estado de coisas exarado na profecia, está já sendo a cogitação do protestantismo norte-americano, tendo, desde já algum tempo e para conseguir seus fins, procurado agremiar tôdas as igrejas protestantes numa única federação, principalmente as maiores denominações.  

“Numa sessão do Executivo dessa Federação das Igrejas, realizada em Syracusa, New York, foi declarado que o fim dessa federação é ‘aperfeiçoar uma organização que daria ao protestantismo o que êle tanto necessita como assistência eficaz e realizaria A SUPREMACIA REPRESENTATIVA DA REPÚBLICA APOSTÓLICA, assegurando-lhe dessa forma as vantagens que a Igreja de Roma possui na Sua magnífica organização’ (O Sábado, G. Stein Filho, p. 179)” (MELLO, 1959, p. 377).  

“O bispo Hendrix, expondo as relações dessa federação com o Estado, disse em resumo o seguinte: ‘O Estado é a mais completa e mais universal de tôdas as agremiações humanas. A súplica contida na oração dominical: ‘Venha o Teu reino’, está definida nas palavras imediatas: ‘Faça- se a Tua vontade assim na terra como no céu’. E’ êsse o Estado ideal […] O nosso objetivo não é ter uma religião estabelecida pelo Estado e sim ter um Estado estabelecido pela religião. O de que nós precisamos em nosso país não é uma Igreja estabelecida e sim um Estado estabelecido (pela Igreja). Uma parte da missão da Igreja é pois estabelecer o Estado’ (O Sábado, G. Stein Filho, p. 180 e 181).  

“A igreja ou igrejas protestantes americanas usarão o poder civil para reprimir tudo quanto julgar ser heresia, impor seus dogmas sob pena de confiscação de bens, de prisão e de morte dos recalcitrantes. Entretanto, a ‘imagem da bêsta’ será um ato, como reza o versículo, de engano sob a tutela de ‘sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da bêsta’” (MELLO, 1959, p. 378).  

“A constituição dos Estados Unidos não permite a formação da “imagem da bêsta”, isto é, a união da Igreja com o Estado, ou, melhor, a supremacia da Igreja sôbre o Estado. A constituição americana é a garantia absoluta da liberdade de consciência pela qual labutaram e na qual fundamentaram a vida da nação os seus fundadores. […]  

“Em 1863 uma reunião de preeminentes protestantes teve por único objetivo influir para que uma emenda na Constituição federal viesse a ser votada pelo Congresso, a fim de que fizesse dos Estados Unidos uma nação ‘cristã’! No ano seguinte surgiu uma completa organização sob o nome de ‘Liga para a consecução de uma emenda religiosa à constituição’, passando a chamar-se Liga de Reforma Nacional. […]  

“Em 1867 foi fundado o ‘The Christian Stateman’, órgão oficial da supradita Liga, que, em 1884, inseria um artigo, com esta declaração: ‘Dê-se a entender a todo o mundo que constituímos uma nação cristã e que, por acreditarmos não poder subsistir sem o cristianismo, nos vemos na contingência de conservar por todos os meios o nosso caráter cristão. Inscreva-se isto no pavilhão de nossa Constituição […] Obrigue-se a todos os que vierem ter ao nosso país a obedecer às leis da moral cristã’.  

“Num artigo publicado no mesmo jornal, em data de 13 de janeiro de 1887, dizia o Rev. M. A. Gaul, um dos vultos mais eminentes dessa Liga e advogado da Reforma Nacional: ‘O nosso remédio contra tôdas as influências perniciosas está em decretar o Govêrno a Lei Moral e reconhecer a autoridade de Deus que está por detrás desta, deitando mão a tôda a religião que se não conformar com a mesma’.  

“A 21 de março de 1888, o vice-presidente dessa Liga, num discurso publicado no mesmo jornal, dizia o seguinte: ‘Podemos acrescentar com todo o direito: Se os adversários da Bíblia não se agradarem de nosso govêrno e de sua lei cristã, que vão para um país selvagem e deserto e o conquistem em nome do diabo e para o diabo, fundando aí para si um govêrno baseado nas suas idéias incrédulas e ateístas, e se o puderem suportar, que continuem lá até morrer’” (MELLO, 1959, p. 378, 379 e 380).  

“Em 1877 a Liga da Reforma Nacional aliou-se com a Liga de Temperança das Mulheres Cristãs, um dos mais eminentes vultos da qual foi a Snra. Francis Willard, que, num relatório dessa Liga, publicado em 1886, disse o seguinte: ‘Ainda havemos de ter uma verdadeira teocracia […] A bem da humanidade importa que, na lei, Cristo seja elevado ao trono pelos legisladores. Por isso solicito, como patriota cristã, o direito de voto para as mulheres’.  

“Em outubro de 1888 realizou-se em New York uma convenção dessa Liga, na qual foi tomada a seguinte resolução: ‘Resolvemos que Cristo e Seu Evangelho devem dominar soberanamente, o primeiro como Rei Universal e o segundo como Código Geral, no nosso govêrno e nos negócios do Estado’.  

“O objetivo principal dessa Liga transpira ainda mais nitidamente de um discurso proferido numa assembléia geral pela mesma Snra. Francis Willard, então presidente da Liga: ‘A Liga de Temperança das Mulheres Cristãs local, estadual, nacional e universal se inspira num pensamento vivo e orgânico, num objetivo que faz perder de vista todos os demais, num entusiasmo imorredouro, a saber, que Cristo deve ser o Rei dêste mundo’. O reino de Cristo tem de ser estabelecido na lei, entrando pela porta da política. Por isso suplicamos a Deus que não lhes dê sossêgo (aos partidos contrários) até que jurem vassalagem a Cristo, e, formados num único e grande exército, marchem para as urnas a fim de glorificar a Deus’” (MELLO, 1959, p. 380 e 381). 

 “Em 1887 a Liga de Reforma Nacional, reforçada já pela sua aliança com a Liga de Temperança das Mulheres Cristãs que, no fundo, pugnava pelo mesmo ideal, fêz aliança com o segundo elemento, o Partido Proibicionista, cujo objetivo foi claramente definido por um de seus membros, num discurso pronunciado em Cansas City: ‘Desejo e espero que não estará longe o dia em que no nosso país a voz da igreja de Cristo há de ser ouvida e acatada em tôdas as importantes questões da vida. Aguardo saudoso o despontar do dia em que a legislatura, tanto estadual como municipal, há de estar de acôrdo com o eterno princípio da retidão e da justiça conforme elas foram reveladas por Cristo e são proclamadas pela igreja.  

“‘Ó dia abençoado, quando o juízo unânime do povo de Deus na América há de ser acolhido com respeito nas importantes questões sôbre temperança, castidade e decência, e ser convertido em lei’. ‘Praticamente o papismo jamais aspirou a alguma outra coisa. Tôda a sua aspiração e esforço se concentrou sempre em que a legislatura civil, tanto nacional, como estadual e municipal, de qualquer país, estivesse de acôrdo com os princípios da retidão e da justiça, conforme eram proclamadas pela igreja, e que o juízo unânime do povo de Deus (apurado nos concílios), fôsse acatado e convertido em lei.  

“‘É a autoridade da Igreja superposta a dos governos seculares e interferindo com a dêstes nos negócios civis, contra os ensinamentos claros de Cristo; é a elevação da Igreja à paridade com Deus e a exaltação do homem em lugar dÊle, usurpando-Lhe êste as atribuições e exercendo-as sob pretexto de ser o substituto de Deus na terra, exatamente como sucede com o papismo (O Sábado, G. Stein Filho, p. 164 – 166)” (MELLO, 1959, p. 381 e 382).  

“As pessoas são levadas a adorar a primeira besta. Esta adoração significa submissão à autoridade daquele a quem se presta reverência. Este é o retrato que a profecia fornece da adoração dedicada ao papado pelos chamados protestantes. No ato de impor uma adoração, este poder se coloca no lugar de Deus, único ser digno, em todo o universo, de ser adorado” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 49). 

Imagem. Do gr. eikōn, ‘semelhança’, ‘imagem’. Cristo é chamado de eikōn de Deus (2Co 4:4; Cl 1:15). O plano da salvação tem o objetivo de transformar o ser humano em eikōn de Cristo. Eikōn indica um modelo ou tipo, em muitos aspectos, semelhante a seu arquétipo. A imagem da besta será uma organização que funcionará segundo os mesmos princípios da primeira besta. O que caracteriza a atuação da primeira besta é o uso do poder estatal para apoiar instituições religiosas. Assim, na imitação, a segunda besta deverá repudiar seus princípios de liberdade. A igreja prevalecerá sobre o estado para impor seus dogmas. O estado se colocará a serviço da igreja, e o resultado será a perda da liberdade religiosa e a perseguição das minorias discordantes” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 909).  

“Uma imagem é algo que lembra muito bem uma outra coisa. Se um jovem tem a mesma imagem do pai, é porque ele se parece muito com o pai. A besta-leopardo recebeu autoridade do grande dragão. Houve uma união da Igreja e do Estado que destruiu a liberdade religiosa. Vemos poderes em atividade para restringir nossas liberdades. Pessoas religiosas estão clamando que os Estados Uni’ dos são um país muito secular. Essas pessoas pensam que o remédio é uma federação de igrejas com poder governamental. Se a igreja não pode salvar o povo por meio da pregação do evangelho, ela vai tentar conseguir isso através da política e da força” (FEYERABEND, 2005, p. 117).  

É por influência de Roma que o Congresso americano suprimirá a liberdade de consciência de sua Constituição. Vejamos o que dissera o papa Leão XIII aos católicos dos Estados Unidos em uma pastoral de 7 de novembro de 1885: ‘Se os católicos dão prova de indolência as rendas [rédeas] do govêrno cairão em mãos de pessoas cujas idéias são pouco favoráveis ao bem estar (da igreja). Suficiente motivo têm os católicos para intervir na vida política, para que o sangue vivo da ciência e da virtude católicas penetre em todo o organismo dos Estados. Todos os católicos que se prezam sê-lo hão de ter sempre em mente êste fim e hão de trabalhar e influir até que cada um dos Estados se torne transformado conforme a imagem descrita por nós’ (Gazeta de Colônia, 13 de julho de 1896). 

“Vemos que a profecia e seu cumprimento não podiam ajustar-se melhor. Grandes organizações protestantes influentes estão em franca atividade desde algum tempo para conseguir os seus fins que afinal resultarão na ‘imagem da besta’. Fundaram agremiações com o propósito de conseguir o objetivo comum, algumas das quais se denominam National Reform Association; International Reform Ruriau; Lords Day Alliance; Federal Concil of the Church of Christ in America.

“Também sociedades católicas nos Estados Unidos procuram atingir o mesmo fim; e assim o protestantismo como o catolicismo conjugam suas forças num desmedido esforço marchando juntos para a consecução da ‘imagem da bêsta’ em homenagem ao papado romano. Deste modo a ‘imagem da bêsta’ encaminha-se para sua formação segundo os moldes de Roma, como reza a inspiração. E a nação norte-americana alicerçada nos mais sagrados direitos inalienáveis do homem — a liberdade de consciência — transformar-se-á em nação opressora, falando deveras como o dragão. E o denominado ‘Conselho Mundial de Igrejas’ está apressando, conjuntamente com as demais entidades que trabalham para o mesmo fim, a aproximação da catástrofe futura da nação da liberdade” (MELLO, 1959, p. 382 e 383).  

“O Apocalipse diz que a besta da terra fará uma imagem à besta do mar e forçará o mundo todo a adorá-la. Qualquer pessoa que se recuse a adorar a imagem pode ser morta, ou no mínimo ser proibida de exercer atividades econômicas. O que é essa ‘imagem’? […]  

“Uma imagem é uma representação concreta – geralmente uma estátua, pintura ou fotografia – de alguma outra coisa. Provavelmente devamos entender a imagem em Apocalipse 13 como sendo uma estátua. Vários capítulos atrás enfatizei que Apocalipse 13 extrai muitos simbolismos de Daniel. O mesmo se aplica à imagem. Você com certeza se lembra de que, após o sonho da estátua de Nabucodonosor (Dn 2), ele construiu uma imagem inteiramente de ouro (Dn 3). Então reuniu todos os líderes do reino da Babilônia e ordenou que se inclinassem perante essa imagem, senão sofreriam a morte numa fornalha de fogo.  

“Parece óbvio que, ao descrever a imagem que a besta da terra faz, o Apocalipse está fazendo referência a essa história de Daniel. Embora uma imagem seja uma representação concreta de alguma outra coisa, ela não é aquilo que representa. Para ser uma imagem, precisa ser ao mesmo tempo semelhante ao objeto que representa e distintamente diferente dele.  

“Felizmente, o Apocalipse identifica o objeto que a imagem representa: é uma imagem da ‘besta […] que, ferida à espada, sobreviveu’ (v. 14) – isto é, a besta que surge do mar. Já identificamos a besta do mar como sendo o papado; portanto, a imagem precisa imitar o papado em certos aspectos-chave. Não esperamos que a imagem da besta seja uma estátua literal; ela representa uma entidade que tenha algumas das principais características do papado. Mencionarei cinco delas.  

  1. O papado é uma organização de seres humanos. Portanto, a imagem será uma organização humana de algum tipo. 
  2. O papado é uma organização religiosa. Podemos esperar que a imagem também seja uma organização religiosa. 
  3. O papado é uma organização religiosa cristã. Então, isso também deve se aplicar a sua imagem. 
  4. O papado do tempo do fim é intolerante: ele “[peleja] contra os santos” (v. 7), isto é, persegue aqueles que discordam dele. A besta da terra que faz uma imagem da besta do mar é terrivelmente intolerante. Por isso, podemos concluir que a imagem que ela faz também será intolerante contra aqueles que discordam dela. 
  5. O papado, ao longo de toda a sua história, tem sido uma organização muito política, e já vimos que o papado do tempo do fim terá poder político global. Portanto, sua imagem também terá poder político global. 

“Então, se os Estados Unidos irão fazer uma imagem à besta, parece seguro concluir que a entidade que a imagem representa será uma organização religiosa cristã que tenha grande poder político e também seja intolerante. O cristianismo de hoje está dividido em três ramos principais: católico romano, católico ortodoxo e protestante. A imagem da besta do mar quase certamente será um desses.  

“Obviamente, podemos excluir o catolicismo, uma vez que ele é o original, do qual a imagem é a cópia. Isso nos deixa com o cristianismo ortodoxo oriental e o cristianismo protestante. Podemos excluir o cristianismo ortodoxo, uma vez que os Estados Unidos são predominantemente uma nação protestante. Portanto, a imagem que a besta da terra erige será o protestantismo” (MOORE; LIRA, 2013, p. 104 – 106). 

“Quando as igrejas de nosso país [EUA], unindo-se em tais pontos de fé que elas mantêm em comum, influenciarem o Estado a impor seus decretos e amparar suas instituições, então a América protestante terá formado uma imagem da hierarquia romana. Nesse tempo a igreja verdadeira será atacada pela perseguição, como sucedeu com o antigo povo de Deus (Ellen G. White, Spirit of Prophecy, vol. 4, p. 278)” (RAMOS, 2006, p. 238). 

“Não podemos esperar que os sinais ou milagres mencionados aí ocorram até que tenha sido restaurado o poder da Igreja-Estado. […] Atualmente, estamos vendo, porém, certos acontecimentos que convergem para esse ponto. O Movimento da Nova Era, o misticismo oriental, o espiritismo e o espiritualismo estão contribuindo para levar o mundo à aceitação dos enganos de que fala Apocalipse 13. […] Milagres não são prova de genuinidade cristã” (COFFMAN, 1989, p. 47 e 48).  

“Simples conhecimento da verdade não protege necessariamente a humanidade contra o engano. De acordo com II Tessalonicenses 2:10, os que serão protegidos ‘amam a verdade’. […] ‘A teoria da verdade não acompanhada do Espírito Santo, não pode vivificar a alma, nem santificar o coração. Pode estar-se familiarizado com os mandamentos e promessas da Bíblia, mas se o Espírito de Deus não introduzir a verdade no íntimo, o caráter não será transformado. Sem a iluminação do Espírito, os homens não estarão aptos para distinguir a verdade do erro, e serão presas das tentações sutis de Satanás’. – Parábolas de Jesus, p. 408 e 411” (COFFMAN, 1989, p. 48).  

“A profecia indica claramente que as maravilhas realizadas pelo poder do espiritismo visam a persuadir o povo dos Estados Unidos a formar uma imagem da besta que representa o papado. A profecia é simbólica, e isso significa que essa nação estabelecerá uma organização semelhante à que constitui o papado. Este, em seu desenvolvimento completo, é a união da Igreja e do Estado. Mesmo em sua forma reduzida, o papa continua a ser reconhecido como chefe de Estado e como dirigente religioso do catolicismo romano. A profecia predisse a confederação de três forças poderosas [Apoc. 16:13], a qual fará com que seja estabelecida nos Estados Unidos uma união da Igreja com o Estado, que resultará nas últimas perseguições. Outras nações do mundo seguirão o seu exemplo. Dois erros espirituais tornam essa união um movimento natural: a imortalidade da alma e a santidade do domingo” (COFFMAN, 1989, p. 51).  

“A igreja de Roma não renunciou a suas pretensões à supremacia; e, se o mundo e as igrejas protestantes aceitam um dia de repouso de sua criação, ao mesmo tempo em que rejeitam o sábado bíblico, acatam virtualmente estas pretensões. Podem alegar a autoridade da tradição e dos pais da igreja para a mudança, mas, assim fazendo, ignoram o próprio princípio que os separa de Roma, de que — ‘A Bíblia, e a Bíblia só, é a religião dos protestantes’. Os romanistas podem ver que estão enganando a si mesmos, fechando voluntariamente os olhos para os fatos em relação ao caso. À medida que ganha terreno o movimento em favor do repouso dominical obrigatório, eles se regozijam, na certeza de que, por fim, todo o mundo protestante será reunido sob a bandeira de Roma. Os romanistas declaram que ‘a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, malgrado seu, à autoridade da Igreja [Católica]’. — Plain Talks About Protestantism 

“A imposição da guarda do domingo por parte das igrejas protestantes é uma obrigatoriedade do culto ao papado — à besta. Os que, compreendendo as exigências do quarto mandamento, preferem observar o sábado espúrio em lugar do verdadeiro, estão desta maneira a prestar homenagem ao poder pelo qual somente é ele ordenado. Mas, no próprio ato de impor um dever religioso por meio do poder secular, formariam as igrejas mesmas uma imagem à besta; daí a obrigatoriedade da guarda do domingo nos Estados Unidos equivaler a impor a adoração à besta e à sua imagem” (WHITE, 2013, p. 390 e 391).  

“Mediante os dois grandes erros — a imortalidade da alma e a santidade do domingo — Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma. Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência” (WHITE, 2013, p. 513).  

“Os dignitários da Igreja e do Estado unir-se-ão para subornar, persuadir ou forçar todas as classes a honrar o domingo. A falta de autoridade divina será suprida por legislação opressiva. A corrupção política está destruindo o amor à justiça e a consideração para com a verdade; e mesmo na livre América do Norte, governantes e legisladores, a fim de conseguir o favor do público, cederão ao pedido popular de uma lei que imponha a observância do domingo. A liberdade de consciência, obtida a tão elevado preço de sacrifício, não mais será respeitada. No conflito prestes a se desencadear, veremos exemplificadas as palavras do profeta: ‘O dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo’. Apocalipse 12:17” (WHITE, 2013, p. 517). 

“O Senhor me mostrou claramente que a imagem da besta será formada antes que termine a graça. Isso será a grande prova para o povo de Deus, pela qual será decidido seu destino eterno [Citado Ap 13:11-17] (ME2, 81). Esta é a prova pela qual o povo de Deus tem de passar antes de ser selado. Todos os que demonstrarem sua lealdade a Deus, observando Sua lei e recusando aceitar o falso dia de repouso, colocar-se-ão sob o estandarte do Senhor e receberão o selo do Deus vivo. Os que renunciarem à verdade de origem celestial e aceitarem o domingo como o sábado de repouso receberão a marca da besta (Carta 11, 1890; Mar [MM 1977], 162). […] 

“Quando as igrejas protestantes se unirem com o poder secular para sustentar uma falsa religião por cuja oposição seus ancestrais suportaram a mais feroz perseguição, quando o Estado usar seu poder para promulgar os decretos e sustentar as instituições da igreja, então a América protestante terá formado uma imagem ao papado, e haverá uma apostasia nacional que só poderá acabar em ruína nacional (ST, 22/03/1910). […] 

“Há muitos que nunca tiveram a luz. Foram enganados por seus mestres, e não receberam a marca da besta. O Senhor está trabalhando com eles; não os deixou entregues aos seus próprios caminhos. Até que sejam convencidos da verdade e pisem nas evidências dadas para esclarecê-los, o Senhor não retirará deles Sua graça (Carta 7, 1895)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1090 e 1091). 

“A América exercerá seu tremendo poder político no sentido de impor um modelo de religião que se oporá diretamente aos Dez Mandamentos. Ela convencerá o mundo a seguir-lhe o exemplo. À medida que crescer a tensão, talvez ao começarem a cair as pragas, o país chegará até mesmo a decretar leis que estabelecerão a pena de morte aos desobedientes. Contudo, embora a América esteja envolvida no processo de erguer uma ‘imagem’ à besta, podemos assumir que esse país considerará que suas intenções são boas, como o fez a ‘besta’ que a nação estará copiando.  

“Ao longo de sua história, a Igreja Romana sempre se mostrou útil sob diversos ângulos, e muitas vezes assumimos juntos, nesse livro, que mesmo ao perseguir os ‘hereges’, ela pensava estar oferecendo um serviço a Deus. Ela não obscureceu o ministério sacerdotal de Cristo, ou mudou os mandamentos, como um pretexto para poder molestar os hereges! Ela fez o que lhe parecia ser o melhor e opôs-se às minorias conscienciosas quando estas discordaram da orientação geral.  

“Podemos permanecer na expectativa de algum desastre global, tal como uma guerra convencional entre as superpotências, na qual a América perca rapidamente a dianteira; talvez um colapso financeiro em que as nações do terceiro mundo declarem a moratória de suas dívidas e os gigantescos bancos do Ocidente entrem em falência; ou mudanças genéticas e pestes que resultem em quebras cataclísmicas das colheitas. A Bíblia não estabelece a premissa exata. Piedosos políticos americanos, em resposta ao desastre, convidarão a um retorno à fé dos Pais Fundadores e a uma ética puritana do trabalho — ambas plausíveis, mas que seriam uma ameaça às convicções individuais quanto ao dia sagrado de Deus. Em vista da emergência nacional – e do ‘bem-estar geral’ e da ‘defesa comum’ — as diferenças pessoais seriam suprimidas.  

À medida que se alastrasse o pânico, as pessoas conscienciosas seriam acusadas, como se fossem bodes expiatórios. O que disseram as nossas autoridades constitucionais há poucas páginas, ao comentarem o tratamento dado aos americanos de ascendência japonesa? ‘Em guerras futuras’ (elas poderiam ter mencionado qualquer emergência nacional) ‘não poderemos garantir a nenhuma pessoa que pertença à minoria… religiosa… que o preconceito e a intolerância da comunidade não venham a expressar-se através de um programa de supressão’.  

“O Congresso e o Presidente provavelmente não decretarão a legislação inicial com o intuito de atingir a minoria que guarda os mandamentos de Deus, não mais que Nabucodonosor ergueu sua imagem de ouro com o propósito de lançar na fornalha os três amigos de Daniel. O rei até mesmo concedeu àqueles homens a oportunidade de modificarem sua postura. Todavia, quando os três jovens hebreus responderam bravamente: ‘Não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste’, a ira do rei não conheceu limites. Veja Daniel 3:18.  

“A atitude mais fácil a ser tomada quando for erigida a imagem da besta, será acompanhar a multidão. As pessoas que têm acreditado nas mentiras da serpente, de que as leis de Deus não necessitam, não devem e não podem ser obedecidas […] acharão caminho fácil na condescendência. Serão facilmente enganadas pelos sinais e maravilhas de Satanás. Veja II Tessalonicenses 2:9-12. Elas se prostrarão diante da imagem — e receberão a marca da besta.  

“Mas as pessoas que nutrem a ‘fé de Jesus’ e que aprenderam a vencer assim como Cristo venceu (Apocalipse 3:21), decidirão — mesmo sob risco de suas vidas — honrar a Deus. Considerarão a lealdade a seu Criador e Redentor como a questão mais importante. Estas pessoas corajosas muito em breve encontrar-se-ão cantando sobre o mar de vidro” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 358 e 359). 

13.15e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.Deus criou a humanidade à Sua imagem e semelhança, e Satanás fará algo semelhante disfarçado pelo pseudocristianismo católico – criará um movimento evangélico à imagem e semelhança do catolicismo romano. Esses evangélicos agirão de modo exatamente igual aos católicos dos 1260 anos (idade média): os EUA se tornarão um país “evangélico”. Estado e Igreja, a política e a religião estarão unidas, de modo que os evangélicos acusarão os filhos de Deus genuínos de heresia, desobediência civil, fanatismo e ameaça ao planeta! Os delatarão, perseguirão, condenarão, prenderão e através de decretos judiciais terão o direito/dever de matar seus próprios concidadãos, pelo fato de esses santos se recusarem a participar da religião global e suas irracionais blasfêmias contra Deus e Sua Palavra, a qual terá como membros todos os habitantes da Terra, exceto os legítimos adoradores do Criador, aqueles que obedecem aos 10 Mandamentos de Sua lei inclusive o mandamento sabático, algo que os adoradores da religião globalista evangélico-romanista desdenharam por muito tempo.

“Foi-lhe concedido animar a imagem da bestaʰ, de tal modo que esta até falasse e mandasse matar todos os que não adorassem a imagem da besta. […] 

h. Lit.dar um espírito à imagem da besta” (ECUMÊNICA, 1994, p. 2441). 

fôlego. Mesma palavra grega usada para ‘espírito’. Alusão a Gn 2:7. Os v. 15-17 representam o clima de guerra de 12:17. imagem da besta. Um novo personagem no drama. Atua, no fim do tempo, como perseguidora e exige adoração, assim como a besta do mar no passado. Esta é uma clara alusão à adoração da imagem em Dn 3” (BÍBLIA, 2015, p. 1666 e 1667). 

“A Igreja de Roma, na Idade Média, impunha sua autoridade por meio de um sistema legislativo repressivo pelo qual o governo civil perseguia e matava os dissidentes. Essa profecia diz que, num futuro próximo, haverá um poder político com autoridade semelhante para se opor à liberdade de consciência com os mesmos resultados obtidos durante a Inquisição – à semelhança da adoração imposta à imagem de ouro, em Daniel 3. O texto se refere à união de poderes religiosos e civis com o propósito de tentar impor uma prática idólatra. A recusa em reconhecer a autoridade dessa aliança implicará no decreto de morte aos fiéis a Cristo” (CAVALCANTI et al., 2018, p. 80 e 81). 

“[…] quando os Estados Unidos deixarem de ser o que agora são para formarem a ‘imagem da bêsta’, entregarão a esta o poder governativo que agora exercem. A voz ativa da nação será daí em diante a voz da ‘imagem da bêsta’ e não mais a voz de uma nação de liberdade. Em outras palavras, como a ‘imagem da bêsta’ é a união entre Igreja e Estado, em que aquela faz dêste o seu servo, a igreja terá o poder para falar e o Estado o dever de executar a sua fala. Ou podemos também dizer que o Estado falará não mais como um Estado civil livre, mas como um Estado religioso opressor que é a ‘imagem da bêsta’. É isto o que quer dizer: ‘Ê foi-lhe (ao Estado pelo dragão) concedido que desse espírito à imagem da bêsta, para que a imagem da bêsta falasse’, e falasse como o dragão” (MELLO, 1959, p. 383).  

“A crença em estátuas que falam é amplamente atestada na literatu­ra antiga. Algumas estátuas eram ocas e assim permitiam que o sacerdote do santuário se escondesse dentro dela e falasse como se fosse um deus. O ventriloquismo e outras formas de engano também eram comuns” (BÍBLIA, 2013, p. 2063). 

Fôlego. Do gr. pneuma, ‘espírito’, ‘vento’, ‘fôlego’. A primeira besta ganha vida pelo poder operador de milagres da segunda besta. Ao começar a atuar, o novo poder, assim como o anterior, ameaça de morte os que se recusam a obedecer. Falasse. A primeira ação da imagem da besta é falar, sem dúvida, por meio de suas leis e seus decretos. Fizesse. Depois de falar oficialmente mediante leis, a imagem da besta pretende executá-las. Uma vez que são religiosas, as leis ferem as convicções de muitos. Assim, haverá uso de força para que os decretos entrem em vigor. Morrer. Esta é a história que se repete. As leis religiosas sempre são acompanha das de perseguição. Foi assim durante a Idade Média; é só lembrar do massacre dos albingenses, valdenses e outros. Essas ações foram executadas pelo poder civil, mas este foi movido à ação pela igreja dominante da época. Na tentativa de fazer todos os habitantes da Terra serem leais à primeira besta (ver com. do v. 8), a segunda besta promulgará um decreto de morte contra todos que permanecerem em sua lealdade a Deus” (NICHOL, DORNELES, 2014, p. 909 e 910). 

“A besta da terra converterá os povos do mundo a fazer uma imagem à besta que recebeu a ferida mortal. Uma imagem é a cópia de alguma realidade. Essa profecia mostra que os poderes mundiais serão seduzidos a fim de criar um sistema de religião estatal, semelhante ao que existia na Idade Média. Quando os poderes civis e políticos se unirem às principais organizações religiosas para impor uma religião às pessoas, a imagem da besta será formada. 

“Toda essa cena espelha Daniel 3. Nesse capítulo, o rei Nabucodonosor ordena aos súditos de seu reino, sob ameaça de morte, que adorem a imagem de ouro que ele mandou erigir. Assim como a adoração da estátua de ouro era compelida por um decreto legislativo na época de Daniel, a exigência por adoração popular no tempo do fim será apoiada por poderes civis, forçando toda a Terra a adorar a besta do mar.  

“Apocalipse 13 indica que os Estados Unidos, em grande parte protestante, assumirão um papel de liderança na cura da ferida mortal da besta do mar. Explica ainda que o sistema político-religioso utilizado por Satanás durante a Idade Média se levantará novamente nos dias finais deste mundo, conquistando e controlando tanto a consciência quanto a adoração dos habitantes da Terra. Essa profecia aponta para o reavivamento da intolerância medieval no tempo do fim (Ap 13:15). A besta com aparência de cordeiro vai se aliar à besta do mar para estabelecer uma união religiosa e impor a instituição que caracterizou o cristianismo medieval na Europa ocidental e no Oriente” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 79 e 80). 

“A ‘imagem da besta’, revestida do poder da própria nação, falará contra os que se lhe oporem, isto é, contra aquêles que protestarão contra a união ilícita e anti-evangélica de Igreja e Estado. Sua fala contra êles será de morte, dada a fidelidade dêles aos mandamentos de Deus e a recusa da aceitação da ‘imagem da bêsta’ e de suas imposturas. Mas nenhum dos servos de Deus há de morrer pelas sentenças da ‘imagem da bêsta’ estadunidense. Deus os protegerá de modo a não lhes cair um só fio de cabelo da cabeça. Serão protegidos pelas legiões de santos anjos celestiais, pelo que não será executada contra êles a sentença de morte em razão da lealdade que manifestam à lei de Deus e ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Êles, reza a profecia, sairão ‘vitoriosos da bêsta, e da sua imagem’ (Ap 15:2). Esse futuro tempo será para êles a ‘angústia de Jacó’ e não morte de Jacó, pois êste não morreu em sua angústia” (MELLO, 1959, p. 384).  

Qual é o fundamento disso? No quinto selo está profetizado que outros mártires se juntariam aos já existentes, até ‘se completar a quantidade’. Se as bestas mataram no passado, qual profecia as impediria de repetir os crimes no futuro?  

“Assim como as águas de Deus, no Dilúvio, não atingiram os selados salvos na arca, assim como os hebreus na terra de Gósen, no Egito, não sofreram uma sequer das dez pragas (Êx 8:22 e 9:4), os selados salvos no fim do tempo do fim não serão atingidos. Não haverá mais baixas nem notas de falecimento entre o povo de Deus após o fechamento da porta da graça, assim como foi no Dilúvio, ‘nos dias de Noé’ (Mt 24.37)!” (SILVA, 2011, p. 33).  

“As igreja filhas do papado, também representadas na profecia apocalíptica como o ‘falso profeta’ dos ‘grandes sinais’ (Ap 13:13,14 e 19:20), em conjunto com o ex-país modelo de liberdade e cristianismo genuíno, do republicanismo e do protestantismo (a besta dos ‘dois chifres’, Ap 13:11), os Estados Unidos da América, decretarão o domingo como dia do Senhor Jesus e impedirão que o remanescente fiel que procura obedecer 100% da Lei eterna (Ap 14:12), como o Senhor Jesus obedeceu (Jo 15:10), pelo poder do Senhor Espírito (Mt 12:28), compre e venda, pois esse grupo de cristãos não possui a marca da rebeldia em seu caráter, a marca da ilegalidade, o sábado espúrio! (Cf. Ap 12:17 e 13:11-18) 

“Pelo contrário, a marca ou o selo ou o sinal presente no estilo de vida desse pessoal é santidade ou separação do mundo, pois JAVÉ os santificou na Pessoa do Espírito Santo; é o caráter bíblico e obediente à Lei; é o sábado do sétimo dia! Essa separação visível entre salvos e perdidos ficará gradualmente mais clara na saída do decreto dominical (Ap 13:14) que coincidirá com o selamento dos salvos e o fim do juízo pré-advento (Ap 7:1- 3), posto que, ao desobedecer a um poder o ser humano estará automaticamente obedecendo ao outro, Deus ou o dragão, sábado ou domingo, Bíblia ou ecumenismo; na saída do decreto de morte (:15) iniciando pelos EUA, na queda das pragas, no Armagedom e, por fim, na volta de Jesus! 

“‘A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito’ (Pv 4:18). ‘Como nos dias de Noé’, como nos sete dias dentro da arca (Gn 7:10), serão dias angustiosos para a Igreja de Cristo na Terra. ‘Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela’ (Jr 30:7). ‘Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro. Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente’ (Dn 12:1-3)” (SILVA, 2011, p. 37).  

“Assim, a profecia prediz um tempo em que influências religiosas nos Estados Unidos impelirão suas legislaturas a ‘falarem’ em defesa do papado e promoverem seus interesses. Por muitos anos temos visto indicações dessa espécie de cooperação. Quando isso se cumprir plenamente, a América protestante mostrar-se-á infiel ao seu encargo e poderá ser considerada apropriadamente como ‘falso profeta’. […]   

“O livro do Apocalipse, de modo coerente, faz distinção entre a adoração da besta e a adoração da imagem da besta (ver Apoc. 14:9 e 11; 15:2; 16:2; 19:20; 20:4). A dedução é que não somente o papado estará envolvido no estabelecimento da ‘imagem’, mas também outras corporações que professam ser cristãs, as quais, como o papado, estarão coligadas com o governo. Apocalipse 19:20 refere-se à segunda besta de Apocalipse 13 chamando-a de ‘falso profeta’. Falso profeta é aquele que pretende falar em nome de Deus, mas aceita a orientação de um poder estranho. O ‘falso profeta’ é o poder religioso na ‘imagem’ que está ligado ao poder político. Visto que esse ‘falso profeta’ é distinguido no Apocalipse da primeira besta do capítulo 13 (o papado), e como é um falso sistema cristão, podemos dizer que representa o protestantismo apostatado” (COFFMAN, 1989, p. 49).  

“Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da ‘heresia’. A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins.  

“Quando quer que a Igreja tenha obtido o poder secular, empregou-o ela para punir a discordância às suas doutrinas. As igrejas protestantes que seguiram os passos de Roma, formando aliança com os poderes do mundo, têm manifestado desejo semelhante de restringir a liberdade de consciência. Dá-se um exemplo disto na prolongada perseguição aos dissidentes, feita pela Igreja Anglicana. Durante os séculos XVI e XVII, milhares de ministros não-conformistas foram obrigados a deixar as igrejas, e muitos, tanto pastores como do povo em geral, foram submetidos a multa, prisão, tortura e martírio.  

“Foi a apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o auxílio do governo civil, e isto preparou o caminho para o desenvolvimento do papado — a besta. Disse Paulo que havia de vir ‘a apostasia’, e manifestar-se ‘o homem do pecado’. II Tess. 2:3. Assim a apostasia na igreja preparará o caminho para a imagem à besta.  

“A Escritura Sagrada declara que antes da vinda do Senhor existirá um estado de decadência religiosa semelhante à dos primeiros séculos. ‘Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela’. 2 Timóteo 3:1-5. ‘Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios’. 1 Timóteo 4:1. Satanás operará ‘com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça’. E todos os que ‘não receberam o amor da verdade para se salvarem’, serão abandonados à mercê da ‘operação do erro, para que creiam a mentira’. 2 Tessalonicenses 2:9-11. Quando for atingido tal estado de impiedade, ver-se-ão os mesmos resultados que nos primeiros séculos.  

“A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico.  

“Carlos Beecher, em sermão pronunciado em 1846, declarou que o ministério das denominações evangélicas protestantes ‘não somente é formado sob terrível pressão do mero temor humano, mas também vive, move-se e respira num meio totalmente corrupto, e que cada instante apela para todo o elemento mais vil de sua natureza, a fim de ocultar a verdade e curvar os joelhos ao poder da apostasia. Não foi desta maneira que as coisas se passaram com Roma? Não estamos nós desandando pelo mesmo caminho? E que vemos precisamente diante de nós? Outro concílio geral! Uma convenção mundial! Aliança evangélica, e credo universal!’ — Sermão sobre: A Bíblia Como um Credo Suficiente, pronunciado em Fort Wayne, Indiana, a 22 de fevereiro de 1846. Quando, pois, se conseguir isto nos esforços para se obter completa uniformidade, apenas um passo haverá para que se recorra à força.  

“Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável” (WHITE , 2013, p. 386 – 388).  

“O expediente de Satanás neste conflito final com o povo de Deus é o mesmo que empregou no início da grande controvérsia no Céu. Pretendia estar buscando promover a estabilidade do governo divino, enquanto secretamente aplicava todo o esforço para conseguir sua subversão. E da mesma obra que assim se estava esforçando por cumprir, acusava os anjos fiéis. Idêntica política de engano tem assinalado a história da Igreja de Roma. Tem esta professado agir como substituta do Céu, ao mesmo tempo em que procura exaltar- se sobre Deus, e mudar Sua lei. Sob o governo de Roma, os que sofreram a morte pela sua fidelidade para com o evangelho eram denunciados como malfeitores; declarava-se estarem eles coligados com Satanás; e todos os meios possíveis foram empregados para cobri-los de infâmia, para fazê-los parecer aos olhos do povo, mesmo aos seus próprios, como os mais vis dos criminosos. Assim será agora. Enquanto Satanás procura destruir os que honram a lei de Deus, fará com que sejam acusados como violadores da lei, como homens que estão desonrando a Deus e acarretando juízos sobre o mundo.  

“Deus nunca força a vontade ou a consciência; porém o recurso constante de Satanás para alcançar domínio sobre os que de outra maneira não pode seduzir, é o constrangimento pela crueldade. Por meio do medo ou da força, procura reger a consciência e conseguir para si mesmo homenagem. Para realizar isto, opera tanto pelas autoridades eclesiásticas como pelas seculares, levando-as à imposição de leis humanas em desafio à lei de Deus.  

“Os que honram o sábado bíblico serão denunciados como inimigos da lei e da ordem, como que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção, e atraindo os juízos de Deus sobre a Terra. Declarar-se-á que seus conscienciosos escrúpulos são teimosia, obstinação e desdém à autoridade. Serão acusados de deslealdade para com o governo. Ministros que negam a obrigação da lei divina, apresentarão do púlpito o dever de prestar obediência às autoridades civis, como ordenadas de Deus. Nas assembléias legislativas e tribunais de justiça, os observadores dos mandamentos serão caluniados e condenados. Dar-se-á um falso colorido às suas palavras; a pior interpretação será dada aos seus intuitos.  

“Ao rejeitarem as igrejas protestantes os argumentos claros das Escrituras Sagradas, em defesa da lei de Deus, almejarão fazer silenciar aqueles cuja fé não podem subverter pela Bíblia. Embora fechem os olhos ao fato, estão agora a enveredar por caminho que levará à perseguição dos que conscienciosamente se recusam a fazer o que o resto do mundo cristão se acha a praticar, e a reconhecer as pretensões do sábado papal” (WHITE, 2013, p. 516 e 517).  

“Terrível é a crise para a qual caminha o mundo. Os poderes da Terra, unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretarão que todos, ‘pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’ (Apocalipse 13:16), se conformem aos costumes da igreja, pela observância do falso sábado. Todos os que se recusarem a conformar- se serão castigados pelas leis civis, e declarar-se-á finalmente serem merecedores de morte. Por outro lado, a lei de Deus que ordena o dia de descanso do Criador, exige obediência, e ameaça com a ira divina todos os que transgridem os seus preceitos” (WHITE, 2013, p. 528). 

“Quando o legislativo formular leis que exaltem o primeiro dia da semana e o coloquem no lugar do sétimo dia, o artifício de Satanás receberá o acabamento final (RH 15/04/1890)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1091). 

Samuel Ramos (2006, p. 241) acredita que o “decreto de morte será promulgado depois que se encerrar o tempo da graça, durante o tempo da angústia de Jacó. Assim como nos dias da rainha Ester, o decreto terá um prazo, findo o qual poderá ser posto em execução. Mas graças a Deus isto nunca chegará a consumar-se porque Jesus virá em socorro do Seu povo”, algo semelhante ao que foi supracitado de Silva (2011). 

Ellen G. White (2007b, p. 387 e 388) comparou o decreto de morte histórico relatado no livro de Ester com o decreto de morte escatológico iminente, contra os que se recusarão a adorar a besta e sua imagem, algo citado no parágrafo anterior pelo outro autor. Ela afirma: “O decreto que finalmente sairá contra o remanescente povo de Deus será muito semelhante ao que Assuero promulgou contra os judeus. Hoje os inimigos da verdadeira igreja vêem no pequeno grupo de guardadores do sábado, um Mardoqueu à porta. A reverência do povo de Deus por Sua lei, é uma constante repreensão aos que têm deixado o temor do Senhor, e estão pisando o Seu sábado.  

“Satanás suscitará indignação contra a minoria que recusa aceitar costumes populares e tradições. Homens de posição e reputação unir-se-ão com os marginais e os vis para tomar conselho contra o povo de Deus. Riqueza, gênio, educação, combinar-se-ão para cobri-los de desprezo. Governantes perseguidores, pastores e membros de igreja conspirarão contra eles. De viva voz e pela pena, ameaças e ridículo, procurarão subverter-lhes a fé. Mediante falsas representações e irados apelos, os homens suscitarão as paixões do povo.  

“Não possuindo um ‘Assim dizem as Escrituras’ para apresentar contra os advogados do sábado bíblico, eles recorrerão a opressivos preceitos de lei que lhes supram a falta. A fim de assegurar popularidade e sua aprovação, os legisladores se renderão aos reclamos de leis dominicais. Mas os que temem a Deus não podem aceitar uma instituição que viole um preceito do Decálogo.  

“Neste campo se travará o último grande conflito na controvérsia entre a verdade e o erro. E nós não somos deixados em dúvida quanto ao desfecho. Hoje, como nos dias de Ester a Mardoqueu, o Senhor vindicará Sua verdade e Seu povo”.  

“O Catolicismo Romano, na Idade Média, forçava sua autoridade por meio de um sistema legislativo repressivo, pelo qual o governo civil perseguia e até matava os dissidentes. Essa profecia diz que, num breve futuro, será estabelecida uma imagem (cópia). Ou seja, haverá um poder com autoridade semelhante para opor-se à liberdade de consciência com os mesmos resultados obtidos durante a Inquisição. O texto refere-se à união de poderes religiosos e civis (Catolicismo/Protestantismo e os EUA) com o propósito de imprimirem uma prática apóstata sobre aqueles que estiverem selados com o selo de Deus. A recusa em reconhecer a autoridade dessa aliança implicará no decreto de morte aos fiéis em Cristo” (ROSSI; BARBOSA, 2012, p. 20). 

Já vimos quem são os “selados com o selo de Deus” no capítulo 7. No parágrafo subsequente, a autora Ellen é citada mencionado os de sua denominação, como ocupando o lugar dos “selados”. Após conhecer o conteúdo do capítulo 7, posso crer que os matriculados na denominação de Ellen que estarão vivendo no cumprimento de Apocalipse 13.15, por certo, serão os que restaram após a inevitável sacudidura do decreto dominical e o controle social advindo do mesmo. Também imagino que os outros matriculados, tenham se unido à IASD nesse período apocalíptico, ao reconhecerem a veracidade dos escritos de Ellen em conformidade com os de João e demais profetas bíblicos. Esse grupo, certamente não grande, manterá sua obediência aos 10 Mandamentos morais de Êxodo 20, em particular o quarto mandamento sabático, e sofrerá perseguição das novas legislações diabólicas envolvendo o decreto de morte mencionado aqui no verso 15. 

“‘O mundo todo será instigado com ódio contra os Adventistas do Sétimo Dia, por não quererem eles prestarem homenagem ao papado, em honrarem o Domingo, a instituição deste poder anti-cristão. É o objetivo de Satanás fazer com que sejam apagados da terra, a fim de que a sua supremacia no mundo não possa ser disputada’. – E.G. White, Review and Herald, 22 de agosto de 1893.  

“‘Os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e suas hostes. Satanás conta o mundo como súdito seu, ele adquiria domínio sobre as igrejas apóstatas; mas ali está um pequeno grupo que lhe resiste à supremacia. Caso os pudesse desarraigar da Terra, completo seria o seu triunfo. Como ele influenciou as nações pagãs para destruir Israel, assim em próximo futuro há de incitar os ímpios poderes da terra para destruir o povo de Deus. De todos será exigido que prestem obediência a editos humanos em violação da lei divina’. – Testemunhos Seletos, Vol. 2, pp. 175-176.  

“‘O catolicismo no Velho Mundo, e o protestantismo apóstata no Novo, adotarão uma conduta idêntica para com aqueles que honram todos os preceitos divinos. […] 

“‘O povo de Deus será então imerso naquelas cenas de aflição e angústia descritas pelo profeta como o tempo de angústia de Jacó. […]  

“‘A ira de Satanás aumenta à medida que o tempo se abrevia, e sua obra de engano e destruição atingirá o auge no tempo de angústia. […] 

“‘Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. […] alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. Declara que aqueles que persistem em santificar o sétimo dia estão blasfemando de Seu nome, pela recusa de ouvirem Seus anjos a eles enviados com a luz e a verdade. […] 

“‘Quando o decreto promulgado pelos vários governantes da cristandade contra os observadores dos mandamentos lhes retirar a proteção do governo, abandonando-os aos que lhes desejam a destruição, o povo de Deus fugirá das cidades e vilas e reunir-se-á em grupos, habitando nos lugares mais desertos e solitários. Muitos encontrarão refúgio na fortaleza das montanhas. […]  

“Posto que um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos, seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de toda alma fiel. […]  

“Quando a proteção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de destruí-los. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarraigar a odiada seita. Resolver-se-á dar em uma noite um golpe decisivo, que faça silenciar por completo a voz de dissentimento e reprovação’. – O Grande Conflito, p. 615, 616, 623, 624, 626, 631, 635” (THIELE; BERG, 1960, p. 260 e 261).  

A autora Ellen claramente crê que Apocalipse 13.15 se cumprirá num período imediatamente anterior à volta do Senhor Jesus. Parece ser o início da ladeira das profecias finais da Bíblia, as que ainda não se cumpriram. Ela chega a ligar o decreto de morte presente neste verso ao retorno do Salvador como se entre eles estivessem apenas alguns meses ou apenas dias. Do decreto de morte até a glorificação dos 144.000 (durante a vinda do Rei) são apenas algumas semanas? 

“Na transfiguração, Jesus foi glorificado pelo Pai. Ouvimo-Lo dizer: ‘Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nEle’. João 13:31. Assim, antes de ser traído, e crucificado, foi fortalecido para os últimos e terríveis sofrimentos. Ao se aproximarem os membros do corpo de Cristo do período de sua luta final, ‘o tempo da angústia de Jacó’, crescerão em Cristo, e partilharão grandemente de Seu espírito. À medida que a terceira mensagem se avoluma e se torna alto clamor, e que a obra final é acompanhada de grande poder e glória, o fiel povo de Deus participa dessa glória. É a chuva serôdia que os vivifica e fortalece para passar pelo tempo de angústia. Seus rostos brilharão com a glória daquela luz que acompanha a mensagem do terceiro anjo.  

“Vi que Deus preservará Seu povo, de maneira maravilhosa, durante o tempo de angústia. Como Jesus derramou Sua alma em agonia, no jardim, eles hão de clamar e angustiar-se fervorosamente dia e noite, pedindo libertação. Sairá o decreto para que eles rejeitem o sábado do quarto mandamento e honrem o primeiro dia, ou morram; eles não cederão, porém, para pisar a pés o sábado do Senhor e honrar uma instituição do papado. As hostes de Satanás e homens ímpios os rodearão, e exultarão sobre eles, pois parecerá não haver escape para eles. Em meio, porém, de sua orgia e triunfo, ouve-se ribombo após ribombo dos mais estrondosos trovões. Os céus se enegrecem, sendo iluminados apenas pela brilhante luz e a terrível glória do céu ao fazer Deus soar Sua voz desde Sua santa habitação.  

“Abalam-se os fundamentos da Terra; os edifícios vacilam e (Testimonies for the Church, 1:353, 354 (1862)) caem com terrível fragor. O mar ferve como uma caldeira, e a Terra toda se acha em horrível comoção. Vira-se o cativeiro dos justos e, em suaves e solenes murmúrios, dizem uns aos outros: ‘Somos libertados. É a voz de Deus’. Com solene respeito escutam eles as palavras da voz. Os ímpios ouvem, mas não entendem as palavras da voz de Deus. Temem e tremem, ao passo que os santos se regozijam.  

“Satanás e seus anjos e os ímpios, que há pouco se regozijavam de que o povo de Deus se encontrasse no poder deles, para os destruírem da Terra, testemunham a glória conferida aos que honraram a santa lei de Deus. Contemplam o rosto dos justos iluminado e refletindo a imagem de Jesus. Os que estavam tão ansiosos de destruir os santos não podem resistir à glória que se manifesta sobre os libertados, e caem por terra como mortos. Satanás e os anjos maus, fogem da presença dos santos glorificados. Desaparece para sempre seu poder de os molestar” (WHITE, 2004, p. 125 e 126). 

Esta autora alega ter recebido, do Deus da Bíblia, visões. Até aqui, não vejo que isso seja mentiroso, uma vez que essas revelações e os escritos delas estejam em harmonia com os profetas bíblicos. Os divergentes de Ellen, me parece, são os que possuem interpretações e narrativas divergentes da própria Bíblia.  

“Fui levada em visão para o lugar santíssimo, onde vi Jesus ainda intercedendo por Israel. Na extremidade inferior de Suas vestes havia uma campainha e uma romã, uma campainha e uma romã. Vi então que Jesus não abandonaria o lugar santíssimo sem que cada caso fosse decidido, ou para a salvação ou para a destruição; e que a ira de Deus não poderia manifestar-se sem que Jesus concluísse Sua obra no lugar santíssimo, depusesse Seus atavios sacerdotais, e Se vestisse com vestes de vingança. Então Jesus sairá de entre o Pai e os homens, e Deus não mais silenciará, mas derramará Sua ira sobre aqueles que rejeitaram Sua verdade. Vi que a ira das nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos eram acontecimentos separados e distintos, seguindo-se um a outro; outrossim, que Miguel não Se levantara e que o tempo de angústia, tal como nunca houve, ainda não começara. As nações estão-se irando agora, mas, quando nosso Sumo Sacerdote concluir Sua obra no santuário, Ele Se levantará, envergará as vestes de vingança, e então as sete últimas pragas serão derramadas.  

“Vi que os quatro anjos segurariam os quatro ventos até que a obra de Jesus estivesse terminada no santuário, e então viriam as sete últimas pragas. Estas pragas enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas cessariam. Saiu um decreto para se matarem os santos, o que fez com que estes clamassem dia e noite por livramento. Este foi o tempo da angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram. Sua face se iluminou com a glória de Deus” (WHITE, 2007a, p. 57).  

De fato, a crença de Ramos (2006) e Silva (2011), de que o decreto de morte será anulado pelo poder de Deus e, embora seja a causa da “angústia de Jacó” sobre os 144.000 (os salvos vivos no cumprimento de Apocalipse 13.15), o referido decreto não será bem-sucedido, pois Deus o sabotará; esse ponto de vista parece ser derivado de algumas passagens bíblicas e dos escritos de Ellen. 

“A severa medida de pena de morte será tomada num esforço para que haja conformidade com os ditames da imagem. Os que se recusarem a alinhar-se com essa confederação político-religiosa serão considerados dissidentes. A eles serão negados emprego, sustento e, finalmente, serão perseguidos de morte. Mas Deus cuidará dos Seus fiéis” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 49). 

Antes da publicação do decreto, alguns filhos de Deus perderão suas vidas como mártires, por não adorarem a besta e a sua imagem, ou seja, por não se submeterem ao despotismo do Vaticano e dos evangélicos em seu fanatismo por instituir a ideologia deles em lugar da Palavra e dos Mandamentos de Deus, em particular o quarto, sobre o dever em santificar o sábado da Criação. Muito provavelmente, muitos se arrependerão de sua deslealdade a Deus diante do testemunho dos mártires e começarão a obedecer somente a Deus, preferindo sofrer a perseguição em vez de praticá-la, assim como Saulo! Contudo, após a ratificação do decreto de morte, incrivelmente, nenhum filho leal de Deus sofrerá o martírio (caso a Bíblia esteja a dizer exatamente assim, como os autores citados acreditam). 

“Importantes são as lições a serem aprendidas da experiência dos jovens hebreus na planície de Dura. Nos dias atuais, muitos dos servos de Deus, embora inocentes de qualquer obra má, serão levados ao sofrimento, humilhação e abuso às mãos daqueles que, inspirados por Satanás, estão cheios de inveja e fanatismo religioso. A ira do homem será especialmente despertada contra os que santificam o sábado do quarto mandamento; e por fim um decreto universal denunciará a estes como dignos de morte. 

“Os tempos de provação que estão diante do povo de Deus reclamam uma fé que não vacile. Seus filhos devem tornar manifesto que Ele é o único objeto do seu culto, e que nenhuma consideração, nem mesmo o risco da própria vida, pode induzi-los a fazer a mínima concessão a um culto falso. Para o coração leal, as leis de homens pecaminosos e finitos se tornam insignificantes ao lado da Palavra do eterno Deus. A verdade será obedecida, embora o resultado seja prisão, exílio ou morte.  

“Como nos dias de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, no período final da história da Terra o Senhor operará poderosamente em favor dos que ficarem firmes pelo direito. Aquele que andou com os hebreus valorosos na fornalha ardente, estará com os Seus seguidores em qualquer lugar. Sua constante presença confortará e sustentará. Em meio do tempo de angústia — angústia como nunca houve desde que houve nação — Seus escolhidos ficarão firmes. Satanás com todas as forças do mal não pode destruir o mais fraco dos santos de Deus. Anjos magníficos em poder os protegerão, e em favor deles Jeová Se revelará como ‘Deus dos deuses’ (Daniel 2:47), capaz de salvar perfeitamente os que nEle puseram a sua confiança” (WHITE, 2007b, p. 336).  

A autora afirma ter visto, em visão profética, o boicote divino ao boicote romanista e evangélico contra os 144.000. O decreto de morte, segundo esses escritos proféticos, não será consumado após entrar em vigor unicamente por causa da atuação sobrenatural de Deus sobre os sabatistas vivos nesse período de Apocalipse 13.15. 

“Logo vi os santos sofrendo grande angústia de espírito. Pareciam cercados pelos ímpios habitantes da Terra. Todas as aparências eram contra eles. Alguns começaram a recear que finalmente Deus os houvesse deixado para perecer pelas mãos dos ímpios. Se, porém, seus olhos se pudessem abrir, ver-se-iam rodeados dos anjos de Deus.  

“Veio em seguida a multidão dos ímpios, cheios de ira, e atrás uma multidão de anjos maus, compelindo os primeiros para matar os santos. Antes que pudessem, porém, aproximar-se do povo de Deus, os ímpios deveriam primeiro passar por esta multidão de anjos poderosos e santos. Isto seria impossível. Os anjos de Deus os estavam fazendo recuar, e também fazendo com que os anjos maus que os cercavam de todos os lados caíssem para trás. Foi uma hora de angústia medonha, terrível, para os santos.  

“Dia e noite clamavam a Deus, pedindo livramento. Quanto à aparência exterior, não havia possibilidade de escapar. Os ímpios já tinham começado a triunfar, clamando: ‘Por que vosso Deus não vos livra de nossas mãos? Por que não ascendeis ao Céu, e salvais a vossa vida?’ Mas os santos não lhes prestavam atenção. Como Jacó, estavam a lutar com Deus.  

“Os anjos ansiavam libertá-los, mas deviam esperar um pouco mais; o povo de Deus devia beber o cálice e ser batizado com o batismo. Os anjos, fiéis à sua incumbência, continuavam a vigiar. Deus não consentiria que Seu nome fosse vituperado entre os gentios. Quase chegara o tempo em que Ele deveria manifestar Seu grande poder, e gloriosamente libertar Seus santos. Pela glória de Seu nome desejava Ele libertar cada um daqueles que pacientemente O haviam esperado, e cujos nomes estavam escritos no livro.  

“Foi-me indicado o fiel Noé. Quando a chuva desceu e veio o dilúvio, Noé e sua família já haviam entrado na arca, e Deus os encerrara ali. Noé tinha fielmente avisado os habitantes do mundo antediluviano, enquanto estes caçoavam e escarneciam dele. E quando as águas baixaram sobre a Terra, e um após outro se afogava, viam a arca, da qual haviam feito o objeto de tantas pilhérias, livre de perigo a flutuar sobre as águas, preservando o fiel Noé e sua família.  

“Assim vi eu que o povo de Deus, o qual havia fielmente avisado o mundo de Sua ira vindoura, teria livramento. Deus não consentiria que os ímpios destruíssem aqueles que estavam esperando pela sua trasladação, e que se não encurvariam ao decreto da besta nem receberiam o seu sinal. Vi, que, se fosse permitido aos ímpios matar aos santos, Satanás e todo seu exército maléfico, e todos os que odeiam a Deus, ficariam satisfeitos. E, oh! que triunfo seria para sua majestade satânica ter poder, na última luta finalizadora, sobre os que por tanto tempo haviam esperado ver Aquele a quem amaram! Aqueles que haviam zombado da idéia de os santos ascenderem para o Céu, serão testemunhas do cuidado de Deus para com o Seu povo, e contemplarão seu glorioso libertamento” (WHITE, 2007a, p. 283 e 284). 

A segunda besta ou besta da terra, de acordo com o que estudamos até aqui, é uma metáfora polissêmica, cujos significados são: 

a)alguns civis evangélicos dos EUA; 

b)alguns civis romanistas dos EUA; 

c)alguns políticos dos EUA e  

d)alguns civis espiritualistas dos EUA. 

Não se deve crer que todos os habitantes daquela preciosa nação cumprem Apocalipse 13.11-18, uma vez que o Cordeiro tem salvado a muitos ali ao ponto de isso ser evidenciado na cultura religiosa, científica e judiciária ao longo da história norte-americana. Os que cumprem e cumprirão essa profecia são as pessoas que foram/são/serão instrumentos do pai da mentira desde o século 17 até a volta do Senhor Jesus e, portanto, devemos estar atentos à cultura inerente a elas em todos esses mais de meio milênio:  

(I) professam concordar com os ensinos de Jesus, mas também com aquilo que claramente os contradiz;  

(II) professam amar a Deus e aos homens, mas desejam matar aqueles que deles discordam, em Nome Dele (cf. João 16.1-3), e 

(III) tentam cobrir a lacuna de autoridade bíblica com milagres e leis coercitivos, pois a mistura que fazem da Bíblia com as invencionices religiosas, espiritualistas e supersticiosas anulam qualquer pretensa autoridade legítima, restando-lhes a autoridade fraudulenta ou o autoritarismo das ameaças e legislação punitiva, num contexto de sobrenaturalidade do mal já previsto pela sobrenaturalidade bíblica. 

“‘E naquele tempo Se levantará Miguel, o grande príncipe, que Se levanta pelos filhos de Teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro’. Daniel 12:1. Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo. Estes poucos remanescentes, incapazes de se defenderem no conflito mortal com os poderes da Terra, arregimentados pela hoste do dragão, fazem de Deus a sua defesa. Pela mais elevada autoridade terrestre foi feito o decreto para que, sob pena de perseguição e morte, adorem a besta e recebam seu sinal. Queira Deus auxiliar Seu povo agora, pois sem Sua assistência, que poderão eles fazer naquele tempo, em tão terrível conflito?” (WHITE, 2008b, p. 63 e 64).  

13.16A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,Todos os demais terráqueos, de todas as faixas etárias, famosos e desconhecidos, de todas as classes sociais, serão influenciados pelo caráter blasfemo e rebelde dos evangélicos e romanistas, cederão às suas exigências levianas contra os 10 Mandamentos de Deus, em particular o quarto mandamento que ordena a santificação do sábado da Criação de Deus, ao ponto de todas essas pessoas também terem o mesmo caráter desobediente e obstinado contra Deus, mesmo alguns crendo que estão fazendo a vontade Dele, mas negando isso através de seus pensamentos e estilo de vida rebelde contra o mandamento sabático, e contra a liberdade e a vida daqueles que escolhem a Palavra de Deus. Como Caim, receberão a marca da rebeldia e não poderão alegar inocência e sinceridade, pois estarão diante da escancarada evidência do espírito despótico revelado pelo cristianismo pervertido e seu parasitismo com os governantes, em contraste com a poderosa e perseverante fidelidade dos criacionistas sabatistas. E todos os rebeldes santificarão o domingo romanista em todo o planeta como efeito máximo da escolha pelo caráter desobediente, seja passivamente por conveniência, para evitar sofrer as ameaças, seja ativamente por convicção na mentira.
13.17para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.Esse estilo de vida condescendente ou abertamente desobediente refletido na guarda do domingo em lugar do sábado, será o critério legislado para que bairros, municípios, estados e países regulem o comércio e o funcionalismo público. Os criacionistas sabatistas serão expostos como foras da lei, rotulados e sentenciados pelos tribunais como criminosos e terroristas, pessoas que não amam o próximo nem se importam com o bem comum, com o meio ambiente e com a falsa Palavra de Deus na boca do papa, dos evangélicos e dos demais líderes globais. Os criacionistas sabatistas serão párias da sociedade global, perderão todos os seus direitos por adorarem o Criador em vez da criatura, e se recusarem a adorar esta através da obediência aos seus decretos mundiais. Esses filhos de Deus remanescentes do fim do tempo do fim não terão o caráter desobediente da maioria, não estarão matriculados na falsa religião global e não trocarão o verdadeiro sábado legislado pelo Criador pelo falso dia de descanso imposto pela criatura.

“Estamos vivendo num solene período da história terrestre. O grande conflito está justamente diante de nós. Vemos um mundo corrompido por seus habitantes. O homem do pecado tem trabalhado com notável perseverança para exaltar um dia de repouso espúrio, e o desleal mundo protestante tem-se maravilhado após a besta e chamado a obediência ao sábado instituído por Yahweh como deslealdade às leis das nações. Os reinos têm-se confederado para sustentar a instituição de um falso dia de repouso, que não encontra uma única palavra de autoridade nos oráculos de Deus (RH, 06/02/1900; CT [MM 2002], 327)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1092). 

“A besta de dois chifres impõe aos seus súditos a marca da primeira besta. Foram introduzidos na profecia três poderes que devemos distinguir cuidadosamente para evitar confusão. A besta papal é o poder designado como ‘besta’, ‘a primeira besta’, ‘a besta que recebera a ferida da espada e vivia’, e ‘a besta cuja chaga mortal fora curada’. Estas expressões referem-se todas ao mesmo poder, e onde quer que ocorram nesta profecia referem-se exclusivamente ao papado.  

“A besta de dois chifres é o poder introduzido em Apoc. 13:11, e o resto da profecia está representado pelo pronome ela, e onde quer que este pronome ocorra, até o versículo 17 (com a possível exceção do versículo 16, que talvez se refira à imagem), refere-se invariavelmente à besta de dois chifres.  

“A imagem da besta é chamada nos capítulos seguintes do Apocalipse ‘a imagem’, de sorte que não há perigo de confundi-la com qualquer outro agente. Os atos atribuídos à imagem são: falar e impor a adoração de si própria sob pena de morte. É o único decreto que a profecia menciona como imposto sob pena de morte.  

“A marca da besta é imposta pela besta de dois chifres, quer diretamente quer por meio da imagem. A pena ligada à recusa de receber esta marca é o confisco de todos os privilégios sociais, a privação do direito de comprar e vender. A marca é a da besta papal. Contra esta adoração da besta e de sua imagem, e a recepção da sua marca, a mensagem do terceiro anjo de Apocalipse 14:9-12 apresenta uma soleníssima e impressionante advertência” (SMITH, 1979, p. 223). 

“[…] o ‘sinal da bêsta’ [NTLH, A21, ARC; nas demais ‘marca’] é o sinal do papado, que é a ‘bêsta’. Portanto, como o papado é um poder religioso, seu sinal deve ser infalivelmente uma instituição religiosa sua por meio da qual pretenda ser reconhecido no mundo como autoridade suprema. O apóstolo Paulo descreve o papado, na pessoa do papa, como ‘homem do pecado’ que se arroga o direito de supremacia ‘contra tudo o que se chama Deus’ ou revela o nome de Deus, ‘se adora’ e se assenta ‘no templo de Deus’, a igreja, ‘querendo parecer Deus’ (2ª Ts 2.3 e 4).  

“Dêste modo pretende o papado destronar a Deus e ser olhado por tôda a igreja como autoridade em lugar de Deus e acima de Deus, pois revela o apóstolo que se exalta ‘contra tudo o que se chama Deus’. Quando um poder pretende ter derribado outro poder, trata imediatamente de abrogar ou modificar a lei daquele a quem destronou por meio da qual êle exercia a sua autoridade. Estabelece então uma outra lei ou Constituição que revele a sua autoridade como novo soberano vencedor. E foi precisamente isto que o papado procurou realizar para exaltar-se a si mesmo acima de Deus como usurpador dos direitos de Deus. 

“Referindo-se às suas pretensões menciona o profeta Daniel três coisas que o papado faria ao colocar-se acima de Deus: 1) ‘Proferirá palavras contra o Altíssimo’. 2) ‘Destruirá os santos do Altíssimo’. 3) ‘Cuidará em mudar os tempos e a lei’ (Dn 7.25). Note-se a lógica profética no que respeita a um poder usurpador: 1) Fala contra o poder que derribou. 2) Elimina os súditos do poder derribado se não se simpatizarem com a nova ordem. 3) Muda a lei ou a Constituição do poder vencido. E não foi nada mais do que isto que o papado cometeu em relação a Deus” (MELLO, 1959, p. 384 e 385). 

“Aproxima-se o tempo em que a lei de Deus, em sentido especial, será invalidada em nosso país [os Estados Unidos]. Os governantes de nossa nação, por meio de atos legislativos, imporão a lei dominical, trazendo assim grande perigo para o povo de Deus. Quando nossa nação, em seus conselhos legislativos, promulgar leis para coagir a consciência das pessoas no tocante a seus privilégios religiosos, impondo a observância do domingo e empregando o poder opressivo contra os que guardam o sábado do sétimo dia, a lei de Deus será, para todos os efeitos, invalidada em nosso país; e a apostasia nacional será seguida pela ruína nacional (RH, 18/12/1888; Mar [MM 1977], 177)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1091 e 1092). 

“Certas organizações humanas, controladas e dirigidas pelo espírito do dragão, vão ordenar os homens a praticar os atos que constituem na realidade a adoração de um poder religioso apóstata e a recepção do [sic] sua marca. Caso se recusem a fazer isto, perderão os direitos de cidadania e ficarão fora da lei do país. Terão de fazer o que constitui a adoração da imagem da besta, ou perder a vida.  

“Por outro lado, Deus envia uma mensagem pouco antes da crise que está iminente, como vemos em Apocalipse 14:9-12, declarando que todo o que fizer estas coisas ‘beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da Sua ira’. Aquele que recusar sujeitar-se a estas imposições dos poderes terrestres irá expor-se às mais severas penas que seres humanos podem infligir, e aquele que se sujeitar, expor-se-á às mais terríveis ameaças da ira divina, que se encontram na Palavra de Deus. A questão de se obedecerão a Deus ou aos homens será decidido [sic] pelos homens da era presente sob a mais pesada pressão, de ambos os lados, que jamais foi feita sobre qualquer geração” (SMITH, 1979, p. 224). 

Talvez essa “pressão” exista desde Eva, sendo que, nos últimos dias da história pecaminosa da humanidade, a revelação profética descortinou a “pressão” oculta, assim como essa mesma revelação fez desde o Gênesis, e faz o último grande apelo a essa geração do fim do tempo do fim, para que se prepare agora e faça sua escolha ao lado de Deus e Seus mandamentos, em vez de negligenciar o tempo presente e ser seduzida pela oposição a Deus, a qual tenta se disfarçar de cristã e preocupada com a saúde e bem-estar das pessoas, mas só seduz, enfeitiça e destrói os negligentes. A revelação e o apelo divinos sempre estiveram, em cada geração, acessíveis a todos. Deus mesmo, por meio de Sua Igreja e Seus anjos, Se encarregou de disponibilizar a Verdade. Em cada geração houve os Seus adoradores e os adoradores da oposição à Deus, feita pelo pai da mentira. Talvez, muitos nem sentiram/sentem essa “pressão”, pois sua negligencia e escolhas derivadas os anestesiaram antes de serem completamente devorados pela serpente.  

“A adoração da besta e da sua imagem, e a recepção do [sic] sua marca, deve ser alguma coisa que implica a maior ofensa que se pode cometer contra Deus, para atrair contra si tão severa ameaça. Esta é uma obra que, como já mostramos, ocorre nos últimos dias. Como Deus nos deu em Sua Palavra abundantes evidências para mostrar que estamos nos últimos dias, e para que ninguém tenha de ser apanhado de surpresa pelo dia do Senhor como por um ladrão, assim também Ele deve ter-nos dado os meios por que possamos determinar o que é a recepção da marca da besta, que Ele tão fortemente condenou, para que possamos evitar a terrível pena que certamente se seguirá à sua recepção. Deus não considera tão levianamente as esperanças e destinos humanos, que ameace um castigo extremamente terrível contra certo pecado, e ponha depois fora de nosso alcance compreender o que seja esse pecado, de modo que não tenhamos meios de nos precaver contra ele” (SMITH, 1979, p. 224). 

“A marca da besta não pode ser interpretada de forma literal. O apocalipse revela que a marca possui as seguintes características:  

a) Ela é concreta e reconhecível. 

b) É imposta sobre os habitantes do mundo. 

c) Os indivíduos podem rapidamente identificá-la e, consequentemente, aceitá-la ou rejeitá-la. 

d) A atitude pessoal diante dessa imposição implica em vida ou morte. 

“A marca da besta faz um contraponto com o selo de Deus, apresentado por Ezequiel. Enquanto a marca da besta traduz desobediência, rebelião contra Deus, adoração ao dragão, a marca de Deus refere-se à obediência, adoração e submissão ao Criador, representado de forma específica pelo quarto mandamento da Lei de Deus.  

“Se o selo (ou marca) de Deus é representado pelo sábado, e por extensão toda a lei, a besta, numa contrafação à Lei de Deus, exalta a observância do domingo como dia sagrado. Este aspecto na adoração se tornará fundamental e representará um diferencial visível entre dois grupos: os fiéis a Deus, que guardam toda a lei, inclusive o sábado (Êxodo 20:8-11) e os fiéis à besta, aqueles que guardam o domingo” (OLIVEIRA et al., 2015, p. 49). 

“Os pecados do mundo terão chegado até ao Céu quando a lei de Deus for invalidada, ou seja, quando o sábado do Senhor for jogado ao chão e pisado, e as pessoas forem compelidas a aceitar, em seu lugar, uma instituição do papado através da mão forte da lei do país. Ao exaltar uma instituição humana acima da instituição ordenada por Deus, eles mostram desprezo pelo grande Legislador e recusam Seu sinal ou selo (RH, 05/11/1889)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1092). 

“[…] enquanto Daniel no seu tempo vaticinara [7.25] que o papado cuidaria em mudar a lei de Deus, nós hoje vemos a profecia cumprida. Ao lograr que o mundo adotasse a lei mudada em vez da lei original, logrou seu objetivo: ser reconhecido como deus e acima de Deus. Assim tem o cristianismo duas leis — a lei original, escrita pelo dedo do Criador e a lei adulterada pelo papado. A lei de Deus, que é a expressão de Seu próprio caráter, requer obediência de Suas criaturas a seus princípios. A lei papal, que emana de Roma, exige fidelidade à vontade do papa. Ambos, o Deus do céu e o deus de Roma, exigem obediência às suas leis. A lei a que os homens obedecerem revela o Deus que êles adoram e servem. 

“A mudança da lei de Deus ou sua alteração pelo papado romano, deveria atingir especialmente o preceito da lei que trata de Deus como legislador da mesma e que encerra as razões da sua legislação. Em outros têrmos, para que Deus não continuasse mais a reinar na terra e sim o papado, era imprescindível que êste poder afastasse da lei de Deus o preceito que expressa a Sua suprema autoridade e substituisse por um outro que revelasse, na lei, a suprema autoridade papal. Podemos repetir que, se não fôra essa a alteração da lei, vaticinada pela inspiração, jamais ela falaria das pretensões do papado assentar-se ‘como Deus’, ‘querendo parecer Deus’ e levantando-se ‘contra tudo o que se chama Deus’ (2ª Ts 2.3 e 4).  

“Na lei moral do Decálogo, o preceito que expressa a autoridade de Deus como legislador e como Deus soberano nos céus e na terra, é o quarto mandamento, que assim reza: ‘Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás tôda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fêz o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou (Êx 20.8-11). 

“Inquestionavelmente, o quarto mandamento da lei de Deus, ordenando a santificação do sábado do sétimo dia, contém, por suas expressões, a assinatura de Deus como legislador da lei do Decálogo, pelo que a lei é inalterável, insubstituível e todos os seus preceitos de obrigação indiscutível para todo o ser humano. Vemos assim que o repouso semanal do sábado do sétimo dia encerra a autoridade soberana de Deus, revelando Seu nome, Suas funções e sua jurisdição nos céus e na terra, sendo esta a razão da santificação e da bênção que o Criador colocara sôbre êste dia ao criar o mundo. Todo o homem que acata o Sábado como dia de repouso divino e o observa conforme a ordenança do quarto mandamento, homenageia a Deus como Criador e O reverencia como seu Deus a quem unicamente adora e serve na terra.  

“Para que o papado pudesse colocar-se acima de Deus e o seu pontífice pretendesse ser deus na terra, é evidente que deveria abolir especialmente o quarto mandamento que ordena a santificação do sábado do sétimo dia e apresenta a Deus como Criador, e substituí-lo por um outro dia de repouso semanal que designasse, não mais ao Criador como legislador da lei e supremo Deus nos céus e na terra, mas sim ao papa ou ao papado como ‘deus dêste mundo’ ou substituto de Deus entronizado em Roma. 

“E, pôsto que a Bíblia chamada católica, a Vulgata, conserve intacto o quarto mandamento ordenando o repouso do sétimo dia, temos nos catecismos autorizados da igreja católica uma lei, nêles denominada de lei de Deus, em que o dia de repouso semanal original não é mais apresentado como dia de repouso. O primeiro dia da semana é definido nos catecismos como dia de repouso substituto do sábado do sétimo dia. E esta mudança do dia de repouso é confessada por autoridade católicas como obra real do papado. Vejamos o que diz um escritor católico: ‘Nós católicos, romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe de nossa igreja, que preceituou tal ordem do sábado ser do Antigo Testamento, e não obrigar mais no Novo Testamento’ (Padre Júlio Maria, Ataques Protestantes às Verdades Católicas com as Respectivas Respostas Irrefutáveis, 4ª ed.. (Petrópolis, RJ: Editora Vozes Limitada, 1950), p. 61 e 62). Está aí a confissão de um renomado vulto do sacerdócio católico de que o papado atentou contra a lei da soberania de Deus.  

“Outras autoridades dizem como segue:  

‘Em um catecismo de doutrina, à página 174, lemos: ‘Podeis provar ainda de outro modo que a igreja tem autoridade para preceituar dias de festas?  

Resp.: Se ela não tivesse tal autoridade, não poderia ter substituído a observância do sábado do 7° dia ao domingo, primeiro dia da semana, mudança essa que não tem nenhuma autoridade nas Escrituras’.  

“Hootsman, chanceler do arce-bispo Ryan de Filadélfia, numa carta a Mr. E. E. Franke a propósito da questão do sábado, reafirma nestes têrmos o testemunho citado: ‘Consultai qualquer obra católica que contenha um capítulo sobre tradição, e aí encontrareis o que estais precisando: a igreja é a única autoridade para a transferência do sábado para o domingo. O sábado o mais famoso dia da lei, foi transferido para o dia do Senhor. Estas e outras coisas semelhantes, não cessaram em virtude da pregação de Cristo (pois diz que não veio abolir a lei mas cumprir) mas foram mudadas por autoridade da igreja’ (Canon e Tradição, Holtz). […] 

“Numa carta escrita em novembro de 1895, o Snr. H. F. Thomas, chanceler do cardeal Gibbons, respondendo a um inquérito feito a respeito da afirmação que a igreja faz de ter mudado o sábado, disse: ‘Naturalmente, a igreja católica afirma que a mudança do sábado é um ato totalmente seu… e que êste ato é o Sinal de sua autoridade nas coisas religiosas’ (C. F. Thomas, Chanceller, — Ministry, Outubro 1944, p. 23)” (MELLO, 1959, p. 385 – 387). 

“John A. O’Brien (professor de Teologia na Universidade de Notre Dame na metade do século 20): O terceiro mandamento [quarto mandamento em Êxodo 20 e para a maioria dos protestantes] é: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar.’ […] A palavra ‘sábado’ significa descanso, e é o sétimo dia da semana. Por que, então, os cristãos observam o domingo em vez do dia mencionado na Bíblia? […] A igreja recebeu de seu Fundador, Jesus Cristo, autoridade para fazer a mudança. Ele solenemente conferiu à Sua igreja o poder de legislar, governar e administrar o poder das chaves dos Céus (Citado em William H. Shea, Daniel: A Readers Guide (Nampa: Pacific Press, 2005), p. 121, 122). 

“Foi essa reivindicação dos próprios católicos que levou os adventistas a concluírem que a mudança do sábado para o domingo é uma marca da reivindicação de Roma à autoridade espiritual. Essa é uma das razões mais importantes pelas quais continuamos a afirmar que a marca da besta será a observância do domingo imposta durante a crise final do mundo” (MOORE, 2013, p. 199). 

marca. A falsificação do selo de Deus, que o mandamento do sábado representa (Êx 20:8-11). No cerne das alianças antigas havia um selo contendo o nome, o título e a fonte da autoridade daquele que firmava o concerto. O mandamento do sábado desempenha esse papel nos dez mandamentos” (BÍBLIA, 2015, p. 1667). 

A todos […] faz. Todos os habitantes da Terra são afetados pela legislação. Só um remanescente fiel se recusa a obedecer (ver v. 8; cf. Ap 12:17). 

Marca. Do gr. charagma, ‘impressão’, ‘estampa’. Deve tratar-se de um estandarte de lealdade, alguma característica especial expressando que aquele que a exibe adora a besta, cuja ferida mortal fora curada (v. 8). Os eruditos adventistas entendem que esta não é uma marca literal; em vez disso, consiste em um sinal de aliança que identifica o portador como alguém leal ao poder representado pela besta. A controvérsia nessa época girará em torno da lei de Deus, sobretudo, do quarto mandamento (ver com. de Ap 14:12).  

“Logo, a observância ao domingo será o sinal, mas isso só ocorrerá quando o poder da besta for reavivado e a observância do domingo no lugar do sábado se tornar lei. Ao mesmo tempo, a terceira mensagem angélica soará fortemente em advertência contra o recebimento da marca besta, (Ap 14:9-11). Essa mensagem, que crescerá até se tornar um alto clamor (Ap 18:1-14), esclarecerá as pessoas quanto às questões envolvidas. Quando tudo estiver claro diante das pessoas e, mesmo assim, escolherem seguir a instituição da besta, observando-a e desobedecendo ao sábado de Deus, elas mostrarão sua fidelidade ao poder da besta e receberão sua marca” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 910). 

“Pessoas de todas as classes sociais serão pressionadas a receber a marca da besta em sua mão direita ou na testa. Assim como o selo na testa identifica os que Deus considera Seus (Ap 7:3, 4; 14:1), também a marca da besta identifica os adoradores da besta. A marca da besta não é um sinal visível. A colocação na mão direita ou na testa é uma falsificação da instrução que Moisés deu aos israelitas para atar a lei de Deus como um sinal na mão ou na testa (Dt 6:8).  

“A marca na mão direita tem a ver com o comportamento, enquanto o sinal na testa diz respeito à mente ou ao consentimento intelectual. Alguns escolherão receber a marca da besta a fim de escapar da ameaça de morte, enquanto outros estarão totalmente comprometidos, mental e espiritualmente, com esse sistema de adoração apóstata.  

“As questões centrais na crise final serão a adoração e a obediência a Deus na guarda de Seus mandamentos (Ap 14:12). O mandamento do sábado, em especial, será a prova de fidelidade e obediência a Deus. Assim como o sábado é o sinal distintivo da obediência do fiel povo de Deus (Ez 20:12, 20), a marca da besta é o sinal de lealdade à besta. A marca da besta envolve a substituição dos mandamentos de Deus por mandamentos humanos. A maior evidência desse fato é a instituição do domingo (Dn 7:25) como dia de adoração em lugar do sétimo dia, o sábado, dia determinado nas Escrituras por nosso Criador” (STEFANOVIC; MODZEIESKI, 2019, p. 73). 

“Urge repetir que a ‘bêsta’ é o papado e que a ‘imagem da bêsta’ são os Estados Unidos [imitando a sanha papal]. Agora tudo está claro diante de nós. Podemos confiar seguramente na profecia e crer que, ao realizar-se nos Estados Unidos a fusão entre o Estado e a Igreja ou entre aquêle e o protestantismo, e êste tiver a supremacia sobre aquêle, então a ‘imagem da bêsta’ estará formada e entrará em ação imediatamente. Do resultado desta fusão, a profecia somente salienta que a ‘imagem da bêsta’ imporá, sob pena de graves consequências, o ‘sinal da bêsta’ [ou marca] ‘a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’. Isto é, ao ser alterada a Constituição Norte-Americana e o protestantismo tornar-se religião oficial do Estado e êste um Estado religioso dirigido por aquêle, então a igreja obrigará o Estado a impor pela lei o ‘sinal da bêsta’ papal, isto é, a observância obrigatória do domingo” (MELLO, 1959, p. 387 e 388). 

Ellen G, White escreveu sobre como deve ser a conduta daqueles que viverem em épocas e nações submetidas às leis dominicais. Como podemos estudar na Cronologia “As origens da besta que emerge da terra, tem dois chifres como cordeiro, mas fala como dragão (Apocalipse 13:11-18)”, disponível em: https://blogdoprofh.com/2021/09/12/as-origens-da-besta-que-emerge-da-terra-tem-dois-chifres-como-cordeiro-mas-fala-como-dragao-apocalipse-1311-18/, acesso em: dez. 2021, decretos dominicais são o sonho americano de muitos evangélicos daquele país, desde suas origens, e inclusive na época de Ellen.  

“Ninguém receberá o sinal da besta pelo fato de mostrar que compreende a sabedoria de manter a paz mediante a abstenção de trabalho que constitua delito, fazendo ao mesmo tempo uma obra da mais elevada importância. Se dedicarmos o domingo à atividade missionária, o chicote será arrebatado das mãos dos fanáticos arbitrários, que se teriam deleitado em humilhar os adventistas do sétimo dia. Ao verem que nos domingos, nos empenhamos em visitar o povo e abrir perante eles as Escrituras, reconhecerão que lhes é inútil procurar estorvar nossa obra fazendo leis dominicais” (WHITE, 1949, p. 358).  

“É em torno dêsse sinal que gira tôda a controvérsia, como claramente se deduz da profecia; e que é por meio dêsse sinal que o movimento se propõe vencer confessa-o francamente o dr. Crafts, um dos mais esforçados campeões da Liga de Reforma Nacional, a cuja testa se encontra há muitos anos. Eis a sua declaração: ‘Como Colombo e outros descobridores de seu tempo tinham por costume levantar uma cruz em cada país que descobriam, fazendo-o na presunção de o haverem conquistado para algum reino cristão, assim também o dia do Senhor (domingo) foi estabelecido em todos os países do mundo em sinal de sua presumível conquista para o nosso divino Senhor. Não há outro sinal de unidade cristã, de unidade do mundo’. ‘Dia do Senhor, porém, é num certo sentido o seu título preeminente, o sinal em que havemos de vencer’ (O Sábado, G. Stein Filho, 183 e 184)” (MELLO, 1959, p. 388). 

“‘O escravo era marcado na testa’, diz o Theological Dictionary of the New Testament (Dicionário Teológico do Novo Testamento), e ‘o soldado era usualmente marcado na mão’” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 390). 

“A cada súdito da ‘imagem da bêsta’ será imposto o ‘sinal da bêsta’ ‘na sua mão direita, ou nas suas testas’. Para a ‘imagem da bêsta’ será indiferente estar o ‘sinal da bêsta’ na mão direita ou na testa; o que lhe importa é que todos ostentem a marca da apostasia papal. A mão direita é a mão da ação, e, a grande massa da nação submeter-se-á à imposição do repouso obrigatório do domingo, simplesmente por consideração de comodidade ou conveniência pessoal, sem com isso reconhecer nenhum fundamento religioso, mas dando, dêste modo, indiretamente, o seu apoio moral a uma instituição religiosa e aceitando implicitamente a autoridade da bêsta imposta por sua imagem. Pactuando, embora de modo indireto, com o propósito da bêsta, lhe dão como que a destra, de parceria, favorecendo os seus intuitos, e constituindo-se o seu braço direito pelo auxílio valioso que prestam. Êsses receberão o sinal na sua mão direita com a qual, indiretamente, apoiam as pretensões da bêsta e sua imagem.  

“A outra classe será constituída pelos que espontaneamente se hão de submeter às suas imposições, não por considerações meramente pessoais, mas pelo coração e pelo entendimento, crendo, com efeito, estar servindo e apoiando uma causa santa. Êstes estarão identificados com a doutrina e por ela com o caráter da bêsta, tanto pelo coração como pela inteligência, e terão o sinal em suas testas.  

“Portanto, por convicção ou não, todos serão obrigados, pelo protestantismo e o Estado irmanados, a levarem o ‘sinal da bêsta’. Quando tudo isto suceder em breve, na América Protestante agora livre, ficará assentado com tôda a evidência que o ‘característico especial da bêsta e de sua imagem — é a violação dos mandamentos de Deus’ (Las Profecias de Daniel y el Apocalipse, U. Smith, Vol. II, p. 236).  

“Pretendendo a nação protestante estabelecer por lei o domingo como ‘dia do Senhor’, a profecia declara que estabelecerá como ‘sinal da bêsta’, como dia do papado. Satanás não poderia levar um povo inteiro a maior engano do que êste. A própria revelação apresentando os Estados Unidos como falso profeta, diz ‘que enganou os que receberam o sinal da bêsta e adoraram a sua imagem’ (Ap 19.20). O sinal da bêsta é a imitação de um antigo costume de obediência aos homens e aos falsos deuses” (MELLO, 1959, p. 389 e 390). 

“A marca da besta colocada sobre a ‘testa’ de uma pessoa, representa a concordância intelectual com as crenças e comportamentos da igreja. A marca sobre a ‘mão’ representa as atividades executadas em harmonia com semelhantes crenças. A ‘testa’ de uma pessoa pode não aprovar o que faz a sua ‘mão’, mas as ações falam mais alto que as palavras” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 393). 

“O sinal da besta é exatamente o que tem sido proclamado. Nem tudo que se refere a este assunto é compreendido; nem compreendido será até que tenha sido completamente aberto o rolo do livro. Uma solene obra será, entretanto, realizada no mundo. A intimação do Senhor aos Seus servos é esta: ‘Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados’ Isaías 58:1” (WHITE, 2008b, p. 338). 

“Sancionada a ‘imagem da bêsta’ por ato constitucional, a ‘outra besta’, a norte-americana, com ‘dois chifres semelhantes aos de um cordeiro’, revelará imediatamente o seu novo e verdadeiro caráter. Naquele tempo breve futuro os Estados Unidos, convertidos em ‘imagem da bêsta’ papal, não mais alçarão a sua voz para falar em liberdade de consciência e de culto. Sua voz será uma nova voz — a voz do dragão. Ficará então constatado que a nação é constituída de ‘poderes religiosos, aliados ao céu pela profissão, e pretendendo ter os característicos de um cordeiro, mostrarão por seus atos que êles têm o coração de dragão, e que êles são instigados e controlados por Satanás’ (Testimonies for the Church, IX, 229)” (MELLO, 1959, p. 393). 

“Satanás escolheu uma contrafação do dia de adoração como o sinal ou marca de sua autoridade. A observância do domingo é considerada pelo papado como a marca de sua autoridade religiosa” (COFFMAN, 1989, p. 3). 

“Mas os cristãos das gerações passadas observaram o domingo, supondo que em assim fazendo estavam a guardar o sábado bíblico; e hoje existem verdadeiros cristãos em todas as igrejas, não excetuando a comunhão católica romana, que crêem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade. Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma, e ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Adorará a besta e a sua imagem. Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma — ’o sinal da besta’. E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber ‘o sinal da besta’. 

“A mais terrível ameaça que já foi dirigida aos mortais, acha-se contida na mensagem do terceiro anjo. Deverá ser um terrível pecado que acarretará a ira de Deus, sem mistura de misericórdia. Os homens não devem ser deixados em trevas quanto a este importante assunto; a advertência contra tal pecado deve ser dada ao mundo antes da visitação dos juízos de Deus, a fim de que todos possam saber por que esses juízos são infligidos, e tenham oportunidade de escapar. A profecia declara que o primeiro anjo faria o anúncio a ‘toda a nação, e tribo, e língua, e povo’. A advertência do terceiro anjo, que faz parte da mesma tríplice mensagem, deve ser não menos difundida. É representada na profecia como sendo proclamada com grande voz, por um anjo voando pelo meio do céu; e se imporá à atenção do mundo. 

“No desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes— os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Se bem que a igreja e o Estado reúnam o seu poder a fim de obrigar ‘a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’, a receberem “o sinal da besta” (Apocalipse 13:16), o povo de Deus, no entanto, não o receberá. O profeta de Patmos contempla ‘os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, … e o cântico do Cordeiro’. Apocalipse 15:2, 3” (WHITE, 2013, p. 391 e 392). 

“Aqueles que sucumbirem à pressão aplicada por essa instituição receberão uma marca com o nome da besta na mão direita ou na fronte (Ap 13:16). Todas as classes da sociedade recebem a ordem de aceitar a marca da besta. O recebimento dessa marca significa pertencimento e adoração à besta Essa marca é a antítese do selo de Deus (Ap 14:1). Ao passo que o selamento significa a presença e a atuação do Espírito Santo no coração humano (Ef 1:13, 14; 4:30), a marca da besta consiste em uma contrafação da obra do Espírito Santo. Quem recebe a marca da besta entra para esse sistema religioso e o serve de coração e mente. Alguns de maneira voluntária, outros com relutância.  

“O estabelecimento da marca na mão direita ou na fronte evoca Deuteronômio 6:8, passagem na qual Moisés instruiu os israelitas a atar a lei de Deus como sinal na mão ou na testa. Os judeus entenderam essa ordem de forma literal, por isso usam filactérios para demonstrar que pertencem a Deus e Lhe obedecem (Beatrice S. Neall. “Os Santos Selados e a Grande Tribulação, em Estudos Sobre Apocalipse (ed.) Frank Holbrook, Série Santuário e Profecias Apocalípticas (Engenheiro Coelho, SP. Unaspress, 2017), v. 6. p. 293, 294). Isso sugere que a marca na testa tem que ver com a ação de imprimir a lei do Senhor na mente e na conduta de Seu povo. Em contraste, o recebimento da marca da besta na mão direita ou na fronte representa a recusa em obedecer aos mandamentos de Deus – a troca da obediência divina pela obediência à besta. 

“Apocalipse mostra que os quatro primeiros mandamentos do Decálogo – que dizem respeito ao relacionamento do indivíduo com Deus e à adoração – vão se tornar o padrão de lealdade a Deus na crise final. As atividades de Satanás no tempo do fim são retratadas no Apocalipse como um ataque bem planejado a esses quatro mandamentos.  

“A exigência de adoração feita pela besta do mar (Ap 13:15) consiste em um ataque direto ao primeiro mandamento: ‘Não terás outros deuses diante de Mim’ (Ex 20:3).  

“A besta da terra edifica uma imagem para a besta do mar ser adorada (Ap 13:14, 15), uma afronta direta ao segundo manda mento: ‘Não farás para ti imagem de escultura […]. Não as adoraras, nem lhes darás culto’ (Ex 20:4, 5).  

“A blasfêmia da besta contra Deus (Ap 13:5, 6) representa um ataque ao terceiro mandamento: ‘Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão’ (Ex 20:7).  

“Conforme explicado abaixo, a marca da besta (Ap 13:16, 17) ataca diretamente o quarto mandamento: ‘Lembra-te do día de sábado, para o santificar’ (Ex 20:8). 

“Apocalipse 14:6 a 12 indica claramente que o mandamento do sábado, em particular, será a grande prova da fidelidade e obediência de cada ser humano a Deus (William G. Johnsson. The Saints’ End-Time Victory Over the Forces of Evil. em Symposium on Revelation-Book 2, ed. Frank B. Holbrook, Daniel and Revelation Committee Series (Silver Spring, MD: Biblical Research Institute, 1992), v. 7. p. 30). O apelo das três mensagens angélicas para adorar e obedecer ao Deus verdadeiro, em vez de adorar a besta e receber sua marca, ocorre no contexto do mandamento do sábado (Ap 14:7, 9). Na Bíblia, o sábado diz respeito à adoração adequada e a um relacionamento com Deus. Assim como o sábado é o sinal distintivo de obediência do povo fiel ao Senhor (cf. Ex 31:12-17; Ez 20:12, 20), a marca da besta é o sinal de obediência a ela. A característica distintiva da marca da besta é a substituição de mandamentos divinos por ordenanças humanas. 

“A evidência obvia dessa estratégia é o falso sábado instituído por seres humanos – o domingo, o primeiro dia da semana – em lugar do sétimo dia, o sábado. Contudo, observar o domingo em si não significa ter a marca da besta. A guarda do domingo somente se tornará a ‘marca da besta’ quando as pessoas tiverem uma compreensão clara das questões envolvidas na escolha de um dia de adoração. Esse tempo ainda é futuro, mas, no presente, os seguidores de Cristo não devem rotular nenhum individuo ou grupo como detentores da marca da besta. A observância do domingo hoje não torna ninguém perdido, assim como a guarda do sábado não faz de ninguém um cristão genuíno. Está chegando o dia, porém, em que todos os habitantes do mundo se posicionarão contra ou a favor de Deus” (STEFANOVIC; NASCIMENTO, 2018, p. 80-82). 

“Será exaltada a falsa religião. O primeiro dia da semana, dia comum de trabalho, que não possui nenhuma santidade, será levantado como o foi a imagem em Babilônia. A todas as nações, e línguas e povos se ordenará que venerem esse dia de repouso espúrio. É este o plano de Satanás para invalidar o dia instituído por Deus e dado ao mundo como memorial da criação. O decreto impondo a veneração deste dia abrangerá o mundo todo (Mar [MM 1977], 212). De forma limitada, ele já foi promulgado. Em vários locais o poder civil está falando com a voz de um dragão, assim como o rei pagão falou aos cativos hebreus. 

“Provações e perseguições sobrevirão a todos que, em obediência à Palavra de Deus, se recusarem a adorar esse falso dia de repouso. A força é o último recurso de toda falsa religião. A princípio é tentada a atração, como o rei de Babilônia tentou com o poder da música e da exibição exterior. Se essas atrações, inventadas por homens inspirados por Satanás, falhassem em fazer os homens adorar a imagem, as furiosas chamas da fornalha estavam prontas para consumi-los. Assim será hoje. O papado tem exercido seu poder para compelir os homens a lhe obedecer, e continuará a fazê-lo. Precisamos ter o mesmo espírito que foi manifesto pelos servos de Deus no conflito com o paganismo (ST, 06/05/1897)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1091). 

“A pena de morte será a inexorável sentença a ‘todos os que não’ adorarem ‘a imagem da bêsta’ ou não concordarem com ela e com suas deliberações e decretos em matéria de doutrina. Antes de tudo, porém, a compulsão aos recalcitrantes será levada ao ponto de esbulhá-los de seus direitos civis e sociais; pois não poderão ‘comprar ou vender’ a menos que resolvam receber o sinal da bêsta que corresponde ao seu nome e ao número de seu nome. Em outras palavras, sob o regime estadunidense da ‘imagem da bêsta’, o cidadão norte-americano que por direito de consciência recusar o ‘sinal da bêsta’ — domingo — será boicotado, perdendo todos os direitos de cidadão. E, se persistir em sua deliberada recusa de acatar o ‘sinal da bêsta’, então a solução para o seu caso é uma só — a pena de morte. Nada mais do que isto é o que a profecia nos esclarece sobre êste assunto” (MELLO, 1959, p. 393). 

“Assim como Cristo foi odiado sem motivo, Seu povo também será odiado por ser obediente aos mandamentos de Deus. Se Aquele que era puro, santo e imaculado e que praticou só o bem em nosso mundo foi tratado como vil criminoso e condenado à morte, Seus discípulos só podem esperar tratamento semelhante, por mais irrepreensível que seja sua vida, e limpo, seu caráter. Decretos humanos e leis elaboradas por agentes satânicos, sob o pretexto de bondade e restrição ao mal, serão exaltados, enquanto os santos mandamentos de Deus são desprezados e calcados aos pés. Todos os que demonstram sua lealdade pela obediência à lei de Yahweh devem estar preparados para serem presos e levados perante conselhos que não adotam como norma a elevada e santa lei de Deus (Mar [MM 1977], 193)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1092). 

“Poderes religiosos, aliados ao Céu por profissão, e declarando ter as características de um cordeiro, por seus atos mostrarão que têm o coração de dragão, e são instigados e dominados por Satanás. Está chegando o tempo em que o povo de Deus sentirá a mão da perseguição, por santificarem o sétimo dia. Satanás motivou a mudança do sábado na esperança de levar a efeito o seu propósito, para a derrota dos planos de Deus. Ele procura tornar os mandamentos de Deus de menor obrigatoriedade no mundo do que as leis humanas. O homem do pecado, que cuidou em mudar os tempos e a lei, e já oprimiu o povo de Deus, fará com que sejam feitas leis que imponham a observância do primeiro dia da semana. Mas o povo de Deus deve ficar firme a favor dEle. E o Senhor operará em Seu favor, mostrando claramente ser Ele o Deus dos deuses” (WHITE, 1949, p. 356). 

“Em Apocalipse 13:11-18 são apresentadas algumas das forças que Satanás lançará contra o povo de Deus nos últimos dias: 1) Milagres enganosos realizados por diversas formas de espiritismo (Apoc. 13:13 e 14; II Tess. 2:9 e 10); 2) leis opressivas que imporão falsas crenças religiosas contrárias à Palavra de Deus, sob pena de boicote e morte (Apoc. 13:15-17); e 3) as ‘mulheres’ de Apoc. 14:4, que devem referir-se à coalizão de elementos religiosos – cristãos professos – que usarão de pressões e seduções para levar os santos a renunciarem a Deus e Seus mandamentos” (COFFMAN, 1989, p. 64). 

“Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança a América do Norte for induzida a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dela um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo. 

“Como a aproximação dos exércitos romanos foi um sinal para os discípulos da iminente destruição de Jerusalém, assim essa apostasia será para nós um sinal de que o limite da paciência de Deus está atingido, que as nações encheram a medida de sua iniqüidade, e o anjo da graça está a ponto de dobrar as asas e partir desta Terra para não mais tornar. O povo de Deus entrará então num período de aflição e angústia que o profeta designa ‘o tempo da angústia em Jacó’. O clamor dos fiéis perseguidos se elevará até ao Céu. E como o sangue de Abel clamou a Deus desde o pó, assim haverá também vozes clamando desde a sepultura dos mártires, das profundezas do oceano, das cavernas dos montes e das masmorras dos conventos: ‘Até quando, ó Dominador, e santo verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra?’. 

“O Senhor está fazendo Sua obra. Todo o Céu está em atividade. O Juiz de toda a Terra Se levantará em breve para vindicar Sua autoridade insultada. O sinal do libertamento será posto naqueles que guardam os mandamentos de Deus, reverenciam Sua lei e se recusam a aceitar o sinal da besta ou da sua imagem” (WHITE, 2008b, p. 141 e 142). 

“Quando aprendermos o poder de Sua palavra, não seguiremos as sugestões de Satanás para obter alimento ou salvar a vida. Nossa única preocupação será: Qual é o mandamento de Deus? Qual Sua promessa? Sabendo isso, obedeceremos ao primeiro, e confiaremos na segunda. Na última grande batalha do conflito com Satanás, os que são leais a Deus hão de ser privados de todo apoio terreno. Por se recusarem a violar-Lhe a lei em obediência a poderes terrestres, ser-lhes-á proibido comprar ou vender. Será afinal decretada a morte deles. Apocalipse 13:11-17.  

“Ao obediente, porém, é dada a promessa: ‘Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas são certas’ Isaías 33:16. Por essa promessa viverão os filhos de Deus. Quando a Terra estiver assolada pela fome, serão alimentados. ‘Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão’. Salmos 37:19. Daquele tempo de angústia prediz o profeta Habacuque, e suas palavras exprimem a fé da igreja: ‘Portanto ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas; todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação’. Habacuque 3:17, 18” (WHITE, 2007c, p. 90 e 91). 

“O livro do Apocalipse trata do tema da marca da besta com uma seriedade impressionante e, quando fala daqueles que a recebem, usa a linguagem mais forte e ameaçadora que poderíamos imaginar. Se você quer tirar as dúvidas, leia as três mensagens angélicas (Apocalipse 14:6-12), especialmente a terceira. Segundo a revelação, os que receberem a marca da besta se perderão. O mais terrível é que a maioria das pessoas a receberá, a menos que saiba do que se trata e decida colocar-se ao lado de Deus, custe o que custar. Outro fato que se torna claro no Apocalipse, é que a humanidade se está dividindo rapidamente em dois grupos: aqueles que seguirão a besta e sua imagem e que receberão sua marca, e ‘os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus’. Deus o ajude a estar entre estes últimos, pois eles receberão a vida eterna” (BELVEDERE, 1987, p. 74). 

“A alternativa à marca da besta é o selo de Deus (Apoc. 7:1-8; 14:1-5). O selo de Deus é colocado apenas sobre a testa dos fiéis. A ‘mão’ faz contraste com a ‘testa’ (Apoc. 13:16) e isso indica que algumas pessoas estarão aceitando mentalmente a legislação que apóia a marca da besta e outras não. Alguns irão aceitar as exigências por medo de represálias” (COFFMAN, 1989, p. 2). 

“A mão tinha grande simbolismo no mundo antigo. Acreditava-se que com ela alguém podia conceder graça ou pronunciar punição. Além disso, a mão representava a autoridade da pessoa e era o instrumento pelo qual se levava a cabo as intenções de alguém. A mão direita, em particular, era especial por duas razões. Em primeiro lugar, porque a mão esquerda era universalmente usada para propósitos higiênicos e, portanto, era menos respeitada que sua contraparte. Em segundo lugar porque, uma vez que a maioria das pessoas era destra, a mão direita era tida como possuidora de força e capacidade superiores inatas.  

“O status físico da mão direita conferiu-lhe importante significado metafórico, geralmente expressando bênção, companheirismo ou conforto. Certos atos de purificação ritual, assim como a ordenação do sacerdócio aarônico, envolviam a mão direita ou o lado direito. […] A mão direita também era usada para fazer juramentos em assuntos jurídicos, uma vez que se acreditava que ela representava o caráter, a vontade e as ações do indivíduo que fazia o juramento. Na literatura, personificava o caráter e os atos de um rei ou de uma divindade, […] enquanto na Bíblia hebraica representava o poder e a provisão de Deus para seu povo” (BÍBLIA, 2013b, p. 1983). 

“A testa representa a mente, com a qual servimos a Deus (Romanos 7:25). A mão é símbolo de trabalho (Eclesiastes 9:10). Os que aceitam o domingo intelectualmente receberão o sinal em sua mente, aqueles que trabalharem no sábado para não serem boicotados ou mortos, receberão o sinal em sua mão. A marca será imposta quando se decretar uma lei proibindo comprar ou vender àqueles que não tiverem a marca da besta: É lógico que quem viola o sábado na atualidade é culpado de violar a santa lei de Deus e, portanto, está em pecado (I São João 3:4). Aqueles que conscientemente aceitam a substituição do sábado pelo domingo se encontram em rebelião contra a lei divina, com a mesma responsabilidade que terão aqueles que receberem a marca da besta na crise final que precede o retorno de Cristo” (BELVEDERE, 1987, p. 76). 

“Três fatores ligam a marca à besta do mar:  

  • Primeiro, uma vez que nos versos 12-15 as ações sempre se referem à besta da terra e a palavra besta sempre se refere à besta do mar, é natural presumir que o mesmo ocorra aqui. 
  • Segundo, overso 15 fala da ‘imagem da besta’, e o verso 17 fala de uma ‘marca […] da besta’. No grego, as duas frases são quase idênticas e têm objetos idênticos (‘besta’), o que sugere que ambas se referem à mesma entidade.  
  • Terceiro, seria estranho que o texto dissesse que a besta da terra forçou todos a receberem uma marca da besta da terra. Se João quisesse dizer que a marca estava associada à besta da terra, pareceria mais apropriado que ele tivesse dito que a besta da terra forçou todos a receberem sua marca. 

“É natural, portanto, concluir que a expressão ‘marca da besta’ se refere à besta do mar, não à besta da terra” (MOORE, 2013, p.184 e 185). 

“Apocalipse 13:16 diz que os ímpios podem receber a marca da besta na testa ou na mão. Isto é, eles podem receber a marca da besta por convicção (na mente), ou podem recebê-la por questão de conveniência (na mão), cedendo à pressão espiritual da besta embora não creiam no discurso dela. Por outro lado, as pessoas podem receber o selo de Deus apenas na testa. Ninguém pode servir a Deus meramente por conveniência. 

“A condição espiritual daqueles que recebem o selo de Deus é descrita ainda em Apocalipse 14:4, 5: ‘São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. […] e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula’. Obviamente, essas pessoas desenvolveram um relacionamento muito íntimo com Jesus. Entretanto, é muito claro no Apocalipse que aqueles que receberem a marca da besta estarão em total rebelião contra Deus. Essa é também uma condição profundamente espiritual, mas no sentido negativo.  

“Contudo, embora seja fácil supor que todos aqueles que se rebelarem contra Deus durante o conflito final serão ateus e outras pessoas secularizadas que O negam abertamente, a mais enganosa forma de rebelião contra Deus é a que passa como sendo uma forma de servi-Lo. Jesus disse que, quando Ele voltar, muitas pessoas irão Lhe dizer: ‘Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniquidade’ (Mt 7:22, 23).  

“Por isso, sem dúvida muitos daqueles que receberão a marca da besta estarão se considerando como íntegros cristãos” (MOORE, 2013, p.188 e 189). 

Comprar ou vender. Esta medida severa será tomada como esforço para assegurar a submissão, mas não terá o efeito esperado (ver com. de Ap 14:1, 12). Sem dúvida, a medida envolverá um decreto de morte (ver com. de Ap 13:15). […] 

O nome. ‘Ou o nome’ (ARC). Evidências textuais (cf. p. xvi) apoiam a omissão do termo ‘ou’. Se omitida, a expressão ‘nome da besta’ pode ser considerada um aposto a ‘marca’. Desse modo, o trecho seria: ‘a marca, isto é, o nome da besta’. Isso sugeriria que a marca a qual João contemplou em visão era o nome da besta. Essa relação pode ser comparada com o selo de Deus, colocado na fronte dos santos (Ap 7:2). Acerca destes. João afirmou mais tarde que ‘na fronte escrito […] o nome de de seu pai (Ap 14:1; comparar com Ap 14:11). 

“No entanto, o termo ‘ou’ ocorre no manuscrito grego P47, o mais antigo do Apocalipse a que se tem acesso. Se for o caso, as expressões ‘a marca’, ‘o nome da besta’ e ‘o número do seu nome’, ligadas por ‘ou’, podem indicar graus de filiação à besta ou à imagem. Deus condena qualquer uma dessas associações (Ap 14:9-11)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 910). 

“A adoração é outro indicativo da condição espiritual daqueles que recebem a marca da besta. A adoração é um dos temas centrais de Apocalipse 13 e 14, e são descritos dois tipos: a verdadeira adoração a Deus e uma falsa adoração à besta do mar e sua imagem. Antes de interpretarmos a marca da besta, será útil examinar o que o Apocalipse diz sobre essa falsa adoração. […] descobrimos um elo entre a falsa adoração e as atividades da besta da terra. Contudo, há uma diferença: enquanto a besta do mar aceita adoração, a besta da terra a impõe 

“Lemos sobre isso duas vezes na última metade de Apocalipse 13: ‘Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a Terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada’ (v. 12). ‘E […] foi dado [à besta da terra] comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta’ (v. 15).  

“Observe que a besta da terra ‘faz com que a Terra e seus habitantes adorem a primeira besta’. Ela fazia ‘morrer quantos não adorassem a imagem da [primeira] besta’. De alguma forma, a besta da terra forçará os seres humanos a adorar a besta do mar. Durante o período medieval do papado, a igreja fazia as leis e o Estado as impunha. Às vezes a igreja até desculpava o aprisionamento e execução de ‘hereges’ sob a alegação de que não era ela que punia esses indivíduos, mas o Estado (embora ela os entregasse ao Estado precisamente para serem punidos). Assim, durante o período medieval, o Estado era o braço de imposição da igreja.  

“O Apocalipse prediz a mesma relação entre a igreja e o Estado para o tempo do fim: a besta da terra, que é uma entidade política, imporá a adoração à besta do mar, uma entidade religiosa. Porém, essa falsa adoração custará um preço terrível. Apocalipse 14:9-11 afirma: ‘Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da Sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. […] Não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome’.  

“A mensagem do terceiro anjo é a mais solene advertência, registrada em qualquer parte da Bíblia, que Deus já tenha feito a seres humanos. Portanto, o que quer que seja essa ‘marca da besta’, é melhor que você e eu nos informemos sobre ela e façamos tudo o que está ao nosso alcance para evitá-la” (MOORE, 2013, p.189 e 190). 

“Não vem muito distante o tempo em que, como os antigos discípulos, seremos forçados a buscar refúgio em lugares desolados e solitários. Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas. E agora, em vez de buscarmos dispendiosas moradas aqui, devemos estar-nos preparando para mudar-nos para um país melhor, isto é, o celestial. Em vez de gastar nosso dinheiro em nos comprazer a nós mesmos, cumpre-nos estudar a maneira de economizar. Cada talento emprestado por Deus deve ser empregado para glória Sua, em proclamar a advertência ao mundo” (WHITE, 2008b, p. 155 e 156). 

“É fácil ir a extremos nessa questão. Isto deve ser evitado. Jesus disse: ‘Ocupai-vos até que Eu venha’ (S. Luc. 19:13, KJV). Os cristãos devem continuar a ser fiéis em suas profissões seculares, aproveitar as oportunidades para obter boa educação, estabelecer o lar e criar os filhos no temor do Senhor. A melhor preparação que podem fazer para o conflito final é manter comunhão diária com Jesus por meio da oração e do estudo da Palavra de Deus (Apoc. 12:11). […] Precisamos lembrar-nos também de que os conflitos acerca da liberdade religiosa podem prover oportunidades para que a Igreja dê testemunho da verdade” (COFFMAN, 1989, p. 53). 

“No livro O Maior Discurso de Cristo [p. 105] novamente Ellen G. White comenta a profecia da destruição de Jerusalém e diz: ‘A ruína de Jerusalém era um símbolo da ruína final que assolará o mundo. As profecias que tiveram seu parcial cumprimento na queda de Jerusalém, têm mais direta aplicação aos derradeiros dias”. As profecias citadas por Jesus em Mateus 24 incluem a imposição da ‘abominação desoladora’, e esta profecia teve um cumprimento parcial quando os estandartes idolátricos dos romanos foram arvorados em Jerusalém. Ellen G. White diz que existe uma aplicação mais direta desta profecia para os últimos dias, quando haverá o ressurgimento do Império Romano papal e o estandarte idolátrico de Roma, o falso dia de repouso, será arvorado no seio da igreja cristã. Não pode existir uma abominação mais desoladora do que esta, a de se impor mundialmente o Domingo no lugar do santo sábado” (RAMOS, 2006, p. 254 e 255). 

“A profecia que Ele proferiu era dupla em seu sentido: ao mesmo tempo em que prefigurava a destruição de Jerusalém, representava igualmente os terrores do último grande dia” (WHITE, 2013, p. 20). 

“A destruição de Jerusalém constitui tremenda e solene advertência a todos os que estão tratando levianamente com os oferecimentos da graça divina e resistindo aos rogos da misericórdia de Deus. Jamais foi dado um testemunho mais decisivo do ódio ao pecado por parte de Deus, e do castigo certo que recairá sobre o culpado. A profecia do Salvador relativa aos juízos que deveriam cair sobre Jerusalém há de ter outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação não foi senão tênue sombra. Na sorte da cidade escolhida podemos contemplar a condenação de um mundo que rejeitou a misericórdia de Deus e calcou a pés a Sua lei.  

“Tenebrosos são os registros da miséria humana que a Terra tem testemunhado durante seus longos séculos de crime. Ao contemplá-los confrange-se o coração e o espírito desfalece. Terríveis têm sido os resultados da rejeição da autoridade do Céu. Entretanto, cena ainda mais tenebrosa se apresenta nas revelações do futuro. […] Acautelem-se os homens para que não aconteça negligenciarem a lição que lhes é comunicada pelas palavras de Cristo. Assim como Ele preveniu Seus discípulos quanto à destruição de Jerusalém, dando-lhes um sinal da ruína que se aproximava para que pudessem escapar, também advertiu o mundo quanto ao dia da destruição final, e lhes deu sinais de sua aproximação para que todos os que queiram, possam fugir da ira vindoura” (WHITE, 2013, p. 29 e 30). 

“É evidente nestes comentários que Ellen G. White entendia que a imposição da ‘abominação desoladora’ da qual falou Daniel tinha uma aplicação dupla, aplicando-se de uma forma mais direta aos terrores dos últimos dias que virão em consequência da imposição do decreto dominical. Este é o verdadeiro estandarte idolátrico de Roma” (RAMOS, 2006, p. 256). 

“John Cotton, de Massachusetts Bay Colony, declarou que a ‘tolerância religiosa tornou o mundo anticristão… Ele insistia que a perseguição não tem nada de errado em si mesma; ela é má quando a falsidade persegue a verdade, mas ela é um sagrado dever quando a verdade está perseguindo a falsidade (Warren L. Johns, Dateline Sunday, U.S.A (Mountain View, California: Pacific Press, 1967), p.2)” (RAMOS, 2006, p. 264). 

O autor cita outros autores que descrevem perseguições desde o século 17, nos EUA, de evangélicos e suas leis dominicais católicas, contra sabatistas e outras pessoas que simplesmente não viam o domingo como dia santificado pelo Criador. A Cronologia “As origens da besta que emerge da terra, tem dois chifres como cordeiro, mas fala como dragão (Apocalipse 13:11-18)”, disponível em: https://blogdoprofh.com/2021/09/12/as-origens-da-besta-que-emerge-da-terra-tem-dois-chifres-como-cordeiro-mas-fala-como-dragao-apocalipse-1311-18/, acesso em: nov. 2021, traz detalhes históricos sobre essas perseguições, as quais retornarão – tanto as leis dominicais quanto as perseguições por elas causadas – e com intensidade no mínimo igual, de acordo com as profecias de Apocalipse 13, assim que o papado e os Estados Unidos fortalecerem suas relações, recriando num contexto moderno a diabólica união entre Igreja e Estado. 

“A questão do sábado será o ponto controverso no grande conflito final em que o mundo inteiro desempenhará um papel (EF, 135). Os seres humanos têm honrado os princípios de Satanás acima dos princípios que governam os Céus. Eles aceitaram o dia repouso espúrio, que Satanás tem exaltado como sinal de sua autoridade. Mas Deus colocou Seu selo sobre esta Sua ordenança real. A instituição de cada um dos dias de repouso, tanto o verdadeiro quanto o falso, traz o nome de seu autor, um sinal indelével que mostra a autoridade de cada um deles. A grande decisão a ser feita agora por toda pessoa é se receberá a marca da besta e sua imagem ou o selo do Deus vivo e verdadeiro (ST, 22/03/1910)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1092). 

“Algumas pessoas podem objetar que o dia de guarda é uma questão simplória demais para ser a terrível ‘marca da besta’ do Apocalipse. Não necessariamente. O sábado é um dos Dez Mandamentos. Isso o torna muito importante! Além disso, os testes de obediência dados por Deus no passado sempre foram muito simples. Veja, por exemplo, o teste que Ele deu a nossos primeiros pais: “Não comam do fruto da árvore do bem e do mal” (veja Gn 2:17). Algumas pessoas podem argumentar que Deus certamente não teria rejeitado Adão e Eva por algo tão simples quanto comer um pedaço da fruta de determinada árvore. Mas se Deus tivesse dado a Adão e Eva algum teste muito difícil, como pular de um abismo, eles poderiam ter-se desculpado sob a alegação de que era um teste difícil demais. Foi a própria simplicidade do teste que o tornou tão eficiente.  

“O teste para os três hebreus que enfrentaram o irritado Nabucodonosor também foi extremamente simples: apenas se curvem e adorem a imagem por alguns minutos. Os hebreus podiam ter-se abaixado para amarrar o cadarço de suas sandálias sem adorar a imagem. Mas a lealdade a Deus exigia que eles permanecessem de pé, eretos, para que todo mundo pudesse vê-los (veja Dn 3).  

“Isso nos faz lembrar outra característica de testes semelhantes à marca da besta: eles geralmente envolvem um sinal exterior que tem grande visibilidade pública. Não houve dúvidas sobre a quem os três jovens escolheram obedecer. Toda a multidão – centenas e talvez milhares de pessoas – pôde vê-los de pé, eretos. Daniel podia ter deixado as janelas de sua casa fechadas quando foi ameaçado de morte por adorar ao Deus do Céu, mas abriu as janelas para que o mundo o visse de joelhos, cabeça curvada, voltado para Jerusalém. Durante os primeiros anos da história cristã, muitos dos mártires cristãos receberam um pouquinho de incenso e lhes foi ordenado que o atirassem no fogo em frente a um deus pagão, mas eles preferiram sacrificar a vida a desonrar o Deus do Céu. Todos esses testes tanto foram extremamente simples como grandemente visíveis 

“Por isso, a marca da besta também envolverá uma escolha que seja ao mesmo tempo muito simples e altamente visível – e a questão do sábado versus o domingo apresenta as duas características. É a própria simplicidade da questão e sua visibilidade que a torna uma candidata tão excelente para a marca da besta” (MOORE, 2013, p. 199 e 200). 

“Deus criará uma situação na qual pessoas boas e muitas em posição de autoridade terão oportunidade de saber de fato o que é a verdade. Sendo que um povo não se ajoelhará diante da imagem nem receberá a marca da besta na fronte ou na mão, mas se colocará ao lado da verdade porque é a verdade, haverá opressão e uma tentativa de compelir a consciência. Mas aqueles que conhecem a verdade temerão ceder aos poderes das trevas. Deus tem um povo que não receberá a marca da besta na mão direita ou na fronte. […] 

“Não foi feita manobra nenhuma no sentido de exaltar o dia de repouso idolátrico, de reavivar a observância do domingo por meio de legislação, em que Satanás não estivesse por trás e não fosse o principal articulador. Mas a consciência não deve ser compelida nem para a observância do dia de repouso genuíno, pois Deus aceita apenas o serviço voluntário (RH, 15/04/1890)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1091). 

“A observância do domingo não é ainda o sinal da besta, e não o será até que saia o decreto compelindo as pessoas a venerarem esse falso sábado. Chegará o tempo em que esse dia será a prova, mas esse tempo ainda não veio (EF, 224, 225)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 1092). 

13.18Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.Uma vez que Deus está revelando o futuro e dizendo através desta revelação profética o que vai acontecer e quem irá adorá-Lo e aqueles que O rejeitarão, aqui está o conhecimento que torna o ser humano preparado para tomar as decisões acertadas. E aquele que desejar exatamente isto, use a revelação profética, ou seja, a Bíblia, para perceber que a legislação dominical não é um mero erro de interpretação bíblica, mas um dos ápices do projeto de Satanás de dominação global com aparência de cristianismo e cuidado com o meio ambiente, o qual, em verdade, coloca a autoridade humana acima da autoridade divina. Deus é trino e Se revelou por meio dos profetas, e através deles entregou à humanidade os 10 Mandamentos, dentre os quais o sábado ocupa um lugar estratégico desde o primeiro sétimo dia do ciclo semanal ininterrupto: ou Deus é adorado como Criador e Legislador máximo, ou a criatura é adorada e O desdenha, e tratora a função do sétimo dia e Seu Fabricante. Satanás usará o romanismo, o falso protestantismo e o espiritualismo – uma contrafação da Trindade divina –, para confundir os que negligenciaram a revelação profética ao ponto de fazê-los adorar a criatura, receber a marca da rebeldia dominical em seu caráter e adorar o próprio adversário de Deus, o autor oculto da contrafação especiosa. O número 666, portanto, representa a sobreposição da vontade do ser humano criado por Deus no 6º dia da primeira semana, através da supremacia da trindade satânica (romanismo, falso protestantismo e espiritualismo) contra o Criador trino que legislou o 7º dia daquela semana como sábado de descanso e memorial de Sua Criação.

Aqui está a sabedoria. Comparar com a expressão: ‘Aqui está o sentido, que tem sabedoria’ (Ap 17:9). A sabedoria elogiada aqui é a mesma a que Paulo se refere (Ef 1:17). Somente mediante a iluminação divina os seres humanos podem compreender os mistérios da Palavra de Deus […]. 

Entendimento. Ou, ‘inteligência’. Aqueles que desejam saber o significado do número enigmático podem entender. 

Calcule. Ou, ‘conte’. Número da besta. É importante observar que a besta já foi identificada de maneira conclusiva (ver com. dos v. 1-10). O número proporciona evidências confirmatórias” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 910). 

“Lit. calcule o número da besta. Trata-se do processo de gematria, que consiste em estabelecer correspondências entre as letras do alfabeto e os números: pode-se assim estabelecer o valro numérico de um nome e vice-versa” (ECUMÊNICA, 1994, p. 2441 e 2442).  

“Na Antiguidade, as letras do alfabeto serviam de números. Eram populares os enigmas que usavam equivalentes numéricos para nomes” (BÍBLIA, 2013, p. 2063). 

“Chegamos afinal ao término da tragédia da bêsta-papal e de sua imagem protestante-estadunidense, tal como nos é apresentada na profecia do Apocalipse treze e confirmada pelos fatos históricos. O versículo dezoito dá-nos a prova suprema de que a ‘bêsta’ de que trata esta profecia, é evidentemente o papado romano. O versículo anterior refere que a ‘bêsta’ tem um nome e que seu nome encerra um número. Disto concordamos que para encontrarmos o seu número é imprescindível sabermos antecipadamente o seu nome.  

“Ora, sendo que a ‘bêsta’ é um poder na terra e que o seu número é o número de um homem que a representa absoluto, é evidente que o seu nome deve ser um título representativo do seu poder empregado pelo referido homem e não o nome comum dêsse homem. Quer dizer ainda que êsse homem, e a ‘bêsta’ que êle representa, pertencem a uma nacionalidade cujo sistema numeral é exemplificado não em caracteres matemáticos árabes, mas em letras do seu próprio idioma. É assim que o número do seu nome é encontrado nas letras do seu nome” (MELLO, 1959, p. 399). 

“Exatamente o que constitui o número da besta é um assunto entendido até aqui apenas obscuramente. O certo é que este número da besta é um número que tem algo que ver mais com coisas humanas do que com divinas, mais com este mundo do que com o mundo por vir, mais com a Terra do que com o céu, mais com a velha Babilônia do que com a Nova Jerusalém, mais com o homem do pecado do que com o Homem da Justiça. […] 

“Quando Deus criou o mundo, Ele o criou em seis dias. Estes eram dias de trabalho. O período pelo qual este mundo de pecado tem de passar é um período de seis mil anos [de acordo com algumas citações de Ellen G. White, citações mais gerais e metafóricas do que específicas e literais]. […] 

“Como o número seis é um número tão intimamente relacionado com a criação da Terra e a duração do mundo em sua forma atual, concebe-se que este número seja um número adotado por aquele que se constituiria ‘príncipe deste mundo’ como se fosse seu número próprio, sendo usado por ele e pelos poderes que o representam como um símbolo de seu controle” (THIELE; BERG, 1960, p. 267 e 268). 

“Desde os primórdios do cristianismo, há grande discussão quanto ao significado de 666. Um dos primeiros a escrever sobre o assunto foi Irineu (c. 130-202 d.C.). Ele identificou a besta como o anticristo e acreditava que o valor numérico das letras de seu nome somaria 666. Sugeriu que o nome Teitan, às vezes considerado divino, era uma grande probabilidade. Também sugeriu, embora de maneira menos provável, o nome lateinos [mais na frente outro autor detalhará esse título]. Este seria o último dos quatro reinos que Daniel viu. Ao mesmo tempo advertiu: ‘Portanto, é mais garantido e menos perigoso aguardar o cumprimento da profecia do que fazer suposições e especular possíveis nomes, uma vez que muitos nomes se encaixam no número mencionado’ (Contra Heresias, v. 30.3; ANF, vol. 1, p. 559)” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 911). 

Número de homem. A besta representa uma organização humana” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 911). 

“Este número místico representa um sistema, antes que um homem. O dragão, ou a serpente, – o paganismo – deu à besta ‘o seu poder, e o seu trono, e grande poderio’. Apoc. 13:2. O paganismo é, em grande medida, uma religião de culto à Natureza, ao Sol e à Lua, estes como divindades preeminentes; o Sol, geralmente divindade masculina, e a Lua feminina. Na mitologia antiga, a serpente era universalmente o símbolo do Sol. O culto ao Sol e o culto à serpente começaram lado a lado, sendo o Sol considerado como a fonte de toda vida física e a serpente de toda vida espiritual 

“A serpente, entretanto, não era seguramente fonte de vida espiritual, pois a Bíblia declara que a serpente foi a enganadora da humanidade, roubando ao homem sua vida espiritual. Esculápio, antigo deus da Medicina, era algumas vezes representado por uma serpente enroscada em tomo do tronco de uma árvore morta, símbolo de restauração da vida. […]  

“Os antigos declaravam que Deus opera por matemática. Sua re1igião era um conglomerado de religião, astrologia, alquimia, ciência física e mental e matemática. A antiga astrologia dividia o céu estrelado em 36 constelações. Estas eram representadas por diferentes amuletos chamados ‘Sigilla Solis, ou selo do Sol. Esses amuletos eram usados pelos sacerdotes pagãos, e continham todos os números de 1 a 36. Por meio dessas figuras, eles diziam poder predizer acontecimentos futuros. Tais amuletos eram usualmente feitos de ouro, visto ser o amarelo a cor solar. Para serem conduzidos, eles eram envolvidos em seda amarela. supondo-se que o portador recebia desse modo os benéficos poderes que se criam emanar dessa jóia” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 143 e 144). 

“O número seis, sessenta, seiscentos, e seus múltiplos eram usados preeminentemente na antiga Babilônia. Entre os babilônios não era usado somente o sistema sexagesimal. Sessenta era o número usado como símbolo do supremo deus no panteão. Este, durante os primeiros tempos, era Anu de Marduk. Mais tarde quando Marduk ou Bel de Babilônia usurpou o primeiro lugar no panteão, foi-lhe dado o número maior. Outros números mais baixos – 50, 40, 30, 20 e 10 – eram usados para os deuses mais próximos da importância da tríade babilônica. Seis era o número mais baixo usado para um deus, enquanto que seiscentos compreendia a totalidade dos deuses ou espíritos do mundo inferior e superior, o Igigi e o Anunnaki.  

“O número seis e seus múltiplos tornaram-se por causa disto preeminentes na ciência e na astrologia babilônica e dali se transportaram até os nossos dias. Desta maneira havia sessenta segundos num minuto e sessenta minutos numa hora, com doze horas no dia e doze meses no ano. O círculo da Terra e do sol foi dividido em trezentos e sessenta graus. A significação completa do número seiscentos e sessenta e seis não é entendido perfeitamente na atualidade, mas há indicação suficiente de que é um número intimamente ligado ao simbolismo místico da religião da Babilônia primitiva” (THIELE; BERG, 1960, p. 268). 

“Nas profecias do Apocalipse, o papado e o protestantismo são apresentados como a moderna Babilônia espiritual. Na antiga Babilônia das margens do rio Eufrates, o número 666 era o signo do antigo ‘deus do sol’, principal deus do paganismo. A ciência astrológica pagã dividiu o céu estrelado em 36 constelações, cujos números foram arranjados num quadro (como dado abaixo), e usado como um sêlo ou amuleto pelos sacerdotes pagãos e devotos do deus sol: 

Figura 2 – matriz de ordem 6, cujas fileiras horizontal, vertical e diagonal somam 111. Fonte: Mello (1959, p. 403), Thele e Berg (1960, p. 269) e Anderson e Trezza (1988, p. 145).

“Somadas estas colunas numéricas horizontal ou verticalmente, dão seis vêzes o número 111, que, somados por sua vez, perfazem o número 666. Êste foi o número sagrado do ‘deus sol’ e constitui a sua identificação. O paganismo romano dos Césares não foi mais que uma sucessão do paganismo Babilônio e Roma-papal não é mais que uma sucessão de Roma-pagã, pelo que através desta sucessão está ligada à velha Babilônia e seu culto idolátrico solar” (MELLO, 1959, p. 403). 

“Depois que o império babilônico caiu, todo o sistema de mitologia egípcia e babilônica foi transferido para Pérgamo, na Ásia Menor. (Ver mapa, cap. 3.) Não admira que o Senhor, escrevendo à igreja de Pérgamo, disse: ‘Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás’. Apoc. 2.13. O corrupto sistema de idolatria pelo qual a igreja se afastou da fé, é chamado por Paulo ‘o mistério da iniqüidade’ (11 Tes. 2:7), e por João ‘Mistério, a grande Babilônia’. Apoc.17:5. Operando já nos dias de Paulo, a plena revelação desta apostasia estava ainda no futuro. Os mistérios babilônicos, sempre envolvidos em segredos, desde os mais antigos tempos têm desafiado a verdade de Deus. Paulo fala a respeito de ‘infrutíferas obras das trevas’, das quais ele afirma ser ‘vergonha até falar’, praticando-as eles em segredo. (Ver Éfes. 5:11 e 12.) […] 

“Este deus-mistério, mencionado por Plutarco como ‘o deus oculto’ (De Iside et Osiride, vol. 2, pág. 354), e por outros como ‘sistema oculto’, foi adorado sob o nome de ‘Saturno’, que significa ‘mentir em oculto’’. Em caldaico ou aramaico a pronúncia é ‘S-T-U-R’. Chambers, em seu livro Book of Days, fala do ‘festival de São Satur, o mártir’. Este ‘sistema oculto’ de vergonha e apostasia invadiu a igreja, nos primeiros séculos, deixando o seu rasto de corrupção em cada sucessiva geração. O verdadeiro Deus não é ‘oculto’; Ele está revelado em Jesus Cristo. Vejamos agora o significado das letras que formam o nome S T U R:  

S – 200 

T – 60 

U – 400 

R – 6 

——— 

  666  

‘O Deus Oculto de Babilônia’ (Língua Aramaica). 

“Quando este sistema foi estabelecido em Roma, a ‘cidade das sete colinas’, a Itália se tornou a terra de mistérios ocultos, e foi por séculos conhecida como ‘Terra Satúrnia’, ou Terra de Mistério. Saturno era identificado também como Jano, o Grande Mediador e Abridor e Fechador. E os sumos sacerdotes do paganismo eram investidos com as chaves de Jano e Cibele. […] 

“Quando a igreja cristã começou, a simplicidade da mensagem apostólica fazia estranho contraste com o elaborado sistema dos mistérios pagãos. Que um pecador pudesse ir diretamente à presença de Deus e encontrar salvação sem a mediação de todo um sistema de sacerdotes e de encantamentos, parecia bom demais para ser verdade. Esta simples mensagem produzia pureza de vida. Os homens eram diferentes; agiam de modo diferente; havia gozo e paz que não podiam ser negados.  

“Paulo falou do ‘mistério da piedade’ (1 Tim. 3:16) que envolveu a encarnação de nosso Senhor, Sua vida incontaminada, Sua ascensão e ministério ante o trono da Divindade. Que contraste com o ‘mistério da iniqüidade’! 11 Tess. 2:7. Separados do evangelho de Cristo, os homens não podem alcançar a vitória sobre o pecado. A mensagem cristã era um chamado para fora das trevas de todo o sistema de mistérios pagãos. ‘Não tenhais comunhão com as obras infrutíferas das trevas’, escreveu Paulo, pois o só falar das coisas que faziam em segredo era uma vergonha. (Efés. 5:11 e 12.) E isto era real e tragicamente verdadeiro. Os mistérios secretos eram muitas vezes um disfarce para degradante imoralidade.  

“Os apóstolos, prevendo que o sistema pagão corromperia a simplicidade do evangelho, advertiram os líderes das igrejas. Mas pouco a pouco, a despeito de suas advertências, a igreja sofreu uma ‘apostasia’ (II Tess. 2:3), e o paganismo se estabeleceu do modo mais completo na igreja apostatada. Esse ramo do cristianismo, pelo menos, não se tornou a ‘filha de Sião’, como a antiga igreja de Deus foi chamada, mas a ‘filha do paganismo’’, com sua sede em Roma. Todas as vestimentas do paganismo tornaram-se parte do assim chamado sistema cristão.  

“As chaves de S. Pedro, por exemplo, encontradas no brasão de armas do papa e usadas por ele – cabeça do sistema – não são as chaves de S. Pedro, mas o equivalente moderno das chaves pagãs de Jano e Cibele. Muitas das festividades da igreja são pagãs, como, por exemplo, o festival de São Satur, o mártir, realizado no dia 29 de março. Ver R. Chambers, The Book of Days, vol. 1, pág. 435. Uma das orações da liturgia da missa é: ‘Deus oculto e meu Salvador, tem misericórdia de nós’ – W. MacGavin, The protestant, vol. 2, pág. 79. Saturno era o ‘deus oculto’ do paganismo. Não admira que Deus chame a esse sistema ‘Mistério, a Grande Babilônia’’. Apoc. 17:5. […] 

“A linguagem sagrada dessa igreja tem sido por séculos, mediante decreto, não o grego ou o hebraico, mas o latim. Quando o papa fala ex-catedra, fala em latim. Até recentemente, a missa era dita em latim, unicamente. A antiga palavra grega para designar a pessoa de ‘fala latina’ é lateinos, que desde priscas eras tem sido reconhecido como o nome indicado em Apoc. 13:18. E. B. Elliott, em sua Horae Apocalypticae, diz: ‘Mas o que responde de modo completo aos reclamos do enigma sagrado, e que eu creio, portanto, plenamente, ser o que o Espírito tinha em vista, é a solução de lrineu, Lateinos.” – Vol. 3, pág. 233. (A letra ‘E’ é em geral omitida na forma moderna de pronúncia da palavra, mas autoridades como lrineu, Hipólito, André e outros, Pronunciam-na como apresentamos aqui.) Este título tem também o mesmo significado numérico no grego” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 146-149). 

Na obra supracitada, aparecem as associações: 

LATEINOS (grego) = 30 + 1 + 300 + 5 + 10 + 50 + 70 + 200 = 666 –> Pessoa de “fala latina” ou igreja latina. 

HĒ LATINĒ BASILEIA (grego) = 0 + 8 + 30 + 1 + 300 + 10 + 50 + 8 + 2 + 1 + 200 + 10 + 30 + 5 + 10 + 1 = 666 –> “O Reino Latino”. 

“Como já foi mencionado, a Itália foi, por longo tempo, conhecida como a ‘Terra do Mistério’, ou ‘Terra Satúrnia’’. Quando o ramo italiano da igreja cristã abriu caminho para a supremacia e procurou controlar a igreja universal, ou católica, tornou-se então a Igreja Católica Romana, ou igreja da Itália. E é significativo que este nome em grego – EKKLĒSIA ITALIKA – ‘Igreja Italiana’ também dá 666” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 149). 

“Era assim natural que, como a Babilônia das profecias, também tivesse Roma-papal como número de identificação de sua supremacia o mesmo número 666 do ‘deus sol’ da velha Babilônia. Deste modo o deus do antigo paganismo babilônico, o ‘sol’, e o deus do moderno cristianismo paganizado, o papa, identificam-se pelo mesmo número 666. E os Estados Unidos, quando transformados em ‘imagem da bêsta’, passarão irrefragável e definitivamente, para a órbita de Babilônia através de sua união com o papado e receberão dêste o seu sinal, o domingo, primitivo sinal do ‘deus sol’ de Babilônia, para impô-lo pela fôrça da lei e ameaças de morte a seus súditos” (MELLO, 1959, p. 403). 

“É certamente significativo que, ao longo dos séculos que se sucederam, desde a antiga Babilônia até a Babilônia moderna, o poder que tem corrompido a verdade de Deus está marcado com o número 666! Quando Babilônia é mencionada na Palavra de Deus, o número 6 é estranhamente posto em evidência.  

“A imagem de Nabucodonosor, por exemplo, tinha 60 cúbitos de altura por 6 de largura. E havia 6 diferentes instrumentos musicais em sua ‘orquestra’ quando os hebreus leais recusaram adorar aquele símbolo da grandeza de Babilônia. Daniel 3.  

“No capítulo 4, a ‘árvore’ que representava o poder babilônico é mencionada justamente 6 vezes.  

“Belsazar recebeu sua condenação enquanto louvava os deuses de ‘ouro’, ‘prata’, ‘cobre’, ‘ferro’, ‘madeira’ e ‘pedra’ – 6 ao todo. Dan. 5:4.  

“No Apocalipse, o nome Babilônia ocorre exatamente 6 vezes.  

“No desafio de Lúcifer a Deus, o pronome ‘eu’ ou ‘meu’ é usado 6 vezes. Isa. 14:13 e 14.  

“Também na história da construção da torre de Babel ou Babilônia […] o pronome ‘nós’ (expresso ou elíptico) ocorre 6 vezes exatamente. 

“Antigamente, os judeus acreditavam que havia uma ‘condenação em relação ao número 6, mesmo quando aparecia sozinho. Triplicando-o… obtereis três misteriosos seis em seguida um ao outro, 666; e temos representado um poder maligno que não pode ser superado, um destino trágico que não pode ser pior.” – William Milligan, em The Expositor’s Bible, vol. 6, pág. 890. 

“Para o judeu, o 6 era um número de intranqüilidade, ou número do homem, que foi criado no sexto dia; o 7 era o número da perfeição; e o 8 o número da vitória. Se um número era triplo (repetido 3 vezes) ele indicava eternidade da coisa simbolizada; por exemplo 666 significa eterna inquietude ausência de repouso; 777, eterna perfeição; 888, eterna vitória 

“Assim, he phren, ‘a mente natural’ – 8, 500, 100, 8, 50 – (o valor das letras gregas) é igual a 666, número de eterna inquietude. (É o que se encontra na experiência do rei Salomão, pois sua renda anual era de 666 talentos de ouro, uma renda fabulosa, mas insatisfatória para o seu coração! Ver I Reis 10:14; Ecles. 2:8-11, 17).  

Stauros, a ‘cruz’ – 6, 1, 400, 100, 70, 200 – dá 777, número de eterna perfeição. Isto foi o que o apóstolo encontrou. Ver Gál. 6:14.  

Iesous, o nome divinamente dado a Jesus – 10, 8, 200, 70, 400, 200 – é igual a 888, número de eterna vitória!  

“O fato de o número papal identificar-se com o número sagrado do antigo deus-Sol pagão, é significativo. Contra o sistema de engano, Deus não nos tem falado numa linguagem incerta. Ele o chama ‘Babilônia’, ou ‘confusão’. E Sua mensagem hoje é: ‘Saí dela, povo Meu.’ Apoc.18:1-4” (ANDERSON; TREZZA, 1988, p. 151 e 152). 

“Desde a época de Irineu, 666 foi aplicado a diversos nomes. O número, por si só, não é suficiente para identificar a besta, uma vez que vários nomes podem prover a soma 666. No entanto, como a besta já foi identificada, o número 666 deve se relacionar com esse poder. Do contrário, não haveria motivo para o anjo dar a João a informação do v. 18 nesse momento da narrativa profética.  

“Uma interpretação que ganhou força no período subsequente à Reforma é que 666 significa Vicarius Filii Dei, expressão que significa ‘Substituto do Filho de Deus’, título que seria atribuído ao papa. O valor numérico das letras que compõem o título soma 666. Essa interpretação se baseia na identificação do papa como o anticristo, um conceito histórico da Reforma. O principal expoente desta visão foi Andreas Helwig (c. 1572-1643; ver L. E. Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers, vol. 2, p. 605-608). Muitos, desde então, adotaram a interpretação. Este Comentário identifica a besta como o papado; mas, ao mesmo tempo, reconhece, que o número 666 deve ter mais implicações do que o indicado por essa interpretação popular. 

“A respeito do título Vicarius Filii Dei, o jornal católico Our Sunday Visitor, de 18 de abril de 1915, escreveu em resposta à pergunta ‘Que letras estão na coroa do papa e qual significado elas têm?’: ‘As letras inscritas na mitra do papa são estas: Vicarius Filii Dei, que é a expressão latina para ‘Vicário do Filho de Deus’. Os católicos acreditam que a Igreja, uma sociedade visível, deve ter uma cabeça visível’ (p. 3).  

“A edição de 15 de novembro de 1914 admitiu que os algarismos latinos somavam um total de 666, mas prosseguiu afirmando que muitos outros nomes também resultam no mesmo total. A edição de 3 de agosto de 1941 abordou mais uma vez a questão do Vicarius Filii Dei, mas para afirmar que o título não se encontra inscrito na tiara do papa. Asseverou que a tiara não trazia inscrição nenhuma (p. 7). A Catholic Encyclopedia faz distinção entre a mitra e a tiara, caracterizando a tiara como um ornamento não litúrgico, e a mitra, como um acessório usado para funções litúrgicas.  

“O fato de Vicarius Filii Dei estar ou não na tiara ou na mitra não é essencial, já que o título é aplicado ao papa” (NICHOL; DORNELES, 2014, p. 911). 

“O número da besta, diz a profecia, ‘é número de homem’. Se deve ser originário de um nome ou título, é natural concluir que este deve ser o nome ou título de alguma pessoa especial ou representativa. A expressão mais plausível que a nosso ver sugere o número da besta, é um dos títulos aplicados ao papa de Roma. Esse título é o seguinte: Vicarius Filii Dei, ‘Vigário do Filho de Deus’. É digno de nota que a versão da Bíblia de Douay traz o seguinte comentário sobre Apocalipse 13:18: ‘As letras numéricas do seu nome compõem este número’. Tirando desse título as letras usadas como numerais romanos temos: V, 5; i, 1; C, 100; i, 1; U (antigamente, V), 5; i, 1; D, 500; i, 1. Somando estes números temos 666.  

“Tem-se argumentado que o título dos papas devia ser considerado de acordo com o valor que os gregos atribuíam às letras, visto que João escreveu em grego, mas como título aparece em latim, e o latim é a língua oficial da Igreja de Roma e também da Vulgata, a Bíblia adotada por ela, considerar os valores do alfabeto grego anularia o valor numérico daquele título escrito em sua própria língua. O razoável é que o título em latim revele seus valores numéricos em latim e não em grego.  

“Quanto à prática de representar os nomes por números, lemos: ‘Era um método praticado entre os antigos o de representar os nomes por números’. – Matthew Henry, Commentary, vol. III, pág. 1065, Comments on Revelation 13:18. Representar números por letras do alfabeto deu origem à prática entre os antigos de representar nomes também por números. Exemplos disso existem em quantidades nos escritos de gentios, judeus e cristãos’. – Adam Clark, Commentary on the New Testament vol. II, pág. 1025, Comments on Revelation 13:18. […] 

“Este título, Vicarius Filii Dei, ou outra forma equivalente, tem aparecido durante séculos com tanta freqüência na literatura e rituais católicos romanos que quase não seria preciso acrescentar outras provas de sua validade e importância. Outras variações do título são: Vigário de Cristo, Vigário de Jesus Cristo, Vigário de Deus.  

“Uma citação do Cardeal Manning, ilustra as várias formas desse título: ‘De igual modo dizem agora: ‘Vejam esta Igreja Católica, esta igreja de Deus, insignificante e fraca, rejeitada pelas próprias nações chamadas católicas. Existe França católica, Alemanha católica e Itália católica permitindo essa desacreditada invenção do poder temporal do Vigário de Jesus Cristo’. Então porque a Igreja parece fraca, e o Vigário do Filho de Deus está revivendo a Paixão de seu Mestre sobre a Terra, somos caluniados e desviamos dEle o nosso rosto’. – Cardeal Manning, The Temporal Power of the Vicar of Jesus Christ, págs. 140, 141 (grifo acrescentado). […] 

“Acerca da importância da posição ocupada pelo papa de acordo com o título que consideramos, ou seus equivalentes, citamos a J. A. Wylie, em seu comentário da Apologia de Enodio, escrita em defesa do papa Símaco: ‘Encontramos que o concílio [de Roma, em 502, ou 503] convocado por Teodorico tardava a investigação das acusações contra o papa Símaco, pelas razões apresentadas por seu defensor Enodio, a saber, ‘que o papa, como Vigário de Deus, era juiz de todos, e não podia ser julgado, ele próprio por ninguém’. Esta era a apologia – observa Mosheim – o leitor perceberá que haviam sido lançados os fundamentos daquele enorme poder que os papas de Roma adquiriram mais tarde’. – J. A. Wylie, The Papacy, 35 e 36.  

“Em anos recentes a validade deste título tem sido questionada, mas permanecem evidências históricas de que ele serviu para apoiar a autoridade dos papas ao construírem eles sua vasta supremacia temporal durante o apogeu do romanismo na Idade Média e para manter sua autoridade espiritual até hoje. O título específico Vicarius Filii Dei apareceu por volta dos anos 752-774 num documento histórico conhecido como ‘Doação de Constantino’. Embora mais tarde tenha sido provado que este documento foi escrito por outra pessoa e assinado com o nome de Constantino, o Grande, para dar-lhe o peso da autoridade real, de acordo com um costume nos tempos medievais, ainda assim a chamada Doação de Constantino foi usada como válida por pelo menos nove papas num período de sete séculos para estabelecer a supremacia espiritual ou temporal dos bispos de Roma.  

“O próprio título é uma invenção para designar a posição de Pedro como o primeiro papa em harmonia com a bem conhecida pretensão da Igreja Católica Romana de que as palavras de Jesus registradas em Mateus 16:18, 19, conferiram a Pedro o primeiro bispado da igreja – ponto de vista que os protestantes jamais aceitaram – e que o bispado passou a seus sucessores no trono papal, como está declarado na Doação de Constantino e é mantido pela igreja até hoje (Cristóvão Coleman, Constantine the Great and Christianity, pág. 178).  

“O documento empregando o título foi confirmado por um concílio de igreja, diz Binius, alto dignitário católico romano de Cologne, citado por Labbé e Cossart (Sacrosancta Concilia, vol. 1, col. 1.539-1.541).  

“Foi incorporado na lei canônica católica romana por Grassiano, e quando esta última obra foi revisada e publicada, com o endosso do Papa Gregório XIII, o título foi conservado. (Corpus Juris Canonici, Lyons, 1622).  

“Quando Lucius Ferraris escreveu sua esmerada obra teológica em 1755, deu sob o artigo ‘Papa’ o título Vicarius Filii Dei e citou a lei canônica revisada como autoridade. Novamente quando a obra de Ferraris foi revisada, ampliada e publicada em Roma em 1890, o documento e título ainda foram conservados (Lucius Ferraris, Prompta Bibliotheca, [Roma, 1890] vol. VI, pág. 43).  

“Acerca da obra teológica de Ferraris, citada acima, a Catholic Encyclopedia diz que ‘permanecerá sempre como preciosa mina de informação’ (Catholic Encyclopedia, 1913, vol. VI, pág. 49, art. ‘Ferraris’).  

“Citamos em continuação o texto em latim do documento Doação de Constantino: ‘Ut sicut Beatus Petrus in terris Vicarivs Filii Dei fuit constitutus, ita et Pontífices eius sucessores in terris principatus potestatem amphius, quam terrenae imperialis nostrae serenitatis mansuetudo habere videtur’.  

“Cristóvão Coleman traduz este parágrafo da lei canônica de Grassiano como segue: ‘Como se vê que o bem-aventurado Pedro foi constituído Vigário do Filho de Deus na Terra, assim também os pontífices que são os representantes daquele mesmo príncipe dos apóstolos, devem obter de nós e de nosso império de poder de uma supremacia maior que a clemência de nossa serenidade terrestre’. – Cristóvão B. Coleman, The Treatise of Lorenzo Valla on the Donation of Constantine, pág. 13.  

“Uma tradução livre do Professor Edwin Lee Johnson, professor de latim e grego na Universidade Vanderbilt reza: ‘Assim como o bem-aventurado Pedro foi nomeado sobre a Terra Vigário do Filho de Deus, semelhantemente os pontífices, seus sucessores, mantêm sobre a Terra o governo principal mais do que Sua Serena Alteza Imperial’” (SMITH, 1979, p. 239-242). 

“Visto que a besta é o papado medieval, renovado nos últimos dias, não é desarrazoado supor que o número seria proveniente de um dos títulos dados ao papa na Idade Média. Um desses títulos era, de fato, Vicarius Filii Dei, e a forjada Doação de Constantino foi um documento medieval que usou esse título. (Ver Henry Bettenson, ed., Documents of the Christian Church [Londres: Oxford University Press, 1943 e 1963], pág. 138)” (COFFMAN, 1989, p. 52). 

“O ‘nome da bêsta’ e o ‘número do seu nome’, testificam que a bêsta desta profecia é indiscutivelmente o papado-romano. Também fica comprovado que o ‘sinal da bêsta’ que a ‘sua imagem’, os Estados Unidos, imporá por lei no devido tempo, é o sinal do poder papal, que como já vimos amplamente, é o domingo. Dêste modo a ‘imagem da bêsta’, obrigando a aceitação e observância do ‘sinal da bêsta’, o domingo, a todos obriga, direta ou indiretamente, a reconhecer a autoridade da bêsta, ou do papado, como substituto do Filho de Deus. A estas culminâncias chegará o apóstata protestantismo estadunidense ao consorciar-se com o Estado numa ‘imagem da bêsta’” (MELLO, 1959, p. 402). 

“Os comentaristas que pensam que a besta é Nero, dizem que as letras NERON, no hebraico, alcançam a soma 666. Mas parece um tanto arbitrário chamar Nero de NERON, pois este não era o seu nome, ou então ‘somá-lo’ em hebraico, idioma que ele não falava. […]  

“Se, conforme tivemos oportunidade de ver, a besta semelhante a leopardo é um símbolo do cristianismo romano visto pelo seu pior aspecto, então o número 666 deve aplicar-se, de alguma forma, à Igreja Romana. O número é o número de um homem, diz o nosso texto; e em Daniel 7 a Igreja Romana é caracterizada como um chifre em que havia ‘olhos, como os de homem, e urna boca que falava com insolência’. O texto de II Tessalonicenses 2:3 fala do ‘homem da iniquidade’. O idioma oficial da Igreja Católica é o latim. O papa, na teologia católica, representa a igreja inteira. Um dos títulos papais, diz-se, é Vicarius Filii Dei, ou seja, ‘Vigário do Filho de Deus’.  

“Aqui pode estar o verdadeiro significado de 666. Entretanto, uma vez que (a) existe alguma incerteza quanto ao status oficial desse título e (b) a Bíblia na verdade não afirma que 666 deve ser calculado com base no valor numérico das letras de um nome, será bom que examinemos outras possibilidades. […] 

“O mais destacado número do Apocalipse é sete. Existem sete igrejas, sete trombetas, e assim por diante. Sete é também o número do sábado de Deus, o sétimo dia da semana, o dia escolhido por Ele para fazer-nos lembrar dAquele ‘que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas’. Apocalipse 14:7. Os santos de Deus do tempo do fim adoram o Criador e guardam os Seus mandamentos. Eles devem ser o povo do sétimo dia. Assim, sete é um número que honra a Deus.  

“O número 666 é um número ‘de homem’. O grego original pode ser apropriadamente traduzido como ‘o número de um homem’ ou como ‘o número do homem [da humanidade]’. O sexto dia, ou sexta-feira, é o dia em que o homem foi criado. Porventura seria o caso de o número 666 representar, com o seu triplo 6, o homem que focaliza a si próprio, a sua própria forma de fazer as coisas e sua própria criatividade – tal como o rei babilónico, Nabucodonosor, exaltando-se em sua própria atividade e desafiando ou negligenciando a verdadeira fonte de toda a criatividade? Veja Daniel 4:30.  

“Em contraste, a coroa da criação repousa sobre o sétimo dia, quando Deus Se deleitou em Suas próprias obras (Êxodo 31:17) e convidou o homem a participar de Sua alegria (Isaías 58:13 e 14) – quando Deus descansa (Génesis 2:2) e convida o homem a entrar em Seu divino descanso (Hebreus 4:10). […] 

“‘Seis é um número legítimo quando ele conduz ao número sete; representa o homem no alvorecer de sua existência, entrando em celebração com o poder criativo de Deus. A glória da criatura é correta se ela conduzir à glória do Criador. Seiscentos e sessenta e seis, contudo, representa a recusa do homem em avançar para o número sete, de dar glória a Deus como Criador e Redentor. Representa a fixação do homem em si mesmo, o homem procurando glória em si próprio e em suas próprias criações. Esse número fala da plenitude da criação e do poder criativo sem Deus – a prática da ausência de Deus. Ele demonstra que o homem não-regenerado é persistentemente mau.  

“‘A besta de Apocalipse 1.3 representa o homem no exercício de sua soberania apartado de Deus, o homem conforme a imagem da besta, em vez do homem à imagem de Deus. O homem que se afasta de Deus torna-se bestial, demoníaco. […] A marca da besta é, portanto, a rejeição da soberania de Deus – o princípio do sábado que foi designado para incentivar o homem a buscar a dignidade, não em si mesmo ou na Natureza, mas na comunhão com Deus e na participação do descanso de Deus.  

“‘É o sábado que distingue entre a criatura e o Criador, que revela quem merece adoração e quem não a merece. É o sábado que demonstra a soberania de Deus e a dependência do homem. Seiscentos e sessenta e seis, por contraste, é o símbolo da adoração à criatura, em lugar do Criador’ (Neall, Character in the Apocalypse, págs. 153-155, a qual dá o crédito para algumas de suas ideias a Hcrman Hockiema e Hans LaRondelle). 

“Vista sob este ângulo, a observância compulsória do domingo, desafiadoramente ligada à determinação de adorar a Deus a nosso próprio modo, constitui a marca da besta! A despeito (a) do ministério de Cristo em nosso favor no santuário celestial, nesses dias do tempo do fim, e (b) dos Dez Mandamentos que se encontram a Seu lado na arca do testemunho” (MAXWELL; GRELLMANN, 2004, p. 430-433). 

 

Referências: 

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BELVEDERE, Daniel. Seminário: As Revelações do Apocalipse. Edição do Professor, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2ª ed., 1987. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/ 14s7DWbxGGSvt5h81TkGtG2mfcwW7wPZk/view>. Acesso em: abr., 2020. 

BÍBLIA, Apocalipse. Português. Bíblia de Estudo Arqueológica NVI. Trad. Claiton André Kunz et. al. São Paulo: Editora Vida, p. 2042-2076, 2013. 

BÍBLIA. Bíblia de Estudos Andrews. Tatuí, SP. Casa Publicadora Brasileira, 2015. 

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Nova edição, revista e ampliada. 8ª impressão. São Paulo: Paulus, 2002. 

BÍBLIA, Hebreus. Português. Bíblia de Estudo Arqueológica NVI. Trad. Claiton André Kunz et. al. São Paulo: Editora Vida, p. 1980-1999, 2013. 

CAVALCANTI, Diogo; SILVA, Guilherme; DIAS, Fernando. Apocalipse, Revelações de Esperança. Guia de Estudo Bíblico, 2018. Disponível em: <https://downloads.adventistas.org/pt/ministerio-pessoal/estudos-biblicos/estudos-biblicos-apocalipse-revelacoes-de-esperanca/>. Acesso em: nov. 2020. 

COFFMAN, Carl. Triunfo no Presente e Glória no Futuro. Lição da Escola Sabatina, 3º Trimestre de 1989, nº 375, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP. 

ECUMÊNICA, BÍBLIA Tradução. TEB. São Paulo: Loyola, 1994. 

FEYERABEND, Henry. Apocalipse, Verso por Verso: Como entender os segredos do último livro da Bíblia. 1. ed. Tradução de Delmar F. Freire. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005. 

GULLEY, Norman R. Preparação para o Tempo do fim. Lição da Escola Sabatina. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n° 404, 3° trimestre, 1996. Adultos, Aluno. 

MAXWELL, C. Mervyn; GRELLMANN, Hélio Luiz. Uma nova era segundo as profecias do Apocalipse. Casa Publicadora Brasileira, 2004. 

MELLO, Araceli S. A Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse, 1959. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/264320586/Araceli-S-Mello-A-Verdade-Sobre-As-Profecias-Do-Apocalipse-pdf >. Acesso em: abr. 2020. 

MOORE, Marvin; LIRA, Rosangela. Apocalipse 13: leis dominicais, boicotes econômicos, decretos de morte, perseguição religiosa – isso poderia realmente acontecer? Tradução: Rosangela Lira. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013. 

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(Hendrickson Rogers)

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