maio 9, 2024

Blog do Prof. H

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A Construção da Torre de Babel “por motivos pessoais”

Vivemos numa época de cumprimento de profecias ruins que geram “tempos difíceis”: 2ª Timóteo 3.1-9. Paulo descreve como é o caráter dos que cumprem essas profecias negativas. Ele detalha a profecia apocalíptica feita pelo Senhor Jesus em Mateus 24.10. E quando escreveu a Tito sobre esse tema, ele também se preocupou em ser bem específico (Tito 1.10-16).

Vou comentar o cumprimento dessas profecias ruins com meu estilo enigmático romancista, vinculando essas predições antigas, cumpridas em nossos dias, a um projeto malévolo ainda mais antigo – o rei de Babilônia (Lúcifer) e sua tentativa de sabotar o reino de Deus.

Você e eu somos personagens reais onde cada um tem seu papel específico nessa trama diabólica milenar, cujo objetivo é a destruição da fé na Bíblia, mas não a destruição da Bíblia! Isso mesmo. Satanás não quer mais destruir a Bíblia, pois ele já percebeu que isso lhe foi proibido por Deus. O ardil dele é fazer com que os que seguram a Bíblia ignorem seu conteúdo a tal ponto de serem eles mesmos cumpridores das profecias negativas, enquanto creem convenientemente que estão fazendo a obra de Deus.

Vamos chamar isso de “uma versão fake do reino de Deus onde quem define o que é pecado não é mais a Bíblia, e sim a reinterpretação da Bíblia feita por alguns iluminados, os quais levantam a bandeira do ‘Diga não ao abuso’, mas eles mesmos cometem abusos e os escondem”. Vamos resumir tudo isso com o título desse texto: “A construção da Torre de Babel ‘por motivos pessoais’”.

Usarei histórias Bíblicas reais, porém manipuladas por essa cultura de Babilônia (dos construtores de Babel), aliás uma cultura muito apreciada pelos que cumprem outra profecia apocalíptica negativa: o estilo de vida de Laodicéia (Apocalipse 3.14-22). O profeta João denuncia essa cultura assim: “a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” (Apocalipse 14.8b).

ALGUNS DESSES CONSTRUTORES

Caim: – Eu me sinto culpado por não ter feito Abel feliz! Eu reconheço que fui imprudente ao discutir com Abel e ficar irado com ele. Mas, só aconteceu isso, nada mais! O resto é puro mau caratismo de quem me acusa de ter assassinado meu irmão! Mas, Abel bem que poderia ter evitado aquela discussão. Ele a provocou…

Adão e Eva: – Parem de acusar nosso filho de homicídio! Caim é inocente! Ele jamais mataria seu irmão, que falta de lógica e empatia. Nós colocamos a mão no fogo por nosso filho! Ele é um rapaz trabalhador. Sai logo cedo, de segunda a sexta, e só chega de noite em casa. Ele não tem tempo nem pra se coçar, quanto mais para cometer assassinato! Parem com essa perseguição contra nosso filho! Isso está abando o psicológico dele e fazendo com que ele sofra muito e fique doente.

Judas Iscariotes: – Eu não me lembro bem do que aconteceu. Minha mente e minhas memórias estão avariadas, não consigo nem ler a Bíblia direito, tenho que repetir muitas vezes até compreender um pouco o texto. Ah, acabei de me lembrar do seguinte: eu estava com algumas moedas, não sei ao certo a quantia, mas, o pacote sumiu, não faço ideia de onde eu o deixei. Talvez até tenha sido roubado. Mas, Jesus bem que poderia ter me ajudado com as moedas. Ele não sabe fazer milagres, por que não achou o pacote? Por que não impediu que eu o perdesse? Ele não me ajudou e me deixou perder o pacote…

Lúcifer: – confira o texto “A Origem do Mal – o Começo do Fim”.

Os políticos corruptos: – confira o texto “A Destruição do Casamento entre a Democracia e a Verdade”.

Repito: não é assim que essas histórias estão narradas na Bíblia, mas é assim que os construtores da torre de Babel (realidade paralela à Bíblia), os disseminadores da cultura/vinho de Babilônia e os laodiceanos são capazes de reinterpretar, isso para que seus pecados não sejam vistos. Lembre-se: esses construtores de Babel, não são somente os que usaram tijolos em Gênesis 11 para desobedecer a Deus. Também são os que foram preditos em 2ª Timóteo 3.1-9 e Tito 1.10-16 como usando o seu próprio caráter como ferramenta da rebelião disfarçada de religião.

A cosmovisão de Laodicéia vai exatamente na direção de Babilônia e na contramão da orientação bíblica: em vez de receber o julgo, o fardo de Jesus, Mateus 11.28-30 (que é duro, porém bem mais leve que as consequências da transgressão das leis divinas; que é pesado, porém bem mais leve que as consequências do pecado), o religioso laodiceano prefere justificar seus pecados, minimizá-los e/ou escondê-los de, pelo menos, quatro maneiras (lembre-se dos construtores de Babel e seus comentários mais acima):

a) diminuindo e/ou ocultando o tamanho de seus crimes: “não foi bem assim, foi apenas isso, e não isso tudo”;

b) terceirizando a culpa: “ah, mas, eu só fiz isso por que ele fez aquilo”;

c) exaltando sua dor e seu sofrimento, e negando que eles sejam frutos de sua própria transgressão ocultada;

d) ignorando completamente o sofrimento causado naqueles que foram as verdadeiras vítimas de seus pecados.

O mal, na cosmovisão babilônica, está em falar sobre o pecado cometido pelos construtores, e não no cometimento do pecado! Chamar o pecado pelo nome é oprimir e denigrir (um verbo sequestrado pelo esquerdismo doentio) o pecador. E essa psicologia de Babel impede que o arrependimento e a sua consequente confissão sejam o caminho a ser seguido por aquele que cometeu o pecado.

Observe que:

Adão e Eva se esconderam.

Caim fugiu.

Judas se matou.

E, até certo ponto, nenhum deles escolheu o arrependimento e a confissão como resolução para a dor de consciência e reparação dos danos causados a outros.

Aliás, até a dor de consciência é cauterizada pela psicologia de Babel. Na miopia laodiceana, a felicidade individual se sobrepõe ao bom testemunho público e ao cuidado com a fé dos irmãos. As provações que deveriam contribuir para uma comunhão mais íntima com Jesus, são encaradas como “Deus não quer que sejamos infelizes”. E essa psicologia de Babel é usada para justificar não apenas a minimização do pecado e sua ocultação, como para disseminá-lo entre os que se identificam com a falta de espiritualidade e Bíblia dos líderes laodiceanos. É assim que o ministério da torre de Babel recebe voluntários e a torre continua sendo erguida.

O TEMPO

O tempo que é dado para o arrependimento, a confissão e conversão, em vez de ser encarado como para esse objetivo, na cultura de Babel é visto como “tá vendo, se Deus me deu esse tempo e não me castigou, pelo contrário, me permitiu crescer, ter estabilidade e avançar em meus projetos, é porque Ele concorda comigo, e me apoia em minhas decisões”.

É como Eclesiastes 8.11 descreve cirurgicamente: “Visto como se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal”.

Lúcifer teve seu tempo e o interpretou mal.

Adão e Eva tiveram seu tempo e o usaram para se esconder.

Caim teve seu tempo e o usou para fugir.

Judas Iscariotes teve seu tempo e o usou para deixar de existir e fugir para não ser responsabilizado.

O tempo para os construtores de Babel começa no primeiro tijolo assentado, mas sempre termina sem avisar, abruptamente. Por exemplo: observe a mulher que simboliza Babilônia, em Apocalipse 17.3. Ela é vista num deserto e não mais cercada e apoiada por multidões (cf. 17.15). Embora montada sobre a besta que surgiu do mar, ou seja, apoiada pela liderança (Estado/Governos), esse sistema religioso falso tende a perder sua popularidade e, assim como os pecados de Babilônia e sua perseguição à mulher de Apocalipse 12 (o sistema religioso genuíno, a noiva de Cristo formada por Seus filhos que confessaram seus pecados e os abandonaram, o Remanescente), a fizeram chegar num deserto (Ap 12.6), sem apoio, impopular e por isso foragida; esses mesmos pecados também levarão a dona deles, Babilônia, a um deserto, sem mais aquela multidão de adeptos crentes em suas mentiras. Quando o tempo se esgotar, em lugar das mentiras, a insensatez dela é que se tornará popular (cf. 2ª Tm 3.9).

POR QUE ESCREVER TEXTOS SOBRE BABILÔNIA?

Para Lúcifer, a Bíblia não passa de textos de Deus falando mal dele. Para Deus, a Bíblia é uma maneira de alertar os desavisados e tentar convencer os partidários (os crentes que tomaram partido por Babilônia), de modo que a perpetuação da dissimulação e das mentiras da serpente, e a ocultação de seus crimes sejam ameaçados, e deem uma chance para quem desejar conhecer a Verdade e discernir a mentira.

Mas, a resposta dos construtores da torre de Babel será sempre diferente da reação dos que têm interesse pela Verdade:

“Você manipula a Bíblia para me fazer sentir mal, e não para me falar do amor de Deus!”

“Você é autoritário, controlador e bipolar: ora fala sobre graça, ora fala sobre castigos!”

O RESULTADO DA PSICOLOGIA DE BABEL: A MARCA DA REBELDIA

Há um ponto de inflexão a partir do qual o caráter daqueles que estão na cultura de Babel é sentenciado como possuidores da marca da besta, da rebeldia. Isso é tanto algo jurídico como uma descrição da rebeldia e teimosia em escolher um estilo de vida dissimulado ou claramente rebelde e desobediente. Deus dá tempo, mas o tempo só é um aliado dos que confessam seus pecados e os abandonam, pois estes são restaurados. Já os que se aproveitam do tempo para perpetuar a ocultação de seus crimes e manter o comércio de suas mentiras, estampam em seu caráter a marca da rebeldia.

A cosmovisão de Babel indica que “a morte é o seu pastor” (Sl 49.14) e não “o Senhor” (Sl 23.1), pois ela leva seus adeptos a confiarem na torre que eles constroem (religião humanista centrada em suas reinterpretações da Bíblia), em lugar de depositarem sua fé em Deus e Sua Palavra. Uma torre de Babel é sempre construída num contexto de rebeldia, desobediência e confiança em seus próprios méritos, e pecados que ainda não foram punidos. Além de teologia confusa, autocontraditória e soberba, a destruição das obras de suas mãos estará no currículo das ovelhas de Babel, o rebanho que caminha para a morte.

Deus poderia escancarar, tornar público e notório o pecado do construtor de Babel. Mas, em silêncio Ele aguarda que esses engenheiros da iniquidade cessem sua obra. Deus poderia proclamar para os quatro cantos da Terra a duplicidade do pecador, mas em vez disso, Ele ansiosamente aguarda que Ele confesse e abandone seu pecado. No entanto, a própria torre levantada, denuncia a perversidade de seu construtor, assim como Babilônia tem estampada em sua “fronte” (Ap 17.5) o seu próprio nome. De modo que as próprias obras, o próprio estilo de vida da cultura babilônica, mais cedo ou mais tarde, será visto como um monumento à loucura, explicitando a rebeldia e a transgressão que estavam sendo ocultadas.

Mas, existem ex construtores da torre de Babel! Adão e Eva confessaram seu crime, não esconderam mais sua rebeldia em “motivos pessoais”, e receberam a marca do Cordeiro – Suas vestes, Seu caráter não rebelde.

No entanto, Caim preferiu fugir “por motivos pessoais” e recebeu em si a marca de sua rebeldia.

Judas Iscariotes preferiu a inexistência “por motivos pessoais”, o que somente confirmou sua rebeldia.

Lúcifer preferiu ser expulso do Céu, “por motivos pessoais”, e se tornou o maior dos construtores, o próprio rei de Babilônia.

APELO

Eu e você seremos reconhecidos e sentenciados como construtores da torre de Babel “por motivos pessoais”? Cumpridores das profecias negativas? Ou atenderemos ao apelo da Bíblia? Reflita nessas outras profecias ruins e tenha comunhão com Deus o suficiente para não cumpri-las: Isaías 29.15 e 16; Jeremias 7.8-11; Ap 21.8 e 22:15 (NVI).

Não seja sentenciado por Deus como alguém que “ama e pratica a mentira” (Ap 22.15). E sim como outro ex construtor – um Salomão da vida, o qual se arrependeu de suas perversões e escreveu:

“Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira” (Pv 30.7 e 8a).

Fonte: Hendrickson Rogers via Instagram.

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(Hendrickson Rogers)

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