“O amor jamais acaba” (1ª Coríntios 13.8a)®
Você já imaginou se a história de José terminasse com ele no fundo do poço, traído pelos irmãos?
Ou quem sabe, a história de Jó só chegasse até nós com 37 capítulos, sem o capítulo 42 onde o Senhor Deus coloca um ponto final nas maldições de Satanás sobre aquele filho fiel?
Pior: e se a história do Salvador Jesus fosse apenas da gravidez sobrenatural da irmã Maria, passando pela infância do Menino Jesus, chegando ao poderoso pregador Jesus e terminando com Ele sendo condenado injustamente pelos romanos?
Certamente, pensaríamos algo do tipo: “Puxa, José deve ter sido um péssimo filho ou um mártir sofredor”, e “Os amigos de Jó tinham razão. Ele deve ter cometido pecados absurdos contra Deus e recebeu as consequências trágicas de sua rebeldia”; e ainda: “Será mesmo que Jesus é o Messias aguardado? Não, pois no AT o servo sofredor ressuscita, não é deixado no túmulo!”.
Você percebe como conhecer somente um pedaço da história de alguém pode nos levar a conclusões bem equivocadas?
Posso até imaginar o Sr. alguém que conheceu o ladrão da cruz, aquele que foi salvo por Jesus nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação, mas o conheceu somente até o dia de sua condenação e não ficou sabendo do diálogo entre ele e o Salvador crucificado! Uma tradição judaica chama o ladrão salvo de Dimas.
“Ah, Dimas era um doente mental, criminoso! Não quis se tratar e deu no que deu! Ele foi condenado pelos romanos justamente. E teve um fim terrível, sem esperança” – Sr. alguém poderia dizer, não é mesmo?
E com relação à sua história e a minha, as quais ainda estão em processo e não chegaram ao fim?
Quero lhe chamar a atenção, querido leitor, como histórias que ainda não tiveram um ponto final também não deveriam ser tratadas como se soubéssemos o que está escrito no último capítulo delas.
Esse processo embrionário inerente a todas as histórias em construção só existe por um motivo: “o Amor [de Deus] jamais acaba”.
Se Deus Se arrependesse, por um instante, a Matemática bugaria, o espaço-tempo entraria em colapso e passado-presente-futuro, essa via de mão única, seria destruída e histórias não terminariam ou terminariam precocemente sem a participação do livre-arbítrio humano.
É o Amor de Deus que mantém a Matemática do universo e da vida saudável, mesmo com a existência do mal e dos maus.
É por causa desse Amor divino que podemos fazer planos, pois, ainda que o mal destrua esses planos, esse Amor que também é sinônimo de Justiça, nos permitirá construir outros planos e continuar a construção de nossa história. E ainda que os maus tirem a vida de alguém no meio desse processo, “o Amor [que] jamais acaba” poderá ressuscitar a alma que foi acidentalmente ou dolosamente ceifada, para que ela continue tendo o direito de continuar a escrever sua história sem intromissões malévolas.
Sendo assim, por que desistir do Amor? Por que não crer no Amor? Se é o Amor que garante a continuidade de nossa história, por que não amar de novo e de novo e de novo?
O mal conspira contra o Amor, mas é exatamente o Amor que vence o mal!
O mal sabota sua saúde, felicidade, paternidade. Pessoas más fazem exatamente isso. No entanto, é o Amor que conserva a saúde, produz a alegria e dá sabedoria à paternidade, para que esta demonstre Amor mesmo sendo manipuladamente desprezada…
Neste Natal, caro leitor, quero lembrá-lo de que “o Amor Jamais Acaba”, pois o Amor não é uma ideologia humana, mas Uma Pessoa Divina. O Amor é Jesus!
E com Ele, por meio Dele e para Ele, podemos escolher amar já que Ele é uma Fonte infindável de motivação, inspiração e esperança!
A história de José não terminou no poço da traição, mas recomeçou a partir dali. O Amor de Deus guiou aquele escravo hebreu sem destino certo, até o Governo do Egito. E através de sua história de lutas e sofrimentos, ele pode misturar sua história com a História infinita do Amor de Deus, pois quem estuda a história de José, reconhece a história de Jesus! São muitos paralelos e muitas semelhanças entre eles, de modo que não é coincidência, mas a providência divina cuidou para que a História do Amor de Deus seja contada até hoje pela história de José.
A história de Jó não terminou com pseudoamigos lhe acusando por 31 capítulos/episódios sem trégua. Observe que os pseudoamigos são exatamente aqueles que só conhecem parte de nossa história, mas, mesmo assim agem como se nossa história já tivesse sido concluída. Deus devolveu o direito a Jó de continuar escrevendo sua história. E esta história de Jó também se tornou uma miniatura da História do Amor de Deus. E, de modo curioso, assim como Jesus orou por Seus acusadores, se Jó não intercedesse pelos acusadores dele, aqueles pseudoamigos estariam perdidos.
A história de Dimas, assim como a do Senhor Jesus, não terminará na cruz. E por quê? Por que “o Amor Jamais acaba”. Dimas está descansando na sepultura, assim como Jesus descansou nela por três dias. Em breve Dimas poderá continuar sua história, pois esta também revela a História infinita do Amor de Deus.
Quero continuar escrevendo minha história, graças ao Amor de Deus, até o ponto em que ela se torne também uma miniatura da História infinita do Amor de Deus.
E você? Não gostaria de permitir que Deus escreva sua história? Ela sairá com a sua caligrafia, com os seus defeitos e com suas escolhas e os acidentes que não foram causados por você. Contudo, o Amor de Deus poderá conduzir essas escolhas e, apesar dos acidentes, dos defeitos e da caligrafia, a obra não será de um autor só, pois Jesus – o Emanuel, Deus com a gente – tem poder para misturar a sua história com a História Dele, assim como Ele conseguiu unir milagrosamente Deus e humanidade no útero da irmã Maria!
Glórias e louvores ao Amor, a Jesus!
Eu dei chance ao Amor, pois enquanto o Senhor Jesus existir, “o amor jamais acaba[rá]”.
E, exatamente por isso, minha história ou mais uma parte importante dela, está apenas recomeçando.
Feliz Natal!
Feliz Jesus!
Feliz Amor!
Feliz história!
Fonte: Hendrickson Rogers via Instagram.
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(Hendrickson Rogers)
