maio 9, 2024

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Eliseu e as duas ursas que atacaram 42 jovens

“Então [Eliseu] subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: ‘Sobe, calvo; sobe, calvo!’. E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou no nome do Senhor; então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos” (2° Reis 2:23-24).

Essa não foi uma ofensa assim tão pequena, porque os jovens trataram Eliseu com desprezo. Como o profeta era a boca com a qual Deus falava ao Seu povo, o próprio Deus estava sendo maldosamente insultado na pessoa do Seu profeta. Ademais, eles não eram crianças pequenas e inocentes. Eram jovens maldosos, comparáveis às gangues de rua dos dias de hoje. Então, a vida do profeta foi exposta ao perigo pelo grupo, que era numeroso. Perceba que a Bíblia cita que 42 deles foram mortos. Ou seja, existia um grupo com mais de 42 jovens perseguindo o profeta. Mas vamos analisar o texto:

1) “Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da cidade…” (2 Reis 2:23)

A palavra hebraica para “meninos” neste texto é na’ar, que, de acordo com o dicionário Strong, também pode ser traduzida por “moço, servo, jovem, criado”. Ou seja, esses “meninos” não são crianças, como os ateus acreditam; eles são jovens crescidos.

A palavra na’ar foi aplicada a vários indivíduos que claramente não eram crianças. Por exemplo, Isaque foi chamado na’ar quando já era adulto (Gênesis 21-12), como também José (Gênesis 41-12). Existem outras passagens em que esta palavra se aplica a homens crescidos (alguns teólogos consideram “rapazes”).

Perceba que Eliseu estava fazendo uma viagem sozinho e esses rapazes “saíram da cidade” atrás dele. A pergunta é: Com que interesse esses rapazes o perseguiam? Para que finalidade um grupo tão numeroso de jovens se reúne para perseguir uma pessoa? Esperaram para abordar o profeta numa área mais deserta com que objetivo? Teriam eles boas intenções? É evidente que não!  Assim, vemos claramente que o profeta Eliseu estava correndo perigo e estava em grande desvantagem diante de um grupo de jovens mal intencionados que buscava fazer algum mal contra ele.

2) “… e zombavam dele, e diziam-lhe: ‘Sobe, calvo; sobe, calvo!’” (2 Reis 2:23)  A palavra “sobe” empregada por aquele grupo faz uma comparação injusta com o profeta Elias, que “subiu” ao céu em um redemoinho (2 Reis 2:11). Em outras palavras, aqueles jovens estavam zombando da autoridade profética de Eliseu. No fundo, eles estavam dizendo: “Se você é um homem de Deus, por que você não sobe ao céu, como Elias?” O termo “calvo” pode ter tido uma conotação decorrente do fato de que os leprosos raspavam a cabeça. Tal comentário dá a impressão de que os jovens consideravam Eliseu um homem detestável e o rejeitavam.

3) “E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou no nome do Senhor…” (2 Reis 2:24) O profeta ficou acuado diante de um grande grupo de jovens mal intencionados que, além de estarem reunidos covardemente contra Ele, ainda colocaram em xeque sua autoridade profética dada por Deus. Diante disso, a única saída vista por Eliseu foi recorrer ao seu Senhor em oração. A ação de Eliseu teve o propósito de amedrontar os participantes de quaisquer outras gangues. Se eles não temessem zombar de um honrado homem de Deus como Eliseu, poderiam ter sido uma ameaça à vida de todo o povo de Deus.

4) “… Então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos.” (2 Rei 2:24) A ofensiva dessas duas ursas conteve o ânimo maligno desse covarde grupo de jovens, que não conseguiu atentar contra a vida do profeta. Fica a pergunta: Se Deus não tivesse agido rapidamente, o que esse grupo poderia ter feito ao profeta? Deus foi injusto em defender um servo seu contra jovens maldosos? É claro que não, afinal Ele prometeu sempre socorrer aqueles que O buscam, O conhecem e O amam: “Eu [Deus] o livrarei, porque a mim se apegou. Eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele me invocará, e eu responderei. Na angústia estarei com ele. Eu o livrarei e glorificarei” (Salmo 91:14-15).

Fonte: Defendendo a fé cristã.

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